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sábado, agosto 10, 2024

Judiciário terá R$ 3,84 bilhões a mais e pode até criar novos penduricalhos


Charge reproduzida do Arquivo Google

Idiana Tomazelli
Folha

O Poder Judiciário terá um espaço extra de R$ 3,84 bilhões para gastos em 2025, segundo as regras do novo arcabouço fiscal proposto pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) e aprovado pelo Congresso Nacional. Cerca de R$ 1,4 bilhão desse montante vem da expansão real do limite, acima da inflação no período. Parte da folga deve ser usada para bancar reajustes salariais concedidos aos magistrados.

Legislativo, Ministério Público e Defensoria Pública também terão ganhos reais em seus orçamentos. Para eles, o acréscimo será de R$ 1,75 bilhão no total.

LIMITES INDIVIDUAIS – O arcabouço fiscal prevê limites individuais aos três Poderes, ao Ministério Público e à Defensoria. Todos eles são corrigidos pela inflação mais um percentual real, que fica entre 0,6% e 2,5% ao ano. A definição da variação real depende da dinâmica das receitas em 12 meses até junho do ano anterior.

Para 2025, o Tesouro Nacional já informou que foram alcançadas as condições para que o aumento seja de 2,5% acima da inflação. A situação dos demais Poderes, porém, contrasta com o quadro de maior aperto do Executivo, que precisa conciliar o aumento dos gastos com benefícios previdenciários e assistenciais com a pressão política por aumento dos investimentos.

As emendas parlamentares, indicadas pelos congressistas e que chegaram ao valor recorde de R$ 49,2 bilhões neste ano, também saem do limite do Executivo.

MAIOR FATIA – Judiciário, Legislativo e Ministério Público, por sua vez, destinam a maior fatia de seus gastos ao pagamento de pessoal e encargos sociais. A proporção varia entre 60,15% na Justiça Eleitoral e 85,03% na Justiça do Trabalho.

Ao todo, o Judiciário federal terá um limite de R$ 59,95 bilhões para gastar em 2025. No Legislativo, o espaço será de R$ 17,4 bilhões. Ficarão reservados outros R$ 9,15 bilhões para o Ministério Público e R$ 759 milhões para a Defensoria.

Em 2022, durante as discussões sobre a nova regra fiscal para substituir o teto de gastos, aprovado no governo Michel Temer (MDB), técnicos do Tesouro Nacional sugeriram limites mais rígidos para os demais Poderes.

PENDURICALHOS – A justificativa seria evitar que esses órgãos incorporassem para si ganhos que deveriam ser direcionados para políticas públicas, cuja realização está concentrada nas mãos do Poder Executivo.

A recomendação técnica não era uma posição institucional do Tesouro Nacional. Tampouco foi incorporada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) às discussões do arcabouço fiscal.

Na época da apresentação da nova regra, em março de 2023, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que a opção de prever ganhos reais para todos os Poderes seguia o princípio da isonomia assegurado pela Constituição.

TEMA CONTROVERSO – Esse preceito já havia sido preservado no passado recente. Quando o teto de gastos foi expandido para comportar gastos idealizados pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) para 2022, ano eleitoral, os demais Poderes também ganharam uma folga adicional de R$ 2,7 bilhões.

O tema é até hoje controverso entre técnicos do governo. Muitos deles reconhecem a questão da isonomia, embora apontem que a folga fiscal nos demais Poderes acaba abrindo espaço para aumentos salariais mais benevolentes e criação de penduricalhos para categorias que já têm remuneração mais elevada.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Em tradução simultânea, falta espirito público aos Três Poderes. Agora, eles só falam reduzir os pagamentos para os pobres na Previdência, ao invés de os mais beneficiados fazerem um sacrifício mínimo. É uma situação muito decepcionante e mesquinha(C.N.)


Piada do Ano! Maduro diz que espera telefonema para começar a negociar

Publicado em 10 de agosto de 2024 por Tribuna da Internet

Deputado estadual baiano apresenta PL para tornar Nicolás Maduro ...Mayela Armas e Deisy Buitrago
MSN (Reuters)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta sexta-feira que está “pendente” uma conversa com os presidentes de Brasil, Colômbia e México, países que solicitaram que o governo venezuelano publicasse os dados desagregados das eleições de 28 de julho.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que segundo os opositores é um apêndice do governo, disse que Maduro ganhou a eleição. A oposição atribui o triunfo ao seu candidato, Edmundo González. Mas a autoridade eleitoral ainda não divulgou informações detalhadas e seu site está fora do ar desde a madrugada de 29 de julho.

AÇÃO CONJUNTA – Brasil, Colômbia e México disseram em um comunicado conjunto na quinta-feira que é “fundamental” que o CNE apresente os resultados das eleições discriminados por mesa de votação e que não consideram o Tribunal Supremo de Justiça como uma via de solução.

Maduro disse que a conversas com os presidentes de Brasil, Colômbia e México está “pendente” e espera que “aconteça”.

“Eu estou perto do telefone 24 horas por dia, todos os dias, quando quiserem falar, e, portanto, está pendente, vamos ver quando eles ligam”, disse Maduro, observando que esperou pelo telefonema na segunda-feira, mas não foi possível.

RECURSO DE MADURO – Em meio à disputa eleitoral, Maduro apresentou um recurso de amparo na semana passada ao Tribunal Supremo de Justiça para a verificação dos resultados.

As autoridades eleitorais emitiram declarações apenas sobre a quantidade total de votos obtidos por Maduro e González e sobre os eleitores, sem mais informações. O governo denuncia um ataque ao sistema informático do conselho eleitoral, o que teria atrasado a divulgação das atas de votação.

O Tribunal Supremo convocou os candidatos das eleições nesta semana. González não compareceu e disse nas redes sociais na quarta-feira que, se fosse, ficaria “vulnerável” e colocaria “em risco sua liberdade e a do povo venezuelano”. A presidente da corte, Caryslia Rodríguez, disse que houve um desacato à convocação.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Além de estar aguardando o telefonema, Maduro fez outra Piada do Ano, ao dizer que a ausência de González no tribunal é “escandalosa” porque “não reconhece” a instituição. Mas representantes da coalizão de organizações políticas que apoiou o candidato opositor foram ao TSJ solicitar que o organismo eleitoral publicasse a informação. (C.N.)

Senhores vereadores quem se apropriou indebitamente dos mourões e ripões do Parque de Exposição de Jeremoabo?

 

Vamos abordar a função e a responsabilidade dos vereadores, destacando que suas atribuições vão além da simples participação nas sessões da Câmara Municipal.  O papel dos vereadores inclui legislar, fiscalizar, administrar e julgar questões relacionadas ao comportamento dos agentes públicos. Essas funções são essenciais para garantir uma administração municipal eficiente e responsável.

 Os vereadores devem estar ativamente envolvidos no combate ao abandono de espaços públicos, na conclusão de obras suspensas e no incentivo a políticas públicas. Em essência, o vereador deve trabalhar para criar um ambiente urbano de qualidade, com foco na sustentabilidade e na inovação.

No contexto específico de Jeremoabo,  criticando a falta de ação por parte dos 13 vereadores em relação a problemas locais, como o desaparecimento de materiais do parque de Exposição demolido e a ausência de uma investigação sobre supostos casos de peculato. A crítica é direcionada ao fato de que, até o início do período eleitoral, os vereadores não haviam tomado medidas concretas, como a elaboração de um Boletim de Ocorrência ou qualquer outro tipo de apuração.

Comentário

 Estamos oferecendo uma visão crítica sobre o papel dos vereadores e a importância de suas funções na administração municipal. Destaco que, embora a função legislativa seja central, o vereador tem responsabilidades adicionais significativas. A crítica implícita e explícita em relação aos vereadores de Jeremoabo reflete um descontentamento com a gestão local e sugere uma falta de comprometimento com a transparência e a responsabilidade pública.

A expectativa é de que os vereadores não apenas legislem, mas também fiscalizem e administrem de maneira proativa, especialmente em situações onde há suspeitas de irregularidades ou quando a comunidade enfrenta problemas evidentes. O texto sugere que a ausência de ação por parte dos vereadores pode enfraquecer a confiança da população na administração municipal e comprometer o desenvolvimento local.

Em resumo, o texto enfatiza a importância do papel do vereador como um agente ativo na melhoria das condições do município e a necessidade de que esses representantes ajam com diligência e integridade para atender às expectativas e necessidades da comunidade.

Candidatos a vereador pelo PSB de Barra denunciam Lídice da Mata ao MP

 Foto: Divulgação

Candidatos a vereador do PSB de Barra, município no Oeste baiano09 de agosto de 2024 | 22:20

Candidatos a vereador pelo PSB de Barra denunciam Lídice da Mata ao MP

interior

Os candidatos a vereador do PSB de Barra, município no Oeste baiano, denunciaram a direção do partido ao Ministério Público e à Polícia Civil. Eles acusam a direção partidária de manobra ilegal para destituir o diretório municipal no dia da convenção, realizada no último domingo (4), e de realizar uma convenção fictícia no dia seguinte, segunda-feira (5), sem cumprir os ritos exigidos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Uma liminar manteve a homologação das candidaturas que marcham com a coligação ‘Para Barra Seguir Avançando’, encabeçada pelo prefeito Artur Silva (PP), candidato à reeleição, mas o imbróglio segue em análise na Justiça.

“Estamos inconformados com a presidente estadual por essa postura que prejudicou os nossos candidatos, mas não vamos calar. Fizemos denúncias ao Ministério Público e às autoridades policiais porque o que ocorreu aqui em Barra foi inaceitável. Um absurdo, um total desrespeito com a estrutura política do PSB do município, que é organizado, que tem representatividade e voz”, disse Rivelino Andrade, presidente municipal do partido.

Em Barra, o PSB tem 13 candidatos a vereador, sendo quatro mulheres e, inclusive, um deles é o atual vice-prefeito, Joaquim Cavalcante. Há também quatro vereadores de mandato. O diretório que assinou a ata com essa composição, na convenção do prefeito Artur, no domingo, acusa a presidente estadual da sigla, deputada federal Lídice da Mata, de ter destituído o diretório local “numa canetada”, no dia do evento. Foram eles que apresentaram notícia-crime contra a nova comissão local, que teria “inventado” a realização de uma nova convenção, em dia, hora e local inexistentes, sem a prévia notificação protocolar.

“Os novos membros designados pela presidência estadual do PSB na Bahia realizaram crime eleitoral, pois lançaram no Candex em 06/08/2024, a ata de uma suposta convenção partidária realizada em 05/08/2024, entre os horários de 9h e 13h, no BAC – Barra Associação Cultural, situado na Rua Alameda Plinio Mariano Guerreiro, s/n, Bairro Centro, Barra – BA, CEP nº 47.100-000, sem que a mesma tivesse ocorrido”, diz trecho da denúncia encaminhada ao MP-BA e à Polícia Civil.

Eles denunciam ainda que o local anunciado para a realização da “suposta convenção” não foi utilizado na segunda-feira, porque estava passando por limpeza e manutenção após evento ocorrido no local, no dia anterior, e que o edital de convocação também não foi publicado. “Cabe ainda descrever que a citada convenção sequer fora divulgada nos termos da legislação vigente, não sendo divulgada no Cartório Eleitoral, na Prefeitura Municipal e nem na Câmara Municipal de Vereadores de Barra”, continuam.

Os candidatos reiteram que há registros oficiais do edital, ata e participação deles na convenção do domingo, ao lado do candidato à reeleição. “Ademais, o ato ora ilegal, ora denunciado, encontra-se a prejudicar o registro de nossas candidaturas ao cargo de vereador no município de Barra, bem como vem sendo objeto de campanhas pejorativas em mídias sociais”, afirmaram.

PoliticaLivre

Investigação da PF mira cúpula da Abin de Lula, e troca na corregedoria cria novo embate

 Foto: Arquivo Agência Brasil

Sede da Abin em Brasília10 de agosto de 2024 | 07:12

Investigação da PF mira cúpula da Abin de Lula, e troca na corregedoria cria novo embate

brasil

A direção da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) da gestão Lula (PT) se tornou um dos alvos prioritários da investigação da Polícia Federal sobre o suposto órgão paralelo de arapongagem existente no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Investigados que prestaram depoimento na atual fase do inquérito da “Abin paralela” dizem que foram questionados, entre outros pontos, sobre a suspeita de que a atual chefia do órgão de inteligência, sob o governo Lula, tenha tentado obstruir as apurações da PF.

Investigadores dizem acreditar já ter elementos suficientes para indiciar integrantes da agência e buscam angariar mais provas para abastecer o inquérito.

Pessoas a par do caso também não descartam medidas contra a cúpula da Abin nas próximas operações. Uma das possibilidades que a PF tem em mãos é pedir o afastamento de diretores da agência.

Desde a transição, as cúpulas da PF e da Abin de Lula trocam críticas internamente no governo.

O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, coordenou a equipe de segurança de Lula na campanha. O diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, foi diretor da PF no segundo mandato do petista.

Do lado da PF, afirma-se existir uma espécie de conluio entre a atual e a antiga gestão do órgão de inteligência. Do lado da Abin, fala-se em tentativa do comando da PF de se tornar hegemônica nessa área.

A troca na corregedoria da agência renovou o mal-estar entre as duas instituições.

Corrêa decidiu não estender o mandato da oficial de inteligência Lidiane Souza dos Santos —que termina neste mês— e escolheu para o cargo o delegado da PF José Fernando Moraes Chuy, ligado ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, relator do caso.

Lidiane foi indicada para o cargo em 2022 pelo ex-diretor da Abin Victor Carneiro, aliado do deputado federal e ex-diretor-geral da agência Alexandre Ramagem (PL-RJ), um dos alvos da PF pela suspeita de arapongagem na gestão Bolsonaro.

Questionado em uma recente entrevista, o diretor-geral da PF disse que desconhecia pedido de cessão de Chuy para a Abin e, de forma espontânea, fez vários elogios à atual corregedora da agência.

“É importante ressaltar, esclarecer muito fortemente isso, a atual corregedora é servidora da Abin e tem auxiliado não só a correção dos processos, junto inclusive à própria CGU [Controladoria-Geral da União], mas também a Polícia Federal, ao contrário do que alguns dizem”, afirmou Andrei.

Em seguida, o chefe da PF completou: “Eu diria, em primeiro lugar, que a atual corregedora é uma pessoa corretíssima, que desempenha seu trabalho. E que eu desconheço formalmente qualquer movimento para que haja uma substituição. Me parece que ela teria ainda mais dois anos à frente da corregedoria, mas isso é uma questão interna da agência que não me compete.”

Nessa mesma entrevista, Andrei disse que não poderia afirmar se houve ou não conluio e se a atual Abin estava ou não “contaminada”.

Nos bastidores, pessoas que acompanham a mudança dizem que o diretor-geral da PF já sabia e havia concordado com a troca, mas que usou o detalhe de ela ainda não ter sido oficializada para elogiar publicamente Lidiane.

Investigadores apontam que um dos principais pontos de sustentação das suspeitas contra a atual gestão seriam informações vindas da corregedora.

Na Abin, o trabalho de Lidiane é alvo tanto de elogios como de questionamentos.

Crítico à troca, a Intelis, sindicato representativo da categoria, decidiu manter a operação padrão em protesto contra a escolha de Chuy —mais um delegado da PF na instituição, em detrimento de um oficial de inteligência.

A Intelis diz causar estranheza a decisão da Abin de retirar Lidiane do cargo quando os investigadores da PF afirmam que há “total cooperação”. A associação também aponta potencial conflito de interesses, uma vez que parte dos investigados também é da PF, como Chuy.

“Trata-se de um claro conflito de interesses, uma vez que o indicado é policial federal e oficial da reserva do Exército, e a 4ª fase da Operação Última Milha aponta policiais federais e um militar como figuras chave do esquema”, disse a Intelis, em nota de 31 de julho.

Apesar da defesa feita pelo sindicato, parte dos quadros da Abin aponta que a investigação inicial sobre o software FirstMile (chamada de Correição extraordinária), que estava sob sua responsabilidade, teve conclusões superficiais e não tomou o depoimento de nenhum dos servidores envolvidos no manejo da ferramenta.

Somente após o caso ser revelado pela imprensa, em março de 2023, e já com a nova gestão, foi determinada a instauração de uma comissão de sindicância investigativa e tomados depoimentos dos envolvidos.

A Folha enviou perguntas específicas à Abin e à PF, mas não houve comentários de nenhuma das instituições.

A atual Abin já foi alvo de busca e apreensão pela PF na investigação em curso. Em outubro do ano passado e janeiro deste ano, os número 3, Paulo Maurício Fortunato, e 2 da agência, Alessandro Moretti, acabaram exonerados em decorrência das investigações.

A PF começou a investigar o caso em março de 2023 após vir à tona informação, publicada pelo jornal O Globo, de que a Abin havia usado durante o governo Bolsonaro o software FirstMile para monitorar ilegalmente a localização de desafetos do governo.

Entre os elementos que fazem a PF ver tentativa de obstrução estão uma reunião entre a atual cúpula da Abin e servidores da agência no início das investigações, ocasião em que, para a PF, teriam sido discutidas estratégias para dificultar as apurações.

Integrantes da Abin afirmam, porém, que na reunião foi debatido principalmente o temor de que os nomes de agentes e também de pessoas ligadas a eventuais operações sigilosas de inteligência viessem a público.

Mais recentemente, a PF também passou a investigar uma reunião fora da agenda ocorrida em junho de 2023, na Abin, entre Luiz Fernando Corrêa e Ramagem.

Nos bastidores, integrantes da Abin negam relação com a investigação, afirmando que a reunião foi um encontro protocolar, uma vez que Ramagem é deputado federal e, na época, integrava a CCAI (Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência) do Congresso.

Cronologia do caso do software espião
14.mar.2023

O jornal O Globo revela que Abin de Jair Bolsonaro usou programa para monitorar localização de pessoas por meio do telefone celular.
O programa israelense FirstMile foi adquirido por R$ 5,7 milhões, no final da gestão de Michel Temer (MDB), tendo sido usado em 2019, 2020 e até maio de 2021, segundo a Abin.
A ferramenta permitia a localização aproximada do alvo, por meio de sinais enviados às antenas de telefonia celular. Bastava, para isso, digitar o numero do telefone celular no sistema.
A ferramenta foi adquirida com dispensa de licitação (permitida para serviços de inteligência), com base na lei 8.666/93 (artigo 24, inciso IX), regulamentada pelo decreto 2.295/97, alterado pelo decreto 10.631/2021.
15.mar.2023

O ministro Flávio Dino (Justiça) determina à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar o caso.
21.mar.2023

A Abin instaura uma comissão de sindicância investigativa para aprofundar os achados da correição extraordinária feita na gestão Bolsonaro e encerrada em fevereiro pela corregedoria do órgão.
Em sua conclusão, a correição apontou que faltava orientação superior sobre a forma de utilizar a ferramenta e que havia, inclusive, compartilhamento de senhas. Concluiu também que o Doint (Departamento de Operações de Inteligência) não mantinha repositório dos dados. Não houve tomada de depoimentos.
22.mar.2023

PF pede à Abin que forneça no prazo de 48 horas cópias 1) do procedimentos administrativos sobre a conduta de servidores da Abin relacionados ao programa FirstMile, 2) do procedimento de compra da ferramenta e 3) a lista de servidores com acesso a ela.
24.mar.2023

A Abin envia à PF:

Cópia da correição extraordinária do órgão sobre o caso, concluída no mês anterior.
Cópia do processo de contratação da ferramenta FirstMile, em 2018.
Cópias dos autos de duas sindicâncias investigativas abertas a partir da conclusão da correição extraordinária.
Nome dos servidores que tiveram algum tipo de acesso à ferramenta.
11.abr.2023

A Abin envia ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e à Polícia Federal pendrive com planilha contendo o número dos telefones monitorados, associados aos casos que teriam motivado o monitoramento.
A planilha conteria mais de 1.000 telefones que foram alvos de mais de 30 mil monitoramentos.
15.mai.2023

A Abin envia à PF cópia de dados e documentos de procedimento de restauração da base de dados da FirstMile.
5.jun.2023

A Abin envia à PF a lista de justificativas prévias registradas para monitoramento dos telefones pela ferramenta FirstMile.
Envia ainda notebooks para perícia, atualização das sindicâncias e processos administrativos em andamento, além de cópia de depoimentos de servidores dados nessas investigações.
11.jul.2023

Abin envia mais notebooks para perícia e responde questões específicas sobre usuários da ferramenta FirstMile.
18.ago.2023

A sindicância da Abin, ainda sem conclusão, é avocada para a Controladoria-Geral da União.
20.out.2023

Na primeira operação sobre o caso, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, a PF cumpre 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão. O número 3 da Abin, Paulo Maurício Fortunato Pinto, e outros servidores são afastados por determinação da Justiça
A PF encontra na casa de Fortunato US$ 171 mil em espécie
25.jan.2024

Na segunda fase da operação, o principal alvo de buscas é Alexandre Ramagem, que chefiou a Abin durante boa parte do governo Bolsonaro.
29.jan.2024

Operação mira Carlos Bolsonaro, suspeito de chefiar um “gabinete do ódio” durante a gestão do pai e receber informações da “Abin paralela”.
30.jan.2023

Lula assina demissão do número 2 da Abin, Alessandro Moretti, citado pela PF como suspeito de tentar atrapalhar as investigações.

11.jul.2024

Quarta fase da operação tem prisão de pessoas ligadas a Ramagem e a Carlos Bolsonaro.

Julia Chaib, Ranier Bragon e Thaísa Oliveira/FolhapressPoliticaLivre

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