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quinta-feira, março 26, 2009

Construtora Camargo Corrêa é responsável pelo metrô de Salvador

Vítor Rocha, do A TARDE


A Camargo Corrêa é uma das principais empreiteiras do País, competindo com a gigante Odebrecht em obras nacionais. Na Bahia, é líder do Consórcio Metrosal, responsável pela construção do metrô de Salvador. Tem parceria com a Siemens e a Andrade Gutierrez na obra que se arrasta por dez anos e sofre embargos do Tribunal de Contas da União (TCU) por conta de irregularidades. Depois de prisão de quatro diretores e duas secretárias da empresa, na quarta-feira, 25, a Prefeitura de Salvador divulgou uma nota garantindo a fiscalização dos trabalhos do consórcio. “A execução da obra é acompanhada por auditorias do TCU, cujas determinações têm sido rigorosamente acatadas pela atual administração”, relata. Como exemplo, a nota cita a retenção de R$ 50 milhões determinadas pelo órgão e prontamente acatada pelo poder público municipal. A nota, assinada pela Secretaria Municipal de Comunicação, promete manter o mais novo prazo de finalização da obra para outubro deste ano. “A prefeitura estará atenta para que o citado fato não venha resultar em prejuízos para o andamento da obra, de modo a garantir a sua conclusão no prazo recentemente anunciado”, completa.A TARDE entrou em contato com o Metrosal para verificar se há possibilidade de rompimento de contrato ou remarcação de lançamento do metrô. A assessoria de imprensa alegou que a única manifestação do consórcio é uma nota oficial que nada trata sobre o metrô: “O grupo reafirma que confia em seus diretores e funcionários”, resume. A empresa alega gerar 60 mil empregos no Brasil e nos 20 países em que atua e aproveitou para repudiar a forma como foi conduzida a operação da PF. A Camargo Corrêa também foi uma das vencedoras da licitação para as obras de transposição do Rio São Francisco, submetidas ao Ministério da Integração Nacional, liderado pelo baiano Geddel Vieira Lima (PMDB). Ela venceu o lote 9, com trecho de 54 km. Mas o TCU condicionou a assinatura do contrato a uma redução de 7% do valor. A empresa reagiu e pediu um reajuste, negado pelo ministério. A Camargo Corrêa, pôr fim, resolveu abrir mão do contrato e foi substituída pela Engesa.
Fonte: A Tarde

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