Publicado em 22 de janeiro de 2025 por Tribuna da Internet
Eduardo Barretto
Estadão
O influenciador digital Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), silenciou nesta quarta-feira, 22, depois de vir a público a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele por golpe de Estado e outros crimes relativos ao 8 de Janeiro.
No último dia 15, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou que Léo Índio teve participação ativa no “planejamento, incitação e execução” dos atos golpistas e cometeu os crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
SEM COMENTÁRIOS – Procurado pela Coluna do Estadão, Léo Índio não quis comentar o caso. Sobrinho de Bolsonaro, Léo Índio é alvo de operação da PF por ter participado dos atos considerados terroristas, porque em 8 de Janeiro, o influenciador digital publicou uma selfie na cobertura do Congresso Nacional, mostrando os olhos vermelhos devido ao gás lançado pela PM. Depois, apagou a foto.
Com o nome de urna “Léo Bolsonaro” e panfletos com o ex-presidente, o influenciador digital não se elegeu vereador em Cascavel (PR) no ano passado. Em 2022, último ano do governo Bolsonaro, tentou, sem sucesso, obter uma cadeira de deputado distrital em Brasília.
Durante o governo Bolsonaro, Léo Índio ganhou um cargo de confiança no gabinete do senador Chico Rodrigues, na época filiado ao União Brasil, flagrado em 2020 pela Polícia Federal com dinheiro na cueca.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A única prova contra Léo Índio é a foto selfie que ele fez na Praça dos Três Poderes. Para o Supremo, já é suficiente para classificá-lo como terrorista, o que equivale a 17 anos de prisão, além de multa pelos prejuízos do vandalismo. (C.N.)