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quinta-feira, junho 24, 2010

Despesa no Sul é 78% maior que no Nordeste

Habitação, alimentação e transporte consomem cerca de 75% da renda das famílias paranaenses, gaúchas e catarinenses

Publicado em 24/06/2010 | Cristina Rios

A pesquisa do IBGE mostra diferenças significativas entre as regiões quando o assunto é despesa familiar. As famílias do Sul gastam em média 78% mais do que as do Nordeste. Os gastos mensais dos sulistas somam de R$ 3.030,44, contra 1.700,26 dos nordestinos. O Sul gasta em média 15% a mais do que a média brasileira – de R$ 2.626,31 – e fica atrás apenas do Sudeste (R$ 3.135,80).

A diferença é fruto também da desigualdade de renda entre as regiões, lembra o analista do IBGE José Mauro de Freitas. “Mesmo com os avanços nos últimos anos ainda há uma enorme distância entre o Sul e o Nordeste em termos de receita das famílias. O Sul gasta mais porque também ganha mais”, diz. Enquanto no Sul o rendimento médio é de R$ 3.050,82, no Nordeste esse montante é de R$ 1.764,62.

De acordo com o levantamento, o gasto médio das famílias no Paraná é de R$ 2.818,42, bem abaixo das que moram no Distrito Federal, que lidera o ranking, com R$ 3.963,99 por mês – 50,9% superior à média nacional. Em seguida, estão Santa Catarina (R$ 3.509,58) e Rio de Janeiro (R$ 3.386,78). Por sua vez, Alagoas (R$ 1.223,94), Ceará (R$ 1.431,96) e Maranhão (R$ 1.466,96) têm as menores despesas mensais.

Ativos

Investimento em imóvel tem mais relevância

O avanço do crédito imobiliário e da renda fez crescer, nos últimos anos, o investimento das famílias em aquisição e reforma de imóveis, revela a Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE. A fatia do orçamento destinada ao item chamado de “aumento do ativo”, no qual estão inseridos os gastos com a casa própria, subiu de 4,8% para 5,8%, desde 2002-2003. Para Sônia Rocha, economista do Iets, as mudanças nas regras do setor – como a que permite retomar imóvel em caso de inadimplência – e a estabilidade da economia permitiram o crescimento do crédito à habitação. Marcia Quintslr, coordenadora do IBGE, afirma que taxas de juros menores e ganho real da renda ajudaram. Apesar da expansão, o investimento em imóveis está ainda muito distante dos níveis registrados nos anos 70, quando as taxas de poupança do país eram maiores.

Divisão

Os gastos com habitação, alimentação e transporte são os mais pesados no orçamento das famílias da Região Sul, absorvendo 75% da renda. Na comparação com a média brasileira, a população da região gasta mais (21,9%) com transporte do que o restante do país (19,6%). Segundo o IBGE, esses gastos englobam desde as despesas com transporte urbano e gasolina até as prestações relativas à compra de um automóvel. “O que vimos nos últimos anos foi um aumento dos gastos com transporte provocado também pelo crescimento da frota de veículos”, afirma Ferreira. Em compensação, o comprometimento do orçamento com educação, saúde e alimentos é ligeiramente menor no Sul do que a média nacional.

Nos últimos anos as famílias do Sul foram as que tiveram maior ampliação de ativos – compra de imóveis, construção e melhoramento de imóveis próprios e outros investimentos como títulos de capitalização, títulos de clube, dentre outros. O chamado aumento de patrimônio familiar absorveu 8,3% da renda dos sulistas, contra a média de 5,8% da renda nacional.

Menos desigual

O Sul também é a região com a maior despesa média familiar per capita, tanto entre os mais pobres quanto os mais ricos (R$ 406 e R$ 2.799, respectivamente). É também onde a diferença entre as duas classes de rendimento é menor, com uma relação de 6,9 vezes. O Nordeste é a mais desigual – distância de 11,3 vezes entre despesas médias per capita entre ricos e pobres.

Fonte: Gazeta do Povo

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