Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Farra toma conta da Barra no 1o dia de Carnaval

Largada para a festa foi dada pela banda Asa de Águia, com o bloco Cocobambu, por volta das 18h de ontem


Cilene Brito
Antes mesmo da abertura oficial do Carnaval pelo prefeito João Henrique, a folia já tomava conta do Circuito Dodô(Barra/Ondina). A largada para a festa foi dada pela banda Asa de Águia, com o bloco Cocobambu, por volta das 18h. Sob o comando do cantor Durval Lelys, o trio arrastou uma multidão animada. O clima era de expectativa e de euforia pelo primeiro dia da festa.
O desfile seguiu com o bloco Trimix, com a banda Trem de Pouso, e grandes atrações como Ivete Sangalo, com o Cerveja & Cia, Margareth Menezes, no Os Mascarados, Banda Eva, com Nu Outro, e Psirico, no bloco Alô Inter. A noite foi encerrada com a banda Vixe Mainha , puxando o bloco Siri com Tódi. O início do desfile do circuito atrasou em uma hora, por conta do cancelamento das duas primeiras atrações previstas para desfilar antes do Cocobambu. Os engarrafamentos, nas principais ruas e avenidas no entorno do circuito, também causaram transtornos e muitos foliões chegaram atrasados para a saída dos blocos.
Os contratempos, no entanto, não pareciam deixar ninguém irritado. Tudo acabou em festa. Afinal, o Carnaval está apenas começando e ainda há muita coisa para rolar nos cinco dias de folia. Dentro ou fora das cordas, a alegria era contagiante. “Hoje é só festa até o dia amanhecer. Nada pode estragar esse primeiro dia de Carnaval”, disse a estudante Suzana Gomes, 22 anos, que não chegou a tempo de ver a saída do seu bloco e saiu correndo para alcançá-lo. O primeiro dia do Carnaval parecia mesmo deixar os foliões eufóricos.
Aos berros e pulos, o estudante carioca Márcio Amorim, 19 anos, comemorava o seu terceiro ano como folião do Cocobambu. “Isso aqui é o melhor lugar do mundo, meu rei!”, dizia, enquanto pulava abraçado com os amigos.
Na concentração dos blocos, no Farol da Barra, muita gente chegou cedo para acompanhar a saída dos trios. “Meu bloco é o oitavo, mas vim cedo para ver as outras atrações. É muito bom ficar aqui e ver essa movimentação. A energia é muito boa”, comentou a administradora de empresas, Suelem Monteiro, 31 anos. O mesmo fez a manicure Patrícia Santana, 34, que chegou no local por volta das 17h. “Não saio em nenhum bloco, mas gosto de ficar aqui. É o melhor lugar para ver os trios”, comentou.
Foliões relembravam os antigos hits da festa e colocavam em prática as coreografias que deverão fazer sucesso na folia deste ano. No meio da passarela, um grupo de amigas abriu uma roda para ensaiar alguns passos. “Dançar aqui no meio da rua é bem melhor do que qualquer outro lugar. No Carnaval, a gente pode fazer o que quiser. É o momento de se liberar”, garantiu a auxiliar de enfermagem Rita de Cássia dos Anjos, 28.
Em plena quinta-feira, a primeira noite de Carnaval tinha gosto de aquecimento. Muitos foliões foram para o circuito direto do trabalho. Foi o caso da recepcionista Ana Cláudia Santos, 24 anos. “Estava contando os minutos para acabar o meu expediente só para vir para cá. Para mim, esse é o melhor circuito do Carnaval”, comentou.
***
Atrasos marcam a folia no centro
Ciro Brigham
O início dos desfiles na noite de ontem tinha tudo para fugir à regra, mas não conseguiu: a tradição do atraso, por enquanto, permanece intacta e inviolável como atração à parte do Carnaval soteropolitano. O Bloco da Capoeira, primeiro previsto para desfilar, perdeu o posto de “abre-alas” por causa de problemas com o trio elétrico Fênix, barrado pela inspeção e substituído às pressas. Mais de uma hora e meia depois do horário previsto (20h), a abertura ficou por conta do Bloco da Camisinha, puxado pela Tribahia com a cantora Carla Cristina, no trio Voyage.
Sem condições de sair para a avenida por problemas técnicos, o trio Fênix foi barrado na inspeção ao final de tarde. Às 20h40 o veterano Tonho Matéria, que este ano completa bodas de prata em carnavais, não escondia a decepção. “Já era para a gente estar saindo, estava tudo montado e pronto, mas tivemos que passar todo o equipamento para o trio Magia”, disse, enquanto fazia uma previsão nada otimista de sair dali a uma hora e meia.
A coordenação de pista decidiu e o Bloco da Camisinha – sem cordas – passou à frente e abriu os desfiles no Campo Grande com oito mil foliões e uma missão: pregar o uso da camisinha e o sexo seguro. “É o nosso 13º carnaval. Temos cientistas, artistas, intelectuais, prostitutas – todos pelo controle e prevenção das DSTs e Aids”, avisava o coordenador do bloco, Mittermayer Galvão, diretor da Fundação Oswaldo Cruz em Salvador.
Segundo a desfilar, o Bloco da Capoeira levou para a rua mais de cem grupos de capoeira embalados por 70 percussionistas vestidos de branco no chão e músicos de terreiro de candomblé no trio, misturando ritmos como samba-reggae, samba duro, salsa e merengue, tudo na regência de Bira Jackson – com sua cabeleira azul que ele chama de “Ogum de Prata”, feita no salão de Negra Jhô. Convidados de Tonho Matéria, Lucas de Fiori (Olodum), Guiguiu (Ilê Aiyê), Dado Brazaville (Ex-Ara ketu) e Paulinho Feijão (ex-Ilê) ajudaram a puxar a turma.
A noite de quinta-feira ainda reservou aos foliões atrações de peso, dentre elas, nomes do samba como Belo (Bloco das Baianas), Dudu Nobre, Arlindo Cruz e Diogo Nogueira (Alerta Geral), Exaltasamba(Pagode Total), Nelson Rufino (Amor e Paixão), Grupo Revelação e Fundo de Quintal (Proibido Proibir), além da eterna musa travesti Leo Kret, dançando com o Saiddy Bamba (Big Bloco do Gueto).
***
Turistas invadem Pelourinho
Carmen Azevêdo
Ele começa devagar, devagar. São 16h, quinta-feira de Carnaval, e ainda nem sinal de folia no Circuito Batatinha. A não ser pela quantidade de pessoas que circulam pelo local – tem gente do mundo inteiro. As mais de 40 trançadeiras do Terreiro de Jesus comemoram, ambulantes também. Os turbantes dos Filhos de Gandhy estão sendo artesanalmente elaborados, até que a primeira bandinha passa. As marchinhas de antigamente são entoadas uma após outra. No estilo Varre, varre vassourinha, começa o Carnaval no Pelourinho.
Aumenta aos poucos o número de pessoas que circulam pelas praças Municipal, da Sé, Terreiro de Jesus, além da Rua das Laranjeiras, Gregório de Mattos, entre tantas outras. O público: turistas dos quatro cantos do mundo e baianos de alma tranqüila. Segundo a Polícia Militar, no ano passado, foram registradas apenas sete ocorrências em seis dias de folia. Dessas, uma era de prestação de socorro. Mesmo assim, 2.512 policiais fazem a segurança do Centro Histórico até a terça-feira. O pico será o domingo, quando 429 deles estarão de plantão – número superior à média dos 350 diários.
Entre os freqüentadores assíduos, famílias, crianças, “gringos” de pele bem alva. Uma delas, a inglesa Ali Pretty, que não revela a idade, diz que é simplesmente “brilhante” a atuação dos Filhos de Gandhy – 15 deles que desfilam seguindo o cortejo que encerra o 4º Encontro Internacional de Capoeira – Gingamundo, evento que reuniu capoeiristas do mundo inteiro. A designer diz que já veio aqui em 2002 e desde então não desprezou o desejo do retorno.
Mesmo para quem não é daqui, as novidades se encadeiam. A baiana Sueli de Oliveira, 49 anos, diz que a cada ano se surpreende com as bandinhas. Ela acompanha o grupo da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz), que puxa cerca de 300 pessoas pelas ruas do Centro. Cada uma pagou R$10 pela camisa. “Só o pessoal da limpeza da Sefaz não pagou”, diz Janete Lima, a assessora do secretário e organizadora do evento.
A bandinha parte às 15h da entrada do órgão, próximo à Rua Carlos Gomes, percorre as ruas do Centro Histórico, sobe e desce ladeiras. Os foliões se divertem, a ação do álcool ajuda. “Tem que ser cervejinha bem gelada”, diz um dos seguidores que prefere não se estender na entrevista.
O intenso consumo alcoólico carnavalesco contribui para o “astral” dos ambulantes. Após fazer um “projeto piloto” no ano passado, André de Santana, 23 anos, levou R$300 em mercadorias para serem vendidas este ano, incluindo cervejas, refrigerantes e água mineral. “O que mais vende aqui é cerveja. Tenho que vender tudo até o final do carnaval”, estabelece.
As trançadeiras, por sua vez, consideram o primeiro dia ainda fraco para os negócios. “Só fiz cinco tranças hoje”, reclama Ana Moçambique, 40 anos. Ela diz que em “dia bom”, faz pelo menos umas dez. Coloca a culpa na concorrência. “Carnaval aqui é muito bom, tem muito paulista, carioca. Só que enche de trançadeira que nunca andou por aqui”.
***
PROGRAMAÇÃO de hoje - Circuito dodô (barra-ondina)
A partir das 10h
Bloco AtraçãoHappy Bafafá e Tio PaulinhoBaby-Tribala TribahiaNana Banana Chiclete com BananaTimbalada TimbaladaCocobambu Banda EvaAcadêmicas D+ A ZorraAlô Inter Negra CorCerveja & Cia. Ivete SangaloFissura Voa DoisEu Vou Babado NovoTrio Expresso 2222 Gilberto Gil, Lulu Santos e Jorge Ben JorA Barca Chica FéYes Bahia Clube DJ TiëstoNú Outro RapazollaTrimix NetinhoFrenesi/Carcará.biz Double You e Simone SampaioMulekera/Requebra Alexandre PeixeUniversitário MotumbáTraz a Massa SaidybambaNadando em Águas -Siri com Todi Ara KetuMicrotrio -
Fonte: Correio da Bahia

Em destaque

Chega de Pilantropia! Já é hora de hospital e universidade pagar INSS

Publicado em 3 de maio de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email Charge do Nef (Jornal de Brasília) Rômulo Saraiva Fol...

Mais visitadas