Glauber Braga encerra greve de fome de mais de 200 horas após acordo com presidente da Câmara e anuncia próximos passos
Depois de 8 dias em greve de fome, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) acatou a decisão da plenária popular de apoiadores e encerrou a greve de fome. Glauber estava sem se alimentar há mais de 200 horas, em protesto contra o processo de cassação golpista aprovado pelo Conselho de Ética da Câmara.
O acordo foi firmado com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos- PB). A costura foi feita pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).
Pelo acordo, o caso de Glauber não será analisado neste primeiro semestre.
Sâmia abriu a plenária, realizada no Plenário 5 Casa, onde Gla…
Fonte: Inteligência Brasil Imprensa IBI
Nota da redação deste Blog - A injustiça como instrumento de poder e a força implacável da lei do retorno
Em tempos sombrios, quando a ética se dobra à conveniência política, é comum vermos indivíduos que se aproveitam do poder institucional para punir sem qualquer elemento comprobatório, movidos por interesses mesquinhos ou sede de vingança. Esquecem-se, contudo, de que a injustiça, ainda que demore, cobra seu preço – pois a lei do retorno não falha.
Um exemplo recente e emblemático foi o do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), que, em protesto contra um processo de cassação considerado por muitos como golpista e sem base legal concreta, enfrentou mais de 200 horas em greve de fome. Sua atitude, de coragem extrema, escancarou não apenas a arbitrariedade do processo, mas também o estado de exceção que ameaça se instaurar no Legislativo brasileiro, onde a vontade de punir suplanta o compromisso com a verdade.
O desfecho temporário desse episódio veio com um acordo entre os parlamentares e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), intermediado por Sâmia Bomfim e Lindbergh Farias. Ficou acertado que o processo contra Glauber não será analisado neste primeiro semestre. Uma vitória parcial, sim, mas que aponta para a mobilização da sociedade e da política como instrumentos de resistência.
A punição sem provas é a arma dos fracos, dos que temem o contraditório e desejam eliminar vozes dissonantes. São esses os agentes da injustiça, que hoje agridem o devido processo legal e amanhã serão vítimas daquilo que plantaram. Porque quem governa ou julga com ódio, perseguindo, humilhando ou usando a máquina para destruir adversários, constrói o próprio abismo.
A história está repleta de exemplos. Nenhum tirano se sustentou para sempre. Nenhum injusto terminou em paz. Quando o poder é usado para oprimir em vez de servir, é apenas uma questão de tempo até que a verdade venha à tona e o retorno se cumpra.
O caso de Glauber é simbólico: um alerta para os que ocupam cargos públicos. A cadeira que hoje é símbolo de poder, amanhã pode ser o banco dos réus. A assinatura de uma injustiça pode ser o início da ruína pessoal e política. Quem semeia perseguição, colherá desgraça. A consciência dos justos pode pesar, mas a consciência dos culpados afunda.
Aos que ainda usam a caneta para perseguir, lembrem-se: a justiça dos homens pode falhar, mas a justiça do tempo, não. E a lei do retorno... essa é infalível.