A pesquisa Vox Populi que acaba de ser divulgada no Jornal da Band, joga uma pá de cal na credibilidade do instituto Datafolha.
Segundo o Vox Populi, o ex-governador de São Paulo aparece com 34 por cento das intenções de voto, mesmo percentual de janeiro. A ex-ministra da Casa Civil Dilma Roussef, do PT, subiu quatro pontos percentuais e segue na segunda posição, com 31%. Como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, a ministra Dilma Rousseff estaria tecnicamente empatada com o tucano José Serra.
O Vox Populi registra ainda 10% para Ciro Gomes e Marina Silva com 5%. Os votos nulos e brancos somam 7%, enquanto 13% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.
Durante esta semana, muito se comentou sobre os motivos do suposto crescimento em 9 pontos percentuais da diferença entre tucano José Serra e a ministra Dilma Rousseff, apontado na última pesquisa do Datafolha.
Nenhum fato político ocorreu neste tempo para explicar um crescimento tão desproporcional do candidato tucano, como nos quer fazer crer o Datafolha.
O fato é que o Datafolha é do grupo Folha de São Paulo, cuja executiva, Maria Judith Brito, declarou ao jornal O Globo que os “meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada”.
A pesquisa Vox Populi, divulgada hoje, traz o Datafolha para o meio de uma crise de credibilidade que gera uma desconfiança justificada com relação ao instituto. Afinal, o que teria feito Serra abrir uma frente de 9 pontos percentuais, como afirmou o Datafolha? A greve na educação e as imagens das agressões aos professores de São Paulo? A visita de Serra ao mineiro Aécio Neves? Ou a constatação de que o Rodoanel terá pouco impacto no trânsito de São Paulo?
O Recôncavo considera que o Datafolha deve uma explicação convincente ao país.
Por considerar que o Datafolha apresenta números não confiáveis, O Recôncavo não mais divulgará os números deste instituto, em respeito à verdade factual, à inteligência dos leitores e à democracia.
Esta decisão poderá ser revista, caso o Datafolha aponte motivos convincentes para tamanha disparidade nos números apresentados em sua pesquisa.
Por Charles Carmo
Fonte: O Recôncavo