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quinta-feira, março 31, 2022

Empresário de Paulo Afonso é preso pela PRF com carro roubado

  Liga na notícia  março 30, 2022

Um empresário do ramo de peças de carros foi preso no dia de hoje na BA 210, nas proximidades da cidade de Paulo Afonso pela Polícia Rodoviária Federal.

Empresario de Paulo Afonso é preso com carro roubado pela PRF

Após averiguação foi constatado restrição furto/roubo no veículo conduzido. Segundo a polícia o empresário adiquiriu o veículo na cidade de Jeremoabo. O condutor encontra-se detido na delegacia de Paulo Afonso pata lavratura de flagrante!


Nota da redação deste Blog - Foi notícia ruím Jeremoabo logo aparece.

É uma vergonha


HNAS APRESENTA MELHORAS NO ATENDIMENTO

Ontem nossa reportagem, esteve presente no HNAS acompanhando um jovem acidentado de moto, em 10 anos que sempre visitamos o HNAS, pela primeira vez somos testemunha de uma transformação radical no atendimento, essa mudança tem nome e sobrenome da jovem medica Cleomara Tatiane Silva Melo e sua equipe, atendendo a todos de uma maneira eficiente, quem olhava a área de espera ficava surpreso, ao ver praticamente vazia, um dinamismo raras vezes visto na área, ela se deslocava, falava com os pacientes, agilizava os atendimentos, cobrava da equipe mesmo ritmo, e registramos uma equipe trabalhando de maneira eficiente e Feliz, além de medica ela demonstra ser uma ótima gestora, tivemos a informação que a mesma atua também no SAMU e que aonde passa seu trabalho é reconhecido por essa dinâmica benéfica aos pacientes.

Medica Cleomara Tatiane Silva Melo

As mudanças informadas pelo Secretário Adonel Jr, diante do quadro que constatamos no HNAS, começam a surtir efeito

https://www.diariod4noticias.com.br/

Nota da redação deste Blog - Só queria entender qual o mistério dos bons médicos filhos de Jeremoabo não prestarem seus excelentes conhecimentos em benefício do povo jeremoabense através do Hospital Municipal de Jeremoabo; a exemplo de Dr. Luizinho, a Dra.Cleomara e outros.

Quando falo prestar serviços é em tempo integral de segunda a segunda, isso porque o paciente não tem hora marcada para adoecer.

O troglodita de Jeremoabo diante da sua propaganda enganosa diz que tudo está as mil maravilhas, no entanto, a população todo dia usa a imprensa para denúnciar o péssimo e ineficiente atendimento, além da discriminação partidária como se o Hospital de Jeremoabo fosse propriedade particular do conluio do prefeito.

Os vereadores que apoiam o prefeito tem como justificativa que agora " mulher pare no hospital", antes os habitantes de Jeremoabo nasciam como e onde?

O atendimento para com as parturientes é tão bom que não precisa ir longe para cair na realidade, basta citar o caso de nora de um vereador da oposição.

 Estou comentando porque o mal feito é da conta de todo mundo, porém todo povo tem o governo que merece.

 

Terra arrasada na educação com o governo Bolsonaro - Editorial




Ministros da Educação do governo Bolsonaro.

O FNDE está sob comando do PP, que sustenta o presidente

Mais um capítulo do show de horrores em que se transformou o Ministério da Educação terminou com o pedido de demissão de Milton Ribeiro, o terceiro a ocupar a pasta em pouco mais de três anos de governo Bolsonaro. Como ocorreu na Saúde, que seguia a orientação oficial de denegrir as vacinas, enquanto um esquema paralelo de atravessadores tentava obtê-las com lucro, agora surgiram pastores picaretas vendendo influência para intermediar verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Como os três ocupantes do ministério até agora foram péssimos, aguarda-se com justificado temor, a nomeação de um substituto, que deverá seguir o mesmo padrão de ignorância e preconceito que o presidente da República implantou em área vital para o desenvolvimento cultural, social e econômico do país.

A ideologia reacionária do governo e seu apoio em algumas seitas evangélicas não conseguiram esconder que há dinheiro corrente por trás de tão severos princípios. O presidente Jair Bolsonaro, depois que surgiram as suspeitas sobre vendilhões agindo no templo ministerial, chegou a exagerar no dito e dizer que “colocaria a cabeça no fogo” pelo pastor Ribeiro. Deve ter tido um diálogo breve com sua assessoria do Centrão, que lhe esclareceu sucintamente que não daria, em plena campanha eleitoral, e em um momento em que o presidente começava a recuperar parte do apoio perdido, para sair por aí propagando que não há corrupção em seu governo. Então, Bolsonaro, com a cabeça ilesa, partiu para outra - foi demitir o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna.

Quando o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, do PP, disse que a permanência de Ribeiro não estava assegurada, antes dos pedidos de inquérito feitos pela Procuradoria Geral da República, o destino de Ribeiro estava selado. Nas duas demissões ocorridas na segunda - uma a pedidos, outra não - se vê a ação da cúpula do governo de limpar o terreno eleitoral para alavancar as chances de Bolsonaro, que aumentaram um pouco. Assim como corrupção tira votos, o aumento dos combustíveis retira dinheiro do bolso dos contribuintes e sufrágios do candidato.

Assim como se passou na Saúde e no Ambiente, na Educação o descaso planejado do governo destruiu as capacidades operacionais públicas, sem colocar nada no lugar. Bolsonaro, que pouco governa, se safa de suas responsabilidades com relativo sucesso até agora. A CPI da Covid acusou o presidente de não ter agido para deter os atravessadores de vacinas, mesmo depois de avisado pessoalmente por um deputado. Mas um responsável pelo inquérito concluiu que não está entre as funções do presidente da República denunciar falcatruas em seu próprio governo. É absurdo, mas se entende.

Sobre o escândalo dos pastores que vendiam facilidades a peso de ouro, Ribeiro não desmentiu as denúncias, só um trecho de fala sua cuja gravação foi obtida pela Folha de S. Paulo, em que disse que os pedidos dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura deveriam ser atendidos por indicação de Jair Bolsonaro. Ribeiro encaminhou denúncias a respeito à CGU em agosto, mas continuou se reunindo com eles depois disso, um habeas corpus preventivo.

No ministério, Ribeiro foi só menos estridente que Ricardo Vélez Rodriguez e menos boquirroto que o inacreditável Abraham Weintraub, seus antecessores. Discretamente, porém, disse barbaridades à vontade, entre elas sobre o papel da educação sobre a sexualidade (para ele, nenhum, fora a repressão) e ganhou um inquérito contra si por homofobia. Como os outros, nada fez em prol da educação. Não moveu uma palha para coordenar o setor durante a grave pandemia, que deixou as escolas brasileiras por mais tempo paradas do que qualquer país relevante do planeta. Gastou a maior parte do tempo sem fazer nada de relevante, ciceroneando ávidos comerciantes de bíblias.

Mas há algo intrigante, que enseja desdobramentos. Ribeiro está certo ao dizer que os repasses são determinados pelo FNDE. Este é um feudo do PP, do ministro Ciro Nogueira. O fundo é dirigido por seu ex-chefe de gabinete, Marcelo Lopes da Ponte. Mais de R$ 1 bilhão hoje, e de R$ 5 bilhões em 2021, compuseram verbas discricionárias, as que atraíram a cobiça de finórios. Ribeiro foi o mestre de cerimônias de dois pastores, não tinha a chave do cofre. É possível que haja mais gente envolvida no trânsito bíblico de recursos públicos para bolsos particulares.

Valor Econômico

Não vai mudar nada’, diz Mourão, sobre novo indicado para comando da Petrobras




O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira, 30, que a atuação da Petrobras deve ser mantida como está, mesmo após o governo federal indicar Adriano Pires para a presidência da estatal no lugar de general Silva e Luna. O atual chefe da empresa se desgastou com o presidente da República, Jair Bolsonaro, pela resistência em segurar o reajuste dos preços dos combustíveis em meio ao salto do petróleo no exterior por conta da guerra na Ucrânia.

"Esse novo presidente da Petrobras que vai ser nomeado, o Adriano Pires, se você ler tudo que ele escreve, vai continuar tudo como dantes no quartel de Abrantes, não vai mudar nada. A Petrobras é uma empresa com ação em bolsa, tem conselho de administração, tem toda uma governança. Ela não pode voltar aos fatos que ocorreram durante o governo do PT", disse o vice-presidente na chegada ao Palácio do Planalto.

Pires já disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), antes de sua indicação, que quem segurar os preços da Petrobras, hoje pareados com lei ao mercado internacional, vai "colocar o CPF na mesa".

Próximo de Silva e Luna, Mourão ainda disse que o presidente demissionário da estatal petrolífera está "tranquilo". "Silva e Luna é um dos oficiais mais completos e preparados da nossa geração. Ele já foi ministro da Defesa, foi presidente de Itaipu e agora estava aí na Petrobras e fez um excelente trabalho. Então, ele está tranquilo."

Pré-candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul com apoio, embora discreto, de Bolsonaro, Mourão evitou confirmar que Silva e Luna foi fritado pelo governo. "Você não pode levar pra esse lado, né? Incomodou. O presidente é o decisor, compete a ele tomar essas decisões, e ele julgou que tinha que fazer dessa forma. Então, pronto. Eu não participei do processo decisório, eu não posso dizer quais foram os fatores que levaram o presidente a decidir dessa forma", declarou o vice-presidente.

Estadão / Dinheiro Rural

Bolsonaro quer utilizar receita dos Estados; disputa pode parar nos tribunais

 




A capacidade de os Estados financiarem investimentos públicos atingiu o volume recorde de R$ 130 bilhões no final do ano passado, mas o governo do presidente Jair Bolsonaro e aliados no Congresso estão se aproveitando dessa "bonança" fiscal nos Estados para conduzir a política macroeconômica a seu favor em ano eleitoral.

Em novo estudo sobre as contas dos governos estaduais, o coordenador do Observatório Fiscal do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), Manoel Pires, traz detalhes da ofensiva do governo para adotar medidas que estão "consumindo" receitas dos Estados. A disputa deve parar nos tribunais.

A situação fiscal dos Estados melhorou com a pandemia e o aumento da inflação, que garantiu maior arrecadação do ICMS - principal fonte de arrecadação dos governadores. O resultado primário dos Estados (que mede as receitas menos despesas sem contabilizar o pagamento de juros da dívida) atingiu em janeiro o patamar de R$ 83 bilhões em 12 meses. Essa economia fiscal é suficiente para cobrir as despesas com juros das dívidas de modo a gerar um superávit nominal de R$ 48 bilhões, um resultado sem precedente histórico.

Perda de receitas

Entre as medidas que levam à perda de receitas está a redução de tributos federais compartilhados com os Estados e municípios, como IPI e a mudança no ICMS. Há pressão no Congresso também para a correção da tabela do Imposto de Renda e da tabela do Simples. São medidas que trarão mais perdas de arrecadação, se aprovadas.

"Se não fosse ano eleitoral, o sentido de urgência de alguns desses temas poderia ser outro", diz Pires. O economista, que foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, afirma que medidas como essas são legítimas e podem contribuir no esquema federativo brasileiro. Mas alerta que elas devem ser feitas de forma equilibrada para não invalidar o esforço fiscal dos últimos anos e esgotar a capacidade financeira dos Estados.

Segundo o economista, é preciso ter cuidado para que o conjunto das ações não crie riscos fiscais para os Estados.

Um ponto destacado no trabalho é que recentemente o Supremo Tribunal Federal decidiu pela inconstitucionalidade da aplicação de alíquotas majoradas de ICMS para telecomunicações e energia elétrica, cabendo decidir pela modulação dos efeitos. Os Estados alegam perdas com a decisão da ordem de R$ 26 bilhões e negociaram para que os efeitos sejam aplicáveis a partir de 2024.

A segunda fonte de disputa é a tributação dos combustíveis, cuja alta de preços tem elevado impacto na inflação. Depois que a União adotou uma série de medidas tributárias para conter o avanço dos preços, pressionou os Estados a adotarem medidas na mesma direção. Foi o caso do congelamento do ICMS por 90 dias, em novembro de 2021. A medida não evitou novas pressões políticas e o Congresso acabou aprovando uma lei que alterou o modelo tributário do ICMS sobre combustíveis.

Para atender à lei, os Estados adotaram alíquota fixa sobre o diesel. Para proteger a receita dos Estados, a regulamentação foi feita para evitar perda de arrecadação, mas como o preço está subindo haverá perdas. No caso do IPI, a perda para os Estados pode chegar a R$ 6 bilhões.

Guedes diz que governo garantiu aumento de repasses na pandemia

O estudo do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) mostra que a pandemia teve grande impacto nas finanças públicas. No caso dos Estados, a combinação de três fatores - ajuda federal, ajuste nas despesas e recuperação cíclica, principalmente, em setores que compõem a base de tributação do ICMS - explicam a melhoria das finanças estaduais apesar da pandemia.

Na defesa das medidas que estão sendo adotadas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, cobra contribuição dos Estados depois dos aumentos dos repasses federais durante a pandemia. Ele repete também que o congelamento dos salários, proposto por ele em contrapartida ao socorro aos Estados, garantiu economia aos governadores.

Estadão / Dinheiro Rural

A facada como cabo eleitoral




Bolsonaro não deixará que ela seja apenas uma lembrança distante do último pleito

Por Maríliz Pereira Jorge (foto)

A facada de 2018 estará presente na eleição de 2022. Jair Bolsonaro não deixará que ela seja apenas uma lembrança distante, ainda que sombria, do último pleito. A superação faz parte da imagem que ele cultiva do homem que se sacrifica pelo povo e combate a "volta do comunismo" com a própria vida.

Nem 24 horas depois de mais um evento com cara, cores e discurso de lançamento de campanha, só permitida a partir do dia 16 de agosto pela legislação eleitoral, o presidente foi internado devido a "dificuldade de esvaziamento gástrico". Passou a noite no hospital, onde ganhou dieta líquida, recebeu alta na manhã seguinte e embarcou para o Mato Grosso.

Parecia perfeitamente saudável nos vídeos divulgados em suas redes sociais. Mas a internação, mais declarações de apoiadores, inclusive do filho Flávio Bolsonaro, sobre as "consequências da tentativa de homicídio por um ex-militante do PSOL", fizeram o assunto voltar a ser um dos mais comentados nas redes sociais, uma base importante para o bolsonarismo.

Não há embasamento para afirmar que a facada tenha sido decisiva para a eleição em 2018, como apontam adversários e críticos, mas na prática Bolsonaro ganhou passe livre para fugir dos debates, onde seria confrontado, e a simpatia de eleitores que passaram a vê-lo com olhos solidários.

A Polícia Federal já concluiu dois inquéritos que apontam que Adélio Bispo agiu sozinho, mas o clã Bolsonaro não aceita o resultado das investigações e investe na narrativa de que foi um complô da esquerda. Esta por sua vez tem parte da militância que alimenta a fantasia de que a facada foi armação.

Bolsonaro tem obviamente a saúde debilitada, mas não toma conta dela, caso contrário não teria se entupido de camarão e baixado no hospital em janeiro. O entra e sai de hospitais causa forte comoção em sua base. A facada já garantiu espaço como cabo eleitoral.

Folha de São Paulo

Noiva de Lula, Janja tem dívidas de mais de R$ 220 mil, diz revista

 




A noiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Rosângela da Silva, a Janja, de 55 anos, deve mais de R$ 220 mil, segundo ações na Justiça Federal e no Tribunal de Justiça do Paraná. É o que aponta a revista Veja, nesta terça-feira (29/3).

De acordo com a revista, em um dos processos, a Caixa Econômica Federal cobra R$ 109 mil. Oficiais de Justiça não conseguem encontrá-la para cobrar as dívidas.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional inscreveu o nome da noiva de Lula na Dívida Ativa da União, com débitos que totalizam R$ 111 mil.

Ainda segundo a Veja, as dívidas estão associadas ao Imposto de Renda, porém a Procuradoria não informou qual tipo de irregularidade foi cometida.

A namorada do ex-presidente também tem dívidas de menor valor. Em uma ação, também do Paraná, Janja deve R$ 3.700 em razão de prestações atrasadas de condomínio.

Janja disse que as dívidas estão em fase de negociação

Correio Braziliense / Daynews

Lição de democracia no Uruguai




Referendo de domingo foi o ponto culminante de um longo e civilizado processo que revitaliza as instituições políticas deste pequeno grande país

Por Sergio Fausto* (foto)

O drama da guerra na Ucrânia fez passar despercebido um evento político cheio de significado, bem perto de nós. No domingo, 27 de março, realizou-se no Uruguai um referendo popular sobre um amplíssimo conjunto de matérias, da educação pública ao direito penal, passando pela presença do Estado na economia. À primeira vista, poderia parecer um surto plebiscitário. Nada disso. Foi o ponto culminante de um longo e civilizado processo que revitaliza as instituições políticas deste pequeno grande país.

Menos que seu resultado, sobre o qual falarei mais adiante, interessa o processo que levou ao referendo, em reação a uma iniciativa do recém-empossado governo do presidente Luiz Alberto Lacalle Pou, de centro-direita. Em abril de 2020, o novo presidente recorreu à previsão constitucional que autoriza, dentro de certos limites, o Executivo a declarar “de urgente consideração” projetos de lei que considera decisivos. Até então, o mecanismo havia sido utilizado com extrema parcimônia (só 13 vezes, desde o retorno do país à democracia, em 1985) e nunca antes com tamanha abrangência.

Contendo nada menos do que 435 mudanças legislativas, criando, modificando ou revogando normas preexistentes, o projeto avançou dentro das regras constitucionais que preveem, nesses casos, tramitação mais acelerada (decisão final no prazo máximo de 100 dias, prevalecendo as mudanças propostas pelo Executivo em caso de não decisão). Com maioria parlamentar, o governo conseguiu transformá-lo em lei em julho de 2020. Mas o Congresso não deixou de modificar o projeto original (caiu, por exemplo, o fim do monopólio da empresa estatal de petróleo). A história não terminou aí.

Se, por um lado, a Constituição uruguaia dá ao Executivo o poder de acelerar o processo legislativo, por outro, oferece à sociedade o contrapoder de convocar referendos populares para derrogar total ou parcialmente leis aprovadas pelo Congresso, desde que a convocação do referendo esteja respaldada por pelo menos 25% dos eleitores, em até no máximo um ano depois da promulgação da lei. Com base nesse dispositivo constitucional, sindicatos, organizações sociais e partidos ligados à oposição coletaram em tempo hábil cerca de 800 mil assinaturas, representando quase 30% do eleitorado, o que equivaleria, no Brasil, a nada menos do que 45 milhões de eleitores.

Confirmada a convocação do plebiscito, as forças do governo e da oposição se mobilizaram em torno das opções “não” e “sim”, respectivamente, à derrogação das modificações aprovadas pelo Congresso. Em vez de partir para o tudo ou nada, a oposição decidiu se concentrar em 136 das 435 mudanças introduzidas pela nova lei. Reconheceu, assim, se não o mérito de grande parte do projeto defendido pelo governo, o fato de que, numa democracia, ninguém pode se arvorar a ser o único e fiel intérprete da “vontade popular”. Tão ou mais dignos de nota são a forma e o conteúdo da campanha a favor do “sim”. Em vez da retórica polarizadora, do nós contra eles, a oposição apostou na mensagem oposta: o referendo não seria uma guerra política, mas o exercício pleno da liberdade de todos os uruguaios e uruguaias em defesa de seus direitos. Não acusaram o governo de crime de lesa-pátria nem de inimigo do povo, nem se ergueram no altar da Pátria (muito menos invocaram o nome de Deus em vão).

O governo venceu o referendo por margem muito pequena, com comparecimento de 85% do eleitorado. O resultado não acarretará um desastre para o país, assim como a vitória da oposição não o teria salvado de todos os males.

A meu ver, o governo está certo ao querer desengessar alguns mercados hiper-regulados e colocar limites à expansão do Estado na produção de bens e serviços. Mas errado ao endurecer o direito penal em nome da segurança pública, reduzir a proteção dos indivíduos contra arbitrariedades policiais e adotar normas draconianas contra os inquilinos. Assim funcionam as democracias consolidadas, com mudanças, mas sem rupturas, preservando as instituições e a cultura democrática. Vitorioso no referendo, o presidente Lacalle Pou reafirmou sua crença de que “existem visões diferentes sobre o país, mas um só Uruguai”, sintetizando o patriotismo democrático que marcou todo o processo.

A democracia uruguaia demonstra estar plenamente consolidada, num mundo em que a desconsolidação de democracias que julgávamos assentadas tem sido cada vez mais frequente. Dá mostras, também, de vitalidade nova, num momento em que, para fortalecer a democracia, é essencial torná-la mais permeável às iniciativas da sociedade, sem prejuízo das instituições representativas e dos mecanismos de freios e contrapesos entre os Poderes instituídos.

Sim, o Uruguai é um pequeno país, com níveis de pobreza e desigualdade muito menores que os do Brasil. Nem por isso deixam de ser valiosas e úteis as lições que “el paisito” dá em matéria de civilidade e democracia. Ser civilizado e democrático é, também, uma questão de escolha. No Brasil, ela nunca foi tão decisiva.

*Diretor-Geral da Fundação FHC, é membro do Gacint-USP

O Estado de São Paulo

Disputa por poder dita triste destino do MEC




Bolsonaro apresenta resultados pífios na área da educação

Por Fernando Exman

A escolha do novo titular do Ministério da Educação tornou-se termômetro da correlação das forças políticas que integram o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Pressionado e com mais um escândalo de corrupção para explicar, ele tem agora que escolher entre prestigiar - ou contrariar - a bancada evangélica, o Centrão ou integrantes da ala militar. Há soluções que podem até conciliar os interesses desses grupos temporariamente, mas é uma equação difícil de ser resolvida. Um quadro técnico pode desagradar a todos.

O Ministério da Educação é objeto de disputas desde o período da transição, no fim de 2018. À época, militares e acadêmicos que formulavam o planejamento estratégico da área foram pegos de surpresa quando viram pela primeira vez um professor pouco conhecido entrando na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), edifício utilizado como base para as reuniões entre a equipe que deixava o poder e o grupo que vencera as eleições.

O professor era Ricardo Vélez Rodríguez. Indicado por Olavo de Carvalho, pouco tempo depois ele seria anunciado ministro da Educação e se tornaria um dos expoentes da ala ideológica.

É verdade que o grupo derrotado ainda ocuparia espaços importantes na estrutura da pasta, como o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Mas a disputa interna mantinha-se feroz, e Vélez Rodríguez durou pouco no cargo.

Sua saída não resultou, porém, no afastamento da ala ideológica do comando do Ministério da Educação. Abraham Weintraub, o sucessor, ficou mais conhecido pelos ataques que fez ao Supremo Tribunal Federal (STF) do que pelas políticas públicas que implementou.

Com a exoneração de Weintraub, foi indicado Carlos Alberto Decotelli, nome próximo ao núcleo militar, mas que ficou pouquíssimo tempo na cadeira devido a questionamentos em relação ao seu currículo acadêmico.

Bolsonaro decidiu, então, fazer um aceno ao eleitorado evangélico. Milton Ribeiro foi nomeado para o cargo com a orientação de deixar uma marca no ensino superior. Bolsonaristas sempre criticaram a influência da esquerda nas universidades, mas ao longo da gestão de Ribeiro não pareceram se importar com a nomeação de indicados do Centrão para funções que controlam o dinheiro no FNDE.

A escolha do novo titular ainda é dúvida. Mas, por outro lado, parece certo que o Ministério da Educação continuará apresentando resultados pífios e sendo usado para agradar aliados.

TSE entre os jovens

Mais do que um acinte a todos que defendem a liberdade de expressão, a decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral Raul Araújo de proibir manifestações políticas durante o festival Lollapalooza representou um grave revés à estratégia do próprio TSE de se aproximar do público jovem.

É crescente a preocupação com o desinteresse dos cidadãos com menos de 18 anos em relação ao processo eleitoral.

Após sofrer uma série de ataques, a Corte demonstrou altivez e lançou campanha para atrair a atenção desse público. Até o dia 21 de março, 854,7 mil brasileiros com idade entre 15 e 18 anos solicitaram a emissão do primeiro título de eleitor. Um resultado que não deve ser desprezado, mas ainda assim preocupante. Integrantes do tribunal deveriam estar atentos ao impacto que sentenças juridicamente questionáveis podem ter sobre esse público. O prazo para o jovem tirar o título acaba no dia 4 de maio.

A estratégia do PSD

Para correligionários de Gilberto Kassab, quem pretende entender a insistência do presidente do PSD em lançar um candidato próprio à Presidência da República precisa olhar para o Congresso Nacional. Mais precisamente, para os tamanhos das bancadas na Câmara e no Senado.

Kassab tinha um plano A, outro B e ainda um plano C. Primeiro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), recebeu o convite para tentar personificar uma candidatura de terceira via. Convite recusado, o PSD passou a cortejar Eduardo Leite, que deixou o governo do Rio Grande do Sul, mas decidiu permanecer no PSDB.

O cotado passou a ser, então, o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung. Nada feito.

Mas o sucesso da estratégia do PSD não pode ser medido apenas considerando o fato de a legenda, no fim das contas, ter ou não um postulante ao Planalto. Só a discussão sobre uma candidatura própria já está evitando que parlamentares deixem a sigla durante a janela de troca partidária com medo de que o PSD se alinhe a um dos lados do polarizado cenário agora, no primeiro semestre. Ter grandes bancadas é fundamental para qualquer partido que queira comandar a Câmara ou o Senado a partir de 2023.

Lampedusa na Petrobras

Joaquim Silva e Luna selou seu destino quando ignorou os pedidos para que a Petrobras aguardasse a votação no Congresso dos projetos que buscavam a redução dos preços dos combustíveis.

Aqueles que conhecem o temperamento do general não se surpreenderam: sua postura era uma forma de reafirmar sua autonomia. E ela teve um preço.

Na visão de aliados do governo, não havia dúvidas de que estava em curso uma afronta ao Congresso e, portanto, uma resposta política do Palácio do Planalto se fazia necessária. Era uma questão de tempo.

Conforme previa o roteiro, o substituto não poderia ser intervencionista a ponto de assustar o mercado nem distante demais do meio político. Era exigido dos interessados na vaga o traquejo político necessário para compreender as preocupações daqueles que dependerão dos eleitores para permanecer onde estão. Ou, como escreveu em “O Leopardo” o romancista italiano Giuseppe Tomasi di Lampedusa, algo devia mudar para que tudo possa continuar como está.

Valor Econômico

Campanha eleitoral já ameaça 2023




Campanha eleitoral deve causar problemas para quem assumir o governo no ano que vem

Por Vinicius Torres Freire

A campanha eleitoral, fantasias econômicas ou demagogias descaradas podem causar problemas sinistros para quem vai governar a partir de 2023. Alguém pode acreditar que, a partir do ano que vem, vai voltar a correr leite e mel de cofres sem fundo do governo ou que a "força de vontade política" vá resolver as penúrias e falta de investimento que ajudam a encalacrar o país desde 2014, pelo menos. Acho que não.

A campanha mal começou e já há planos de aumentos de servidores, ideias ruinosas para a Petrobras e reduções malucas de impostos, um jogral cantado pelo governo e por candidatos a presidente que detestam o governo.

Considere-se o caso da Petrobras. Suponha-se que as ideias de tabelar seus preços e obrigar a empresa a construir novas refinarias à matroca não sejam em si um problema para a companhia (sim, estamos no reino da fantasia). Bem administrada, a Petrobras é uma vaca leiteira, rende muito dinheiro para o governo, assim como o negócio do petróleo inteiro. Se a empresa parar de render, de dar lucro (isso se não der prejuízo), o governo perde dezenas de bilhões de receita. Apenas os dividendos de 2021 vão render R$ 37,3 bilhões para o governo.

É o equivalente a 42% da despesa deste ano com o Auxílio Brasil. Por falar nisso, o Auxílio Brasil, ora em R$ 400, cai pela metade em 2023. Será preciso arrumar dinheiro para pagar esse dinheirinho que evita a fome de 18 milhões de famílias. De onde?

A grande discussão eleitoral até aqui é o preço de combustíveis (fala-se menos de botijão de gás, que é coisa de pobre mesmo). A fim de baixar o preço de gasolina e diesel em cinquenta centavos, seria necessário dar um subsídio de pelo menos R$ 52 bilhões de reais por ano, cerca de metade do lucro da Petrobras em 2021, provavelmente extraordinário.

Uma emenda constitucional rola sorrateiramente no Congresso. Permite a volta do quinquênio, um reajuste automático a cada cinco anos, para o pessoal da Justiça e do Ministério Público, que não ganha exatamente mal. Já apareceram emendas para estender o benefício a todos os servidores. Juízes em geral, estaduais e federais, fazem lobby por algum reajuste.

Funcionários do Banco Central decidiram fazer greve a partir de Primeiro de Abril. Algumas carreiras do Ministério da Economia pensam em parar. Jair Bolsonaro havia prometido aumento para policiais federais. O favor para a sua base eleitoral nas polícias irritou os demais servidores, sem reajuste faz tempo, mas que andavam calados desde a epidemia.

Não há previsão orçamentária para reajustes. Dado o limite do teto de gastos, mesmo desmoralizado, não é possível fazer gambiarra que permita aumentos. Talvez nem dê tempo, considerado o calendário político, eleitoral e legal, embora os cúmplices de Bolsonaro no comando do Congresso possam aprovar mesmo a reforma da natureza, de um dia para outro, em uma madrugada de tratoragem no plenário.

Bolsonaro diminui impostos: IPI, PIS/Cofins de combustíveis etc. Diz que "devolve recursos à sociedade", pois a arrecadação do governo aumentou além do previsto. É uma idiotice. Não há dinheiro sobrando. O governo tem déficit e vai pagar juros de pelo menos 12% ao ano para financiá-lo (a ricos, aliás).

Em 2023, um governo prestante teria de fazer mudança profunda na despesa e na receita do governo: gastar menos nisso, mais naquilo (fome, saúde, escola, algum investimento, ciência), aumentar impostos, mudar vários deles, criar regras fiscais novas e críveis. Para sair da lama, precisamos de mudanças imensas. No reino da fantasia, governo e candidatos planejam apenas criar um problema fiscal que terá consequências sinistras

Folha de São Paulo

Guerra na Ucrânia: o que se sabe sobre vídeo que mostra supostos presos russos baleados




Imagens de um vídeo que mostra supostos maus-tratos a prisioneiros russos

Por Reality Check 

As autoridades ucranianas estão investigando imagens de vídeo que supostamente mostram soldados ucranianos atirando nas pernas de prisioneiros de guerra russos.

O vídeo com baixa resolução está circulando nas mídias sociais depois de aparecer pela primeira vez no domingo (27/3). Desde então, o vídeo foi amplamente republicado por contas pró-Rússia em várias plataformas.

O comandante-em-chefe das forças armadas ucranianas, Valerii Zaluzhnyi, disse que a Rússia está "filmando e distribuindo vídeos encenados" para mentir sobre o tratamento dado pela Ucrânia aos prisioneiros russos.

No entanto, Oleksiy Arestovych, conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que haveria uma investigação imediata sobre o vídeo.

"Gostaria de lembrar a todos os nossos militares, civis e forças de defesa que abusar de prisioneiros é um crime de guerra", disse Arestovych.

A BBC está analisando o vídeo, mas ainda não conseguiu verificar sua autenticidade de forma independente. Confira abaixo o que descobrimos até agora.

O que o vídeo mostra?

A filmagem — que é muito violenta para ser divulgada na íntegra — mostra o que seriam vários soldados russos capturados, todos deitados no chão. Alguns têm sacos sobre suas cabeças e muitos parecem estar sangrando em feridas nas pernas. Não está claro como ou quando eles foram feridos.

Os prisioneiros são interrogados sobre suas unidades e atividades na área. A certa altura, três homens são retirados de um veículo e aparentemente baleados nas pernas por um soldado com uma arma.

Em seguida, esses homens são interrogados.

Onde foi filmado o vídeo?

Na noite de domingo, um usuário do Twitter sugeriu que o vídeo teria sido filmado em uma fábrica de laticínios em Malaya Rohan, a sudeste de Kharkiv. A BBC usou ferramentas de geolocalização para tentar confirmar a informação. A área havia sido recentemente retomada por tropas ucranianas.

Analisando imagens de satélite e fotos da fazenda, podemos identificar pistas sobre a localização do vídeo.

Antes de os três supostos soldados serem baleados, podemos reconhecer elementos de uma casa atrás de um deles. Uma árvore (1), uma chaminé (2) e a metade superior de uma janela (3) são muito semelhantes às de uma imagem anterior (de 2017) dos arredores da fábrica de laticínios que encontramos na página da fazenda no Google.

A BBC tentou entrar em contato com a fábrica de laticínios.

Quando o vídeo foi filmado?

A filmagem de vídeo não tem registro de data ou hora e não há metadados que permitam determinar exatamente quando ele foi filmado. É possível ver um céu claro e o solo seco.

Os boletins meteorológicos da área de Kharkiv sugerem que o vídeo poderia ter sido filmado no sábado (26/3). O tempo na sexta e no sábado foi seco, ensolarado e frio. Na noite entre sábado e domingo, foi registrada chuva leve na região.

Pela posição do sol, acredita-se que a filmagem poderia ter sido feita nas primeiras horas do dia.

O que está sendo dito no vídeo?

Os prisioneiros estão sendo interrogados em russo. Um especialista em idiomas da BBC Monitoring diz que os sotaques dos interrogadores "estão de acordo com o que você esperaria de ucranianos que falam russo".

Outro especialista confirmou que eles parecem ter sotaques ucranianos orientais, apontando para o uso de "hovorit" ("falar") em vez do "govorit" russo.

A certa altura, um dos prisioneiros é acusado de bombardear Kharkiv. Outro é interrogado sobre sua nacionalidade e responde ser azeri, e não etnicamente russo.

Um dos prisioneiros diz que está baseado em Biskvitne, que fica perto do vilarejo de Malaya Rohan e da fábrica de laticínios que identificamos.

Quem são os soldados?

Os sotaques dos homens que controlam a situação parecem ser do leste do país. Isso, no entanto, não confirma que eles são soldados ucranianos — ainda é possível que eles possam ser separatistas pró-Rússia desta região.

Eles estão vestindo uniformes com braçadeiras azuis usadas pelas forças ucranianas, embora, novamente, isso não seja conclusivo.

'Os soldados costumam usar braçadeiras coloridas para identificação durante o conflito'

Não há distintivos de regimentos ou outras formas de identificação visíveis.

As forças ucranianas estiveram nessa região nesses dias.

No fim de semana de 26 a 27 de março, um vídeo foi postado online mostrando as atividades da unidade Kraken, afiliada ao grupo político de extrema direita National Corps. A BBC identificou que as imagens deste vídeo foram feitas na vila de Vilkhivka, a 5,6 km de Malaya Rohan. O clima é igualmente ensolarado e seco.

O grupo conta que 30 russos foram feitos prisioneiros na vila em 25 de março. O vídeo do Kraken tem imagens de prisioneiros de guerra amarrados, vendados, colocados em uma van e forçados a cantar o hino nacional ucraniano. Mas não há tiros ou violência contra eles.

No vídeo dos supostos tiros na fazenda, um dos soldados passa carregando um rifle camuflado.

Pedimos a Nick Reynolds, especialista militar do Royal United Services Institute (RUSI), para examinar esse trecho.

"Parece semelhante à maneira como as SOF [forças especiais] ucranianas camuflam seus rifles", ele nos disse, "mas a arma parece levemente diferente de qualquer outra que eu já tenha visto."

Ele também lembra que ambos os lados capturaram armas um do outro, por isso é difícil ter certeza sobre quem aparece nos vídeos.

Dúvidas sobre os tiros

Na parte mais perturbadora do vídeo, três homens parecem ser baleados nas pernas à queima-roupa com uma arma.

Tem havido polêmica nas mídias sociais sobre se a filmagem é verdadeira ou encenada, com algumas pessoas alegando que não há sangue suficiente, sinais de feridas da saída da bala ou gritos das vítimas.

Mostramos o vídeo a vários cirurgiões e ex-médicos militares que nos deram sua opinião especializada, mas preferiram permanecer anônimos.

Um disse que tratou soldados que sofreram ferimentos a bala que não gritaram. Ele disse que a falta de sangramento em alguns dos soldados feridos pode ser explicada por eles terem feito um torniquete (visível no vídeo).

Ele disse: "Na minha opinião, a filmagem não pode ser classificada simplesmente como 'falsa' com base nas imagens vistas. Isso requer uma investigação por crimes de guerra".

Outro médico disse: "Parece genuíno... condiz com a descrição de tiros nos membros feitos como forma de punição".

Outras pessoas nas mídias sociais apontaram para a falta de aparente recuo do fuzil quando disparado, alegando que a arma poderia estar disparando tiros de festim.

Reynolds ressalta que a munição de 5,45 mm do AK-74 é de pequeno calibre e tem muito pouco recuo, mas também acrescentou que "a qualidade do vídeo não é ótima".

A BBC segue com os esforços para verificar a autenticidade deste vídeo e atualizará esta reportagem se houver novidades.

Reportagem de: Alistair Coleman, Daniele Palumbo, Shayan Sardarizadeh, Richard Irvine-Brown, Vitaly Shevchenko e Paul Myers.

BBC Brasil

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