Carlos Newton
Justamente quando está em andamento um movimento nacional contra a corrupção, lançado pelo presidente Jair Bolsonaro e conduzido pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, no Rio de Janeiro foi montado um lobby para preservar na Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) o esquema montado na companhia desde o primeiro governo de Sérgio Cabral e mantido na gestão de Luiz Fernando Pezão.
Também o fundo de pensão (Prece) foi atingido pela corrupção do MDB e está em curso uma ação contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), o doleiro Lúcio Bolonha Funaro e outras dez pessoas denunciada por fraudes. Neste processo, o Ministério Público do Estado pede o ressarcimento de danos financeiros causados por operações irregulares na Bolsa de Valores.
OPERAÇÃO CONJUNTA – Na verdade, a corrupção na Cedae é cada vez mais evidente e há menos de um mês, no dia 12 de dezembro, a Polícia Civil e o Ministério Público montaram uma operação contra fraudes em fiscalizações e na regularização de débitos de consumidores da empresa na Baixada Fluminense.
Dois funcionários foram presos: Davi Ramos da Cruz, empregado da companhia há 20 anos, e o advogado Carlos Augusto da Silva Araújo, enquanto um terceiro integrante do grupo, Ney Gomes da Costa, foi considerado foragido.
As investigações incluíram interceptações telefônicas que apontaram a existência da organização criminosa dentro da Cedae, e o Ministério Público agora busca encontrar provas que possam levar aos outros envolvidos.
RENOVAÇÃO – É nessa situação que se encontra a Cedae, e o novo governador Wilson Witzel já anunciou que enfrentará a corrupção e a ineficiência sistêmica na empresa, problemas já detectados pelo Tribunal de Contas do Estado, mas ainda não devidamente enfrentados pelo Ministério Público, embora já estejam sob apuração.
Sabe-se que a intenção do governador é fazer uma profunda renovação na empresa, que é objeto de acordo entre os governos estadual e o federal, inclusive sendo necessária sua privatização, sob pena de ser federalizada, e já foi constatado que a companhia foi subavaliada para ser vendida com prejuízos ao Estado.
A subavaliação é atribuída ao atual diretor financeiro, Hélio Cabral Moreira, integrante do grupo político de Cabral e Pezão, que agora faz pressão junto ao Conselho de Administração para indicá-lo à presidência da companhia, vejam a que ponto chega a desfaçatez dessa gente.
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P.S. – A história da Cedae sempre foi marcada pelo uso político visando fins eleitoreiros e até criminosos. Cabral e Pezão valeram- se desta empresa em seu esquema de corrupção e favorecimento político. A companhia já teve bons presidentes que não se envolveram na corrupção, problema que atinge diretamente mais as diretorias e áreas técnicas, cujos titulares são nomeados por políticos e sobre os quais nunca houve uma fiscalização efetiva tanto do Ministério Público quanto de outras instituições de controle. (C.N.)
P.S. – A história da Cedae sempre foi marcada pelo uso político visando fins eleitoreiros e até criminosos. Cabral e Pezão valeram- se desta empresa em seu esquema de corrupção e favorecimento político. A companhia já teve bons presidentes que não se envolveram na corrupção, problema que atinge diretamente mais as diretorias e áreas técnicas, cujos titulares são nomeados por políticos e sobre os quais nunca houve uma fiscalização efetiva tanto do Ministério Público quanto de outras instituições de controle. (C.N.)