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sexta-feira, junho 29, 2007

Até sete anos para pagar

Financeiras e bancos já estudam oferecer opções para compra de carro em até 84 meses
SÃO PAULO - As financeiras e bancos estudam oferecer opções de crediário em até 84 meses (sete anos) para a compra de carros, segundo a Serasa, maior empresa brasileira de informações para a concessão de empréstimos. Essa opção de pagamento com prazo mais longo vem ajudando a indústria automobilística a bater recordes de venda. Hoje, os prazos para carros novos vão até 72 meses (seis anos), com taxa de juros de até 2,5% ao mês. “Em breve as lojas terão faixas oferecendo 80 meses para pagamento”, antecipa Márcio Ferreira Torres, gerente de análise de crédito da Serasa. Atualmente, pelo menos 70% das vendas de veículos são financiadas. Segundo as montadoras, metade dos contratos é por prazos acima de 36 meses. Desde janeiro, a indústria automobilística vendeu 1,044 milhão de veículos, quase 210 mil mais que no primeiro semestre do ano passado. O volume é recorde para o período e representa avanço de 25% nos negócios.Estabilidade econômica, melhora na renda e facilidades para o crédito contribuem para o desempenho. A média de vendas vem se mantendo na casa de 10 mil unidades ao dia, acima da registrada em maio, quando a indústria comercializou 211 mil veículos, um recorde. PRAZO AINDA MAIOR
Representantes do setor calculam que, neste mês, as vendas ficarão próximas a 200 mil unidades, pelo fato de junho ter dois dias úteis a menos que maio. José Rinaldo Caporal, da consultoria Megadealer, especializada no varejo de carros, afirma que, futuramente, as financeiras chegarão a prazos de até 100 meses: “Os prazos são esticados aos poucos”.
De acordo com o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Sérgio Reze, quem compra um veículo em mais de 48 meses normalmente troca de carro na metade do prazo e refaz o financiamento. Reze ressalta que houve aumento da inadimplência na carteira de financiamentos: de 2,2%, em 2005, para 3,3%, agora. “A subida sinaliza cuidado”, diz, embora ainda não seja preocupante.
Fonte: O Dia On Line

quinta-feira, junho 28, 2007

A energia suja dos bandidos, energia limpa e cara

Por: Helio Fernandes

Insegurança das ruas, insegurança nuclear
O Brasil está tão desarvorado e inseguro, que preciso dividir essa insegurança, em várias. Por hoje, a insegurança da corrupção fica na página 9, tudo é jogatina para salvar os que não têm salvação. Aqui neste espaço coloco a INSEGURANÇA das ruas, cada vez mais comprometida pela incompetência de Sérgio Cabral. E a INSEGURANÇA até mesmo da energia, que querem que seja NUCLEAR.
Primeira página do Diário Oficial, anteontem. O secretário Beltrame, que aparentemente cuida (ou deveria cuidar) da segurança, apresentou o "plano para o período da realização do PAN". Sérgio Cabral ainda não havia voltado de Portugal, mas voltará, claro.***Mariano Beltrame anunciou o esquema, segundo ele, "já montado". Serão 4.200 policiais civis, 8.700 policiais militares. "Está tudo mapeado", garantiu, como se o cidadão pudesse andar nas ruas "protegido" por mapas. O secretário não falou nada sobre os também bandidos das milícias.
Quando lembro as milícias, é porque foi o próprio governador que deixou bem claro que "não hesitaria em recorrer a essas milícias, (bandidos oficializados ou a terceira força do crime no Rio) para garantir a segurança do PAN". Já comentei muito isso.
Como o governador não estava aqui, o secretário foi falando: "Daremos cobertura a 80 mil operações de transporte dos atletas e das delegações". (Repetindo aquela famosa piada com Garrincha, poderiam perguntar ao secretário: "Para cobrir essas operações, já combinaram com os traficantes, com as milícias e com a parte corrupta da PM?"
Na verdade isso é necessário por causa do que acontece diariamente: tiroteio nos mais diversos lugares. Na véspera da fala de Beltrame, o tiroteio na Ilha do Governador entre traficantes e PMs, atingiu aterrissagens e decolagens do Aeroporto Tom Jobim.
Imaginem, atletas, dirigentes e a massa de turistas que se desloca pelo mundo atrás dessas competições esportivas, ainda não começaram a chegar. E dentro de alguns dias, quem garantirá a segurança do aeroporto e dos locais dos jogos, distantes do Galeão?
Vejamos agora a outra INSEGURANÇA tão grave quanto a das, também ameaça as ruas, as casas, os altíssimos impostos que serão gastos na até agora, (23 anos) esquecida, escondida, desconhecida. A multiplicação da energia nuclear.
Sem planejamento, sem projeto, sem orientação, os governos no Brasil-Império e no Brasil-República, (a mesma coisa com outro nome) se descuidam de tudo, não fazem nada, agem por espasmos.
Deixaram o País nesses 507 anos de irresponsabilidade e até retrocesso, cujo apogeu aconteceu com FHC. Agora, inesperadamente só falam em energia nuclear. Estaria aí, "a salvação da lavoura"?
Construíram Angra I e Angra II, em 1984 falavam em Angra III. Agora, 23 anos depois de total imobilidade, desenterraram essa Angra III.
A energia nuclear é mais cara. A construção é mais longa. O funcionamento mais dispendioso. Então por que a insistência? Única vantagem: é limpa, não polui. Nossa "vocação" é de energia elétrica. Sem falar nas dezenas de formas alternativas que surgem, não poluentes.
E se a energia nuclear é tão maravilhosa, por que os grandes e ricos países não estão cobertos de usinas nucleares?
Uma grande desvantagem da radioatividade: o que fazer com o lixo atômico? Os que já entraram no setor, vivem atormentados.
PS - É muita INSEGURANÇA. E ainda insistirei na INSEGURANÇA da infra-estrutura, que compromete o desenvolvimento.
PS 2 - E que poderia ser facilmente resolvido se deixássemos de pagar a DÍVIDA que não DEVEMOS. Nem calote nem moratória, palavras condenadas. Apenas A-U-D-I-T-O-R-I-A, digamos nos últimos 40 anos.
Sibá Machado
Foi muito criticado por ser suplente. Acontece que a culpa não é dele e sim do sistema. FHC foi suplente, ninguém fala.
A partir das 9 horas da noite da 3ª feira, até a abertura da sessão do Senado (deliberativa, às 4 da tarde) ontem, só se conversou um assunto: Renan Calheiros: afastamento durante o processo, renúncia, cassação do mandato de presidente, podendo chegar até à cassação do seu mandato de senador. Renan no centro de tudo, sabendo os riscos que corre e tendo uma certeza: está difícil ganhar.
A renúncia do suplente Sibá Machado, não começou nada. Na verdade, é o fim de uma fase, que foi marcada por afastamentos.
O primeiro, Romeu Tuma, corregedor, que se afastou por doença. Epitacio Cafeteira, (que está no hospital) Wellington Salgado, excesso de incompetência.
A saída de Sibá não pode ser chamada de RENÚNCIA, está longe disso. Na véspera de sair, tentou a intimidação, dizendo publicamente: "Se não votarem o relatório amanhã, (ontem, quarta-feira) renunciarei". São várias as análises.
Ele achava que a oposição ficaria intimidada e votaria a favor do arquivamento, que era o que lhe interessava, cumprindo ordens e orientação do próprio Renan.
É evidente que todos sabem que não há número para nada na Comissão de Ética. A oposição NÃO PODE votar para continuar o processo. O grupo Renan NÃO PODE arquivar, não tem maioria.
Com a Comissão sem relator, e com a "decisão" de Sibá, também sem presidente, a tropa de choque, (que o próprio Renan chama de "assassinato moral") achou que ganhava com o adiamento certo. É o que aconteceu nos bastidores.
Entre 10 horas e meio-dia, numa reunião tão apartidária quanto prolongada e tumultuada, surgiu a idéia de dar uma destinação grandiosa à Comissão de Ética. Isso seria obtido, segundo algumas boas figuras, com a eleição de um novo presidente e novo relator.
O presidente seria Artur Virgilio, líder do PSDB e suplente da Comissão. E o relator, Aloizio Mercadante. Aparentemente houve acerto com outros partidos, pois a senadora efetiva do PSDB, deixou a Comissão.
Logo que soube disso, Renan atacou a Comissão e a oposição, dizendo: "Querem desmoralizar a Comissão". Logo foi contestado por Jefferson Peres, que não deixa no caso, nada sem resposta.
No seu gabinete de presidente, Renan ouviu o senador do Amazonas e disse à própria TV Senado: "Só admito ser julgado por provas". Como réu ele não pode "determinar" o que vai acontecer. E é lógico que será julgado pelas provas.
Às 3 em ponto, Sibá Machado, não mais como presidente da Comissão, mas ainda suplente, começou a ler o que chamou de "explicação de quem pode cometer erros, mas não deliberadamente". Enquanto Sibá falava, Renan assumiu a presidência.
Sibá Machado falava com tempo cedido pela senadora do PT-PT, Ideli Salvatti. Mas logo que ele começou a falar, ela o interrompeu, não deixando que concluísse. Desperdício incrível.
Numa espécie de rodízio "junino", jogaram fora um tempo enorme com a palavra de exaltação ao presidente que não presidiu nada. Mais desperdício.
O tempo passou, fizeram discursos vazios e sem sentido, prejudicando a solução para que a Comissão de Ética tivesse uma forma de se afirmar. É o que exige a opinião pública.
Mario Diamante foi aprovado, ontem, para o cargo de presidente da Ancine, o segundo do Ministério da Cultura. Como precisa aprovação do Senado, ele obteve 20 votos dos 20 votantes.
A propósito do Senado: havia uma reunião da Comissão de Ética marcada para as 5 horas. Às 5 e meia foi adiada para às 6, mas a essa hora, ninguém havia decidido nada.
Todos coordenavam todos, vetavam todos e apoiavam todos. Artur Virgilio queria que Aloizio Mercadante fosse o relator, mas o senador do PT-PT não decidira nada. O senador Casagrande desaconselhou Mercadante a aceitar.
O líder do PMDB não queria a presidência para o PMDB, mas por outro lado não queria o PSDB comandando.
Subitamente Suplicy ofereceu seu nome para presidente relator, amavelmente ninguém queria. Suplicy insistia.
Às 6 e meia, já ultrapassando meu horário, nenhuma reunião aberta, só bastidores. No jornal, você lerá tudo. A essa hora, todos os líderes estão no plenário.
Enquanto o Senado queria fazer a Comissão de Ética funcionar, os senadores Suplicy e Gerson Camata, exaltavam Tony Blair.
Os dois se revezavam nos elogios ao farsante da Terceira Via, que foi demitido pelo próprio Partido Trabalhista, por excesso de incompetência. Gerson Camata fez uma restrição.
O senador do Espírito Santo, disse: "Tony Blair é dos maiores líderes do fim do Século XX e início do Século XXI, mas manchou sua biografia com o apoio a Bush no Iraque".
Suplicy, querendo dar demonstração de cultura e sabedoria, citou um personagem cujo nome ele nem sabia. Confundiu com Thomas Moore e Thomas Merton.
Mas disse que esse personagem, (sem nome) em 1795, incentivou as possessões inglesas (os Estados Unidos) a "se libertarem". Acontece que a Declaração da Independência é de 1776, e a Independência propriamente dita, de 1781.
XXX
Fluminense-Botafogo vão inaugurar o Engenhão, e provarão sem sombra de dúvida, a inutilidade da construção de um estádio naquele local. Além de conhecer muito aquele subúrbio (e todo o Rio), lembro de 1937, eletrificação da Central do Brasil, quando na Estação de Engenho de Dentro foi construído o maior vão sem estacas da América do Sul. Era e continua sendo um espetáculo.
Noutro dia fui especialmente visitar esse Engenhão. Beleza pura, maravilhoso, pode ser colocado entre os mais bonitos do mundo. Mas não funciona nem vai funcionar.
Venderam 40 mil entradas, o Engenhão não tem estrutura para essas pessoas estacionarem, chegarem e principalmente saírem. (Se digo principalmente, é porque as pessoas não chegam juntas, mas saem juntas).
Não há metrô, ônibus, lugar para estacionar e até para trafegar. As ruas são estreitíssimas e de mão dupla. Além do mais, apenas uma estação de trem, tumultuada por ser entroncamento. Sábado de decepção para 40 mil pessoas.
Fonte: Tribuna da Imprensa

"O remédio para o Rio é amargo"

O secretário de Segurança Pública, José Beltrame, disse que a operação de ontem no Complexo do Alemão foi decidida depois de um minucioso levantamento de inteligência que definiu como alvos as localidades Areal, Chuveirinho e Matinha, classificadas por ele como "locais onde o Estado há muito tempo não ia".
As comunidades estariam sendo usadas nos últimos dias como refúgio para os traficantes durante os quase dois meses de presença da polícia no Alemão. Para o secretário, a apreensão de quatro fuzis Ponto30, que são consideradas capazes de atingir aeronaves, mostram o estoque de armas e munição que o combate ineficiente ao tráfico proporcionou no Rio nos últimos anos. No sábado, uma outra arma do mesmo tipo já tinha sido apreendida no Alemão.
"Quebramos um pacto silencioso de não-agressão, em que a solução dos problemas era não agir", afirmou o secretário, criticando indiretamente a ação policial de governos anteriores. Beltrame admitiu que, depois de quase dois meses de pressão policial, a quadrilha local continua com grande capacidade de reação e afirmou que o remédio para o Rio "é amargo". "Resultados podem chocar, mas a situação é muito ruim. Se tenho instrumento de inteligência que me diz que há ilicitudes naquele local, tenho o dever de agir. Infelizmente, o traficante não desce e entrega a arma. O nosso objetivo é desarmar".
Operação
Beltrame acompanhou pessoalmente a coordenação da operação, durante a tarde, no comando montado no batalhão da PM em Olaria (16º BPM). Segundo o secretário, a operação estava em planejamento há mais de um mês, mas a secretaria esperava o melhor momento para desencadeá-la. Ele disse que a ação foi iniciada por volta das 10h com o objetivo de minimizar os riscos para a população, já que começou depois do horário de entrada de crianças nas escolas. "Poderíamos ter feito isso há dois meses e em duas horas, mas a contabilidade de mortos e feridos seria muito maior", afirmou.
A Polícia Federal também ajudou o planejamento com dados de inteligência. Além do comandante da PM, Ubiratan Ângelo, do chefe da Polícia Civil, Gilberto Ribeiro, e do comandante da Força Nacional, coronel Luiz Antônio, todos os quadros de inteligência da Secretaria de Segurança e das polícias Civil e Militar foram transferidos para o 16º BPM. Segundo o subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança do Rio, Edval Novaes, o trabalho coletivo relacionando dados de informantes, escutas telefônicas e denúncias teve como objetivo municiar os policiais em operação com dados sobre os alvos e a movimentação dos bandidos com a avanço da polícia.
Beltrame contou que os policiais levaram cinco horas na progressão dentro da favela sob fogo cruzado até chegarem aos seus objetivos. No final da tarde de ontem, duas equipes ainda tinham dificuldades para deixar o local. Segundo o secretário, o cerco aos acessos do Alemão, iniciado no último dia 14, vai continuar por tempo indeterminado, até que seja possível implementar uma nova política de policiamento para a região.
Ele disse que uma nova megaoperação pode acontecer. Para ele, a estratégia está dando certo e eliminando a capilarização da entrada de armas e munição que está proporcionando aos traficantes a manutenção da resistência. O cerco continuará a ter o apoio da Força Nacional de Segurança durante os Jogos Pan-Americanos. Para o trabalho, serão destacados pelo menos 230 agentes da FNS dos cerca de 5 mil que farão a segurança dos jogos.
Histórico
O complexo do Alemão está ocupado pela polícia desde o dia 2 de maio. Na ocasião, a ação tinha como objetivo capturar os responsáveis pela morte dos soldados Marco Antônio Ribeiro Vieira e Marcos André Lopes da Silva, do 9º Batalhão (Rocha Miranda), assassinados com mais de 30 tiros no dia 1º de maio. Desde o início dos trabalhos, os tiroteios são freqüentes. Desde maio já morreram 25 pessoas. A violência na região também deixou crianças cerca de 5.000 crianças sem aulas.
Fonte: Tribuna da Imprensa

terça-feira, junho 26, 2007

Multas de trânsito

Fundação Procon-SP orienta sobre cuidados ao contratar empresas especializadas em recursos.
Receber multa por uma infração não cometida, ou mesmo por um radar que não está devidamente sinalizado, é uma situação bastante chata. Para piorar, correr atrás do recurso também não é uma tarefa das mais agradáveis. Se a opção for utilizar uma empresa especializada em recursos de multas, o cidadão deve ficar atento para não trocar uma dor de cabeça por outra. Veja a seguir as orientações da Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, sobre o tema.

Em primeiro lugar, deve-se avaliar a real necessidade de se contratar este tipo de serviço, já que é possível resolver todas as questões por conta própria. Se não tiver tempo, disposição ou conhecimento para isto, uma dica é procurar empresas de que tenha referência de pessoas de sua confiança.

De qualquer modo, precisa ficar claro ao cidadão que a contratação destas empresas não significa, necessariamente, que o recurso será acatado (deferido). Por isso, a publicidade não pode dar como certo o não pagamento da multa. Também é aconselhável que o cidadão verifique junto ao órgão que aplicou a sanção se cabe recurso no caso.

Uma vez escolhida a empresa, o consumidor precisa fica atento ao contrato, que deve ser claro, com letras de fácil leitura e informar, além da identificação da empresa (nome, CNPJ, endereço, etc.), tudo que inclui: descrição do que está sendo contratado, tipo de multa, o custo do serviço, forma de pagamento, prazos e demais condições.

O recurso deve ser feito em até 30 dias após o recebimento da notificação da infração e entregue na Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari) – cada órgão de fiscalização de trânsito possui uma. O contratante deve exigir que a empresa apresente o protocolo da entrada do recurso. É dever do fornecedor do serviço repassar ao consumidor todas as informações relativas a prazos.

Caso o processo não seja definido até o vencimento da multa, é aconselhável pagar para não perder o desconto que geralmente é oferecido. Esse abatimento no preço, previsto no Código Brasileiro de Trânsito, é válido para qualquer multa paga até o vencimento. Se o pagamento for efetuado pela empresa contratada, o recibo e a multa quitada devem ficar de posse do recorrente, independente do resultado do recurso.

Os documentos originais nunca devem ser entregues à empresa contratada. O motorista deve tirar cópia de seus documentos pessoais e do carro, bem como daqueles que poderão ser utilizados como prova em sua defesa (fotos, cupons de estacionamento, etc.) e protocolar junto à empresa em questão.

Se o recurso for indeferido, há a possibilidade de recorrer para segunda instância, ao Conselho Estadual de Trânsito (Cetran). Isto também deve estar estipulado no contrato com a empresa. Se a negativa for mantida, a última opção é recorrer à Justiça, por meio de uma ação anulatória de multa ou, em situações muito especiais, de mandados de segurança. Nestes casos é necessário contratar um advogado.

Caso tomar as providências para o recurso por conta própria, o cidadão deve redigir uma requisição com os dados do veículo e do auto de infração, relatar os fatos, argumentos e alegações de defesa e juntar provas cabíveis, se for o caso. Na notificação de cobrança da multa estão relacionadas informações quanto aos documentos e procedimentos necessários, assim como o endereço para remetê-los. Estes documentos devem ser enviados por meio de carta com Aviso de Recebimento (AR), que funciona como comprovante de entrega.

Mais informações sobre multas aplicadas no município de São Paulo podem ser encontradas no site da CET (www.cetsp.com.br).

O Procon-SP atende pelo telefone 151 ou pessoalmente, nos postos de atendimento dos Poupatempos Itaquera (metrô Corinthians-Itaquera), Sé (Praça do Carmo s/nº) e Santo Amaro (Rua Amador Bueno 176/258). Orientações também podem ser encontradas na internet: www.procon.sp.gov.br.

Fonte: Procon SP
Fonte: Portal do Consumidor

sábado, junho 23, 2007

Todos os governos usam a farsa da macroeconomia

Por: Helio Fernandes


Relaxe e goze, estamos em plena prosperidade
Parece aviso de comandante de avião, tentando tranqüilizar os passageiros, quando sabe que está entrando em zona de turbulência. E embora, hoje, a turbulência aeronáutica esteja mais presente no chão do que lá em cima, não é nada disso.
As duas frases exóticas, esdrúxulas e estranhas de Dona Marta e do doutor Mantega, representam apenas a visão distorcida que têm do Brasil, já que só enxergam pela ótica da macroeconomia. Que supervalorizam e colocam num altar tão inacessível, que para eles, todo o resto é apenas microeconomia.
Só que a macroeconomia está para a microeconomia, da mesma forma que na linguagem e na definição diária, corrente, escrita e falada, a matemática está para a aritmética. Nos dois casos, o todo é utilizado indevidamente, mas o que chega ao povo e ao seu entendimento é apenas a parte.
Hoje, deixemos de lado a tão violentada matemática, abandonemos também a macroeconomia, fiquemos apenas com o que o povão deveria saber e consumir, que é aquilo que o seu salário pode comprar.
Renda per capita, câmbio, superávit primário (exclusividade do Brasil), "dívidas" monstruosas, juros em queda, mas que já foram criminosos, "risco Brasil", Bolsa em alta, aumento cada vez maior das "reservas", globalização ou neoliberalismo, (substituindo as desmoralizadas multinacionais), importações e exportações "dinamizadas", (e sem que o dinheiro chegue efetivamente) nada disso interessa ou favorece o cidadão contribuinte-eleitor.
Na macroeconomia, quase tudo é farsa, principalmente em relação ao povo e seu direito de existir. A renda per capita, é a divisão de tudo o que se produz no País, pelo número de habitantes. Isso produz um resultado badalado, mas inteiramente falso. Quer dizer: nessa divisão, alguns ficam com mil ou 10 mil partes, o cidadão trabalhador, com a escória. Isso, verdadeiramente, tem um nome: concentração de renda.
A macroeconomia utiliza semrpe e cada vez mais a estatística. Esta, de tão surrealista, consegue provar que um professor de estatística morreu afogado, num rio que tem 0,6% de profundidade. É que chamam a isso de "profundidade média". O pobre professor morreu quando se arriscava na parte mais funda do rio, 8 ou 10 metros.
O "déficit primário", que os governos anunciam com assiduidade, fica na área da farsa, mas entra também na da enganação. De tempos em tempos, comunicam: "Este ano ECONOMIZAMOS 4,5% do PIB". Essa ECONOMIA dá mais ou menos 90 BILHÕES.
Mas como não é para investir e sim para AMORTIZAR E NÃO PARA PAGAR OS JUROS DA DÍVIDA, e como esses juros estavam em 180 BILHÕES, o que chamavam de ECONOMIA, era apenas desperdício de impostos cada vez mais altos. E qualquer um macroeconomista pode perceber que se temos que pagar 180 e só "economizamos" 90, os outros 90 são jogados em cima da "dívida" que não devemos. Que assim, vai crescendo junto com o PIB, ou até muito mais do que ele.
Segredos visíveis da macroeconomia, que o povão não entende, mas restringe a sua capacidade de consumo. E entre as exigências do espetáculo do crescimento, a primeira de todas, o aumento do mercado consumidor interno.
Nesse início englobamos quase todos os "riscos" da macroeconomia. Os outros seriam impagáveis (como a "dívida") se não atingissem 180 milhões de brasileiros. Como esse "risco Brasil", que é "calculado" por corretoras multinacionais que exploram e, lógico, enriquecem com o Brasil.
PS - Uma dessas corretoras, a Merril Lynch, ganhou fortunas intermediando a DOAÇÃO da Vale do Rio Doce, a segunda maior empresa do Brasil.
PS 2 - O fato do presidente Lula não ter recuperado nosso patrimônio, e investigado essa traição monumental, é a razão de muitas críticas que faço.
Ivan Moreira
A Câmara Municipal perde um excelente vereador. Mas o Rio ganha um excelente membro do Tribunal.
Finalmente apareceu um senador-não-suplente para ser relator da Comissão de Ética do Senado. Que foi criada única e exclusivamente para investigar, julgar e decidir sobre o futuro do próprio presidente da "casa". Essa Comissão não existia, porque não havia processo sobre senadores, principalmente contra o presidente, eleito e reeleito pelos próprios senadores.
Esse senador é Eduardo Suplicy. Mas tem 3 inconvenientes, e assim dificilmente será aceito. 1 - É da base partidária mas não do PMDB. 2 - Ser do PMDB, exigência maior. 3 - Independente demais.
E ontem se dizia, em Brasília, que Suplicy estava sendo "desestimulado" pelo Planalto-Alvorada, pois o PT-PT não quer se envolver.
E na verdade, embora sutilmente, o presidente Lula definiu sua participação quando disse anteontem: "Estou preocupado com o desgaste do senador Renan Calheiros".
Falam tudo em relação a Renan. Ameaças a outros senadores. Intimidação. Renúncia da presidência para não ter cassado o mandato. Constrangimento. Desmoralização do próprio Senado. Pressão das ruas. Paralisação do Senado.
Obrigação diária deste repórter, a partir das denúncias: às 4 da tarde ligar a TV-Senado para ver se Renan Calheiros está presidindo. Ontem nem era preciso, sexta-feira.
Marcio Braga e todos os executivos do Flamengo, que suspenderam o conselheiro Paulo Cesar Ferreira antes da Comissão de Inquérito funcionar, tiveram ontem duas surpresas.
1 - O proprietário-conselheiro não foi depor. Em vez disso, mandou carta seriíssima a todos os conselheiros, contestando a violência.
2 - Paulo Cesar Ferreira comunicou que seu advogado será Clovis Sahione, dos maiores criminalistas. E que eu já disse aqui: já devia ser presidente do Flamengo.
Para isso, além de tudo, é sócio, conselheiro e torcedor.
Agora é o próprio presidente da República que publicamente fala no DESGASTE do senador Calheiros. E no presidencialismo, a preocupação do presidente da República, muito mais grave do que a tranqüilidade do presidente do Senado. Não há como comparar.
E há o contraste: desgastado Renan Calheiros, se fortalecem Michel Temer e Eduardo Cunha, grandes amigos e aliados do outro lado.
E eles nem escondem: vamos nomear Luiz Paulo Conde presidente de Furnas. Temer, mais discreto, diz isso. Cunha, mais desmoralizado como lobista e como pessoa, ameaça o presidente da República.
Diz em todos os lugares: "Como relator do projeto que prorroga a CPMF, só darei parecer depois da nomeação do Conde".
Pedi a um amigo para ver no Aurélio, está lá: "Chantagem". E na próxima edição do Aurélio, me informam, vem o complemento: "Veja também Eduardo Cunha". Os dicionários têm que ser dinâmicos como a corrupção.
Falando em Eduardo Cunha lembrei de Cesar Maia, os dois já se chamaram, simultaneamente, de LADRÃO. O alcaide queria nomear o genro para a vaga aberta no Tribunal de Contas do Município.
No preenchimento de todos os Tribunais de Contas, (municipais, estaduais, federal) as vagas obedecem a rodízio, esta é da Câmara Municipal, que escolheu Ivan Moreira.
Cesar Maia queria nomear o genro cujo único título é esse. Que é o que interessa a ele. E como Ivan Moreira é presidente da Câmara Municipal, o alcaide-factóide-debilóide, decidiu criar constrangimento para o nome escolhido.
Decidido, viajou para Montevidéu, achou genial. Ivan Moreira teria que nomear a si mesmo. Só que Ivan viajou antes, o vice assumiu e fez a nomeação obrigatória. E Cesar Maia, o herói sem nenhum caráter, olhou no espelho, era ele.
Ontem conseguiram puxar o dólar para cima. Subiu 1,50%, ficou em 1,94 baixo. Mas isso não representa tendência, e sim a força avassaladora do dinheiro. Volta a 1,90.
A Bovespa perdeu 1 por cento na quinta-feira. Para fechar a semana, ontem, sexta, continuaram vendendo. Às 4 da tarde caía 0,76% ficando em 54.248 pontos.
Ontem, em pleno debate da Rádio Haroldo de Andrade, veio a notícia: o confronto da PM e da Força Nacional, com os traficantes, chegou a um ponto realmente insustentável.
Como eles dominam a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão, esperava-se que o governador cancelasse a viagem a Portugal. Aliás nem deveria viajar tanto, deixando a cidade com os bandidos.
O ex-governador Moreira Franco falou: "Essa guerra que já tem 50 dias, é muito grave e não se vê solução".
Não houve dúvida: Sérgio Cabral precisa recompor sua autoridade e garantir a presença em todo o território carioca e fluminense. Mas, mesmo que queira, não pode ir ao Alemão ou à Vila Cruzeiro.
É fora de qualquer dúvida: Sérgio Cabral é intimíssimo de Anthony Mateus. Pois ninguém poderia ressuscitar o ex, como faz o atual.
XXX
Está bem que Bernardo Cabral e Marco Aurélio Mello são famosos, simpáticos e competentes. Mas só porque almoçavam ontem no Mosteiro, não precisavam ter parado o restaurante. XXX Principalmente agora que todos sabem que o dono é pai do ministro da Saúde. Só que Marco Aurélio e Bernardo vão lá há anos e anos.
XXX
Vale um elogio à publicidade feita com a família Bernardinho. Pela criatividade, originalidade e simplicidade. Aliás, a simplicidade é sempre mais aplaudida do que a pretensão. É o caso desse anúncio que vai faturar para o cliente.
XXX
Em matéria de promoção, repercussão, distinção e satisfação, que não sai do placar: Ariano Suassuna e Ziraldo. E movimentando esse placar várias vezes, pois ganham sempre de goleada.
Fonte: Tribuna da Imprensa

terça-feira, junho 19, 2007

Renan será aconselhado a renunciar oua se afastar da presidência do Senado

Aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), consideram que a situação do colega vai se tornando cada vez mais insustentável. Hoje e amanhã o alagoano começará a receber emissários sugerindo a ele que renuncie ou se licencie da presidência do Senado.

O nome predileto para colocar o guiso no gato é o do senador José Sarney (PMDB-AP), ele próprio um experiente político que sabe a hora de se retirar quando há uma crise. Sarney, é claro, resiste a assumir a espinhosa missão. A tarefa é tão delicada que nenhum renanzista falará a respeito em público. A idéia é deixar a impressão de uma decisão pessoal do próprio Renan.

Essa operação toda seria uma forma de minimizar o dano causado aos outros senadores que ainda pretendem salvar Renan. Entre o compadrio e o prejuízo próprio, os amigos do presidente do Senado preferem a lei do menor esforço, salvando a própria pele.

A opinião quase geral dentro do Congresso é que a absolvição pura e simples de Renan levaria a um desgaste de imagem além do já costumeiro para senadores –e, de quebra, para deputados também. Salvo ou não, Renan será para sempre o “senador dos bois milionários”, o “rei do Gado”, enfim, passará a incorporar ao nome um aposto pejorativo cujo efeito seria o de macular a imagem de toda a instituição.

Por enquanto, avalia-se ser possível a pizza da salvação só em condições especiais. É vital agora que Renan entregue também parte de seu patrimônio. Como a lei impede ao presidente do Senado simplesmente renunciar ao mandato –pois o processo já começou– a idéia é o afastamento do cargo.

Em troca, a investigação começaria a correr em marcha mais lenta. Em alguns meses, possivelmente, poderia ser tudo arquivado. Renan continuaria senador, mas sem poder e totalmente desidratado. Escrito por Fernando Rodrigues
Fonte: http://uolpolitica.blog.uol.com.br/

A Transposição das águas do Velho Chico e as estratégias de manipulação

Por Roberval Carmona
Da primeira vez que se falou da transposição das águas do São Francisco foi o maior alvoroço social. Padres fizeram jejum em protesto, grupos se mobilizaram contra a idéia. Conseguiram adiar o início das obras. Mas a transposição das águas do velho Chico já pode ser considerada um fato consumado.
Técnicas utilizadas pelos poderosos para tornar aceitável a transposição das águas do São Francisco. A ESTRATÉGIA DA DEGRADAÇÃO Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, é suficiente aplicar progressivamente, em "degradado", sobre uma duração de 10 anos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas tem sido impostas durante os anos de 1980 a 1990. Desemprego em massa, precariedade, flexibilidade, reassentamentos, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haviam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de forma brusca. A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO Uma outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo "dolorosa e necessária", obtendo a aceitação pública no momento para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, por que o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, por que o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que "tudo irá melhorar amanhã" e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Em fim, isto dá mais tempo ao público pata acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento. Um exemplo recente: a passagem para o Euro e a perca da soberania monetária e econômica tem sido aceitos pelos países Europeus em 1994-1995 para uma aplicação em 2001. Outro exemplo: os acordos multilaterais da ALCA (o FTAA) que os Estados Unidos tem imposto desde 2001 aos países de todo o continente americano (Central e Sul da América) apesar de suas reticências, concedendo uma aplicação e vigência diferida para 2005. CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES Este método também é chamado "problema-reação-solução". Se cria um problema, uma "situação" prevista para causar uma certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos. http://www.cuidardoser.com.br/estrategias-da-manipulacao.htm O problema da seca no Nordeste é um problema político, não um problema técnico. A transposição das águas não vai resolver o problema, vai agravá-lo ainda mais.
Fonte: CMI Brasil

Auschwitz à brasileira: Estado apodrecido e corrupção endêmica

Por Wellington Fontes Menezes 19/06/2007 às 03:24
A corrupção endêmica e a violência desmedida são deletérias deformações de um sistema socioeconômico falido. O Estado brasileiro abriu mão de qualquer projeto que unisse a economia com o social, buscando uma autonomia política e desenvolvimento econômico descentralizado. O resultado é uma sociedade cada vez mais egocêntrica, centrada no medo, disparidade econômica, pobreza alarmante e segregação social.
No Brasil a expressão relacionada ao fundo do poço não é apenas mera metáfora vazia, mas uma condição existencial da estagnação do Estado. A cada momento e por mais otimista que possa ser a ótica da analise, mais traz preocupação os dados empíricos da realidade. Os números impressionam: 90% das delegacias paulistanas receberam ou recebem dinheiro proveniente de propinas somente para policiais fazerem ?vistas grossas? dentro do esquema milionário de caça-níqueis. Trocando em miúdo, delegados, investigadores e agentes policiais são tão cúmplices do mega-esquema de contravenção quanto os próprios gerentes mafiosos. A fonte é da Agência Estado é resulta da apreensão de documentos de um dos articuladores da máfia dos caça-níqueis. Novidade em percentual tão alarmante? A resposta presumida: não! Os números da agenda encontrada por um setor não-podre da polícia de posse de um dos mafiosos dão uma dimensão gritante que o Estado brasileiro está moribundo. Não existem parâmetros confiáveis para atestar dados históricos da corrupção dentro da esfera da segurança pública, mas é sabidamente conhecido que a promiscuidade e a corrupção no interior das delegacias de polícia poderiam beirar desde os tempos paradisíacos de Adão e Eva (caso existisse algum agente policial para enquadrar a serpente que corrompeu o Paraíso). A questão que se debate não é o simples fato de ter ou não corrupção dentro da polícia, mesmo porque é uma questão já superada. Infelizmente hoje, quem é o portador de suas faculdades mentais e um simples cidadão entra em uma delegacia de polícia e espera sinceramente que seu caso seja atendido com êxito? Fazer boletim de ocorrência de algum infortúnio da vida não é mais uma obrigação para fazer valer seus direitos, apenas um mero casuísmo caso haja paciência ou necessidade formal de um simples registro burocrático. Mas diante de todo o fosso da segurança pública, o fundamental é identificar o tamanho do lastro que a corrupção contaminou os seus setores. Não adiantam passeadas angelicais de pedidos de Paz ou atividades circenses que beiram ao desespero. A questão é muito mais profunda. Não adianta ter a varinha de condão e invocar num passe de mágica as forças do exército como a panacéia para a segurança pública. A questão se afigura quando se percebe o tamanho da corrupção e diluição institucional dentro das polícias. Corrupta, atabalhoada, descentralizada, ineficiente, pessimamente equipada, policiais com salários irrisórios... A lista do sucateamento da segurança pública não pára por aqui. A violência nutre-se de forma endógena de mais violência, um moto-contínuo sem piedade numa verdadeira espiral de destruição da sociedade e dos ornamentos institucionais. Diante deste calabouço, o Estado brasileiro não é apenas ineficiente e corrupto, é autofágico. A autofagia que destrói os alicerces básicos da constituição orgânica minimamente civilizada. As profundas chagas derivadas da secular disparidade social criaram bolsões de miséria sem lei ou algum alentador futuro. A polícia e sua decadência como poder público é apenas mais um reflexo da diluição do Estado. Aliado à decomposição da educação pública e do sistema de sanitário e de saúde, os serviços básicos da teia social se fragmentaram. Tal reflexo atinge diretamente o estágio de esfacelamento e morbidade que se ergue exponencialmente, ano após ano, e sem nenhuma perspectiva de mudança a qualquer tipo de prazo. Possivelmente o exemplo mais emblemático do esfacelamento do Estado repousa angustiadamente no garoto maltrapilho vendedor de balas (quando não passam de uma mera forma desesperada de pedir esmola) nos faróis dos grandes centros urbanos. A sociedade se tornou em um emaranhado de seres ziguezagueantes forjado com uma índole de granito insensível, pustulento e grotesco. É o preço caríssimo da diluição da esfera pública. Nosso desenvolvimento capitalista é bastardamente senil. Um monstro tão atípico que ora tem números econométricos de uma Suécia, ora é imerso em um misto apodrecido da Faixa de Gaza e Somália. A corrupção não é privilégio de nenhuma sociedade. No caso brasileiro, a corrupção é enraizada, endêmica e faz parte do útero de uma economia subterrânea. As mazelas são inúmeras, conhecidas e alarmantes. Policiais que ganham salários ridículos, uma estrutura podre que é um verdadeiro convite ao crime e que parte para a propina como engorda de seus soldos. O sistema de transporte privatizado que somente sobrevive alicerçado sobre uma máfia que arregimenta um expressivo número de trabalhadores na mais total informalidade. Cassinos sob a fachada de bingos lavam e secam dinheiro sujo e patrocinam o narcotráfico. Agentes do Departamento de Trânsito (DETRAN) em conluio com auto-escolas que vincula a aprovam alunos nos exames mediante liberação de propina de R$ 300,00 por aluno (em valores atuais). Sistema judiciário míope e cínico que privilegia quem pode corromper mais o juiz ou pagar um advogado não tão ruim. A política do superfaturamento de orçamento público e o desvio de verbas em todas as esferas do governo como a única finalidade básica do "homem público": o famigerado enriquecimento ilícito e a política se metamorfoseando um mero espetáculo eleitoreiro. No submundo da economia do ilícito, tráfico de drogas, armas, mulheres e toda sorte de falcatruas sempre contanto com a participação de agentes do Estado em suas operações e organizações cada vez mais coesas e produtivas. A lista novamente é grande e o espaço para a escrita é ínfimo. O grau de destruição do Estado não espanta apenas pela dimensão, mas, sobretudo a falta de visão política de reconstrução do Estado. O espectro político da direita à esquerda não trouxe novidade alguma em suas práticas. Sejam tucanos neoliberais ou petistas do lulismo neoliberal, a agonia pelo imediatismo do voto e o sangue do poder enegreceram suas práticas políticas. Após o regime militar, sucessivos governos ditos "democráticos" não trouxeram grande mudança no atual quadro social brasileiro. Algum número com manipulação de resultado podem até aliviar a miséria, mas não a elimina. Vinte e cinco anos de severa timidez econômica (média anual quase nunca passando de 4% de crescimento do PIB) aliada à diluição assustadora da ordem social produziram uma modernização excludente que primou pela violência, aglutinação conservadora e segregacionista, além de estampar o esgotamento de um modelo social falido. Nosso desenvolvimento capitalista é bastardamente senil. Um monstro tão atípico que ora tem números econométricos de uma Suécia, ora é imerso em um misto apodrecido da Faixa de Gaza e Somália. A corrupção não é privilégio de nenhuma sociedade. No caso brasileiro, a corrupção é enraizada, endêmica e faz parte do útero de uma economia subterrânea. As mazelas são inúmeras, conhecidas e alarmantes. Policiais que ganham salários ridículos, uma estrutura podre que é um verdadeiro convite ao crime e que parte para a propina como engorda de seus soldos. O sistema de transporte privatizado que somente sobrevive alicerçado sobre uma máfia que arregimenta um expressivo número de trabalhadores na mais total informalidade. Cassinos sob a fachada de bingos lavam e secam dinheiro sujo e patrocinam o narcotráfico. Agentes do Departamento de Trânsito (DETRAN) em conluio com auto-escolas que vincula a aprovam alunos nos exames mediante liberação de propina de R$ 300,00 por aluno (em valores atuais). Sistema judiciário míope e cínico que privilegia quem pode corromper mais o juiz ou pagar um advogado não tão ruim. A política do superfaturamento de orçamento público e o desvio de verbas em todas as esferas do governo como a única finalidade básica do "homem público": o famigerado enriquecimento ilícito e a política se metamorfoseando um mero espetáculo eleitoreiro. No submundo da economia do ilícito, tráfico de drogas, armas, mulheres e toda sorte de falcatruas sempre contanto com a participação de agentes do Estado em suas operações e organizações cada vez mais coesas e produtivas. A lista novamente é grande e o espaço para a escrita é ínfimo. O grau de destruição do Estado não espanta apenas pela dimensão, mas, sobretudo a falta de visão política de reconstrução do Estado. O espectro político da direita à esquerda não trouxe novidade alguma em suas práticas. Sejam tucanos neoliberais ou petistas do lulismo neoliberal, a agonia pelo imediatismo do voto e o sangue do poder enegreceram suas práticas políticas. Após o regime militar, sucessivos governos ditos "democráticos" não trouxeram grande mudança no atual quadro social brasileiro. Algum número com manipulação de resultado podem até aliviar a miséria, mas não a elimina. Vinte e cinco anos de severa timidez econômica (média anual quase nunca passando de 4% de crescimento do PIB) aliada à diluição assustadora da ordem social produziram uma modernização excludente que primou pela violência, aglutinação conservadora e segregacionista, além de estampar o esgotamento de um modelo social falido. Não existe progresso com exclusão e tampouco desenvolvimento amparado por grotescos bolsões de miséria. São termos antípodas e não permitem enjaula-los numa mesma conjectura socioeconômica. A diluição da política se constrói no espaço assimétrico do estrangulamento econômico. Não podemos se contentar com ilhas de progresso fortuito cercadas por famélicos e subempregados aglomerados nas senzalas pós-modernas. Atualmente, cerca de 40 milhões de brasileiros sobrevivem em situação crítica, ou seja, situados na linha de pobreza. Como justificar tamanha violência dos centros urbanos somente pela linha de raciocínio simplista e fascista onde basta colocar tanque de guerra, porrada, cacete e cadeia que os problemas se resolvem num passe encantado de pura mágica fascista. A corrupção policial não é a causa da explosão de violência crescente das últimas décadas, mas o sintoma avassalador do modelo falido de visão governamental. A política sucumbiu as ordem e matrizes econômicas. O Estado quando existe tornou-se apenas para atender alguns desejos da ordem capitalista. E outras palavras, o Estado quando funciona sucumbe sua autonomia política e reduz a sua ação apenas para a manutenção da ordem. Essa ordem se traduz na não-perturbação do fluxo do grande capital e, seguindo esta natureza, a ação estatal se limita a não permitir a criação de obstáculos para a sua circulação. Segregar contingente populacional inteiro em guetos significa que essas pessoas não têm mais importância num modelo capitalista cada vez mais autônomo de trabalhadores. A violência se acirra com amplitude da agonia proveniente da exclusão e miséria. O permanente estado de beligerância do Rio de Janeiro é mais um monstruoso exemplo que o poder do Estado não mais existe e pouco se faz presente no espaço social. Substituindo macabramente o papel estatal, quadrilhas paramilitares assumem o papel eclodindo em ondas intermitentes de caos e guerrilha urbana. A questão de São Paulo e as suas gangues organizadas dentro de presídios com participação de advogados e agentes públicos, já cometem ondas de violência explícita sem paralelos na história recente do estado e também reforçam as raízes da diluição do poder estatal. A corrupção da segurança pública é mais um detalhe pertinente na latrina regurgitada do caos que o descaso e a irresponsabilidade de uma elite perversa, cega e inconseqüente fizeram apodrecer este país. O caos é a contraparte da sociedade organizada. É dentro da sociedade que será a úncia bastilha para a possibilidade do resgate de uma ordem de valores possíveis para que a prática da política se erga contra a ditadura da ordem econômica. Não podemos apenas se contentar em uma caricatura medíocre e assassina de cidadania: ?consumo, logo existo?! E preciso recuperar a idéia de sociedade com espaço socializável dos seres humanos e não apenas os muros dos condomínios fechados do apartheid brasileiro. Quanto mais os habitantes de uma sociedade se refugiar na utopia egocêntrica na tentativa de ser proteger em vão da adversidade do caos, mais estará contribuindo para a construção de um mundo segregado, hostil e violentamente mórbido. Uma espécie de ?solução final? (Endlösung) tupiniquim em alusão à nefasta e megalomaníaca política do Estado nazista. Com miopia avassaladora, exaltação extrema do individualismo e a segregação social certamente serão os caminhos para a trágica consolidação do nosso Auschwitz à brasileira.
Email:: wfmenezes@uol.com.br URL:: http://wfmenezes.blog.uol.com.br/
Fonte: CMI Brasil

O Senado mutilado!

Historicamente, qualquer que seja sua origem e seu tamanho, os agentes de corrupção política - caso não sejam combatidos pela sociedade - acabam transformando o Estado em uma “cleptocracia”. Esta palavra de origem grega significa literalmente: Estado governado por ladrões.A frase anterior nos leva a uma reflexão do quanto as instituições brasileiras estão deterioradas e o que é pior: nada deverá acontecer se depender da vontade da banda podre da política, que é desproporcionalmente majoritária.Até quando suportaremos tamanha vergonha? Até quando aceitaremos no aconchego de nossa apatia o mar de lama que domina o Congresso Nacional e suas principais lideranças?Será que somos nós que queremos mesmo sermos enganados e tratados como marionetes idiotas, enquanto eles corroem as entranhas da Nação,mergulhando-a no charco da indignidade?O que assistimos hoje (18.06) no plenário da Comissão de Ética(sic) do Senado Federal foi uma aberração chula e horripilante, ferindo de morte a democracia, a cidadania e alma do cidadão brasileiro. Um circo armado com um picadeiro imoral e sem graça, com o show pronto ne ensaiado para arrancar a fórceps a intolerável inocência do senador Renan Calheiros.O plenário preparado não teve oposição de propósito. As falsas lideranças oposicionistas sumiram por medo, ou o mais provável por negociações espúrias, o que é profundamente lamentável.Era um espetáculo de governistas. Todos se igualaram no charco da barganha e da verocidade do interesse particular. Talvez no medo de cada um em não poder provar sua própria inocência mais na frente. Éra o retrato do Congresso que temos.O primeiro ato do dantesco espetáculo foi armado para desacreditar o advogado da jornalista Monica Veloso, Pedro Calmon Filho.Seguro, incisivo, fez graves e contundentes acusações. Foi provocado por senadores histéricos, mas não se dobrou.Só que ninguém alí queria ouvi-lo. A ordem era a sua destruição para salvar Renan. E assim foi feito. O Brasil inteiro acreditou em suas versões. Os senadores não, pois o script não dizia assim.
Levaram de contrapeso o advogado de Renan Calheiros, Eduardo Ferrão, que está mais para cantor de opereta bufa do que para qualquer coisa.Tudo ensaiado, até sua dispensável presença. O presidente fez o jogo combinado e deu-lhe a palavra. Disse as mesmas asneiras de sempre, mas teve a aprovação dos presentes. Era isto o combinado, era esse o jogo sujo.Por fim o último e hipócrita dos atos: o lobista e mensageiro de Calheiros, Cláudio Gontijo. Repetiu todas as esdrúxulas conversas ensaiadas com o “xerifete” Romeu Tuma. Fez a lição direitinho e por pouco não ganhou beijos de congratulações. Foi louvado por sua “retidão”, sua “amizade” e sua “dedicação” ao super Renan. Pelos predicados anunciados é forte candidato a senador mais tarde.A sessão teve lances circenses e dignos do Fabeapá, do nosso imortal Stanislaw Ponte Preta. A começar pelo presidente, Sibá Machado, que se nomeou relator e como sempre fez de sua verborragia acreana um desfile de asneiras e tropeços linguísticos. Mas, estava ali para cumprir um papel, e pronto. Teve Almeida Lima ( o chato), Gilvan Borges e Valter Pereira, todos do PMDB de Renan. Os três não sabiam o que diziam, mas sabiam muito o que queriam.O Brasil queria ouvir Arthur Virgilio, Heráclito Fortes, Jefferson Péres, Pedro Simon, José Agripino, Mão Santa, Jarbas Vasconcelos. Será que não foram avisados da reunião? Que maldade com os nossos arautos da moralidade.O Brasil deve estar indignado e ficará mais ainda nos próximos capítulos.Chega-se a acreditar que os nossos principais agentes públicos estão empurrando o Brasil para a temerária fase da “cleptocracia”, o que é muito perigoso. Quando se chega a este nível restam poucas alternativas aos cidadãos que podem buscar a solução no cesarismo, ou a tomada de atitudes pela força buscando o indesejável apoio dos militares, como tem acontecido na América Latina, Ásia e África. Não é isso que queremos, mas também não é isto que está ai que merecemos.
Fonte: prosa&polica

A Hora é Essa

Por Giulio Sanmartini
O malfadado caso Renan Calheiros está na situação que quanto mais se meche, mais aumenta a fedença da merda (desculpem a palavra, mas não tem outra). O senador como é óbvio, sabe que mente, sabe que quase todos não desconhecem o fato de ele estar mentindo, mas joga o jogo sujo da intocabilidade.Faz todas as patifarias que tem direito: inventa gado, compradores e recibos. Ele se vale da certeza que os senadores que fazem parte de sua cupincharia lhe serão coniventes, assim vai empurrando com a barriga a picaretagem até o gavetão onde se arquiva a impunidade.Alega que é caluniado, mas não move uma palha contra a revista Veja, o jornal Correio Brasilienze e o televisivo Jornal Nacional, não está tendo a coragem de sua ex amante Mônica Veloso, que acusada de chantagista, por carta informou que entrará com ação no Supremo Tribunal Federal contra Renan para que ele confirme ou negue se em algum momento tenho dito ter sido vítima de chantagem por parte dela.A patota de senadores que corporativistamente querem absolver o aético presidente da casa, tentaram, de forma primária, intimidar o advogado de Mônica, mas receberam respostas a altura e calaram-se. Os senadores pró arquivamento, Epitácio Cafeteira (PTB-MA) e Romeu Tuma (DEM-SP) ou perceberem que a jiripoca vai começar a piar, espertamente tiraram seus times de campo, alegando uma conveniente doença.Enquanto isso o Senado da República vai desmoronando e apodrecendo como instituição, por ter na presidência um elemento torpe como Renan Calheiros.Nesse momento, nessa situação, urge que ele seja apeado do cargo, não somente por uma questão de moral, mas de Segurança Nacional, pois coloca em perigo a ordem política e social da nação.O país exige: FORA RENAN!
Fonte: prosa&politica

A tirania da retidão

Adriana Vandoni (*)
A história nos conta que no ano 62 a.C., durante os festejos da “boa deusa”, era realizada uma festa com acesso reservado às mulheres. Durante o evento, Pompéia, a jovem mulher de Júlio César, foi pega em uma armadilha. Publius Clodius, um jovem rico e audacioso, encantado pela beleza de Pompéia, se vestiu de mulher e entrou na festa com o propósito de se aproximar dela. Porém, a mãe de Julio Cesar descobriu antes que Pompéia tomasse conhecimento do fato. César divorciou-se de Pompéia, que ficou mal falada por toda Roma.Chamado a depor, César, ao perceber que o povo estava contra ele, surpreendeu a todos ao dizer que não sabia de nada entre os dois. Um dos senadores então perguntou: - “Então por que se divorciou da sua mulher?”; e César respondeu: - “À mulher de César não basta ser, terá que parecer”.Dois mil anos depois a frase de César ainda vale para qualquer situação em que esteja implicada retidão de comportamento e decência de atitudes. Daí vem o clichê que pode parecer piegas, mas não é, de que uma atitude pode ser legal, mas é imoral. Não é piegas, principalmente nos dias de hoje em que o Brasil vive um verdadeiro caos moral, afinal, comportar-se de forma ética é seguir além das regras, é seguir princípios e agir dignamente. A transparência cobrada dos agentes públicos está exatamente no que César cobrava de sua mulher: não basta ser, deve parecer. O gestor deve estar acima de qualquer suspeita e para permanecer assim, deveria partir dele a iniciativa de esclarecer atos que possam comprometer sua honra. É, a honra tem valor!, para uns. E para os que a prezam, esse valor é imensurável.Esta semana o BNDES aprovou um financiamento de R$ 360 milhões para a construção de um parque gerador de energia elétrica, localizado no rio Juruena, entre os municípios de Sapezal e Campos de Júlio, ambos no Estado de Mato Grosso, conforme encontra-se no seu site. As 5 PCHs - Pequenas Centrais Elétricas, que receberão o reforço financeiro do BNDES são: PCH Cidezal - R$ 63 milhões; PCH Parecis - R$ 62 milhões; PCH Rondon - R$ 51 milhões; PCH Sapezal - R$ 64 milhões; PCH Telegráfica - R$ 120 milhões.As cinco fazem parte do Consórcio Juruena, que foi composto em dezembro de 2002 pela Linear Participações e Incorporações, pela MCA Engenharia e Barragem e pela Maggi Energia S/A. Esta última, notoriamente, de propriedade do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi. Segundo consta, o grupo empresarial do governador ainda é partícipe do Consórcio.As cinco PCHs já possuem, de acordo com o BNDES, “Licença de Instalação. As obras associadas aos programas ambientais relacionados nas licenças contemplam, dentre outros, os programas de monitoramento e controle ambiental, conservação da fauna e flora, preservação do patrimônio arqueológico, comunicação social e gestão ambiental”. Autorizações dadas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente do estado de MT, do qual um dos empresários interessados é o próprio governador.Todo o processo pode ser legal, embora sejam conhecidas as dificuldades que outros empresários estão enfrentando para obter essas mesmas licenças ambientais. Os trâmites desse processo que envolve os interesses de Blairo Maggi pode ter corrido normalmente, mas o silêncio como ele tramitou deixará sempre a dúvida de que ocorreu o uso do cargo público em benefício privado.A questão é que não pode pairar a suspeita de que o empresário Blairo Maggi tomou de assalto o estado de Mato Grosso e o usa para beneficiar seus interesses privados. De que, como governador age seguindo seus interesses empresariais e que como empresário, se vale de ser governador.Nossa história mostra dezenas, centenas, talvez milhares de casos onde atitudes canalhas foram realizadas por governantes em benefício próprio e em detrimento do povo. Blairo deve, em defesa da sua honra, mostrar que não fez uso pessoal do cargo que hoje ocupa.Se no Direito cabe à acusação o ônus da prova, na vida pública, pairando suspeitas e desentendidos, recomenda a moral de César que essa imposição se inverta.
(*) Adriana Vandoni - Site: www.prosaepolitica.com
Fonte: claudiohumbrto.com.br

Um congresso com a bunda de fora!

Pedro Oliveira (*)
“A corrupção, Senhores senadores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas”.
O texto acima é de autoria de Rui Barbosa e foi pronunciado em um de seus memoráveis discursos no Parlamento em 1914. Se saísse do pedestal que ampara o seu busto como patrono do Senado Federal e repetisse a frase, muitos dos senhores senadores entrariam em desespero. Não pelo fato de estarem vendo “fantasma”, mas por se sentirem atingidos em cheio diante das acusações nela contidas. Rui não está mais aqui para se envergonhar, mas preveniu os brasileiros do que lhes estaria reservado pelos políticos de hoje: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. Definitivamente as instituições brasileiras desceram a ladeira da vergonha, tomaram os caminhos da hipocrisia e mergulharam no poço da indecência e da imoralidade.
Ouvia esta semana de um conhecido jurista a frase: “Urge que a ordem seja mantida e aqueles que a violam sejam punidos, dentro da lei. É assim que funciona um Estado Democrático de Direito. E é isso que a sociedade exige”. Infelizmente, na prática, não é isso que temos assistido nos últimos tempos. O que vemos é a degradação, a cada dia mais acentuada, da classe política brasileira, o convívio com o imoral e o ilegal. As mesas de negociações espúrias montadas nos gabinetes de deputados e senadores, os corredores do Congresso Nacional transformados em feiras livres de compra e venda de obras, emendas parlamentares, licitações fraudadas e todo tipo de crime contra o erário.O que encontramos hoje é um Legislativo vulnerável, enfraquecido pelas mazelas dos que o compõem, buscando a todo custo esconder culpados e jogar para debaixo do tapete a sujeira de muitos, pois sabem que a comprovação corrupta de alguns pode levar à capitulação de quase todos. Governo e oposição estão finalmente juntos.As provas estão ai escancaradas e levantadas pela Policia Federal.As verdades estão também expostas por amantes, lobistas, propineiros e documentadas em gravações que revelam a convivência pútrida das mais destacadas personalidades da política com as máfias da corrupção e do suborno explícito. As evidências saltam aos olhos: políticos que nasceram pobres, nunca tiveram uma anotação em sua carteira de trabalho, não ganharam em nenhuma loteria, não herdaram nenhuma fortuna e possuem hoje um patrimônio invejável, apenas no exercício da “profissão” que os fizeram milionários. Seria fácil provar, mas é difícil querer provar.Um Brasil atônito, mas apático, não espera que muita coisa aconteça diante do que já viu e ouviu. Um dos responsáveis por investigações gravíssimas já declarou que “não gostaria de condenar ninguém”, um outro diz “ não temos muito o que apurar, pois já ouvimos o suficiente” como se a verdade fosse a deles. De tudo isto pode não sair uma pizza, mas é bem provável que saia um café requentado, pois é isto o que pode nos oferecer uma “cafeteira” congressual. Apenas uma coisa nos conforta. Depois dos últimos episódios o Congresso está com os glúteos de fora e nada deverá ser como antes!
(*) Pedro Oliveira - é jornalista e presidente do Instituto Cidadão
pedrojornalista@uol.com.brwww.prosaepolitica.comwww.abcpolitico.com.br

Fonte: claudiohumberto.com.br

sábado, junho 16, 2007

A ética que vem do pasto

Conselho se esforça para poupar o presidente doSenado, enrolado com lobista, bois e recibos falsos
Otávio Cabral
Wilson Dias/ABR
Renan Calheiros: articulação com aliados para evitar processo de cassação
O Conselho de Ética do Senado deu na semana passada uma valiosa contribuição para consolidar a péssima reputação da classe política brasileira. Sem se preocupar em ao menos fazer de conta que pretendia investigar alguma coisa, o senador Epitácio Cafeteira, do PTB do Maranhão, concluiu que o presidente do Congresso, Renan Calheiros, não praticou atos que ferissem o decoro parlamentar ao utilizar os serviços de um lobista da empreiteira Mendes Júnior para pagar as despesas de uma filha durante quase dois anos. Cafeteira também não viu nada de mais no fato de esses serviços incluírem o empréstimo de um apartamento para encontros particulares e o uso do escritório da empreiteira como se fosse uma tesouraria de Renan Calheiros. O senador Epitácio também não detectou conflito algum no fato de o presidente do Congresso manter relações de amizade com um empreiteiro do calibre de Zuleido Veras, acusado de corrupção, formação de quadrilha e fraude em licitações. Se aprovada, a decisão de Cafeteira, além de constranger os políticos sérios, cria um novo e vergonhoso patamar ético no Parlamento. Qualquer senador pode sentir-se autorizado a receber um empreiteiro em sua casa, pedir-lhe um favor financeiro e, depois, compensá-lo com a apresentação de uma emenda ao Orçamento. Estará simplesmente seguindo a jurisprudência criada pelo senador Cafeteira.

Fotos Cristiano Mariz
As fazendas do senador em Alagoas: lucros excepcionais com a venda de gado para um lugar isolado pela febre aftosa
"A decisão de arquivar o caso ocorreu antes de a investigação começar. É um precedente perigoso, um convite à quebra de decoro", protestou o senador Demostenes Torres, do DEM de Goiás, um dos parlamentares que se insurgiram contra o relatório de Cafeteira. O que se viu no Conselho de Ética foi a montagem de uma farsa para absolver Renan Calheiros sem nenhuma investigação, e ela só não se concretizou ainda porque o custo político poderia ser impagável mesmo para o padrão daqueles senhores. Uma reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo, fez o que a comissão não se interessou em fazer. Os jornalistas tiveram acesso aos recibos que o senador Calheiros apresentou para justificar a origem dos recursos que, segundo ele, foram usados para pagar a pensão da filha. Renan não conseguiu provar que o dinheiro entregue pelo lobista Cláudio Gontijo à jornalista Mônica Veloso, mãe de sua filha, saiu de suas contas pessoais e tenta convencer que tinha condições financeiras de fazer os pagamentos. Para comprovar pelo menos essa parte de sua versão, o senador apresentou 64 recibos atestando a venda de 1 700 cabeças de gado, que lhe rendeu cerca de 1,9 milhão de reais. Os documentos se assemelham a uma versão rural da famosa Operação Uruguai – a fracassada armação feita pelo ex-presidente Fernando Collor antes de seu impeachment.

Celso Junior/AE
Reunião do Conselho de Ética: encenação para livrar o senador Renan Calheiros de uma investigação rigorosa
Desde o início da semana, a operação Alagoas do presidente do Congresso já chamava atenção pelos valores envolvidos nas transações. Renan Calheiros declarou ganhos de 1,9 milhão de reais com a venda de gado nos últimos quatro anos, transformando o senador em um fenômeno da pecuária moderna. O estado de Alagoas está classificado como área de risco da febre aftosa e não pode vender 1 quilo de carne para além de suas fronteiras. Isso, é claro, fez o preço do boi cair e a produção minguar na região, exceto para o rebanho de Renan Calheiros, que conseguiu fazer negócios a valores bem acima dos de mercado. De acordo com as declarações de renda do senador, a maior parte de sua criação foi vendida a empresas de Maceió e até a uma da Paraíba, contrariando as determinações de segurança sanitária. A reportagem procurou os compradores dos bois de Renan Calheiros e descobriu surpreendentes indícios de fraude. A empresa Carnal, segundo documentos assinados pelo senador, comprou 127.000 reais em gado de sua fazenda. Em entrevista, o proprietário da empresa, João Teixeira dos Santos, diz que nunca fez nenhum negócio com o senador e que a empresa está desativada há tempos. Outra compradora do gado de Renan Calheiros, de acordo com os recibos assinados, é a empresa GF da Silva Costa. No endereço onde ela deveria funcionar mora uma família que nunca ouviu falar nem da empresa nem de seu dono.

Fotos reprodução
O outro lado da venda de gado: o gerente da fazenda de Calheiros disse ao Jornal Nacional que o rebanho é menor do que o anunciado e os "compradores" garantem nunca ter feito negócio com o senador
Os recibos parecem ter sido produzidos em série, num arquivo de computador. São assinados pelo senador Renan Calheiros e foram entregues ao Conselho de Ética acompanhados, em sua maioria, dos respectivos comprovantes de depósitos bancários. Entre as empresas compradoras do gado do senador, duas já foram multadas pela Secretaria da Fazenda de Alagoas por extravio de notas fiscais. Renan Calheiros disse que tem como comprovar que as transações efetivamente aconteceram e prometeu apresentar mais documentos. "Estão querendo sujar o nosso nome", protestou José Marcolino Neto, dono do supermercado Manaíra, em João Pessoa, que teria comprado 45 cabeças de gado do senador. "Desconheço esse negócio e esse recibo." Segundo Renan Calheiros, se houve algum problema nas vendas, a responsabilidade é do veterinário Gualter Peixoto, que cuida de suas fazendas em Alagoas. Peixoto não é um veterinário qualquer. Ele também é o chefe do setor do Vigilância Sanitária da prefeitura de Murici e tem como patrão Renan Calheiros Filho, o prefeito, filho do senador. O veterinário-marchand desapareceu na semana passada. Em Murici, funcionários da prefeitura informaram que ele dá expediente apenas na terça-feira, do meio-dia às 6 da tarde. As informações agropecuárias de Renan Calheiros foram desmentidas pelo próprio gerente de sua fazenda, Everaldo de Lima Silva. Segundo ele, pastam nas fazendas de Renan 1 100 bois, 600 a menos do que informou o senador.
Alexandre Schneider
A VEJA, Mônica Veloso confirmou que os pagamentos eram feitos pelo lobista em dinheiro
Na sexta-feira, o Conselho de Ética do Senado, que estava preparado para arquivar o caso, decidiu solicitar uma perícia nos documentos apresentados por Renan Calheiros. Foi o penúltimo ato de uma encenação que estava marcada para terminar naquele dia e que só não acabou por causa das novas suspeitas de fraude. Foi tudo tão escandalosamente armado que, nas últimas duas semanas, coube ao senador Renan Calheiros – ele mesmo, o investigado – a tarefa de avalizar a indicação dos membros do Conselho de Ética, discutir com aliados o nome do relator e usar sua influência para controlar o processo desde o início. Ninguém parecia constrangido em testemunhar Renan usando o cargo de presidente do Congresso para promover as articulações de sua própria absolvição. Na tarde de 30 de maio, por exemplo, cinco dias depois de publicada a primeira denúncia de que o lobista da Mendes Júnior pagava suas despesas pessoais, Renan se reuniu com o líder do governo, Romero Jucá, do PMDB, e com a líder do PT, Ideli Salvatti, para definir o nome do presidente do recém-indicado Conselho de Ética. Os dois partidos são donos das maiores bancadas e, por isso, têm a prerrogativa de indicar o presidente e o relator da comissão. Jucá – um raro exemplo de ética, principalmente quando o assunto é fazenda – sugeriu o nome do petista Sibá Machado para a presidência. Renan, de início, não gostou. Na cabeça do senador, por trás das denúncias havia uma conspiração de petistas querendo sua derrocada, e Sibá não estava na lista de seus convivas. Ideli Salvatti garantiu que Sibá faria tudo o que a cúpula do PT determinasse. Renan concordou.
Joedson Alves/AE
Jader Barbalho: o conselheiro que foi obrigado a renunciar
Definido o nome do presidente, passou-se à etapa seguinte, a escolha do relator, missão para a qual os governistas já tinham o nome do senador Epitácio Cafeteira como principal candidato. Ele possuía o perfil apropriado para assumir o papel de impostor. Renan, de novo, estava à frente do processo de escolha. Ele só deu sinal verde à indicação de Cafeteira depois de ouvir do aliado José Sarney que o colega maranhense era confiável e faria tudo o que fosse necessário para absolvê-lo rapidamente, mesmo que para isso, como se viu, precisasse apresentar um suspeitíssimo relatório, sem ouvir testemunhas, sem periciar documento, formando seu juízo sobre o caso sentado numa privada. Nem a divulgação dos recibos suspeitos impediu o senador de continuar a vergonhosa articulação. Renan passou a madrugada de quinta para sexta-feira ao telefone. Um de seus principais interlocutores foi o deputado Jader Barbalho, que renunciou em 2001 para não ter o mandato cassado. A notícia atrapalhou os planos de encerrar o caso na sexta-feira. Pegaria mal. Combinou-se então um novo ato, acertado no gabinete do senador Marconi Perillo, do PSDB. O Conselho, com o aval da oposição, aceitaria prorrogar em dois dias o início da votação do relatório de Cafeteira para que os recibos fossem periciados e também tomados os depoimentos do lobista Cláudio Gontijo e do advogado de Mônica Veloso (ela, que é a principal testemunha, não foi convidada). Mas esqueceram-se de combinar a nova versão com o senador Epitácio Cafeteira, que, radical, anunciou que renunciaria se houvesse o adiamento. A renúncia de Cafeteira era tudo que Renan Calheiros não queria. A sorte do senador é que o celular de Cafeteira tocou durante a sessão. Era sua esposa, Maria Isabel, pedindo que ele reconsiderasse. Ele reconsiderou. A votação do relatório com postulados éticos de Cafeteira está marcada para terça-feira.

Roberto Stuckert Filho/Ag. Globo
O lobista Gontijo: dinheiro vivo

Com reportagem de Alexandre Oltramari
Fonte: Veja Online

De suspeito, Renan vira condutor da investigação

Por Blog do Josias

A manobra de proteção ao senador Renan Calheiros tornou-se uma pantomima levada longe demais. Tão longe que o próprio presidente do Congresso se convenceu de que o arquivamento sumário do processo o condenaria a uma absolvição recoberta pelo manto diáfano da culpa. Num último esforço para evitar o impensável, o Conselho de Ética do Senado agarrou-se ao inaceitável: fará uma investigação de fancaria.

Decidiu-se que, num único e escasso dia –a próxima segunda-feira (18)— serão ouvidas as testemunhas e submetido a perícia um monturo de papéis que inclui uma infinidade de extratos bancários, declarações de IR, notas fiscais, recibos e cópias de cheques. Quem fará a perícia? Por ora, ninguém sabe.

As decisões foram tomadas numa sessão presidida, à sombra, pelo próprio acusado. Pelo telefone, Renan Calheiros guiou cada passo de um Conselho de Ética que se pretendia autônomo. Com os olhos grudados na TV Senado, Renan valeu-se do telefone para mudar a direção dos ventos sempre que eles estiveram prestes a se converter em redemoinho.

Surpreendido na noite da véspera por uma reportagem que pôs em xeque sua condição de rei do gado, Renan saltou da cama agarrado a um maço de notas fiscais, atestados de vacinação de rebanho e cópias de cheques. Esgrimiu-os em reunião com alguns conselheiros e líderes partidários. E destacou o assecla Romero Jucá para brandir o papelório diante das câmeras, no Conselho de Ética.

O jogo de cena não teve os efeitos desejados. Parte do conselho manteve-se aferrada à decisão de reivindicar o aprofundamento das apurações. Quando sentiu que a tese, antes minoritária, perigava arrebanhar adeptos inesperados, Renan teclou os números do celular de Jucá. Pediu-lhe que informasse ao conselho que fazia questão de que os novos documentos fossem submetidos a perícia.

Estipulou um prazo conveniente: até segunda-feira. Sugeriu que, já na terça, o conselho voltasse a se reunir. A coisa caminhava bem. Os insurretos PSDB, DEM e PDT puseram-se de acordo. Alguns de modo entusiástico. Outros algo contrafeitos. Súbito, Epitácio Cafeteira, que fora escalado como coveiro do processo, rebelou-se. Ameaçou renunciar ao posto de relator. Um sopro de tensão varreu a atmosfera. Jucá perambulava de orelha em orelha. Arthur Virgílio mastigava as unhas (veja foto).

Seguiram-se apelos para que Cafeteira reconsiderasse sua decisão. Negou uma, duas, três vezes. Demóstenes Torres (DEM-GO) insinuou uma hipótese plausível: As digitais de Renan, o presidente-sombra da sessão, poderiam estar impressas nos dois movimentos encenados no conselho –o pedido de perícia e a ameaça renúncia. Depois, diria: Eu pedi para ser investigado, mas o Conselho de Ética não quis.

De repente, a turra de Cafeteira amoleceu. O relator, antes irredutível, concordou com a protelação. A causa? Ouvira, pelo celular, um pedido de sua mulher, que, por sua vez, acabara de receber um telefonema de Renan, sempre ele. A pedido do investigado, a companheira do coveiro Cafeteira apelou para que ele se mantivesse na relatoria. Foi atendida.

Depois da meia-volta providencial de Cafeteira, Renan, em novo telefonema a Jucá, “sugeriu” que, além da “perícia” de um dia, o Conselho convocasse para segunda-feira duas testemunhas: o amigo Cláudio Gontijo e Pedro Calmon Filho, o advogado da ex-amante. Nada de Mônica Veloso. Assim, sob a presidência invisível de Renan Calheiros, o Conselho de Ética “deliberou” que fará, como sugerido, oitivas e perícias na segunda. Na terça, volta a reunir-se para “julgar” o caso. Jefferson Peres (PDT-AM) disse, ao ler um “voto em separado”, que uma investigação séria deveria durar “o tempo necessário”. Foi solenemente ignorado.

José Nery (PSOL-PA) sugeriu que a perícia documental fosse feita pela Receita e pela Polícia Federal. Sibá Machado, que supostamente presidia a sessão, disse que planejava recorrer a técnicos do TCU. Romero Jucá apressou-se em esclarecer que a perícia não seria “contábil”. O que se deseja é única e tão somente atestar a autenticidade dos papéis. Encerrada a sessão, sabe-se apenas que a “investigação” vai durar um dia.

http://www.folha.uol.com.br/

Apertem os cintos! O vibrador sumiu!

Por: José Simão

BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! E adorei a declaração da Paris Hilton: "Deus me libertou". Agora só falta o juiz! E sabe por que o Lula deixou cair aquele copo no chão? Porque era água! E atenção! Aeroporto de Gozonhas Urgente! Continua o babado da ministra do Prazer Aéreo, Marta Suplício: relaxa e goza! E as companhias aéreas aderiram: "Voe Tam! E tenha orgasmos múltiplos". "Voou Gol? Foi bom pra você?". "Varig: Viação Aérea Relaxa I Goza!". E se o meu vôo atrasar, eu vou relaxar e gozar na cortina do aeroporto. Só por desaforo! Rarará! E podia botar aquela velha sexóloga da GNT como operadora de vôo: "Senhores passageiros, próximo orgasmo, portão 69!". E a Martícia tá certa: só gozando a gente consegue chegar nas nuvens, porque de avião não dá! Rarará! E aí a Marta pediu desculpa. Não aceito! Mandar gozar e depois pedir desculpa é coito interrompido. Configura coito interrompido. Rarará! Apertem os cintos que o vibrador sumiu! E os Irmãos Bacalhau sugerem medidas pra implantação do Projeto Relaxa e Goza: 1) Distribuição de bonecas infláveis. 2) Telão com filme da Rita Cadillac no saguão. 3) Aeromoças farão na sala de embarque! 4) Atendentes do tele-sexo no Infraero Informa: "favor não gozar no saquinho de vomitar!". E o Lula mandou a gente parar de falar mal do país lá fora. Só que a gente não fala mal do país, fala mal dele. E dos amigos dele. E como a gente vai falar mal do país lá fora se o único que viaja é ele?! Rarará! E adorei a charge do Alecrim com o painel eletrônico da Infrazero: "Vôo 2345, Relaxa e Goza. Vôo 2278, Relaxa e Goza. Vôo 6785, Relaxa e Goza". Rarará! É mole? É mole, mas sobe. Ou, como diz o outro, é mole, mas chacoalha pra ver o que acontece. Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heróica e mesopotâmica campanha "Morte ao Tucanês". Acabo de receber mais um exemplo irado de antitucanês. É que na Espanha tem a placa de uma cidade chamada Vibradores! Vibradores a cem metros! Rarará! Mais direto impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil! E atenção. Cartilha do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. "Suplício": agüentar a companheira Marta Suplicy relaxando e gozando. Rarará! O lulês é mais fácil que o inglês. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno! simao@uol.com.br
Fonte: O POVO

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