BRASÍLIA - Agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) que prestaram depoimentos sigilosos ontem à CPI das Escutas Clandestinas da Câmara confirmaram que a Polícia Federal possui um segundo sistema de armazenamento e análise de interceptações telefônicas, além do chamado "guardião". Sem revelar o nome do sistema, utilizado pela PF durante a Operação Satiagraha, um dos agentes afirmou que teria partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a determinação para que a Polícia Federal realizasse a operação -que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o ex-prefeito Celso Pitta (SP) e o megainvestidor Naji Nahas.
No depoimento sigiloso, o agente Lúcio Fábio Godoy de Sá disse aos deputados que foi informado pelo delegado Protógenes Queiroz de que teria partido de Lula a orientação para a realização da Satiagraha. O presidente estaria preocupado, segundo o agente, com investigações em torno do seu filho Fábio Luiz da Silva, conhecido como Lulinha.
O depoimento de Godoy faz ganhar força a versão de que Protógenes teria investigado ilegalmente autoridades dos três Poderes, como revelado pela revista "Veja". Além de Lulinha, a PF teria investigado os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), o ex-ministro José Dirceu, o governador José Serra (São Paulo) e o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes.
A CPI quer esclarecer a denúncia com Protógenes, que presta depoimento à comissão na quarta-feira, dia 1º. "O Protógenes vai ter que dizer se foi ele que disse isso sobre o presidente Lula. Por que essa operação da Polícia Federal teve esse tamanho?", questionou o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).
Os deputados também querem saber detalhes do segundo suposto sistema de armazenamento e análise de áudios em posse da PF, além do guardião. No depoimento sigiloso prestado à comissão, Araújo disse que realizou transcrições de áudios no outro sistema, mas disse não ter conhecimento do seu nome nem das funções que poderia executar.
O sistema guardião permite à PF analisar o conteúdo dos grampos realizados durante as investigações policiais. Os grampos são executados pelas operadoras telefônicas, mas analisados pelos policiais federais em meio às operações.
O presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), disse que os depoimentos dos agentes mostraram que a Operação Satiagraha não seguiu os "ditames normais" previstos pela PF. "A CPI vem demonstrando uma série de atos praticados que estão em desacordo com as normas e a legislação. Não temos o objetivo de condenar quem quer que seja, estamos apontando fatos doa a quem doer", afirmou.
Fonte: Tribuna da Imprensa
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