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segunda-feira, fevereiro 24, 2020

O sonho da Bolsa de Valores acabou, agora é o dólar e só depois vêm os imóveis


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Charge do Son Salvador (Arquivo Google)
Carlos Newton
Já comentamos aqui na Tribuna da Internet que a economia ainda está em estagnação, mas já se pode comemorar um grande feito do governo – a queda da taxa de juros, depois de décadas de uma política verdadeiramente irresponsável, oriunda do governo Fernando Henrique Cardoso.
Embora a inflação tenha sido contida, o resultado colateral dos juros excessivos foi arrasador, criando a dívida pública impagável e consagrando o “rentismo”, expressão criada por Karl Marx e Friedrich Engels cerca de 170 anos atrás, para denominar um fenômeno que ainda nem existia naquela época e que eles previam como uma fase futura do “capitalismo sem risco”, que renderia juros sem criar empresas e abrir empregos, explorando apenas o capital pelo capital.
EM ESTADO TERMINAL – Agora, com a mão firme de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central e maior revelação da economia brasileira, porque quem sai aos seus não degenera, o rentismo está quase acabando, embora os juros ainda sejam positivos, de 4,25% para uma inflação de 2,69% no IPCA.
Com a queda dos juros, os rentistas migraram dos fundos financeiros para a Bolsa de Valores, que passou a viver a melhor fase de sua história. Mas tudo tem limites e a Bolsa não poderia subir sem parar, até por que existe uma espécie de lei da gravidade econômica da qual ninguém consegue escapar.
Os investidores estrangeiros são os primeiros a sair fora. Pelos cálculos do BC, em janeiro deste ano, quase US$ 2 bilhões foram sacados do país, o que ajuda a explicar o baque que o Ibovespa vem sofrendo depois de ter atingido o recorde de 119 mil pontos.
E O DÓLAR SOBE.. – A Bolsa vai caindo e o dólar sobe, embora o Banco Central faça seguidas intervenções no mercado. Aliás, não adianta nada, porque os rentistas estão abandonando o mercado de ações e mergulhando de cabeça na moeda americana.
Com o dólar em alta, diminui o número de brasileiros que pretendem viajar para o exterior e aumenta a vinda de turistas estrangeiros. Ao mesmo, as exportações crescem e as importações são reduzidas, facilitando a recuperação da indústria nacional.
Mas toda receita tem contraindicações. O dólar alto influencia a inflação, com aumento dos preços dos importados, que incluem o pão nosso de cada dia, assim como o macarrão e os remédios. É por isso que daqui a pouco os rentistas terão de parar de comprar dólares. E a bola da vez passará a ser o mercado imobiliário, que já começou a subir e acaba de ganhar um belo incentivo da Caixa Econômica Federal, nas mãos de Roberto Campos Neto – os juros fixos.
POLÍTICA SUICIDA – É triste ver o Brasil nessa situação nebulosa. Os juros caíram ao seu menor patamar e a economia continua travada. Este é o resultado da política suicida que vinha desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso. A desculpa era de que os juros tinham de ser mantidos altos, para forçar a inflação a cair. Foi uma política verdadeiramente criminosa, que deixou evidente a influência que os grandes beneficiários – os banqueiros – sempre exerceram sobre os sucessivos governos.
Devido a essa política lesa-pátria, conseguiu-se inviabilizar um país que tinha – e ainda tem – o maior potencial de desenvolvimento, com as mais extensas terras agricultáveis, maior volume de água doce, ricas reservas minerais, grande mercado interno, indústria diversificada e autossuficiência em petróleo e geração de energia.
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P.S.
 – Ainda tenho esperanças de que o país se recupere, porque acredito no velho ditado de que “o Brasil cresce à noite, quando os políticos estão dormindo e não conseguem atrapalhar”. Por isso, a solução talvez seja entupi-los de Lexotan e Rivotril, para o país decolar mais rapidamente. (C.N.)

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