Publicado em 2 de maio de 2022 por Tribuna da Internet
José Carlos Werneck
Por causa da falta de público expressivo até o início da tarde no ato do Dia do Trabalho organizado pelas centrais sindicais, em São Paulo, neste domingo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu atrasar sua participação. Seu pronunciamento estava programado para acontecer às 13 horas, teve de ser remarcado para depois das 15h30.
Por esse motivo, Lula achou melhor esperar por quórum maior, até que houvesse mais apoiadores na Praça Charles Miller, bairro do Pacaembu, na capital paulista, onde o ato estava sendo realizado.
E AS PESQUISAS? – Realmente foi uma cena constrangedora e que levou muita gente a se perguntar sobre a seriedade e veracidade das pesquisas eleitorais que vem sendo exaustivamente divulgadas.
Antes, discursaram Fernando Haddad, ex-prefeito e pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Guilherme Boulos, pré-candidato a deputado federal pelo PSOL. Indagado sobre a ida do presidente Jair Bolsonaro à manifestação organizada para homenagear o deputado Daniel Silveira na manhã deste domingo, em Brasília, Haddad disse se tratar de mais um ato contra a democracia.
“Vamos tirar esse homem”, afirmou Boulos, que chamou Bolsonaro de “presidente miliciano”. “Vamos trabalhar para que seja o último Primeiro de Maio com Bolsonaro na presidência”, declarou.
DISSE BOULOS – E o que se viu é que nas manifestações realizadas em diversas cidades neste domingo, havia um número muito superior de apoiadores de Bolsonaro do que eleitores do ex-presidente Lula. E o que ainda é mais significativo: não se viu ninguém apoiando o Supremo Tribunal Federal com faixas ou cartazes.
A disputa era entre petistas e não petistas, mostrando que as pessoas são difíceis de mudar.
Mas como dizia Magalhães Pinto, famoso político mineiro: “A política é como a posição das nuvens no céu, a qualquer instante tudo pode mudar!”. Portanto, ainda é cedo para qualquer prognóstico. Nada é definitivo! Aguardemos com calma e serenidade.