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quarta-feira, janeiro 02, 2019

Falando de improviso aos militares, Bolsonaro fez o melhor discurso de sua vida


Resultado de imagem para posse do ministro da defesa
Bolsonaro mostrou que os militares estão de volta ao poder
Eduardo Bresciani, Mateus Coutinho e Patrik CamporezO Globo
O presidente Jair Bolsonaro destacou o trabalho das Forças Armadas durante a cerimônia de transmissão de cargo do Ministério da Defesa, do general Silva e Luna para o general Fernando Azevedo e Silva, realizada nesta quarta-feira, em Brasília.
— Em que pese alguns bons ministros civis que tivemos, fomos esquecidos porque as Forças Armadas são obstáculo para aqueles que querem usurpar do poder.
PROBLEMAS COM FHC – Bolsonaro disse que teve “problemas” com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e defendeu a revogação de uma Medida Provisória editada por ele em 2001 que definiu os salários dos militares.
No discurso, o presidente fez elogios ao tratamento dado aos militares pelos governos de José Sarney, Fernando Collor e Itamar Franco. Na sequência, falou sobre Fernando Henrique, mas sem citar o nome.
— Depois tivemos outro governo, os senhores sabem qual foi, tivemos problemas, especialmente comigo, mas prosseguimos nossa jornada — disse Bolsonaro.
Na sua atuação no Congresso, Bolsonaro sempre defendeu reajustes de salário para militares e fez severas críticas a Fernando Henrique, chegando até a defender o “fuzilamento” dele.
REVOGAÇÃO DA MP – No mesmo discurso nesta quarta-feira, o presidente defendeu a revogação da Medida Provisória 2215, de 2001, que definiu a estrutura das remunerações dos militares e está em vigor até hoje. Naquela época, as Medidas Provisórias não perdiam a validade se não fossem votadas pelo Congresso.
– Temos como herança a medida provisória 2215. Ministro Fernando, não podemos deixá-la completar 19 anos — disse Bolsonaro.
Bolsonaro ressaltou o papel das Forças Armadas em seu governo e o fato de ter um general, Antônio Hamilton Mourão, como vice-presidente. “Quando escolhi, e foi uma decisão pessoal e minha, ouvi colegas, mas escolhi para o cargo de vice-presidente da República um general do Exército. A continência tem que ser simultânea, eu digo pra ele (Mourão): não sou mais capitão, nem ele é general, somos soldados do Brasil “— disse o presidente.
AVALIAÇÃO – O novo ministro da Defesa afirmou que a MP citada por Bolsonaro no discurso será ainda avaliada e disse não ter falado sobre o tema com o presidente. Azevedo e Silva, ponderou, porém, que quando a medida foi editada em 2001 não houve uma negociação prévia com os militares.
– A MP 2215 foi editada sem uma consulta mais profunda. Nós dormimos de um jeito, acordamos de outro jeito. Perdemos algumas coisas até plausíveis em termos de carreira e não houve uma discussão. E a Medida Provisória está em curso ainda e deve ser avaliada –  disse o ministro em rápida entrevista após a transmissão de cargo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Foi o melhor e mais importante discurso da carreira de Bolsonaro, que não é um grande orador, mas se superou ao se dirigir à cúpula das Forças Armadas. Falando de improviso, emocionou a todos e levou às lágrimas alguns oficiais-generais, entre eles o ex-comandante do Exército, general Villas Bôas. Mostrou que o governo é dos militares, mas representados por um capitão que sabe impor sua autoridade. Espera-se que, agora, Bolsonaro pare com a “campanha”, insista na conciliação nacional e faça o governo que todos almejam, visando os interesses nacionais e não apenas os interesses dos banqueiros, que pela primeira vez, desde o governo de Itamar Franco, podem perder o protagonismo que mantêm por baixo dos panos, de forma imperial.(C.N.)

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