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quarta-feira, março 11, 2009

PMDB corrupto! E qual não é?

João da Costa Vital

O PMDB com seu maior número de governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores recebeu, recentemente, uma acusação e/ou repreensão contundente de um de seus mais tradicionais filiados o senador Jarbas Vasconcelos-PE. Em entrevista à revista Veja, de maior circulação do país, o senador pernambucano generalizou dizendo que o PMDB é um partido de corruptos, que pratica o clientelismo, de olho nos cargos públicos, com o intuito de praticar atos de manipulação de licitações, concursos públicos dirigidos. É deprimente ouvirmos da boca de um parlamentar com mais de quatro décadas de atividades político/partidário.
É de se perguntar ao "nobre" senador Jarbas. Qual o partido político do país não é corrupto? Quer um partido mais corrupto do que o PP de Pedro Henry? E o PSDB de Eduardo Azeredo/MG e Mário Couto/PA? E o PTB de Roberto Jefferson e Fernando Collor? E o PRTB e seus candidatos/integrantes à Câmara Municipal de Cuiabá? Não podemos generalizar, sabemos que todos os partidos abrigam corruptos, mas a grande maioria é de pessoas de inteireza de caráter. Se não estás contente com o partido, deixe-o, mas será difícil encontrar outro partido totalmente imaculado. Pelo menos assim pensa este articulista que já foi convidado para se filiar a alguns partidos e não aceitou, visto que não acredita na credibilidade não da sigla em si, mas por não querer se misturar a corruptos e por entender que jornalista e articulista para se posicionarem com imparcialidade não podem se filiarem a partidos políticos.
Temos observados aqui e alhures escrevinhadores da nossa imprensa, inclusive uma que aqui escrevia promovendo movimentos para vaiar o presidente Lula quando da sua vinda a Cuiabá, criticou sempre os integrantes do PT, por ocasião dos "valeriodutos e mensalões". Mas, essa mesma pessoa, hoje com um blog espalhado com propaganda via Google pelo país afora, com sua parcialidade não sabe criticar a governadora do Rio Grande do Sul, Ieda Crusius/PSDB, denunciada por atos corruptos do seu governo; não criticou o senador Eduardo Azeredo, que deu início ao mensalão; FHC que promoveu um festival de toma-lá-dá-cá, para a sua reeleição; a inoperância do atual prefeito de Cuiabá, onde lixo e buracos estão espalhados pelas vias públicas, o Centro Comunitário do Residencial Coxipó está sem água e energia elétrica, a Secretaria de Trânsito só sabe multar, inverter itinerário de ônibus e de ruas. Trafegar pelos poucos trevos da Miguel Sutil é uma calamidade, uns com preferenciais e sem semáforos, outros com semáforos. A sinalização horizontal quase não existe. Tartaruguinhas colocadas em locais inadequados, etc. A parcialidade e a leviandade de quem se dirige ao leitor tira a credibilidade do órgão a que pertence. Esses tipos de articulistas jamais poderiam ser remunerados, mas sim pagar para escrever suas insignificâncias. Não somos parciais a ponto de dizer que o PMDB de Renan Calheiros, Sarney seja íntegro. Mas temos o PMDB de Ulysses Guimarães, de Michel Temer, de Pedro Simon, que merece credibilidade.
Acredito que as divergências políticas estão na raiz de todos os partidos políticos. Há sinais tácitos dessas divergências até nos primeiros clubes pré-republicanos, criados em 1870, com a tarefa de propagar esse regime de governo, cujo anseio mobilizaria parte da elite brasileira. À época discrepâncias marcaram a intervenção dos militares na proclamação da República e a introdução da República Velha, cujo peso político nivelava seu prestígio com o Palácio do Catete no Rio de Janeiro.
Com certeza essa atitude leviana do senador Jarbas Vasconcelos cairá no vazio até porque foi uma acusação generalizada. Repito, a corrupção está disseminada por todos os partidos do nosso país, uns mais acentuadamente, outros menos. Fala-se tanto de reforma política. Precisamos muito mais de uma reforma partidária, de uma revisão ética, com mecanismos que permitam à sociedade controlar melhor seus representantes. Hoje com o pluripartidarismo tudo piorou. Há um fosso enorme entre o povo e seus representantes. O que existe no Brasil é uma plutocracia e não democracia.
João da Costa Vital é Contador, Pedagogo, Jornalista e Analista Político.
Fonte: A Gazeta (MT

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