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quarta-feira, setembro 07, 2022

Ataques a ministros do STF e caminhões bancados por empresários: os temores dos aliados de Bolsonaro para o 7 de setembro

 




O presidente Jair Bolsonaro deve discursar para apoiadores em dois momentos nesta quarta-feira, em Brasília e no Rio de Janeiro, depois de participar do desfile oficial de 7 de setembro, quando também serão comemorados os 200 anos da Independência do Brasil. Aliados temem que ele volte a proferir ataques a integrantes do Judiciário, como ocorreu no ano passado, e suba em carros de som bancados por empresários, o que poderia abrir brechas a questionamentos à Justiça Eleitoral.

Interlocutores de Bolsonaro tem pedido que o presidente evite críticas a ministros dos tribunais superiores — Alexandre Moraes e Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), são seus alvos preferidos. O receio de que ele renove as investidas passa pela decisão de Fachin que sustou trechos do decreto presidencial que flexibilizavam o acesso a armas. A medida irritou Bolsonaro, como revelou o colunista do GLOBO Lauro Jardim.

Ontem, Bolsonaro usou as redes sociais para protestar, mas sem citar o ministro: "Uma ação autoritária nunca é assim chamada por seu autor. Pelo contrário, ela aparenta combater supostas ameaças para que seja legitimada. Assim, abusos podem ser cometidos sob o pretexto de enfrentar abusos. Esse é o mal das aparências, elas favorecem os verdadeiros tiranos", escreveu numa série de postagens.

Estrategistas da campanha já argumentaram com o presidente que os episódios de confronto com o Judiciário empolgam a militância, mas não ajudam na conquista dos eleitores indecisos, segmento que ele precisa atrair para ampliar as chances de vencer a eleição.

Em Brasília, o início do desfile cívico-militar está marcado para iniciar às 9h. Em seguida, segundo O GLOBO apurou, o presidente deverá ser levado para um trio elétrico que ficará estacionado em frente ao Congresso. Há expectativa de que ele discurse no local entre 11h e 12h, antes de embarcar rumo ao Rio. A organização do ato tem o apoio do Movimento Verde e Amarelo, ligado a empresários do agronegócio e liderados por Antônio Galvan, ex-presidente da Associação de Produtores de Soja (Aprosoja). Em Copacabana, ele também deverá falar a apoiadores do alto de um trio elétrico, como mostrou a colunista Malu Gaspar.

Caso o chefe do Executivo use veículos bancados por empresários, sem informar isso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os adversários podem acusá-lo de utilizar contribuições privadas não declaradas à Justiça Eleitoral, como determina a legislação.

Bolsonaro vinha dizendo que ainda estava avaliando se iria falar ao público ou não, mas na véspera do 7 de Setembro auxiliares admitem que o presidente não deve perder a chance de se dirigir diretamente ao seu público mais fiel. O titular do Palácio do Planalto tentará usar os eventos desta quarta-feira para demonstrar que sua candidatura conta com forte apoio e segue competitiva. Ele aparece em segundo lugar nas pesquisas, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 44% contra 31%, de acordo com levantamento do Ipec divulgado ontem.

Bolsonaro tentará usar a presença de seus apoiadores nas ruas nesta quarta para sustentar a tese de que sua popularidade é maior do que as pesquisas têm captado. Ontem, em seu programa eleitoral, ele voltou a convocar seus eleitores a saírem para engrossar os atos de 7 de Setembro. No vídeo, o presidente convida as famílias brasileiras e fala em saudar a Independência em “paz e harmonia". Paralelamente, contudo, o presidente vem sendo acusado por opositores de usar os 200 anos da Independência eleitoralmente.

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