Em Curitiba, presidente Jair Bolsonaro (PL) diz que Lula quer voltar à cena do crime
Bolsonaro fez apelo pelas eleições por um povo livre do "comunismo" e pediu que apoiadores elejam aliados locais do governo
Por Ingrid Soares
Em campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) desembarcou nesta quarta-feira (31/8) em Curitiba, no Paraná. O chefe do Executivo participou de uma motociata local e de um comício onde discursou em cima de um carro de som, aproveitando para atacar simbolicamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas de intenção de voto. Ele destacou o cenário econômico do país.
“No Brasil, a economia está dando exemplo para o mundo. Inflação para baixo, PIB para cima, desemprego para baixo e três anos e meio de governo sem corrupção. Tem um ladrão que quer voltar à cena do crime, não voltará à cena do crime. Espero que da próxima vez que ele voltar para a cadeia, não venha para Curitiba. Aqui não é lugar de bandido. Aqui é lugar de pessoa de bem, de pessoa honesta e trabalhadora”, disse sendo ovacionado ao som de “Lula, ladrão. Seu lugar é na prisão”.
Combustíveis e comunismo
O presidente também lembrou a pandemia e a queda no preço dos combustíveis. “Vocês sabem que passamos por momentos difíceis, o mundo todo sofreu com a pandemia. Lamentamos as mortes e lidamos também com a questão econômica. Estamos resolvendo dia após dia. Hoje temos uma realidade, temos uma das gasolinas mais baratas do mundo e sabemos que ela leva a inflação para baixo. Não se tem notícia com país nenhum do mundo com deflação, com inflação negativa, este é o país que dá certo.”
Bolsonaro teceu apelos pelas eleições por um povo livre do “comunismo” e pediu que apoiadores elejam aliados locais do governo. “Todo dia eu acordo, rezo um Pai Nosso e peço a Deus que o nosso povo não experimente as dores do comunismo. No comunismo não se tem liberdade, não se tem propriedade privada, só tem dor e sacrifício", declarou.
"Somos um país de homens e mulheres de bem, pessoas que têm a sua família, pessoas que querem paz e tranquilidade. Tenham certeza que, enquanto presidente eu for, vocês terão isso. Porque mais que dar a vida pela nossa Pátria, nós juramos dar a vida pela nossa liberdade. Podem ter certeza, no dia 2 de outubro, a maioria de bem se elegerá por todos os cantos do nosso Brasil”, assegurou.
“Estamos em um momento de extrema responsabilidade. Nós somos escravos das nossas decisões. E teremos pela frente, no dia 2 de outubro, uma grande decisão. Quem vocês querem para comandar o Brasil? Para administrar o estado do Paraná, bem como aqueles que irão para Câmara e Senado Federal Tenho certeza que aqui tem gente capacitada para isso. Para o Senado temos excelentes nomes entre nós: Paulo Eduardo Martins, um grande nome para nos representar naquela casa. Temos o governador Ratinho Junior, que cada vez mais se aproxima de nós, cada vez mais interage com o governo federal. É um nome já de projeção nacional e cada vez mais ele amadurece e se prepara para esse desafio”, completou.
Presidente voltou a falar em “liberdade”
O presidente afirmou não ter preço “ser bem recebido dessa forma em qualquer lugar do Brasil e essas cores verde e amarela predominantes, as cores da nossa bandeira do nosso futuro e do nosso Brasil”. E destacou pautas ideológicas defendidas por sua gestão. “O nosso governo jamais apoiará a liberação das drogas, jamais apoiaremos o aborto”.
O nosso governo jamais apoiará a ideologia de gênero. O nosso governo é pró-família, o nosso governo deve lealdade ao seu povo e nós faremos o que deve ser feito”. Por fim, voltou a falar em “liberdade” e disse ser “imbrochável”.
“Por onde eu ando, escuto de vocês três pequenas frases. A primeira é: 'Não desista'. Fiquem tranquilos porque eu sou imbrochável. A outra é 'Deus te abençoe'. Ele sempre está do nosso lado. E a terceira é 'Estamos orando por você'. O país todo ora, acredita e tem a certeza de que, com nosso criador, manteremos aquilo que é mais sagrado entre nós, a nossa liberdade”, concluiu.
Correio Braziliense / Estado de Minas