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domingo, julho 19, 2009

Salvador tem 11 roubos de carro por dia

Marjorie Moura l A TARDE
Fernando Amorim/Agência A TARDE

Estacionamento da delegacia especializada recebe um grande número de carros recuperados todos os dia
“Mesmo tendo recebido o dinheiro do seguro e comprado outro carro, ainda viro para olhar quando um Palio azul-escuro passa por mim na rua”, diz a auditora fiscal Déa Erlens, três meses depois que dois ladrões a assaltaram armados e levaram o carro dela, na Rua dos Maçons, Pituba. O veículo nunca foi encontrado.
A auditora é uma das 2.051 vítimas deste tipo de crime em Salvador no primeiro semestre deste ano – média de 11 veículos roubados por dia, segundo dados do Centro de Documentação e Estatística Policial, da Secretaria da Segurança Pública (Cedep-SSP).
Apesar de os dados revelarem uma queda da ordem de 12% de roubos, em relação ao mesmo período do ano passado (no primeiro semestre de 2008 foram 2.343 ocorrências), a redução ainda é tímida em relação ao salto ocorrido entre 2007 e 2008, quando os casos pularam da cifra de 1.331 para 2.343 roubos – uma alta da ordem de 76%.
E os números registrados pela Central de Telecomunicações da Polícia (Centel) este mês apontam para um quadro que chama a atenção para a ousadia dos criminosos: entre o dia 1º do mês e a sexta-feira, 17, A TARDE monitorou junto ao órgão que 114 motoristas foram assaltados – média superior a seis roubos diários. Somente no dia 8, foram 18, nos dia 2 e 7, ocorreram 17 assaltos e, no dia 10, 16 motoristas foram vítimas dos ladrões.
Os casos de furtos de veículos (nos quais os criminosos levam o carro ou o arrombam, para se apoderar de objetos ou equipamentos, na ausência do proprietário) totalizaram, ainda no primeiro semestre de 2009, 789 ocorrências (média superior a quatro a cada dia).
Sem investigação – Nos depoimentos de diversas vítimas ouvidas pela equipe de reportagem, é possível verificar que nos locais onde foram assaltadas é comum já terem ocorrido roubos de outros veículos sem que a ação desses bandidos seja detida.
Déa Erlens foi assaltada quando ia buscar a filha na casa de amigos, no Sábado de Aleluia, por volta das 18h30. Ela reduziu a velocidade num cruzamento da Av. Paulo VI quando teve o braço seguro pelo bandido. Obrigada a descer na Rua dos Maçons, ficou no calçada, sem saber o que fazer, até avisar familiares.
“Quando chegamos à delegacia, soubemos que dois carros tinham sido roubados naquele mesmo trecho, às 14h45 e às 17 horas. Por que eles não colocaram policiais ali antes de me roubarem?”, indagou a vítima.
De classificados na mão, o casal Marcos e Tânia* resolvia as últimas pendências de documentos na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos. Mas, o jornal era para procurar um novo apartamento.
“Moramos há muitos anos na Rua Oito de Dezembro, na Graça, e este é nosso segundo carro roubado. Na nossa rua, roubo de carros é constante. O primeiro, um Peugeot, sumiu depois que os ladrões nos sequestraram e deixaram no Barbalho”, disse Marcos. “O seguro pagou outro carro, mas a sensação ruim não passa. Agora, foi com nossa filha, que dirigia o carro novo que compramos e que foi roubado no mesmo lugar. O veículo foi deixado na Estação da Lapa sem danos, mas agora não dá mais. Vamos mudar para outro lugar”, ele declarou.
Glória* teve o Fiat Palio Weekend roubado no dia 1º de julho, ao sair do Banco do Brasil, em Pituaçu, transversal da orla, onde, soube depois, assaltos são comuns. No mesmo dia, à noite, os ladrões invadiram com o carro dela uma casa em São Cristóvão, perseguidos pela polícia. Dois fugiram e um morreu. A dona do carro só foi avisada pela seguradora alguns dias depois.
Fonte: A Tarde

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