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quarta-feira, outubro 12, 2022

A ultradireita russa que quer empurrar Putin para 'guerra total' Série de fracassos militares que se seguiram em várias zonas de conflito expuseram a críticas ferozes o comando militar russo Grupos de extrema direita russos pressionam para uma guerra total contra a Ucrânia Por Jules Sergei Fediunin*, The Conversation Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, o Kremlin tenta, por todos os meios, minimizar a realidade da guerra. A descrição da invasão como uma "operação especial" e perseguição a quem ousasse chamá-la por qualquer outro nome pretende sublinhar a natureza supostamente temporária e limitada do conflito armado. É uma tentativa de borrar a fronteira entre a guerra e a paz - o que continuou no discurso de Vladimir Putin em 21 de setembro, no qual ele anunciou uma "mobilização parcial" de reservistas. A resistência feroz da Ucrânia, no entanto, mudou o jogo. Alguns russos se opuseram ao ataque à Ucrânia desde o início e protestaram publicamente contra a mobilização que acaba de ser declarada. Mas outros, da extrema direita, sentem que a Rússia está se contendo demais e estão pedindo cada vez mais uma mobilização total, o bombardeio de cidades ucranianas e até mesmo o uso de armas nucleares. Compreender quem são esses ultranacionalistas e o que eles representam é essencial para decifrar a estratégia de guerra do Kremlin. 'O regime tolera (quando não encoraja), a presença de porta-vozes de movimentos de extrema direita na mídia russa' Os homens por trás da extrema direita da Rússia Embora quase ninguém na Rússia admita abertamente ser de "extrema direita", existe uma "coalizão heterogênea" à direita do regime de Vladimir Putin, composta por fundamentalistas ortodoxos, vários matizes de nacionalistas da oposição (que vão de "nacional-democratas" a neonazistas), as chamadas milícias "patrióticas", blogueiros militares (milbloggers) e veteranos da insurgência de Donbas. A figura principal entre os veteranos de Donbas, Igor Girkin, também conhecido como Strelkov ("atirador"), serviu brevemente como "ministro da defesa" da autoproclamada República Popular de Donetsk em 2014. Esses grupos políticos marginais não têm representação parlamentar. O Partido Liberal Democrático (LDPR) de Vladimir Zhirinovsky (1946-2022) era ultranacionalista na década de 1990, mas mais tarde foi incorporado, ao lado do Partido Comunista, na "oposição fantoche". O Kremlin também baniu muitos movimentos que considerava perigosos ou violentos com base no "extremismo" e negou permissão aos partidos nacionalistas da oposição para se registrarem formalmente. No entanto, o regime tolera (quando não encoraja), a presença de porta-vozes desses movimentos na mídia russa com a condição de que sejam leais ao governo. Com exceção de um punhado de figuras contrárias à guerra, a extrema direita da Rússia elogiou o ataque por "restaurar a grandeza da Rússia", "emancipando-a do Ocidente" (e de seus valores supostamente decadentes) e, acima de tudo, defendendo o "mundo russo". A maioria desses radicais elogiou o anúncio de uma mobilização parcial de Putin, com alguns até reconhecendo nela um "sinal da Providência Divina". Um bom número, no entanto, afirmou que a mobilização é muito pequena e chega muito tarde. Conclamação para a guerra total A retirada das forças armadas russas das proximidades de Kiev no final de março de 2022 e a série de fracassos militares que se seguiram em várias zonas de conflito expuseram a críticas ferozes o comando militar russo, seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e a liderança política russa. Como resultado, os nacionalistas estão atualmente pedindo ao Estado russo que ataque a Ucrânia com mais força. Na opinião deles, é hora de acabar com a "operação especial" e passar para uma "guerra total". Este apelo é comum aos dois principais ramos ideológicos do nacionalismo russo. O primeiro ramo é de inspiração imperialista. Enfatiza a "grandeza do Estado russo" diante do mundo e estimula o Estado a exercer sua dominação sobre diversos espaços e populações, tanto eslavas quanto não eslavas. Para eles, a Rússia é definida como uma entidade imperial destinada a expandir suas fronteiras no espaço da antiga União Soviética. A segunda vertente, etnocêntrica, preocupa-se sobretudo com os interesses do povo russo, entendido no sentido étnico do termo, tanto na Rússia como no exterior. Essa corrente busca transformar a Federação Russa, que considera "multinacional demais", em um Estado nacional russo. Uma das chaves seria o irredentismo (anexação de terras próximas entendidas como sendo pertencentes ao povo russo), de preferência pacífico, mas também belicoso se necessário. Essas duas lógicas nacionalistas tendem a convergir no contexto da guerra na Ucrânia. A atitude atual da Rússia em relação ao seu vizinho contém um elemento imperial e étnico. Os imperialistas enfatizam o poder do Estado russo e sua expansão territorial, enquanto os etnonacionalistas se concentram na defesa dos russos (ou ucranianos de língua russa) como uma comunidade étnica ou cultural. 'O veterano militar Igor Girkin é um dos líderes da extrema direita russa' Para os etnonacionalistas, que criticam o regime de Putin, o inimigo é sobretudo nacional; são os ucranianos e sua identidade, enquadrada como "negação da russidade". Por exemplo, o veterano nacionalista Alexander Sevastyanov insiste que a guerra na Ucrânia constitui "a oposição frontal do projeto ucraniano a tudo que é russo". Na medida em que o povo e as autoridades ucranianas são "animados por um ódio visceral" contra os russos, a "desnazificação da Ucrânia e sua re-russificação constituem a tarefa mais premente", conclui. Apesar dessas diferenças de interpretação, ambos os campos concordam em um ponto: a vitória deve ser alcançada a todo custo, mesmo que isso signifique usar o arsenal nuclear da Rússia na Ucrânia. "Se a escolha for entre uma vitória ucraniana e uma guerra nuclear global, a guerra nuclear é preferível", diz Yegor Kholmogorov, jornalista de opinião nacional-imperialista do jornal RT (Russia Today), que há muito tempo dá espaço a nacionalistas leais ao Kremlin e nacionalistas da oposição. Nas palavras do ativista etnonacionalista Alexander Khramov, se a Ucrânia apoiada pelo Ocidente vencer esta guerra, a Rússia será dividida em "uma multidão de microestados" e "o povo russo será aniquilado". Galvanizados pela guerra, esses atores clamam por uma efetiva "purificação" da sociedade russa que vai mais longe que declarações do Kremlin. Membros das elites econômicas, intelectuais ou políticas são considerados "vendidos" por causa de seu apego ao Ocidente e aos bens que possuem no exterior. Alexander Zhuchkovsky, um ativista nacionalista que vive no leste da Ucrânia desde 2014, chega a implorar o estabelecimento de uma nova opritchnina, o termo russo para um regime de terror introduzido por Ivan, o Terrível, no século 16. O Kremlin será capaz de canalizar o crescente zelo belicista? Dada a intensidade da retórica das várias alas da extrema direita russa, apoiadas recentemente por vários aliados de Putin, incluindo o líder checheno Ramzan Kadyrov, é duvidoso: seja qual for o resultado da guerra na Ucrânia, a pressão nacionalista provavelmente se tornará uma ameaça séria e duradoura à estabilidade interna da Rússia. *Jules Sergei Fediunin é doutor em ciência política associado ao Centro de Pesquisas da Europa e Eurásia do Inalco (Instituto Nacional de Línguas e Civilizações Orientais) e pós doutorando em sociologia e política BBC Brasil Postado há 8 hours ago por Brasil Soberano e Livre

 




Série de fracassos militares que se seguiram em várias zonas de conflito expuseram a críticas ferozes o comando militar russo

Grupos de extrema direita russos pressionam para uma guerra total contra a Ucrânia

Por Jules Sergei Fediunin*, The Conversation

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, o Kremlin tenta, por todos os meios, minimizar a realidade da guerra.

A descrição da invasão como uma "operação especial" e perseguição a quem ousasse chamá-la por qualquer outro nome pretende sublinhar a natureza supostamente temporária e limitada do conflito armado.

É uma tentativa de borrar a fronteira entre a guerra e a paz - o que continuou no discurso de Vladimir Putin em 21 de setembro, no qual ele anunciou uma "mobilização parcial" de reservistas.

A resistência feroz da Ucrânia, no entanto, mudou o jogo.

Alguns russos se opuseram ao ataque à Ucrânia desde o início e protestaram publicamente contra a mobilização que acaba de ser declarada. Mas outros, da extrema direita, sentem que a Rússia está se contendo demais e estão pedindo cada vez mais uma mobilização total, o bombardeio de cidades ucranianas e até mesmo o uso de armas nucleares.

Compreender quem são esses ultranacionalistas e o que eles representam é essencial para decifrar a estratégia de guerra do Kremlin.

'O regime tolera (quando não encoraja), a presença de porta-vozes de movimentos de extrema direita na mídia russa'

Os homens por trás da extrema direita da Rússia

Embora quase ninguém na Rússia admita abertamente ser de "extrema direita", existe uma "coalizão heterogênea" à direita do regime de Vladimir Putin, composta por fundamentalistas ortodoxos, vários matizes de nacionalistas da oposição (que vão de "nacional-democratas" a neonazistas), as chamadas milícias "patrióticas", blogueiros militares (milbloggers) e veteranos da insurgência de Donbas.

A figura principal entre os veteranos de Donbas, Igor Girkin, também conhecido como Strelkov ("atirador"), serviu brevemente como "ministro da defesa" da autoproclamada República Popular de Donetsk em 2014.

Esses grupos políticos marginais não têm representação parlamentar. O Partido Liberal Democrático (LDPR) de Vladimir Zhirinovsky (1946-2022) era ultranacionalista na década de 1990, mas mais tarde foi incorporado, ao lado do Partido Comunista, na "oposição fantoche".

O Kremlin também baniu muitos movimentos que considerava perigosos ou violentos com base no "extremismo" e negou permissão aos partidos nacionalistas da oposição para se registrarem formalmente.

No entanto, o regime tolera (quando não encoraja), a presença de porta-vozes desses movimentos na mídia russa com a condição de que sejam leais ao governo. Com exceção de um punhado de figuras contrárias à guerra, a extrema direita da Rússia elogiou o ataque por "restaurar a grandeza da Rússia", "emancipando-a do Ocidente" (e de seus valores supostamente decadentes) e, acima de tudo, defendendo o "mundo russo".

A maioria desses radicais elogiou o anúncio de uma mobilização parcial de Putin, com alguns até reconhecendo nela um "sinal da Providência Divina". Um bom número, no entanto, afirmou que a mobilização é muito pequena e chega muito tarde.

Conclamação para a guerra total

A retirada das forças armadas russas das proximidades de Kiev no final de março de 2022 e a série de fracassos militares que se seguiram em várias zonas de conflito expuseram a críticas ferozes o comando militar russo, seu ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e a liderança política russa.

Como resultado, os nacionalistas estão atualmente pedindo ao Estado russo que ataque a Ucrânia com mais força. Na opinião deles, é hora de acabar com a "operação especial" e passar para uma "guerra total".

Este apelo é comum aos dois principais ramos ideológicos do nacionalismo russo. O primeiro ramo é de inspiração imperialista. Enfatiza a "grandeza do Estado russo" diante do mundo e estimula o Estado a exercer sua dominação sobre diversos espaços e populações, tanto eslavas quanto não eslavas.

Para eles, a Rússia é definida como uma entidade imperial destinada a expandir suas fronteiras no espaço da antiga União Soviética.

A segunda vertente, etnocêntrica, preocupa-se sobretudo com os interesses do povo russo, entendido no sentido étnico do termo, tanto na Rússia como no exterior. Essa corrente busca transformar a Federação Russa, que considera "multinacional demais", em um Estado nacional russo.

Uma das chaves seria o irredentismo (anexação de terras próximas entendidas como sendo pertencentes ao povo russo), de preferência pacífico, mas também belicoso se necessário.

Essas duas lógicas nacionalistas tendem a convergir no contexto da guerra na Ucrânia. A atitude atual da Rússia em relação ao seu vizinho contém um elemento imperial e étnico.

Os imperialistas enfatizam o poder do Estado russo e sua expansão territorial, enquanto os etnonacionalistas se concentram na defesa dos russos (ou ucranianos de língua russa) como uma comunidade étnica ou cultural.

'O veterano militar Igor Girkin é um dos líderes da extrema direita russa'

Para os etnonacionalistas, que criticam o regime de Putin, o inimigo é sobretudo nacional; são os ucranianos e sua identidade, enquadrada como "negação da russidade". Por exemplo, o veterano nacionalista Alexander Sevastyanov insiste que a guerra na Ucrânia constitui "a oposição frontal do projeto ucraniano a tudo que é russo".

Na medida em que o povo e as autoridades ucranianas são "animados por um ódio visceral" contra os russos, a "desnazificação da Ucrânia e sua re-russificação constituem a tarefa mais premente", conclui.

Apesar dessas diferenças de interpretação, ambos os campos concordam em um ponto: a vitória deve ser alcançada a todo custo, mesmo que isso signifique usar o arsenal nuclear da Rússia na Ucrânia. "Se a escolha for entre uma vitória ucraniana e uma guerra nuclear global, a guerra nuclear é preferível", diz Yegor Kholmogorov, jornalista de opinião nacional-imperialista do jornal RT (Russia Today), que há muito tempo dá espaço a nacionalistas leais ao Kremlin e nacionalistas da oposição.

Nas palavras do ativista etnonacionalista Alexander Khramov, se a Ucrânia apoiada pelo Ocidente vencer esta guerra, a Rússia será dividida em "uma multidão de microestados" e "o povo russo será aniquilado".

Galvanizados pela guerra, esses atores clamam por uma efetiva "purificação" da sociedade russa que vai mais longe que declarações do Kremlin. Membros das elites econômicas, intelectuais ou políticas são considerados "vendidos" por causa de seu apego ao Ocidente e aos bens que possuem no exterior.

Alexander Zhuchkovsky, um ativista nacionalista que vive no leste da Ucrânia desde 2014, chega a implorar o estabelecimento de uma nova opritchnina, o termo russo para um regime de terror introduzido por Ivan, o Terrível, no século 16.

O Kremlin será capaz de canalizar o crescente zelo belicista? Dada a intensidade da retórica das várias alas da extrema direita russa, apoiadas recentemente por vários aliados de Putin, incluindo o líder checheno Ramzan Kadyrov, é duvidoso: seja qual for o resultado da guerra na Ucrânia, a pressão nacionalista provavelmente se tornará uma ameaça séria e duradoura à estabilidade interna da Rússia.

*Jules Sergei Fediunin é doutor em ciência política associado ao Centro de Pesquisas da Europa e Eurásia do Inalco (Instituto Nacional de Línguas e Civilizações Orientais) e pós doutorando em sociologia e política

BBC Brasil

Lula critica operação da PF e diz que manterá campanha com governador em AL

 ITALO NOGUEIRA

*ARQUIVO* SÃO PAULO, SP, 07.10.2022: PODER - CAMPANHA POLÍTICA  - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra com Simone Tebet, no hotel Intercontinental, no bairro Jardim Paulista, na tarde desta sexta-feira.  (Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress)
*ARQUIVO* SÃO PAULO, SP, 07.10.2022: PODER - CAMPANHA POLÍTICA - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra com Simone Tebet, no hotel Intercontinental, no bairro Jardim Paulista, na tarde desta sexta-feira. (Foto: Mathilde Missioneiro/Folhapress)


RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta terça-feira (11), a operação da Polícia Federal que afastou do cargo o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), seu aliado no estado.

O petista chamou a ação de precipitada e afirmou que ela "cheira a suspeição", em razão da disputa com o grupo político do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Ele disse que manterá o apoio ao emedebista.

"Não vou desfazer a minha campanha por causa de uma decisão na minha opinião precipitada, cheirando a suspeição. Porque é um processo antigo, faltando pouco tempo para as eleições você tentar tirar um candidato que disputa com o candidato do Lira", disse o petista, antes de comício em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Lula disse não temer que o episódio seja usado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Ele precisa olhar pro umbigo dele. Com as acusações contra ele, dá para preencher o Diário Oficial."

Lula participou de uma caminhada ao lado do prefeito de Belford Roxo, Waguinho (União), que decidiu apoiar o petista numa região em que o petista foi derrotado pelo presidente Bolsonaro.

O STJ (Superior Tribunal de Justiça) afastou Paulo Dantas (MDB) do cargo de governador de Alagoas, atendendo um pedido da PF. Segundo investigadores, os fatos apurados são tanto da época que Dantas era deputado estadual, quanto do período em que já ocupava o cargo de governador.

A ação, batizada de Edema, apura, segundo a PF, a "prática sistemática de desvios de recursos públicos que ocorre desde o ano de 2019 no âmbito do Poder Público do Estado de Alagoas."

Para além de ratificar a operação, a ministra Laurita Vaz, também autorizou o sequestro de bens e valores do candidato que alcançam R$ 54 milhões. Durante a operação, a corporação apreendeu R$ 100 mil na casa do emedebista e R$ 14 mil em espécie num hotel em São Paulo.

Diante do acontecido, a campanha do senador e também candidato ao governo de Alagoas, Rodrigo Cunha (União), reuniu-se de forma emergencial para redesenhar a estratégia e levar à propaganda de rádio e TV ainda nesta terça-feira (11) o afastamento do governador Paulo Dantas (MDB) do cargo.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirma que Laurita Vaz é bolsonarista e não tinha competência legal para decidir pelo afastamento do governador Paulo Dantas (MDB) do cargo. Ele anunciou que vai denunciá-la ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

YAHOO

Bolsonaro grava propaganda eleitoral em agência contratada pelo governo

 Terça, 11 de Outubro de 2022 - 15:20

por Constança Rezende e João Gabriel | Folhapress

Bolsonaro grava propaganda eleitoral em agência contratada pelo governo
Foto: Reprodução / Flickr Palácio do Planalto

O presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou na última sexta-feira (7) inserções para sua campanha à reeleição em uma empresa de produção audiovisual que tem contratos com o governo federal.
 

A Aldeia Filmes, que funciona em uma casa no Lago Sul de Brasília, pertence ao publicitário Ricardo Martins e tem R$ 3,2 milhões em acordos com o governo federal. Todos os tratos foram firmados durante a gestão Bolsonaro, de acordo com o Portal da Transparência.
 

Martins também é dono, desde março, da RM Filmes --contratada pelo PL para a campanha de Bolsonaro por R$ 5,5 milhões, o maior gasto registrado até agora. A RM declara funcionar num espaço de coworking num prédio na Asa Sul, em Brasília --as informações estão no cadastro da empresa na Receita Federal.
 

No entanto, para gravar as inserções, o presidente foi à sede da Aldeia Filmes, no Lago Sul.
 

A reportagem telefonou para o contato que consta no site da Aldeia Filmes e questionou se lá funcionava a RM Filmes. A resposta foi a de que ambas as empresas operam no mesmo endereço no Lago Sul.
 

Depois, a reportagem ligou para o número que consta nos registros da RM. A pessoa que atendeu se identificou como funcionária da Aldeia. No cadastro da Receita, Aldeia e RM têm o mesmo contato.
 

A reportagem também foi ao endereço da RM, onde encontrou um espaço de coworking utilizado por diversas firmas, mas não encontrou ninguém da agência. Funcionários do local confirmaram que a empresa não tem um espaço fixo lá, mas que eventualmente usa uma sala para reuniões.
 

A RM Filmes tem curto histórico de atuação com as características das atividades que exerce hoje. Até março, chamava-se A.M.R Agência de Publicidade, tinha sede na cidade de Joinville e duas mulheres como sócias, de acordo com registros em cartório obtidos pela reportagem.
 

Em 31 de março deste ano, Martins pagou R$ 10 mil para se tornar o único sócio da empresa, transferiu o endereço dela para o coworking em Brasília e alterou seu capital social de R$ 10 mil para R$ 200 mil.
 

Nos arredores da sede da Aldeia Filmes, onde Bolsonaro gravou as inserções na última sexta, pessoas relataram reservadamente, sem citar nomes, que é comum a presença de políticos no local. Também afirmam que o movimento aumentou bastante durante o período de eleições.
 

A maioria dos acordos da empresa com o governo foi com o Ministério da Saúde e envolve, por exemplo, produção de conteúdo para campanhas de vacinação. Também há pagamentos feitos pelas pastas de Economia, Turismo e Comunicações, inclusive no mês de setembro, já durante o período eleitoral oficial.
 

Além do governo federal, a Aldeia foi contratada por R$ 1,2 milhão pelo diretório estadual do PP na Paraíba, durante as eleições, de acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Na descrição do serviço consta, apenas, "produção de programas de rádio, televisão ou vídeo".
 

Ainda há um outro pagamento do PP, no primeiro semestre, durante a pré-campanha, de R$ 87,2 mil.
 

Pessoas próximas à sigla dizem, sob condição de anonimato, que a produtora presta serviço para diversos políticos da legenda, que utilizam, por exemplo, o estúdio de gravação na casa do Lago Sul.
 

Segundo reportagem do portal Congresso em Foco, o local também foi palco da festa de lançamento da empresa de publicidade de Arthur Lira Filho, cujo pai é Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara.
 

Procurado por meio de sua assessoria, Lira preferiu não se manifestar. O PP também não respondeu, assim como Bolsonaro, PL e Ricardo Martins.
 

A Folha de S.Paulo revelou que outra empresa paga pela campanha do presidente, a Magic Beans, também passou por uma reformulação. Em maio, ela teve seu capital social elevado e atividades econômicas ampliadas.
 

O sócio da empresa, Lucas Allex Pedro dos Santos, 27, foi responsável pelo site Lulaflix, que reúne conteúdo negativo sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e foi impulsionado no Google pela campanha de Bolsonaro, numa prática que fere a legislação eleitoral.
 

Foram três pagamentos realizados pelo PL, comandado por Valdemar Costa Neto, entre os dias 10 de junho e 21 de julho, num total de R$ 3,1 milhões, quitados com dinheiro do fundo partidário.
 

Para o advogado Cássio Leite, membro da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político), há a indicação de que o presidente quis driblar um possível conflito de interesses no caso. Ele diz que "tudo leva a crer que a empresa foi criada para não ter nenhum tipo de apontamento por compliance".
 

O especialista também aponta que o valor pago (R$ 5,5 milhões) está abaixo do cobrado pelo mercado, o que poderia configurar um caso de troca de favores, além de ocultação do real proprietário da empresa.
 

"Pode ser o caso de subvaloração do serviço contratado para fazer com que o gasto de campanha seja muito menor do que ele realmente é. No direito eleitoral há uma questão muito sensível: transparência. Esse tipo de contratação deve ter transparência absoluta do real volume de recursos gastos."

Bahia Notícias
 

Bolsonaro se contradiz e agora diz que plano de mudança no STF é invenção

 Terça, 11 de Outubro de 2022 - 18:00

por Caue Fonseca | Folhapress

Bolsonaro se contradiz e agora diz que plano de mudança no STF é invenção
Foto: Reprodução / Instagram

Em rápida entrevista durante visita a Pelotas (RS) na tarde desta terça-feira (11), o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) atribuiu à imprensa a proposta de aumentar de 10 para 15 os assentos no STF (Supremo Tribunal Federal).
 

O assunto não foi levado pelos repórteres. O próprio presidente falou no tema ao ser questionado sobre os testes das Forças Armadas sobre a integridade das urnas no primeiro turno das eleições.
 

"Quem falou que eu recebi relatório [dos militares]? Igual à imprensa falou que eu vou passar para mais cinco no Supremo. Eu falei que isso não estava no meu plano de governo. Botaram na minha conta."
 

Questionado então se pretendia aumentar o número de ministros, respondeu: "Vocês que inventaram isso. Vocês é que digam".
 

No último domingo (9), Bolsonaro disse que deve avaliar a proposta de aumentar o número de ministros do STF somente após a eleição e disse que sua decisão sobre o tema vai depender da temperatura na corte.
 

À noite, porém, amenizou o tom e disse que pretende conversar após as eleições com a presidente do Supremo, Rosa Weber, para pacificar o clima com o Judiciário.
 

Em entrevista para um canal no YouTube, Bolsonaro observou que, caso seja reeleito, ele poderá indicar mais dois ministros para o STF, porque Rosa Weber e Ricardo Lewandowski completarão 75 anos em 2023 e precisarão se aposentar.
 

O atual presidente já nomeou outros dois magistrados para a corte: Kassio Nunes Marques e André Mendonça.
 

O mandatário foi questionado por um dos entrevistadores sobre propostas de aumentar a composição do STF, que hoje tem 11 ministros.
 

"Se eu for reeleito e o Supremo baixar um pouco a temperatura... Já temos duas pessoas garantidas lá [Kassio Nunes Marques e André Mendonça], tem mais gente que é simpática à gente [...]. Tem mais duas vagas para o ano que vem, talvez você descarte essa sugestão", afirmou o presidente ao canal Pilhado.
 

"Se não for possível descartar, você vê como é que fica. Você tem que conversar com o Senado também [para] a aprovação de nomes. Você tem que conversar com as duas Casas [sobre] a tramitação de uma proposta nesse sentido", disse Bolsonaro.

Bahia Notícias

Após suposto vídeo de sexo de Nikolas Ferreira, campanha de Bolsonaro se mostra preocupada

 Terça, 11 de Outubro de 2022 - 20:01

por Redação

Após suposto vídeo de sexo de Nikolas Ferreira, campanha de Bolsonaro se mostra preocupada
Foto: Reprodução

Após um suposto vídeo em que o deputado federal eleito Nikolas Ferreira, o mais votado do país e do partido do presidente Jair Bolsonaro (PL), apareceria praticando sexo oral em um homem, a campanha de Bolsonaro se mostrou preocupada com o impacto da publicação, segundo a coluna de Guilherme Amado, do site Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

Em sua conta no Twitter, o deputado eleito disse: “Recebendo um caminhão de mensagens de pessoas que não são Bolsonaro, mas que estão vendo a baixaria da esquerda contra mim e estão me apoiando. Obrigado por mostrarem a verdadeira face da esquerda. Se o alvo era virar votos, meus parabéns! Estão conseguindo, de 13 para 22”.

 

No momento, o caso é um dos assuntos mais comentados do Twitter. Nikolas tem 26 anos e foi eleito pelo estado de Minas Gerais com 1,47 milhão de votos, se tornando o terceiro deputado mais votado da história da Câmara. 

Bahia Notícias

Com 22 suspeições, processo contra juiz João Batista deve ser julgado pelo CNJ, decide TJ-BA

 Quarta, 12 de Outubro de 2022 - 00:00

por Cláudia Cardozo

Com 22 suspeições, processo contra juiz João Batista deve ser julgado pelo CNJ, decide TJ-BA
Foto: Divulgação

Caberá ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) julgar um processo administrativo disciplinar contra o juiz João Batista Alcântara Filho, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), por falta de quórum qualificado. Do total de 55 desembargadores na ativa, 22 se declararam suspeitos para julgar o colega de toga. Atualmente, quatro desembargadores estão afastados dos cargos por determinação do ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).


O TJ decidiu remeter o processo contra o juiz ao CNJ na sessão plenária da última quarta-feira (5), quando foi constatado que, naquela sessão, dos 40 desembargadores presentes, apenas 23 poderiam julgar o caso, o que não alcançaria o número mínimo previsto para se ter um quórum qualificado. 

 

O juiz se tornou alvo do processo por ter retido 33 processos e documentos judiciais em sua residência por mais de oito anos (veja aqui). Segundo o advogado do magistrado, Caique Porto, João Batista Alcântara Filho não agiu com vontade de prejudicar alguma das partes quando guardou os processos em sua residência. Disse que isso ocorreu pois ele não tinha um gabinete próprio para atuar, por ser juiz substituto de segundo grau. Na época, ele trabalhava nas turmas recursais dos Juizados Especiais e em outras unidades judiciais por determinação da Presidência do tribunal.


De acordo com o advogado, o juiz só se deu conta que estava com os processos em sua casa após o fim da designação para atuar nas turmas recursais. E o processo administrativo disciplinar somente foi aberto após o juiz fazer uma consulta ao CNJ sobre tal guarda. Com isso, o CNJ o puniu. O advogado afirmou que, nessa consulta, o magistrado acabou produzindo provas contra si mesmo, e que tais provas foram utilizadas pela Administração para puni-lo. 

 

Caique Porto ainda destacou que as próprias partes relataram que a guarda dos documentos não prejudicou o curso do processo. Ele contou ainda que João Batista devolveu os processos espontaneamente para a Corregedoria ao se dar conta da guarda dos casos. O juiz não teria percebido que estava com os processos, pois no período da designação, mudou de residência por três vezes. Os autos estavam em caixas que ele ainda não havia aberto. O advogado acrescentou que, naquele contexto, as Corregedorias do TJ e as turmas recursais não detinham controle dos processos em carga. Ao pedir o arquivamento do caso, a defesa do juiz afirmou que a Administração “não pode se valer da boa fé do magistrado para abrir um processo administrativo ou puni-lo”. 


A questão da suspeição e dos impedimentos foi levantada pelo desembargador José Rotondano, corregedor geral do TJ-BA. Segundo o desembargador, julgar o processo, mesmo sem quórum qualificado, criaria uma situação de “retrabalho” para os colegas do plenário. Ainda salientou que seria um trabalho sem efeito, pois se julgaria, mas não se conseguiria aplicar punição, por não ter a quantidade mínima de votos, e ainda criaria uma situação delicada com o CNJ, de comunicar que o caso foi julgado, mas sem efeito. Para ele, a melhor medida seria enviar o processo para o CNJ julgar ou esperar o preenchimento das vagas de desembargador em aberto para ver se conseguiria quórum. O corregedor pediu para constar em ata que ele foi o primeiro a dar um voto por escrito que os processos contra o juiz João Batista deveriam ser remetidos para a Corregedoria Nacional de Justiça por falta de quórum para se julgar na Bahia. 


Para a relatora do caso, desembargadora Cynthia Resende, não há como adiar o julgamento, pois a Corregedoria Nacional monitora o processo e tem cobrado resoluções. A desembargadora Rosita Falcão afirmou que era mais prudente remeter o caso para o CNJ, pois, do contrário, “nunca vai haver procedência, nunca vai se punir, e vai se manter essa impunidade que sempre houve”. “Eu já vi coisas escabrosas neste tribunal, já vi juiz se apoderar de dinheiro de mendigo, já vi absurdos aqui”, contou. A desembargadora disse que raramente se dá por impedida ou suspeita e lembrou que é preciso se aplicar a lei. “Se ela está para qualquer mortal, muito mais para nós, que temos que dar o exemplo”, declarou. “Fica muito feio para nós. Só de adiar, fica muito feio”, comentou.


A desembargadora Ivete Caldas relembrou que, quando a desembargadora Silvia Zarif era presidente, houve um processo contra magistrado com muitas suspeições e impedimentos, de forma que o procedimento precisou ser remetido para o CNJ. “Não tem outra forma, não podemos empurrar esse processo e o CNJ pode avocar também”, refletiu. A relatora afirmou que iria pedir a condenação do magistrado, mas que, diante da falta de um número suficiente de pessoas para julgar, deveria remeter o caso. Ao final do debate, o pleno do TJ-BA decidiu, por unanimidade, remeter o caso para a Corregedoria Nacional de Justiça. 

 

O juiz já responde a outros processos no TJ-BA e é investigado na Operação Faroeste por supostamente participar de um esquema de venda de sentenças relacionadas a disputa de terras no oeste baiano. Ele chegou a ser afastado do exercício das atividades, mas, por determinação do ministro Og Fernandes, ele voltou a atuar no TJ-BA.

Bahia Notícias

Lula mira Rio de Janeiro e tenta reverter desempenho de Bolsonaro no Estado

Publicado em 11 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Ordenan retirar de TV Brasil imágenes de Bolsonaro atacando al sistema  electoral en un acto con embajadores | Internacional

Jair Bolsonaro mora no Rio e detém maioria no Estado

Deu no Estadão

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende dar enfoque à sua campanha no Rio de Janeiro, berço político do presidente Jair Bolsonaro (PL), e reverter para o segundo turno o desempenho que teve no Estado no dia 2 de outubro. O petista tem agenda no Complexo do Alemão esta semana, onde participará de ato chamado “Favelas com Lula”. Ele também fará caminhadas em Belford Roxo e pela favela da rocinha.

”Eu vou tentar ganhar mais votos no Rio de Janeiro, porque a minha disposição é ganhar as eleições de Bolsonaro no Rio de Janeiro”, disse à rádio Tupi.

POLO ESTRATÉGICO – O Estado é considerado estratégico para o bolsonarismo e recebeu pelo menos uma visita do chefe do Executivo a cada semana da campanha eleitoral de 2022.

Ao contrário do que indicavam as pesquisas eleitorais, Lula terminou o primeiro turno atrás do presidente Bolsonaro no Rio de Janeiro. O petista teve 40,68% dos votos válidos, enquanto o presidente teve 51,09%. Reverter esse quadro é importante para o candidato do PT, dado que ele também perdeu em outros dois Estados do Sudeste, Espírito Santo e São Paulo, e venceu com margem apertada (563 mil votos) votos em Minas Gerais.

Durante a entrevista, Lula mencionou feitos de seus governos que teriam beneficiado o Rio de Janeiro e afirmou que o presidente Bolsonaro não destinou parcela suficiente do Orçamento para evitar desastres naturais como o de Petrópolis, que enfrentou alagamentos no início deste ano.

COMPARAÇÃO – “É preciso colocar na lembrança do Rio de Janeiro o que eu fiz pelo Estado, em comparação com o que Bolsonaro fez”, afirmou.

Questionado sobre o efeito prático dos apoios que recebeu para o segundo turno, Lula afirmou que as adesões significam “facilitar a possibilidade de vencer as eleições com uma diferença maior”.

O petista, que almejava sair vitorioso já no primeiro turno, ficou pouco mais de 5 pontos porcentuais acima de Bolsonaro no último dia 2 de outubro.

Piada sinistra! Damares mentiu sobre exploração sexual de criancinhas na Ilha de Marajó

Publicado em 11 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Damares divulga fake news contra Lula e internautas cobram cassação de sua candidatura

Damares mentiu para assustar fiéis e conseguir mais votos

Michelle Portela
Correio Braziliense

O Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos emitiu nota à imprensa para confirmar que existem inquéritos instaurados para investigar os casos citados pela ex-ministra da pasta, Damares Alves, de crimes sexuais e tráfico de crianças na Ilha do Marajó, no Estado do Pará. O caso veio a público após a senadora eleita pelo Distrito Federal comentar o tema durante um culto religioso, em Goiânia, capital de Goiás. 

Durante o evento religioso, a senadora declarou que existem casos de crianças do Marajó vítimas de tráfico para o exterior e submetidas a mutilações corporais e regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.

PEDIDO DE EXPLICAÇÕES – Diante dessa “denúncia” meralmente informal, que a ex-ministra deixou de fazer às autoridades competentes, o Ministério Público Federal no Pará (MPF-PA) pediu explicações ao Ministério Mulher, da Família e dos Direitos Humanos sobre as investigações e as ações tomadas para combatê-los.

Somente nesta terça-feira (11/10), o órgão apresentou a sua versão sobre os casos citados pela senadora. De acordo com a nota, o ministério “esclarece que as afirmações feitas pela ex-ministra Damares Alves foram apresentadas com base em numerosos inquéritos já instaurados que dão conta de uma série de fatos gravíssimos praticados contra crianças e adolescentes”.

Na ocasião, Damares afirmou que diante do “horror” vivido contra as crianças, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se levantou para protegê-las e, por isso, vive “uma guerra espiritual” para ganhar as eleições deste ano.

A nota segue afirmando que, especificamente sobre aquela região no Pará, o programa Abrace o Marajó foi criado “como resposta à vulnerabilidade social, econômica e ambiental, que caracteriza uma porção expressiva da Amazônia Brasileira”.

TEM SIGILO? – A nota também aponta que as denúncias registradas pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos são de caráter sigiloso, entretanto, acessíveis a toda população. Para denúncias, o órgão disponibiliza o disque 100 ou o aplicativo Direitos Humanos Brasil, serviço também disponível por chat e pelo endereço eletrônico da central: https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/.

“As denúncias recebidas pela ONDH são encaminhadas aos órgãos competentes e, posteriormente, monitoradas para assegurar o bom andamento das demandas. Os dados coletados auxiliam, entre outras ações, nas operações integradas, a exemplo da Parador 27 — contra a exploração sexual de crianças e adolescentes”, encerra a nota.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Em tradução simultânea, a ex-ministra Damares Alves mentiu descaradamente. Se estivessem em curso esses inquéritos que ela apregoa, o Ministério Público obrigatoriamente teria conhecimento deles, com “dentes arrancados das crianças para sexo oral” e que só “comem comida pastosa para o intestino ficar livre na hora do sexo anal”… Depois de ver Jesus Cristo no alto de uma goiabeira, quem pode acreditar numa figura patética e caricata como essa suposta pastora de ovelhas exploradas pelo dízimo? Ah, Brasil… (C.N.)

Bolsonaro insiste em agredir a democracia, mas a sociedade civil saberá responder à altura

Publicado em 11 de outubro de 2022 por Tribuna da Internet

Charge do JCaesar

Charge do JCaesar (revista Veja)

Vicente Limongi Netto

Li, pasmo e estarrecido, declarações ameaçadoras e perigosas de Bolsonaro com relação à conduta dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), caso seja reeleito chefe da nação. Caiu a máscara do falso democrata. Tudo indica, nessa linha, que Bolsonaro pretende, literalmente, atear fogo nas instituições brasileiras.

O esboço do quadro é dantesco. Os ministros da Suprema Corte não poderão mais votar contra irregularidades e descalabros do presidente. O STF deixará de ser poder independente.

AMEAÇA DE IMPEACHMENT – O ministro que ousar enfrentar atos vergonhosos e antidemocráticos do Palácio do Planalto poderá sofrer impeachment do bravo e glorioso Senado que já teve Ruy Barbosa entre seus membros mais ilustres, inclusive como defensor dos direitos de seus adversários políticos, numa época em que o Brasil era um país muito mais evoluído em termos políticos.

No Senado, o presidente pretende que a malta dos serviçais rancorosos, enfurecidos e truculentos seja liderada pelo vingativo trabuco de Dalmares Alves.

Mas isso é só um pesadelo, porque setores democráticos e entidades civis saberão reagir e repudiar violências daqueles que queiram violentar e rasgar a Constituição.

NÃO CABE ÓDIO – Aplaudo a colunista Ana Dubeux (Correio Braziliense -09/10) pelo excelente e vigoroso texto “No Nordeste, não cabe ódio”. Com destemido sangue pernambucano nas veias, Dubeux aconselha aos pérfidos, rancorosos e mal amados de plantão:

“Quem vive de ódio não tem lugar no Nordeste e nem deveria ter pelo país afora. Portanto, não sopre a fogueira, apague as fagulhas divulgando seu amor por esta região tão rica e linda”.

Tem toda razão a jornalista. Nordestinos são guerreiros e desbravadores. Estão em todo lugar, no Brasil e no exterior. Ocupam cargos de todos os tamanhos. Não se abatem diante dos problemas.

MAIS NORDESTINOS – O governador reeleito de Brasília é piauiense. Minha amada mulher é cearense. Minha sogra e meus 9 cunhados, também. Assim como todos os 10 irmãos do respeitado e vitorioso clã Campelo Bezerra.

Na minha “pelada”, 70% dos craques são nordestinos. Na política tenho amigos de diversos Estados.  Meu competente médico oncologista, Gustavo Fernandes, é paraibano.

A língua de trapo do energúmeno mito de papelão insultou os nordestinos. Depois, cretina e cinicamente, faz juras de amor aos nordestinos na insuportável propaganda eleitoral. Sem noção.


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