Carla Zambelli e assessor perseguiram eleitor de Lula em SP após discussão
Deputada terá que explicar episódio de perseguição a eleitor de Lula em São Paulo
Flagrada em vídeo perseguindo, armada, um jornalista eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região dos Jardins, em São Paulo, na véspera do segundo turno, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) será ouvida no próximo dia 16 pela Procuradoria Geral da República (PGR). A data foi marcada após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), já que Zambelli tem foro especial por prerrogativa de função. A deputada viajou para os Estados Unidos e o depoimento pode ser feito por videoconferência.
"Logo que recebi a notificação, me coloquei à disposição da PGR. Sou a mais interessada em elucidar o episódio e provar que agi em legítima defesa, conforme artigo 25 do Código Penal, e também em conformidade com os artigos 301 e 302, III, do Código de Processo Penal", afirmou Zambelli em um comunicado divulgado nesta terça.
Ela já chegou a ser ouvida pela Polícia Civil no dia do episódio de perseguição.
O caso
No sábado (1), véspera da eleição, imagens mostraram a deputada federal e um de seus seguranças correndo atrás do jornalista Luan Araújo na região dos Jardins, em São Paulo. Ela diz ter sido agredida fisicamente, mas vídeos atualmente disponíveis mostram apenas discussões e ofensas por parte do jornalista.
Em meio a essas ofensas, a parlamentar e seu segurança correm atrás do homem. Um disparo é ouvido. A polícia diz que quem atirou foi um assessor de Carla Zambelli, que chegou a ser detido e depois liberado ao pagar fiança. Na sequência das imagens a própria Carla Zambelli aparece apontando a arma para Luan Araújo. Ele entra em uma padaria e é rendido pela parlamentar que determina que ele deite-se no chão. Mesmo enquanto estava sentado ela continua apontando a arma para ele. Por causa disso, a Polícia Civil de São Paulo abriu uma investigação, agora remetida à Procuradoria Geral da República (PGR).
O Tempo