Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, setembro 04, 2022

Recuperação da popularidade de Biden traz esperança a democratas - Editorial




Presidente americano colhe efeito positivo de queda na inflação, agenda legislativa e êxitos externos

Em julho, era irrisória a força política do presidente americano, Joe Biden, para manter o controle democrata do Congresso nas eleições legislativas de novembro. Em pouco mais de um mês, os ventos mudaram. Na média das pesquisas mantida pelo site FiveThirtyEight, a aprovação a Biden subiu de 37,5% em 21 de julho para 42,7% na semana passada. Vários fatores contribuíram para isso.

Os democratas venceram eleições disputadas em Nova York e no Alasca. Finalmente conseguiram fazer deslanchar sua agenda legislativa. No campo republicano, a população reagiu à decisão da Suprema Corte que acabou com o aborto legal em todo o país. E o ex-presidente Donald Trump se enrolou com a descoberta de que subtraíra documentos secretos da Casa Branca. Os partidários de Trump, Biden afirmou em discurso na Filadélfia, “ameaçam os próprios pilares da República”.

Mais que tudo, Biden começou a desfrutar o enfraquecimento de um rival mais importante que Trump no curto prazo: a inflação. De nada adiantava ele chamar a atenção para o desemprego baixo, se a alta nos preços rondava 10%, maior patamar nos últimos 40 anos. Em agosto, o índice caiu para 8,5%.

O resgate de imagem começou quando a agenda no Congresso andou. Biden enfrentava dificuldades no próprio Partido Democrata para aprovar a Lei de Redução da Inflação, um pacote de medidas que consiste em US$ 750 bilhões para o sistema de saúde, taxação do lucro de grandes corporações, melhorias no sistema de seguro de idosos (Medicare), além de US$ 370 bilhões em incentivos a energia limpa.

O empecilho era o senador democrata Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, estado onde ficam duas das dez maiores minas de carvão nos Estados Unidos. Aliado a outros parlamentares na defesa dos interesses de mineradoras, da indústria do petróleo e gás, do tabaco e do setor financeiro, Manchin levou um ano para ceder. Chegou a um acordo com a cúpula do partido no final de julho, e o projeto foi aprovado em 12 de agosto. Antes, Biden já obtivera a aprovação de uma lei de incentivo à produção local de semicondutores (sua última vitória no Congresso ocorrera em novembro, com o programa de US$ 1,2 trilhão para investir em infraestrutura). O clima no partido mudou.

No front externo, depois da tumultuada saída do Afeganistão há um ano, a imagem era de um governo lento e desastrado. Isso também foi superado. Os Estados Unidos reagiram em tempo no apoio à Ucrânia contra a invasão russa e na ajuda à Finlândia e à Suécia na adesão à Otan. Biden capitalizou ainda o sucesso da operação que matou o terrorista Ayman al-Zawahiri, sucessor de Osama bin Laden na al-Qaeda.

Não faz muito tempo, a retomada da Câmara pelos republicanos em novembro era dada como certa, e a manutenção da frágil maioria democrata no Senado — dependente do voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris — era causa perdida. Agora, manter a Câmara se tornou uma meta tangível, e especula-se até sobre o Senado. Mas o pouco tempo até a eleição trabalha contra Biden e os democratas.

O Globo

Em destaque

Abuso de Poder e Perseguição Política: Justiça Determina Reintegração de Servidor Público

A situação descrita envolvendo o prefeito Derisvaldo "Deri" do Paloma e seu secretário de administração João Batista reflete um ca...

Mais visitadas