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sábado, julho 12, 2008

Uma doença chamada internet

Eli Halfoun
"Agora eu sei e posso saber sobre tudo" é mais ou menos isso o que o internauta pensa desde que teve acesso a todo tipo de informação prestada através de um simples e rápido acesso aos milhares de sites disponibilizados diariamente. Não se pode negar que a internet é um maravilhoso avanço tecnológico que nos abriu as portas do mundo, mas não nos fez tão sábios quanto acreditamos estar. Pelo contrário: às vezes o fácil acesso a todo tipo de informação e orientação é mais um complicador em nossas vidas.
Ao mesmo tempo em que a internet nos permite viajar pelo mundo tem sido também uma poderosa e perigosa arma. Todo dia mais bandidos se especializam em criar novos golpes via internet e por mais que sejamos orientados a não abrir qualquer mensagem ou estabelecer conexão com sites não confiáveis somos assaltados e violentados através da máquina que só é nociva porque é comandada pelo homem - esse homem que continua produzindo guerras, manuseando armas e fazendo de sua própria vida um inferno.
A mesma internet que nos oferece informação, conforto e comodidade comprar, vender, ler e "viajar" é a que nos bombardeia dia e noite com todo tipo de vírus como se fossem novas balas perdidas, na verdade nunca nem tão perdidas assim porque sempre fazem vítimas inocentes. Esse é só mais um dos problemas que criamos simplesmente porque apressados como costumamos ser achamos que podemos e devemos entender de tudo.
Um dos graves problemas criados via internet é a busca à explicação e orientação sobre doenças. A gente ouve falar em algum sintoma ou recebe um diagnóstico laboratorial corre logo até a internet para saber o que a doença significa. Como costumamos nos achar mais espertos do que a esperteza, entendemos tudo errado (quem entende de doenças é médico e assim mesmo nem sempre). Informações médicas são complicadas e deveriam estar restritas aos profissionais especializados. Com ou sem internet, a vida nos tem ensinado uma regra básica: a do cada macaco no seu galho. Toda vez que tentamos pular para o galho dos outros a conseqüência é uma queda e um ferimento desnecessário. É comum criar uma sofrida preocupação por conta de uma informação médica buscada através da internet e o que pode ser uma doença sem a menor gravidade acaba virando prenúncio da morte.
Aliás, esse tem sido também um problema criado nos laboratórios: os pacientes costumam abrir os resultados de exames e sofrem muitas vezes sem motivo: resultados de exames laboratoriais deveriam vir lacrados e entregues somente ao médico que os solicitou que é quem realmente sabe o que está escrito. Talvez, como eu, você já tenha presenciado alguém ficar nervoso e até passar mal ao ler o resultado de um exame que com palavras complicadas. A linguagem médica é estranha a ponto de fazer de uma dor de barriga uma terrível gastroenterite, que, convenhamos, é uma definição realmente assustadora, assim como é a esteatose, (gordura no fígado) um mal que os próprios médicos nem consideram tão grave assim.
Não se deve em hipótese alguma limitar qualquer tipo de acesso aos sites porque seria estabelecer censura e nenhum avanço tecnológico pode nos tirar o que temos de mais precioso: a liberdade. Nós, internautas, é que devemos aprender a nos dar limites, o que significa buscar apenas o que podemos entender para que não nos deixemos influenciar por qualquer tipo de informação. Afinal, ninguém atravessa a rua com o sinal verde para os carros? É esse o tipo de limite que cada um de nós deve buscar para não ser atropelado em qualquer movimentada "esquina" da internet. Estar informado não é uma só uma questão de sabedoria.* É também de bom senso
Novo hotel
Ainda há quem acredite no chamado turismo interno. É o caso do grupo paulista do hotel Emiliano, que disputa com o Fasano a preferência dos endinheirados paulistanos. Agora o grupo decidiu investir em um hotel de turismo e construirá um novo espaço em Paraty, o balneário histórico muito visitado pelos endinheirados de São Paulo. O novo hotel será erguido distante do centro histórico e promete ser um dos mais luxuosos do mundo com um projeto muito especial e moderno.* Como os riquinhos gostam
Haja propaganda
A Embratur tem investido alto na tentativa de atrair mais turistas ao Brasil: gasta R$ 30 milhões por ano em promoção, incluindo a realização de, entre outras coisas, pelo menos 30 eventos. Seria ótimo se a loucura de nossos aeroportos e a violência desenfreada não fizesse das viagens um terrível pesadelo. * Assim não tem turista que se entusiasme
Mais fé
Não é só a fé dos fiéis que o missionário R. R. Soares tem conquistado com seus programas de televisão pelos quais, aliás, paga caro. Mesmo investindo alto na televisão ainda sobra muito dinheiro, o suficiente para a compra de mais um terreno na Avenida Presidente Wilson, em São Paulo. Não local, onde funcionava uma fábrica da Antarctica o missionário construirá o maior templo de sua igreja, a Internacional da Graça de Deus. O missionário tem muitos outros planos de expansão e há inclusive quem já fale em uma possível sociedade com o grupo da Central Nacional de Televisão, a CNT. Explorar a fé ainda é um grande negócio.* Principalmente na religião e na política
Máfia em capítulos
A máfia, que já inspirou tantos filmes e livros, pode chegar agora, em capítulos, a televisão. É que a Rede Record estuda, através do diretor Ignácio Coqueiro, a possibilidade de transformar em novela o romance "Honra ou vendetta", do jornalista Silvio Lancelotti, que poderá inclusive fazer uma participação especial como ator. A Record estuda inclusive a possibilidade de gravar parte da novela no exterior, mais exatamente na Itália e nos Estados Unidos, até porque Record quer conquistar mais espaço internacional.* Em nome de Deus
Adeus carência
Os cada vez mais complicados e complicadores planos de saúde podem perder uma poderosa arma que utilizam para evitar que o consumidor insatisfeito (ou seja, todos), troque de plano. Tudo indica que uma nova norma da Agência Nacional de Saúde acabará com a proibição de migrar para outro plano. As novas determinações, que devem ser oficializadas mês que vem, darão fim aos prazos de carência, o que significa que o associado poderá mudar de plano na hora que bem entender. De qualquer maneira os planos de saúde continuarão fazendo jogo duro.* Até porque os verdadeiros doentes são eles, os planos
Mais colesterol
Embora todo mundo saiba que os sanduíches e outras gordurosas ofertas dos chamados fast-foods são um veneno para a saúde, as lanchonetes desse tipo encontram um excelente mercado no apressado Brasil, especialmente no Rio e em São Paulo. Tanto é assim que mais duas famosas cadeias de lanchonetes americanas ameaçam instalar-se breve por aqui, como aconteceu recentemente com a Burguer king. As novas lanchonetes são a Wendy's, conhecidas no EUA por seus colossais sanduíches, e a Taco Bell, que tem a comida mexicana com adaptações como base. Os novos e gordurosos negócios não param por aí: a rede Bob's está adquirindo a Pizza Hutt, que tem no dellivery seu maior volume de vendas.* Uma festa para os cardiologistas
Nova onda
É verdade que muitos dos livros lançados por celebridades não tem o menor valor literário, mas mesmo assim (ou talvez por isso) escrever virou uma espécie de mania nacional. Agora é a atriz e socialite Alexia Deschamps quem se aventura na literatura: está escrevendo um livro sobre Búzios, onde passou muito tempo freqüentando na infância e adolescência as festas para celebridades que nos anos 60 eram organizadas por sua mãe, Renata Deschamps. No livro Alexia, que fala de muita gente famosa e confessa que morria de medo do cineasta Glauber Rocha: "Quando ele aparecia - diz - eu corria e me escondia. Ele estava sempre mal vestido, sujo e com jeito de mendigo".* O que prova que a aparência não significa muito
Bolsas em alta
A bolsa ou a vida está cada vez mais em alta e não só nas ruas. As novas emergentes da sociedade é que estão dando a vida para desfilar com uma bolsa de grife. Com a chegada das lojas Hermes, Furla e Longchamps ao Brasil a corrida por uma bolsa aumenta: modelos Louis Vuitton, Prada e Chanel estão custando cerca de R$ 15 mil cada, o que não espanta a freguesia, especialmente a que pode parcelar suas vaidade nos cartões de crédito. Bolsas de crocodilo com ferragens em ouro branco da grife Birkin estão custando a bagatela de R$ 196 mil.* Pior: tem quem pague
Cabeça quente
Embora a violência que acontece no Rio ganhe mais publicidade, a população paulista também está à beira de um ataque de nervos: segundo recente pesquisa da Universidade Federal de São Paulo, 6% dos paulistanos sofrem de algum transtorno mental decorrente da violência, o que significa que 650 mil dos 10,8 milhões de moradores de São Paulo estão mal de cabeça e 90 mil estão na fase de um estado clínico grave. A pesquisa revela ainda que dos entrevistados muitos foram vítimas de assaltos, seqüestros relâmpagos e outras barbaridades. Antigamente paulista estressado podia vir ao Rio para descansar.* Agora nem isso
eli.halfoun@terra.com.br
Fonte: Tribuna da Imprensa

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