raul monteiro
O PT já comunicou “semi-oficialmente” ao governador Jaques Wagner (PT) e, na avaliação de seus líderes, teria percebido certa sensibilidade sua para analisar a situação, que não aceitará em hipótese alguma coligação nas eleições proporcionais (para a Assembleia e a Câmara dos Deputados) com novos aliados em detrimento dos tradicionais, a exemplo do PCdoB e PSB. Embora afete, em alguma medida, partidos como o PP e o PDT, com esperança manifesta em se coligar com os petistas para enfrentar as urnas em outubro, a restrição imposta pelo partido do governador praticamente elimina da possibilidade de uma composição para as eleições de deputados o PR, partido do senador César Borges, em ritmo intenso de conversações com Wagner. O que significa dizer que, ainda que Borges se bandeie para o campo governista, seu PR não será beneficiário de nenhum acordo que contemple seus atuais e potenciais novos parlamentares. Entre petistas, a avaliação é de que, numa coligação para federal, o PR tomaria de cara quatro vagas de deputados do PT, o que os petistas consideram um indigno genocídio parlamentar. No campo estadual, o quadro seria ainda mais dramático porque os republicanos têm seis candidatos colocados, três dos quais frontamente contrários ao governo, incluindo aí os deputados oposicionistas Sandro Régis e Elmar Nascimento, este último, sem segredo dos petistas, no campo dos desafetos quase pessoais do governador, desde que foi preterido para a secretaria estadual de Agricultura. Fonte: Tribuna da Bahia