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quarta-feira, agosto 05, 2020

Abalado por contradições e apoio à CPMF, Bolsonaro vai desabar na opinião pública


TRIBUNA DA INTERNET | Sob o signo da Liberdade
Charge do Ivan Cabral (Arquivo Google)
Pedro do Coutto
Ao apoiar a CPMF projetada por Paulo Guedes e abalado fortemente por contradições entre o candidato de 2018 e o presidente de 2020, Jair Bolsonaro na minha opinião vai desabar na opinião pública e, portanto, junto ao eleitorado. Nos últimos dias, os reflexos negativos contra o governo se ampliaram com os episódios Dias Toffoli, João Otavio Noronha, Augusto Aras, Ricardo Salles e também André Mendonça, que de forma inadvertida instalou um serviço para denunciar pessoas antifascistas.
Depois, Mendonça voltou atrás e substituiu o dirigente desse novo SNI no Ministério da Justiça. No caso de órgãos de informação, um dos aspectos mais graves reside na hipótese de um funcionário encarregado de investigações não conseguir qualquer informação, porque acaba produzindo peças de ficção.
FALTA DE JUÍZO – André Mendonça não calculou, creio eu, o que estava fazendo quando escalou a equipe dessa sombra política que ressurgiu. Mas esta é outra questão. Vamos focalizar agora a CPMF. O projeto Paulo Guedes, como sempre, tem como objetivo reduzir o custo das empresas e ampliar as despesas dos trabalhadores e dos funcionários públicos.
Reportagem de Adriana Fernandez, O Estado de São Paulo de ontem, ilumina amplamente o assunto que vai causar danos eleitorais ao presidente da República, que se afasta dos problemas atuais, e como disse Cristiana Lobo na GloboNews, só pensa na sucessão de 2022, mas esquece que a CPMF também reflete nos votos do eleitorado.
O projeto Paulo Guedes propõe uma alíquota basicamente de 0,2% sobre as transações financeiras eletrônicas e normais. Portanto, sobre todas as compras e venda em geral.
ISSO SOBRE AQUILO – Esse imposto é acumulativo. Abrange todas as transações financeiras. Da matéria prima para a indústria; desta para o comércio; do comércio para os serviços e destes para todos nós, consumidores.
Lembra Luis Oswaldo Aranha, ex-presidente da Light que a alíquota vai atingir igualmente os impostos, de Renda, ICMS, IPI, ISS principalmente. No final da fila os consumidores vão sofrer as consequências.
Aranha acrescenta mais um aspecto crítico, a CPMF agride os mais pobres na medida em que alcança os produtos de alimentação. Vejam só. Alguém cujo salário seja de 15.000 reais não consome alimentos numa escala 7% maior que aqueles que ganham 2000 reais. Aliás, 2000 reais é o salário médio brasileiro, pois em nosso país 1/3 da mão de obra encontra-se na escala de um salário mínimo.
MAIA É CONTRA  – O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, voltou-se quanto a proposição. Tanto assim que escalou o deputado Aguinaldo Ribeiro para relatá-lo.
O contexto de Guedes, paradoxalmente, aparentando elevar a receita, na realidade a reduz pois propõe a diminuição de 20% para 10% a alíquota que se refere ao desconto das empresas para o INSS. Também propõe diminuição do IPI e de 8 para 6% o depósito dos empregadores no FGTS.
Como se constata, as empresas agradecem. E os trabalhadores padecem.
OUTRO ASSUNTO – Nicola Pamplona, Folha de São Paulo de hoje, revela que o consumo de energia que em maio teve uma queda de 11%, em julho registrou queda de apenas 1,3%. Mas, como digo sempre, as quedas ocorreram em cima de quais números absolutos, o que deixa a informação incompleta.
Sei que a potência instalada no país é de 135 milhões de KW. Porém o consumo, é claro, não atinge esse total. Se não me engano, o consumo oscila em torno de 70 milhões de KW. É Importante Pamplona esclarecer essa comparação.

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Publicado em 21 de setembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Cazo (Arquivo do Google) Pedro do Cout...

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