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quarta-feira, fevereiro 19, 2020

Janaina Paschoal diz que declaração de Bolsonaro sobre repórter da Folha foi “um ato de inegável grosseria”


Deputada diz que seria prudente Bolsonaro “”se policiar”
Mônica Bergamo
Folha
A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), coautora do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), avalia que o insulto do presidente Jair Bolsonaro à repórter da Folha Patrícia Campos Mello foi “um ato de inegável grosseria” e que “todo ser humano pode se esforçar para melhorar”.
“Seria prudente o presidente se policiar e seus auxiliares não o instigarem. Essas situações não ajudam ninguém. Por mais que ele tenha sido eleito com esse estilo, todo ser humano pode se esforçar para melhorar”, afirma Janaina. Para ela, porém, a fala de Bolsonaro “não parece suficiente para um impeachment”.
CRÍTICAS  – Eleita com recorde de votos pelo PSL, partido que elegeu o presidente, Janaina foi umas das principais apoiadoras de Bolsonaro durante a campanha, mas tem feito críticas pontuais à sua administração desde então.
“Ele tem esse jeitão, não se policia, reitera na prática das grosserias”, disse ela em entrevista à BBC News Brasil. A deputada, no entanto, afirma que não vê ofensa de Bolsonaro à jornalista Patrícia Campos Mello como ataque à imprensa, mas como “algo pontual”.
ALVO – Janaina Paschoal também já foi alvo de ataques nas redes sociais, tanto por ser a autora do pedido de impeachment de Dilma quanto por criticar Bolsonaro em 2019.
“Eu não gosto desse discurso meio vitimista do machismo. Eu sou atacada por me manifestar livre e claramente e por não me submeter a ninguém. Não descarto que haja uma indignação maior por eu ser mulher. Mas creio que o que incomoda mais é a independência. Na luta entre gangues, apanha mais quem anda sozinho.”
“CARONA” – Diversos apoiadores de Bolsonaro têm acusado a deputada de “ter pego carona” na popularidade de Bolsonaro e agora abandoná-lo. “Ontem (segunda-feira), fiz uma postagem crítica ao bolsonarismo e apanhei o dia todo. Eles não entendem que não nos ajudam a ajudar”, diz a deputada. No Twitter, ela disse que quem a acusa de traidora “ou não tem memória, ou tem problema de cognição”.
“Na convenção do PSL, eu disse, olhando nos olhos do então candidato à Presidência, ser fiel ao Brasil e não a ele pessoalmente. Disse que o apoiaria em razão de, naquele momento, ele ser o único com condições de vencer o PT. Se os bolsonaristas fossem inteligentes, não atacariam quem apoiou e apoia o presidente deles.”
“FURO” – Na manhã desta terça-feira, dia 18, Bolsonaro insultou a jornalista Patrícia Campos Mello com insinuação sexual. “Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim [risos dele e dos demais]”, disse o presidente, em entrevista diante de um grupo de simpatizantes em frente ao Palácio da Alvorada.
A declaração do presidente foi uma referência ao depoimento de um ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp, dado na semana passada à CPMI das Fake News no Congresso.
O depoimento à comissão foi de Hans River do Rio Nascimento, que trabalhou para a Yacows, empresa especializada em marketing digital, durante a campanha eleitoral de 2018.
FRAUDE – Em dezembro daquele ano, reportagem da Folha, baseada em documentos da Justiça do Trabalho e em relatos do depoente Hans, mostrou que uma rede de empresas, entre elas a Yacows, recorreu ao uso fraudulento de nome e CPFs de idosos para registrar chips de celular e garantir o disparo de lotes de mensagens em benefício de políticos.
Já na CPMI, diante de deputados e senadores, ele deu informações falsas e insultou Patrícia, uma das autoras de reportagem sobre o uso fraudulento de nomes e CPFs para permitir o disparo de mensagens.

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