Deu no Estadão
A Executiva Nacional do PSOL vai pedir uma audiência com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia para cobrar esclarecimentos sobre a morte de Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como chefe da milícia “Escritório do Crime”, suspeita de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018.
Foragido há 14 meses, Nóbrega foi morto na manhã desde domingo, após trocar tiros com policiais, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
PEÇA-CHAVE – Segundo o PSOL, é importante saber as circunstâncias da morte de Nóbrega porque ele “era peça-chave para revelar os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson”. O partido avalia medidas que envolvam também autoridades federais.
Também na manhã deste domingo, a viúva de Marielle, a arquiteta Mônica Benício, cobrou providências do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro. Ao compartilhar a notícia da morte de Nóbrega, ela escreveu “Moro, cadê o Queiroz”, em referência a Fabrício Queiroz, amigo de Nóbrega e ex-assessor parlamentar de Flavio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
NO GABINETE – A ex-mulher e a mãe do miliciano Adriano Nóbrega trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia do Rio de Janeiro (Alerj).
Além de empregar as parentes do miliciano, o filho do presidente Jair Bolsonaro já o homenageou com a Medalha Tiradentes, honraria mais alta do Legislativo do Rio, em 2005, quando o então policial estava preso acusado de homicídio. Tambél Jair Bolsonaro, quando era deputado, fez discurso na Câmara elogiando Adriano Nóbrega, que foi expulso da Polícia Militar por causa de envolvimento com a contravenção.