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sexta-feira, fevereiro 15, 2019

Se depender da atuação de seus filhos, o governo de Bolsonaro será um fracasso


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Bolsonaro precisa pensar urgentemente em enquadrar a prole
Carlos Newton
Uma coisa é certa – jamais existiu um governante tão atrapalhado pelos filhos quanto Jair Bolsonaro. É uma crise atrás da outra. Os três se comportam como “príncipes-regentes”, sem perceberem que o Brasil é uma república. Os três se julgam no direito de interferir em tudo, de acompanhar com o presidente em viagem oficial (Eduardo, rumo a Davos) ou de entrar com o primo em reunião ministerial (Carlos, no Planalto).
E O MINISTÉRIO? – Bolsonaro foi eleito em meio a uma esperança enorme, mas já mostrou que tem muita dificuldade para conter os filhos, que influíram até na formação do Ministério. Aliás, cá entre nós, esse primeiro escalão é muito esquisito. Parece que os ministros foram escolhidos a dedo para que o governo não dê certo. É a impressão que está passando.
É claro que não se pode exigir que os ministros sejam trocados de uma hora para outra, porque essa inconstância depõe contra o governo. Mas há determinadas situações que estão chegando ao ponto de ruptura, como se dizia antigamente.
MORO, A EXCEÇÃO – O grande destaque do governo, até agora, é o ministro Sérgio Moro. Discreto, preparado, pró-ativo e seguro, ele já apresentou a primeira parte de seu plano contra a criminalidade. Em breve, virá o complemento. É claro que haverá resistência no Congresso Nacional, onde ainda há abundância de políticos corruptos.
A transformação do caixa 2 eleitoral em crime, como pretende o ministro Moro, não será aceita pacificamente, é claro. Mas o importante é que o ministro está fazendo a parte que lhe cabe nesse latifúndio legislativo.
Mas há outros ministros que deixam a desejar, como Paulo Guedes, chefe da equipe econômica, que há três meses está fugindo da Polícia Federal, para não depor sobre os vultosos prejuízos em investimentos que fez para fundos de pensão, aplicando os recursos em uma empresa presidida por ele mesmo, jogada tipo “batom na cueca”, como se diz na gíria policial.
OUTROS MINISTROS – Tem uma ministra, a já famosa Damares Alves, que conversou com Jesus na goiabeira, quando era menina e estava em sérios apuros. Ninguém sabe com que credenciais foi parar no primeiro escalão da República.
Na mesma situação está o chanceler Ernesto Araújo, indicado pelos três filhos e  que fez discurso de posse com trechos em grego e tupi-guarani, para bancar ser moderninho, mas todos já perceberam que se trata de um diplomata nada diplomático, digamos assim, que foi esvaziado e não manda mais nada no Itamaraty.
Há um ministro tão ignorante, chamado Ricardo Salles, que não sabe quem foi Chico Mendes e pensa que o líder ambientalista era grileiro de terras públicas, uma denúncia totalmente insana. E apareceu um membro do primeiro escalão, Salim Mattar, para elogiar a Vale e defender a empresa na tragédia de Brumadinho, vejam a que ponto chegamos.
CASO BEBIANNO – Existe também um ministro, chamado “Marcelo Álvaro Antônio” (cujo nome verdadeiro é Marcelo Henrique Teixeira Dias), envolvido com candidaturas-laranjas em Minas Gerais. Nesse mesmo esquema, complicou-se  outro ministro, Gustavo Bebianno, que era presidente do PSL, liberou recursos a pedido do Diretório pernambucano e agora está sendo crucificado por Bolsonaro pai e filho.
Bebianno diz que não fez nada de errado e não mentiu, porque se comunicou com Bolsonaro em mensagens no WhatsApp. Por isso, não pediu demissão e conta com a solidariedade do núcleo duro do Planalto, que já não aguenta mais as trapalhadas dos filhos de Bolsonaro, apelidados de os “Três Patetas”.
Aliás, com os filhos interferindo no governo, Bolsonaro nem precisa de inimigos.
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P.S 1 
– Já ia esquecendo. Outro destaque positivo do ministério é o general Santos Cruz, da Secretaria de Governo, realmente uma revelação. Aliás, os ministros militares são eficientes e preparados. Estamos aguardando o desempenho do almirante Bento Costa Lima Leite no ministério de Minas e Energia, um setor estratégico e que necessita ser tocado com espírito nacionalista.
P.S. 2 – Ia escrever hoje sobre a briga entre governo e a Igreja, mas fica para amanhã. O motivo do desentendimento é muito mais grave do que se pensa. (C.N.)

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