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sábado, maio 03, 2008

Exército de prontidão

De plantão nas matas do Leme para impedir ataques ao Forte Duque de Caxias, militares fazem alerta à polícia para não ser confundidos com traficantes no caso de tiroteio durante a noite
Paula Sarapu
Rio - Para evitar que traficantes refugiados na mata dos morros Chapéu Mangueira e da Babilônia, no Leme, se aproximem do Forte Duque de Caxias, sentinelas do Exército estão em posições estratégicas desde o início da semana. Policiais do 19º BPM (Copacabana) e do Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais (Gpae) chegaram a ser alertados, por telefone, para ter cuidado nas operações e não “confundir” os militares do Corpo de Guarda com bandidos que têm feito da mata campo de batalha desde o dia 21.O subcomandante do Centro de Estudos de Pessoal do Exército, que funciona dentro do forte, coronel Nilson Rodrigues, disse que “a área militar é sempre reforçada quando há conflitos de gangues”, mas que não há riscos à segurança da base. A área militar na Rua Coelho Cintra, onde ficam as casas de militares sobre o túnel que liga Botafogo a Copacabana, também está em alerta. A polícia afirma que os bandidos invasores chegam e fogem das comunidades por lá.Há dois dias, os moradores do Leme não escutam tiroteios. O Serviço Reservado do 19º BPM tem informações de que o bando invasor, ligado a José Ricardo Ribeiro Rosa, o Cagado, teria deixado o Morro da Babilônia, tomado dos rivais há cerca de 15 dias. PMs do Gpae continuam ocupando as duas favelas e o bairro está com policiamento reforçado.Os intensos confrontos têm alterado a rotina dos moradores. Um casal que mora no fim da Rua General Ribeiro da Costa contou que, para chegar em casa, prefere seguir pela Rua Gustavo Sampaio e entrar pela contramão da Rua Anchieta. Tudo isso para não passar em frente à Ladeira Ary Barroso, um dos acessos às favelas.Já a professora Luciana Almagro, 32 anos, evita cortar caminho na volta para casa, quando sai do Shopping Rio Sul. “Por causa da mata, por onde eles entram e saem da favela, a gente decidiu trocar o caminho. Pegamos mais engarrafamento, mas não subimos pela Coelho Cintra”, disse ela, ao lado da sobrinha Júlia, 8, que está fora de casa desde a invasão. “Ela mora na Ladeira e não quer voltar. Está muito impressionada.”A estratégia dos taxistas é não passar pela Rua Coelho Cintra — antigo ponto de descanso — em alguns horários. “Qualquer movimento na mata, mesmo durante o dia, já chama nossa atenção. Tenho medo que ‘bonde’ pegue nossos táxis para fugir”, contou F., taxista há 15 anos. Câmeras de vigilância e rádios de comunicaçãoNa próxima reunião do Conselho Comunitário de Segurança, marcada para o dia 20, o presidente da Associação de Moradores e Amigos do Leme, Francisco Nunes, vai solicitar à polícia a instalação de câmeras de monitoramento no bairro. Ele também pretende discutir com moradores dois projetos de prevenção: a compra de rádios de comunicação para os porteiros e comerciantes e a contratação de serviço de empresa de segurança.“Vamos aproveitar a superexposição do bairro para sugerir a formação de cinturão de segurança. Se ganharmos câmeras nas avenidas Atlântica e Princesa Isabel, as viaturas poderão ser deslocadas para as ruas do bairro. E quem sabe não podemos comprar rádios e espalhar pelas ruas para, a qualquer anormalidade, conseguirmos uma pronta ação?!”, afirmou Francisco, que diz que os custos poderão ser divididos entre os moradores. Ele também quer sugerir a instalação de linha de telefone direta com o batalhão.PLANO INCLINADO DE GRAÇAA disputa pelas bocas-de-fumo das favelas do Leme não será empecilho para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Chapéu Mangueira e na Babilônia, garante o vice-governador e secretário estadual de Obras, Luiz Fernando Pezão. “Conforme as obras forem avançando, a situação vai mudar. A comunidade quer a obra, e nós venceremos esta guerra”, afirmou. Entre as melhorias está um plano inclinado até o alto do morro, onde um mirante será revitalizado. Cerca de 750 famílias serão beneficiadas. Os moradores não pagariam para viajar no bondinho: a passagem só seria cobrada de turistas. O PAC prevê também reurbanização de vias.O Morro da Babilônia ganhará um reservatório para tentar acabar com os problemas de falta d’água. Casas localizadas em área de proteção serão retiradas. Já na entrada do Chapéu Mangueira, o PAC vai construir um Centro Comunitário com auditório, salas de aperfeiçoamento profissional e quadras poliesportivas. A Rua do Rosário, ligada à Babilônia, também seria reurbanizada. Assim como na primeira fase, o PAC também promoverá pavimentação e drenagem.
Fonte: O Dia

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