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domingo, maio 22, 2022

Iniciada com a venda da BR, privatização da Petrobras é gravíssimo crime de lesa-pátria

Publicado em 22 de maio de 2022 por Tribuna da Internet

Iotti / Agencia RBS

Charge do Iotti (Gaúcha/Zero Hora)

Roberto Nascimento

Essa novela da Petrobras tem um capítulo novo sempre que anunciam uma nova rodada de aumento dos combustíveis. Já trocaram três presidentes e anunciam o quarto, sem contar, o Adriano Pires, que se tornou a viúva Porcina da história, porque foi sem ter sido, ao cair antes de tomar posse, diante do conflito de interesses dos seus negócios privados com o cargo que ocuparia.

Pires ficou tão mal na fita, que parou de escrever seus artigos semanais no Estadão. Suas atividades de consultoria no setor do petróleo vieram à tona e expuseram claramente seu interesse na privatização das estatais.

ESTÁ PRIVATIZADA – O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes sabem que a Petrobrás, na prática, já foi privatizada. Primeiro, pelo volume de ações pertencentes aos investidores nacionais e internacionais; e segundo, porque Guedes e Bolsonaro privatizaram a BR Distribuidora, algumas refinarias e até o gasoduto bilionário da TAG foi entregue a um consórcio francês/canadense.

A festa começou na gestão de Michel Temer. Em abril de 2017, com menos de um ano de governo, a Petrobras vendeu o gasoduto da NST para um grupo liderado pelo Brookfield, fundo canadense de investimentos.

O supergasoduto da TAG foi vendido por R$ 36 bilhões e a Petrobrás paga R$ 3 bilhões/ano para alugá-lo. Foi uma grande negócio às avessas. Em apenas dez anos o total da venda estará amortizado.

APOIO ENTUSIÁSTICO – Todo essa escandalosa e desnecessária venda do patrimônio nacional não aconteceu às escondidas, porque houve beneplácito do Congresso e a grande imprensa apoiou a negociações.

No mesmo governo de Michel Temer, quando a Petrobras era presidida pelo tucano Pedro Parente, foi adotada a política de preços com paridade internacional, que está elevando artificialmente a inflação e travando a economia brasileira.

Agora, o governo Bolsonaro alega que, se congelar os preços dos combustíveis, terá que pagar multas bilionárias aos investidores e até o CPF de quem assinar o congelamento terá que arcar com os prejuízos, mas isso não existe em lei ou nos estatutos da Petrobras.

O QUE FALTA? – Ora, é só mudar a política de preços, para segurar um pouco a inflação, reduzindo ligeiramente os lucros da empresa, que o próprio Bolsonaro considera um “estupro”.

Daí o desespero do chefe do governo. Ao invés de mudar a política que Pedro Parente adotou de forma leviana, Bolsonaro fica de mãos atadas e precisa encontrar um culpado. Um dia, pode ser o general Silva e Luna, no outro o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque.

Não importa quem seja, pois Bolsonaro precisa dar respostas ao eleitor e às lideranças dos caminhoneiros, passando a imagem de que faz tudo para congelar os preços, mas não tem forças, sua caneta Bic falha e o Supremo não deixa. Afinal, a conta dos aumentos tem que cair no colo de alguém, menos de Bolsonaro, que não pode perder nenhum eleitor, pois os adversários estão se aproximando da reta de chegada.

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