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sexta-feira, julho 31, 2009

PMDB pode virar oposição na Assembleia

Fernanda Chagas
Após recesso de 30 dias, a Assembleia Legislativa da Bahia retoma os trabalhos na próxima segunda-feira (3). A dúvida, entretanto, que circula nos corredores do parlamento, é se a bancada do PMDB, diante das reiteradas afirmações por parte da legenda de lançamento de candidatura própria, se comportará ainda como situação ou se isso oficialmente só irá acontecer no final dos Encontros Regionais da sigla. As más línguas já apostam que o PMDB tende a ir para a oposição em bloco.
O deputado estadual Arthur Maia, por exemplo, que já é oposicionista declarado, num claro sinal de que, no que depender dele, o rompimento será concretizado o quanto antes, tratou de afirmar que o nome do ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima ao governo baiano é irreversível. “Diante dos números revelados na última pesquisa, onde Geddel passou de quatro ou cinco pontos no ano passado para um crescimento de quase 200%, enquanto Paulo Souto caiu 20 pontos e Wagner 10 a decisão de ser ou não candidato já não pertence mais a ele. Mais do que o dever, ele tem a obrigação de lançar a candidatura”, sentenciou.
O líder do PMDB na Casa, Leur Lomanto Jr., por sua vez, adotando um discurso muito mais ameno que do companheiro de partido, ao menos por enquanto, afirmou a declaração da candidatura de Geddel não mudará a relação entre os petistas e peemedebistas na Assembleia. Segundo ele, o PMDB continuará votando nos projetos que são a favor da Bahia, assim como permanece na base do governo.
Vale ressaltar que até mesmo o líder petista, Waldenor Pereira já defendeu o rompimento da tão “incerta” relação. “O PMDB e o ministro estão extrapolando o limite da tolerância de uma convivência política respeitosa. A manter este comportamento, seria mais ético o afastamento”, disparou. Assim como ele, o deputado estadual Zé Neto afirmou que vai encaminhar ainda esta semana ao presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo, um documento cobrando uma postura mais dura em relação à indefinição do PMDB sobre 2010.
“Está na hora do partido tomar uma posição. A indefinição do PMDB já está nos causando problemas administrativos, ultrapassando até a esfera política. O PT, em minha opinião, tem de exigir que o PMDB tome uma decisão antes de setembro”, destacou, complementando que “todo final de semana, o PMDB, nos seus encontros pelo interior, agride o governo Wagner. Agora, em Porto Seguro, os ataques chegaram a um nível de ofensa mesmo. O ministro Geddel chegou ao seu limite. É melhor ter um inimigo correto e leal do que um aliado desleal”.
Por fim, vale lembrar que pelo menos mais dois temas polêmicos deverão nortear os trabalhos da Casa logo a partir de agosto: as reivindicações dos trabalhadores da Sefaz em torno do subteto e de gratificações, uma pressão enorme do Sindsefaz; e a situação financeira do Estado com dívidas a empreiteiros, segundo deputado Gaban acima de R$570 milhões.
Uma outra questão ainda pendente na AL é a constituição das comissões temáticas. Vale, por ora, a decisão do Pleno do TJ, da proporcionalidade contando-se a data da eleição (outubro de 2006) e não quando o governador assumiu o cargo e a Assembleia começou a funcionar (fevereiro de 2007). A Procuradoria Jurídica da Casa entrou com recurso junto ao Pleno do TJ solicitando uma revisão desse procedimento, mas, até agora, a matéria não foi julgada.
O relator do processo, desembargador Eserval Rocha, até já deu seu voto favorável à manutenção da data da eleição, mas, a desembargadora Marta Karaoglan, solicitou vistas. Com isso, a próxima sessão judicante só deverá acontecer em meados de agosto, o que, consequentemente, será mais um impasse a ser administrado pela base governista.
Fonte: Tribuna da Bahia

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