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quinta-feira, maio 16, 2019

Quebra de sigilo de Flávio atinge oito ex-assessores do presidente Bolsonaro


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Filha de Queiroz estava lotada no gabinete do próprio Bolsonaro
Catia Seabra e Italo NogueiraFolha
A quebra dos sigilos bancário e fiscal na investigação sobre as movimentações financeiras do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente da República, atinge ao menos cinco ex-assessores de Jair Bolsonaro. Todos os cinco assessores trabalharam tanto no gabinete do pai, na Câmara dos Deputados, como no do filho, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao longo do período que engloba a quebra dos sigilos, de janeiro de 2007 a dezembro de 2018.
São eles Daniel Medeiros da Silva, Fernando Nascimento Pessoa, Jaci dos Santos, Nelson Alves Rabello e Nathalia Melo de Queiroz — esta filha de Fabrício Queiroz, policial militar aposentado que era uma espécie de chefe de gabinete de Flávio na Assembleia e um dos alvos da investigação.
PRIMEIRO PASSO – A quebra dos sigilos, que atinge um total de 86 pessoas e nove empresas, é o primeiro passo judicial de investigação após um relatório do governo federal, há mais de 500 dias, ter apontado movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta bancária de Queiroz.
Além do volume movimentado na conta de quem era apresentado como motorista de Flávio, chamou a atenção a forma com que as operações se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo, em data próxima do pagamento de servidores da Assembleia, onde Flávio foi deputado durante 16 anos (2007-2018).
Como mostrou a coluna Painel, da Folha, integrantes de órgãos de controle chamaram de “avassaladora” a devassa de mais de dez anos nas contas do filho do presidente e de pessoas ligadas a ele — cenário agravado com o ingrediente de assessores que atuaram para o presidente Bolsonaro.
TENENTE ASSESSOR – Entre os cinco que atuaram tanto para Flávio como para Jair, Nelson Rabello é o que tem maior tempo de serviços prestados à família Bolsonaro. Tenente da reserva, serviu com o presidente no Exército e, desde 2005, está lotado em algum gabinete do grupo —o que inclui o do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).
Nelson ficou no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro por seis anos, de março de 2005 a maio de 2011. Antes disso, teve breve passagem de um mês na Câmara do Rio como assessor de Carlos.
Após deixar o gabinete de Jair em 2011, virou assessor de Flávio de maio a agosto de 2011. Ele teve os sigilos quebrados por 12 anos em razão desse período de três meses na Alerj. Logo em seguida, voltou à Câmara dos Deputados para trabalhar com o hoje presidente, onde ficou até 2018. Atualmente é assessor de Carlos Bolsonaro na Câmara do Rio.
O MOTORISTA – Outros dois nomes com os sigilos quebrados e que trabalharam tanto para Flávio como para Jair já estiveram em evidência por relações anteriores com a família Bolsonaro.
Um deles, Jaci dos Santos, é um ex-soldado que trabalhou como motorista da família. Está em nome dele uma das vans declaradas à Justiça Eleitoral pelo atual presidente, para quem ele atuou por sete meses.
Já Nathália, filha de Queiroz, ficou um ano e dez meses no gabinete de Bolsonaro na Câmara. Ela havia deixado o gabinete de Flávio em dezembro de 2016 e ficou com o presidente até outubro de 2018, quando foi exonerada na mesma data em que o pai, Fabrício Queiroz, da Assembleia.
Como a Folha revelou, Nathália trabalhava como personal trainer em academias do Rio de Janeiro no período em que esteve nomeada nos gabinetes da família.
OUTROS ALVOS – Além de ao menos 65 ex-assessores, foram alvos da medida judicial o próprio senador, sua mulher, Fernanda, sua empresa, além de pessoas e firmas que fizeram transações imobiliárias consideradas suspeitas com Flávio.
Após virar alvo da investigação que atingiu o filho do presidente, Fabrício Queiroz admitiu que recebia parte dos valores dos salários dos colegas de gabinete na Assembleia do Rio. Ele diz que usava esse dinheiro para remunerar assessores informais de Flávio Bolsonaro, sem o conhecimento do então deputado estadual.
Já Flávio tentou por duas vezes paralisar na Justiça as investigações do caso, sob o argumento de quebra ilegal de sigilo bancário. O filho do presidente perdeu no STF (Supremo Tribunal Federal) e no Tribunal de Justiça do Rio.
Conforme as decisões, a mera solicitação de manifestação do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) não constitui quebra de sigilo.
DIRIGENTES DO PSL – Também são alvo da investigação duas ex-assessoras de Flávio e dirigentes do PSL da cidade do Rio de Janeiro. Tiveram o sigilo quebrado Valdenice de Oliveira Meliga, tesoureira da campanha do senador, e a contadora Alessandra Ferreira de Oliveira, respectivamente presidente e vice da sigla no município.
Como a Folha revelou em fevereiro, a empresa de Alessandra e parentes de Valdenice foram beneficiados com verba pública do fundo eleitoral. A empresa da contadora, também tesoureira do PSL-RJ, recebeu R$ 55,3 mil de 42 candidatos, sendo a maioria mulheres que só receberam a verba do diretório nacional na reta final da eleição.
OUTRO LADO – O advogado Paulo Klein, que defende Fabrício Queiroz e sua família, disse que pretende interromper as investigações em razão de ilegalidades que vê desde o início da investigação até a quebra de sigilo.
Ele afirmou que vai apresentar um habeas corpus no Tribunal de Justiça esta semana com este objetivo. “A decisão fere o princípio da individualização, porque a decisão não diz o porquê da necessidade de violar o sigilo bancário e fiscal de tantas pessoas sem definir minimamente a necessidade em cada caso.”
A autorização de quebra de sigilo, assinada pelo juiz Flávio Itabaiana, tem apenas três parágrafos no qual concorda com o pedido do Ministério Público. O texto é seguido de uma lista de 95 investigados e ordens aos órgãos competentes para que forneçam os dados requeridos.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – 
Já era esperado que as investigações chegassem ao gabinete do então deputado Jair Bolsonaro. A matéria do Estadão é mais completa e aumenta para 8 o número de envolvidos ligados a Bolsonaro pai.
 Os nomes incluem uma irmã e uma prima de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Bolsonaro. Todos terão os dados bancários e fiscais abertos a pedido do Ministério Público. E daqui para a frente a situação só tende a se complicar. É melhor já ir se acostumando, como costumam dizer hoje em dia … (C.N.)

Convite para 4a EXPOAGRO Jeremoabo_BA

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 Senhor Chefe de Gabinete,
  
Agradeço a gentileza do convite para a solenidade alusiva a EXPOAGRO em Jeremoabo-Ba nos dias 23 a 26.  Infelizmente, não poderei comparecer devido compromissos já firmados anteriormente para essa data. Aproveito a oportunidade para cumprimentar Vossa Senhoria e a todos os membros desse evento  tão importante e significativo para o progresso e desenvolvimento desse município.
            Atenciosamente,

                                   José D.M Montalvão

Ilmo. Sr.
 Dr.Jadson Nascimento
M.D. Chefe de Gabinete 
Prefeitura Municipal de Jeremoabo
Jeremoabo - Bahia



Câmara de Canavieiras aprova pedido de cassação de prefeito por improbidade administrativa

por Mauricio Leiro
Câmara de Canavieiras aprova pedido de cassação de prefeito por improbidade administrativa
Foto: Divulgação
O prefeito de Canavieiras, Dr. Almeida (PPS), teve o pedido de impeachment aprovado pela Câmara de Vereadores, por suposta prática de crime de improbidade administrativa.

Dr. Almeida é acusado de irregularidades em relação a prestação de um serviço fantasma que ultrapassaria o valor de R$ 400 mil, quando teria sido contratada uma empresa para remover e acomodar lixo de uma localidade da cidade de Canavieiras.

O vereador de oposição Caboclo do Esporte (PTC) explicou os trâmites a partir da aprovação do início do processo que pode culminar com o afastamento do prefeito. "Foi formada uma comissão especial com 3 vereadores para averiguar os fatos apresentados, se for comprovadas as irregularidades o prefeito pode ser cassado", afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias.

O prefeito já foi alvo de uma ação referente a prestação de contas de campanha, sendo absolvido em 2018 e se mantendo no cargo (relembre aqui).

Bahia Notícias

Nota da redação deste Blog - Se a Câmara de Vereadores de Jeremoabo ao invés de ficar jogando para a plateia agisse, o problema da empresa de Recife, já estaria sendo resolvido conforme a Lei, como está fazendo a Câmara de Canavieiras, agindo como verdadeiro representante do povo.
Os vereadores de Jeremoabo já usaram da tribuna mais de dez vezes denunciando o dinheiro do povo sendo jogado fora de forma não republicana, inclusive  denuncia que R$ 500 mil já foram jogados fora pelo ralo da improbidade, no entanto, nada fazem.  
Se observar o caso de Jeremoabo com a firma de Recife que recebe dinheiro sem prestar os cursos, ou o serviço acordado, em Jeremoabo o fato é mais grave do que Canavieiras, porém, em Canavieiras os vereadores  fiscalizam e agem, já em Jeremoabo os vereadores esqueceram de fazer o papel de casa e cumprir com seu dever, falam muito e nada fazem, praticam um ato de omissão e conivência,  já que tem conhecimento e não agem conforme determina a Lei.

Jaguarari: Presidente da Câmara é punido por nomear funcionários fantasmas

Jaguarari: Presidente da Câmara é punido por nomear funcionários fantasmas
Foto: Divulgação
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) determinou nesta quarta-feira (15) que seja realizada auditoria na folha de pagamento da Câmara Municipal de Jaguarari. O pedido foi formulado pelo conselheiro Paolo Marconi, e aprovado pelos demais conselheiros presentes à sessão, após ser julgada procedente denúncia formulada contra o presidente da câmara, vereador Márcio José Gomes de Araújo, sobre a contratação de duas “funcionárias fantasmas” pela Casa Legislativa.

O processo foi relatado pelo conselheiro Francisco Netto que, além de aplicar multa ao vereador no valor de R$10 mil, determinou a devolução aos cofres municipais da quantia de R$14.306,90, com recursos pessoais, pelo pagamento indevido de subsídios às “fantasmas”.

A denúncia, formulada pelo cidadão Reges Gonçalves Costa Pinto, relatou que Flávia dos Reis Silva e Jacira dos Reis Souza foram nomeadas como servidoras da Câmara de Jaguarari, ambas desempenhando a função de “assessora legislativa”, recebendo, mensalmente, a importância de R$1.970,00. 

O problema é que elas sequer conheciam a cidade, e nunca exerceram, evidentemente, quaisquer atividades para a Câmara Municipal.

De acordo com o denunciante, Flávia dos Reis Silva, que supostamente ficou no cargo de fevereiro a junho de 2017, trabalhava em tempo integral como vendedora na “Loja Vivo” na vizinha cidade de Riachão do Jacuípe. E, após a sua demissão da mencionada loja, teria sido também exonerada da Câmara – onde nunca trabalhou.

Em seguida, o presidente da Câmara nomeou Jacira dos Reis Souza, que trabalha na “Loja Vivo” de Riachão do Jacuípe, na função de vendedora, para o cargo antes ocupado por Flávia, com a mesma remuneração. A nomeação durou o período de agosto a outubro de 2017.

Em depoimento prestado à 2ª Promotoria de Justiça de Senhor do Bonfim, Flávia dos Reis Silva afirmou “que nunca prestou serviços à Câmara de Vereadores de Jaguarari”, e que “somente conheceu a cidade de Jaguarari na data de hoje” (quando prestava depoimento), “que a única pessoa que conhece em Jaguarari chama-se Márcio José Gomes Araújo, pessoa com quem esteve uma única vez, quando o referido fez um plano da Vivo intermediado pela testemunha”. 

Segundo ela, ficou “acertado de que Márcio depositaria o dinheiro para o pagamento da conta do telefone na sua conta bancária pessoal”. Para isso, afirmou que o vereador Márcio Araújo “pediu o número do seu CPF e conta bancária, com a finalidade de realizar os TEDs mensais”. Flávia Silva disse que forneceu seus dados ao vereador apenas com este objetivo, ou seja, permitir a transferência bancária para efetuar o pagamento da conta telefônica.

Também a outra vendedora da Vivo, Jacira dos Reis Souza, em depoimento, disse que nunca prestou serviços à Câmara de Vereadores de Jaguarari, e que conheceu o vereador na loja. Disse que após a demissão de sua colega da Vivo, o vereador passou a efetuar o depósito de R$1.800,00 mensais em sua conta bancária, para o pagamento. Ela afirmou que não sabia que seu nome estava na folha de pagamento da Câmara de Vereadores.

O presidente da câmara, vereador Márcio Araújo, confessou que a ideia da fraude foi da dona da loja da Vivo em Riachão do Jacuípe, “Dona Daiane”, que é “mulher do motorista do prefeito”.Segundo ele, Daiane informou que poderia “disponibilizar até dez linhas telefônicas” para a câmara. Em compensação, ela indiciaria uma pessoa para ser nomeada para um cargo em comissão, cuja remuneração seria usada para o pagamento das contas.

O relator, conselheiro Francisco Netto, concluiu que trata-se de caso clássico de desvio de recursos, tendo o denunciado se utilizado da nomeação e do pagamento de servidores “fantasmas”, que não prestavam serviços ao ente contratante, para fazer frente a suas despesas pessoais e de pessoas próximas, o que se constitui em ato de improbidade administrativa.
Bahia Notícias

Nota da redação deste Blog -  Já em Jeremoabo tudo parece com a música " sombras e nada mais". Os vereadores usam a tribuna para denunciar médicos fantasmas, funcionários fantasmas no município de Jeremoabo, porém, não passa disso, denunciam e nada fazem.
Enquanto isso, esse dinheiro roubado está fazendo falta para suprir muitas deficiências na administração municipal, inclusive melhoria de salários, calote de quem trabalha e não recebe, inadimplência de alugueis e etc.

Bolsonaro erra ao minimizar 'idiotas úteis', que podem reviver mobilizações de 2013

por Fernando Duarte

Bolsonaro erra ao minimizar 'idiotas úteis', que podem reviver mobilizações de 2013
Foto: Ailma Teixeira/ Bahia Notícias
Os “idiotas úteis” parecem estar em um bom número. Ao menos foi o que pareceu nas ruas nesta quarta-feira (15), quando dezenas de milhares de pessoas, das mais diversas matrizes políticas, foram às ruas para tentar defender o resquício de dignidade do ensino público no Brasil. Em Salvador, as perspectivas otimistas dos organizadores chegaram a 24 mil pessoas. É um número relevante, mesmo que seja exagerado. E, acredito eu, os manifestantes não fazem parte de “massa de manobra”, como fez crer o presidente Jair Bolsonaro. Diferente disso, inclusive, talvez tenha nascido uma semente para um novo junho de 2013, ainda que mais tímido.

A principal diferença entre o movimento de cinco anos atrás e o de agora talvez seja certa uniformidade nos protestos. No passado, tudo foi difuso – e confuso. Em 2019, a bandeira da educação parece, de alguma forma, unificar diversos atores que dificilmente se mobilizariam para ir às ruas. Em um primeiro momento, era possível prever a adesão de pessoas ligadas a universidades e institutos federais, principais atingidos pelos cortes de orçamento impostos pelo governo Bolsonaro. O que se viu foi a participação massiva até mesmo de integrantes da rede privada de ensino, algo pouco comum até então.

Caso se mantenha esse nível de coesão, é possível que a pauta gere muito mais resultados práticos do que as mobilizações pré-eleições de 2014, marco para a instabilidade política ainda não superada no país. Admito se tratar de uma perspectiva otimista, porém volta e meia consigo extrair otimismo em meio ao caos, tal qual fiz em junho de 2013. Porém, para que isso aconteça, é preciso que emerja algum tipo de unidade – algo que não aconteceu naquele ano. E aí o alerta acende. Os movimentos sociais seguem sem organização suficiente para encabeçar qualquer tipo de pressão contra o Estado – em todos os níveis de poder.

Para a sorte desses potenciais manifestantes, o presidente da República, Jair Bolsonaro, não sabe lidar com críticas. Em resposta às mobilizações, o chefe do Executivo federal preferiu minimizar os presentes, a quem chamou de “idiotas úteis”, “que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil”. Ou seja, ao atacar ao invés de responder, Bolsonaro contradiz uma máxima que ele próprio defende: um governante deve ouvir o povo. Aí reside a possibilidade de unificação de um movimento que naturalmente tende a ser diverso.

Posso até estar enganado. No entanto não serei surpreendido se, deste 15 de maio, nascer algum tipo de movimento que provoque uma discussão mais séria sobre o papel do Estado brasileiro na garantia da educação. A primeira semente, plantada em 2013, parece ter morrido sem a repercussão almejada. Talvez o maio de 2019 seja um terreno mais fértil para que a primavera brasileira finalmente aconteça.

Este texto integra o comentário desta quinta-feira (16) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para as rádios Excelsior, Irecê Líder FM, Clube FM e RB FM.
Bahia  Notícias

MP constatou indícios de “organização criminosa” no gabinete de Flávio Bolsonaro

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Flávio Bolsonaro e Queiroz comandavam a “organização criminosa”
Bela Megale e Aguirre TalentoO Globo
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro aponta indícios da existência de uma “organização criminosa” no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), atual senador e filho do presidente, e descreve detalhes de movimentações financeiras suspeitas envolvendo Flávio e assessores parlamentares desde o ano de 2007. O material, com 87 páginas, foi apresentado à Justiça do Rio para pedir as quebras de sigilo bancário e fiscal de Flávio Bolsonaro e outras 94 pessoas, sob suspeita dos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
“Na presente investigação, pelos elementos de provas colhidos já é possível vislumbrar indícios da existência de uma organização criminosa com alto grau de permanência e estabilidade, formada desde o ano de 2007 por dezenas de integrantes do gabinete do ex-deputado estadual Flávio Nantes Bolsonaro e outros assessores nomeados pelo parlamentar para outros cargos na Alerj, destinada à prática de crimes de peculato, cuja pena máxima supera quatro anos”, descreve o MP.
QUEIROZ – Esse esquema criminoso teria como um dos integrantes o ex-assessor Fabrício Queiroz, cuja movimentação financeira atípica havia sido detectada pelo Coaf. Para o MP, “não parece crível” que Queiroz seria o líder da organização criminosa sem conhecimento de seus “superiores hierárquicos durante tantos anos”.
A organização criminosa teria “clara divisão de tarefas entre núcleos hierarquicamente compartimentados”. O primeiro núcleo, segundo o MP, tinha a tarefa de nomear pessoas para ocupar cargos em comissão na Alerj em troca do repasse de parte dos seus salários. O segundo tinha a função de “recolher e distribuir os recursos públicos desviados do orçamento da Alerj cuja destinação original deveria ser a remuneração dos cargos”. O terceiro núcleo criminoso seria formado pelos assessores que concordaram em ser nomeados sob compromisso de repassar mensalmente parte de seus salários aos demais integrantes da organização criminosa.
O esquema criminoso também usaria a nomeação de funcionários fantasmas para desviar recursos orçamentários da Alerj sem prestar serviços públicos e lavagem de dinheiro por meio da venda de imóveis, diz o MP.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Se não é esse o “tsunami”, o que mais pode ser?  É claro que há  provas contundentes, caso contrário o juiz Flávio Itabaiana, não autorizaria a quebra dos sigilos de 95 pessoas físicas e jurídicas. Agora, Flávio Bolsonaro precisa de um grande advogado. Aliás, o ex-assessor Fabricio Queiroz está sendo defendido por um escritório de renome. Quem estará pagando a conta? Será igual ao caso do Adélio Bispo, que ninguém sabe quem paga os advogados dele? (C.N.)

Alegar que a reforma da Previdência Social pode tirar o país da crise é uma farsa


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Guedes não pode exagerar os efeitos da reforma da Previdência
Pedro do Coutto         
Na minha opinião, sintetizada no título, a reforma da Previdência Social defendida pelo Ministro Paulo Guedes não pode resolver os problemas econômicos e sociais do Brasil, entre eles a queda do consumo e, portanto, da receita tributária. No universo político e econômico não há fatos isolados. Eles se ligam e interligam de alguma forma. Paulo Guedes, por sua cultura econômica e financeira, sabe disso muito bem. O mesmo raciocínio se aplica aos integrantes de sua assessoria, penso eu, todos de alto nível.
A situação é difícil para o ministro e para aqueles que seguem seu comando. Trata-se, acrescento, de uma divergência consigo mesmo. E não estão sozinhos no campo. 
DEFESA SEM BASE – Muitos defendem a reforma mesmo não sendo capazes de abordar qualquer ponto do projeto e os efeitos produzidos concretamente. Na sucessão presidencial de 1960, o mesmo aconteceu com a reforma agrária. Transformou-se em um slogan e ela não foi realizada até hoje.
Aproveito para dirigir uma observação aos jornalistas da Globonews que produzem programas muito superiores ao do jornal Nacional. Não naveguem no mero slogan. Examinem o conteúdo dos temas. Vão constatar no projeto de emenda a separação entre a lógica e a mágica.
Pois como é possível que adiar aposentadorias possa mesmo influir no mercado de capitais. Nas importações, exportações, numa escala maior de investimentos, na queda dos juros, na retomada do nível de emprego, na redução do não emprego de jovens que lutam para começar a trabalhar, portanto, a produzir renda.
DRIBLAR A VERDADE – Defender essa estranha tese é driblar a verdade, entrar em conflito com os fatos, colocar uma penumbra em volta do espelho.
Se a reforma previdenciária fosse capaz de ser tal panacéia, estaríamos falando do Brasil todo e não apenas do INSS dos celetistas e da seguridade social do funcionalismo público. Basta comparar o orçamento da União para 2019, da ordem de 3,3 trilhões de reais para se diagnosticar, como primeiro passo, a dúvida, que é a base de análise de qualquer proposição.
Até hoje, Paulo Guedes, realmente sem dúvida um bom ator, escapa sempre de cotejar os cortes com os reflexos financeiros de sua aplicação. Por quê? Ora, porque vai emergir um resultado incapaz de equilibrar as contas públicas. Ele não se preocupa e jamais menciona a possibilidade de aumento das receitas do INSS, a começar por um firme combate a sonegação, passando pela cobrança de dívidas que se elevam à escala de 479 bilhões de reais, e também pela ilegalidade da pejotização.
E A DÍVIDA? – É fundamental ser sincero para com a opinião pública. Revelar, por exemplo, que a dívida bruta nacional alcança 5,4 trilhões de reais. E que sobre grande parte desse total incidem juros de 6,5%a/a. Com uma agravante: o volume financeiro é progressivo com a capitalização dos juros, resultando na emissão de mais notas do Tesouro Nacional, papeis que lastreiam o endividamento.
Para terminar: o mInistro da Economia está propondo ao presidente Jair Bolsonaro o absurdo de cortar as deduções de despesas com educação e da saúde nas declarações do Imposto de Renda das pessoas físicas. Com isso, Paulo Guedes, indiretamente contesta o presidente da República que propôs a correção do imposto a pagar com base na inflação do IBGE para o exercício anterior.
HOMEM FATAL – O ministro Paulo Guedes me lembra o homem fatal, personagem de Nelson Rodrigues. Será que condiciona também o crescimento do PIB à reforma da Previdência? Encerro o artigo sugerindo a Paulo Guedes não esquecer de dizer que qualquer avanço do PIB tem que ser cotejado ao índice de crescimento demográfico, que no Brasil é de 1% ao ano. 
 Se a recuperação da economia brasileira empatar com o índice do crescimento demográfico, a renda per capita ficará estagnada.

Dez anos depois, a utopia de manter um espaço livre na web não deu muito certo

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Parece que foi ontem, mas já se passaram dez anos desde que este blog foi lançado como “Tribuna da Imprensa” e depois, com a saída de Helio Fernandes, passou a ser “Tribuna da Internet”. A ideia de lançar o blog partiu do grande advogado Luiz Nogueira, que até hoje defende causas de Helio Fernandes e da antiga “Tribuna da Imprensa”, o jornal que deixou de circular em 2009. Nogueira não somente sugeriu o relançamento da “Tribuna da Imprensa” na web, como também arranjou patrocínio de R$ 5 mil mensais, suficiente para cobrirmos as custas.
Para fazer o design do blog, convidamos o grande jornalista Antonio Caetano, excelente cronista, que fazia sido editor do suplemento de cultura do jornal, chamado de “Tribuna BIS”. Caetano começou a editar o blog e me ensinou como participar. Passei então a fazer a edição de artigos e reportagens nos fins de semana e feriados, cobrindo as folgas do jornalista.
SEM PATROCÍNIO – Tudo caminhava bem, os artigos de Helio Fernandes, Carlos Chagas, Pedro do Coutto, Sebastião Nery e Mauro Santayana atraíam cada vez mais leitores, mas os patrocinadores tiveram dificuldades e desembarcaram da aventura.
Sem possibilidade de remuneração, Antonio Caetano foi cuidar da vida e fiquei sozinho, tentando encontrar outros patrocinadores. Como não consegui apoio, resolvi fechar o blog e direcionar Helio Fernandes e os colunistas para outros espaços na internet.
Quando comuniquei esta decisão, um dos comentaristas mais assíduos, o engenheiro Carlo Germani, que mora em Minas Gerais, mandou uma mensagem sugerindo que recebêssemos contribuições dos participantes, como outros blogs já faziam, e até se ofereceu para colaborar. A ideia deu certo, outros participantes se integraram e fomos em frente. Depois Helio Fernandes saiu, para abrir um blog com seu nome, e trocamos o título aqui para “Tribuna da Internet”.
ESPAÇO UTÓPICO – Ou seja, a existência do blog se deve a esse grupo de idealistas que acreditam na viabilidade de manter um espaço livre na web, capaz de abrigar artigos de diferentes tendências políticas, econômicas, sociais e até religiosas.
É claro que se trata de uma utopia. Não existe nenhum espaço semelhante na web brasileira. Todos os blogs, sites e portais operam em faixa própria, defendem ideias e não abrem espaço para contestação.
Aqui na TI defendemos a tese de apoiar o que fica demonstrado ser certo e reprovar o que seja claramente errado, na visão do “bom combate” do apóstolo Paulo (2 Timóteo 2:3-4). Assim, agimos sempre sem extremismos, procurando o caminho do meio, como ensinava Sidarta Gautama, o Buda, e sabendo que da vida nada se leva, é apenas “passagem”, como dizem os espiritualistas.
NÃO DEU CERTO – Dez anos depois, podemos concluir que a utopia não deu certo. Raríssimos participantes respeitam opiniões contrárias e trocam ideias. Usemos o exemplo de Bolsonaro. Ao invés de elogiar as coisas certas feitas por ele e criticar as erradas, a maioria das pessoas se comporta como se estivessem na torcida de um clube de futebol – defendem tudo que Bolsonaro faz ou criticam tudo. É uma chatice.
O fanatismo não leva a nada, a radicalização política só interessa a quem pretende se beneficiar dela. As ideologias foram ultrapassadas pelo tempo. A maneira correta de os governantes agirem hoje é simplesmente optar pelo que é certo, sem preconceitos ideológicos e partidários.
O Brasil está na maior crise de sua História. É preciso apresentar ideais e soluções. Mas não é isso que se vê. Um bom exemplo é a reforma da Previdência. Todos sabem que é preciso fazer mudanças. Mas com os números sendo mantidos sob sigilo, como fazê-lo.
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P.S.
 – Agradecemos muito a todos os que nos acompanham. Aos velhos amigos e amigas de sempre, e aos que chegaram depois e que hoje são muito importantes para mim, mesmo sem conhecê-los pessoalmente.  Como todos sabem, na vida nada é permanente, tudo muda todo dia. E o importante é jamais se omitir e seguir sempre na luta permanente para termos um mundo mais justo e menos desumano. (C.N.)

No julgamento nesta quinta-feira, José Dirceu tenta evitar ser preso mais uma vez

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Jorge William
Dirceu está a um passo de voltar para a prisão, até ser solto no STF
Bela Megale
O Globo
O ex-ministro José Dirceu suspendeu os planos de escrever o segundo volume de suas memórias na casa de um amigo, na Bahia, para acompanhar de perto os julgamentos de seus casos que estão por vir e que podem levá-lo de volta à prisão. Um deles corre no Tribunal Regional Federal da 4ª Região e o outro no Superior Tribunal de Justiça.
Com isso, o segundo volume prometido para este ano ficará para 2020. Nele, Dirceu vai falar sobre sua defesa no processo do mensalão e contar como era a vida de consultor. Também se dedicará a analisar os erros e acertos do segundo mandato do governo Lula e do primeiro de Dilma.
PRESCRIÇÃO – A defesa do ex-ministro José Dirceu apresentou ao Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4) um pedido para que o ex-ministro não seja punido ao alegar que os crimes dos quais ele é acusado estão prescritos.
A petição foi apresentada no último recurso em que Dirceu foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por se beneficiar de irregularidades em contrato para fornecimento de tubos para Petrobras. A tese da prescrição pegou até o petista de surpresa, que soube da cartada final nesta semana.
A defesa liderada pelo criminalista Roberto Podval avalia que, se o ex-ministro foi absolvido do crime de corrupção, ele poderá ter a pena diminuída para 4 anos e assim conseguir, ao menos, o regime semiaberto, podendo trabalhar fora e apenas dormir na prisão.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Sonhar ainda não é proibido. Desta vez, Dirceu não estará sendo julgado por Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, os três mosqueteiros que eram quatro, contando com Marco Aurélio Mello, e às vezes se tornam seis, com Celso de Mello e Alexandre de Moraes, e dominam a maioria do Supremo. (C.N.)

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