por Lula Bonfim
Foto: Lula Bonfim / Bahia Notícias
Em entrevista ao Bahia Notícias nesta quinta-feira (6), o prefeito de Jeremoabo, Derisvaldo José dos Santos, o Deri do Paloma (PP), justificou os problemas financeiros vividos pelo município e disse que será candidato à reeleição em 2020.
Desde o início do ano, o BN tem noticiado a grave crise administrativa e financeira pela qual passa Jeremoabo, com atraso salarial dos servidores públicos (veja aqui), bloqueio de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (veja aqui), atraso no repasse de duodécimo (veja aqui), denúncias (veja aqui) e manifestações de rua (veja aqui).
Deri se defende e culpa as gestões anteriores pelos problemas vividos por Jeremoabo. Segundo ele, o grupo liderado por Anabel de Tista (PSD) comandou a prefeitura por 20 anos “como se fosse uma propriedade deles” e entregou o município “muito desajustado”. “A ex-gestora, com medo de perder as eleições, fez um plano de carreira absurdo na Educação”, disse o prefeito, reclamando da falta de um estudo de impacto financeiro.
Perguntado sobre o salário de junho de 2018 dos professores, que nunca foi pago pela administração municipal, Deri culpou o vereador Antônio Chaves (PSD), que comandou a cidade interinamente até aquele mês. “O interino pegou R$ 14,4 milhões das precatórias, fez umas quadras, umas besteirinhas e o resto entrou no ralo, ninguém sabe para onde foi”, acusou. “Ele administrou o município por seis meses naquele ano, mas só pagou cinco”.
“Gerimos com economia e lealdade, nada com corrupção. A gestão deles, o interino e Anabel, teve corrupção. Só no hospital, foram R$ 1,5 milhão de diária fraudulenta. Tinha funcionário ganhando R$ 67 mil como diretor e outras coisas mais. Eles não investiam nem R$ 500 mil e hoje eu invisto R$ 2 milhões. O deputado Mário Negromonte Jr. (PP) já me liberou R$ 5 milhões de custeio para saúde”, disse Deri do Paloma.
O prefeito lamenta que as dívidas previdenciárias tenham gerado retenção de verbas do FPM. Ele garante que, se não fossem os sucessivos bloqueios, “tudo estaria normal”. “Se não fosse a retenção do INSS, teria pago todo mundo normal. Essa dívida gerou a acumulação de atrasos. Se não tem dinheiro nas contas, não paga”, afirmou.
Deri do Paloma explicou ainda que servidores das secretarias de Obras e de Administração ainda estão sem receber os salários de janeiro, mas que eles devem ser pagos até a próxima segunda-feira (10).
Apesar dos problemas, Deri garantiu que é pré-candidato à reeleição em 2020. “Vou à reeleição, não tenho dúvida disso. Eu tenho direito e tenho certeza que o povo vai nos dar essa confiança de novo, porque eu sempre luto pelos menos favorecidos”, finalizou.
Nota da redação deste Blog - Neste Blog quando publico qualquer matéria que cito a parte, por Lei ofereço o direito do contraditório, como vem acontecendo com o secretário de Infraestrutura, o ex-prefeito interino Antonio Chaves e outros.
O prefeito Deri do Paloma está usando de um direito assegurado pela Constituição,se defender das acusações a ele imputadas e apresentar a sua versão.
Aproveito do momento oportuno para prestar um esclarecimento não aos picaretas, mas aos leitores desse Blog que merece todo meu respeito e consideração.
Esse Blog é mantido as minhas custas, nunca solicitei ou recebi um real de quem quer que seja, por isso mesmo que ele não é chapa branca de governo algum, é independente e imparcial.
Desde o primeiro momento que Deri do Paloma resolveu sair candidato que apoiei e juntei ao mesmo, permanecendo até o dia que foi eleito.
Esperava mudanças, não vi essas mudanças continuei minha luta por mudanças, criticando o prefeito Deri na mesma intensidade e modo de agir que critiquei todos os seus antecessores.
Com isso não quer dizer que critico o governo Deri por criticar, mas na esperança que Jeremoabo encontre o rumo certo, e não tenha que permanecer trocando seis por meia dúzia.
Tenham certeza não mudo minha forma de agir, mas o que puder fazer para ajudar Jeremoabo, essa é minha missão, independente de nome ou gestor.
Não embarco na canoa do quanto pior melhor.
Não embarco na canoa do quanto pior melhor.