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quarta-feira, dezembro 02, 2009

MAIQUINIQUE: ASSASSINO CONFESSO DA ESPOSA E FILHO É QUEIMADO VIVO PELA POPULAÇÃO


O assassinato de uma mulher e seu filho de oito meses chocou a população de Maiquinique, nesta segunda-feira, 30. Revoltado com o crime, um grupo de cerca de 200 pessoas espancou, apedrejou e queimou vivo o assassino confesso. Segundo afirmam funcionários do Hospital Municipal da cidade, Odair José de Oliveira Santos, 36 anos, teria contado a eles que matou a ex-companheira Débora Santos Lima, 19 anos e o filho do casal, Herick de Oliveira Lima e ingerido veneno em seguida.

No hospital, Daí, como era conhecido, disse que atraiu a ex-mulher para um imóvel, onde cometeu o crime. “Ele contou para a gente que começou a agredir a mulher, mas ela correu para o banheiro com a criança e ele acabou matando os dois, batendo a cabeça na parede”, relatou uma das atendentes. A notícia do crime se espalhou pela cidade e populares invadiram o hospital e arrastaram Odair do pronto-socorro. Na rua, ele foi espancado, apedrejado e queimado vivo.

Policiais militares da cidade tentaram conter a população atirando para cima, mas não tiveram sucesso. O major da PM Marcelo Dantas acionou reforços policiais de Macarani e Itapetinga, mas quando eles chegaram o servidor público já estava morto. O levantamento cadavérico foi acompanhado pelo delegado de Macarani, Roberto da Silva Leal.

Fonte: Sudoeste Hoje

Pré-candidato, Requião defende salário melhor


Governador abre dissidência no PMDB. Lideranças da legenda boicotaram o lançamento do paranaense à Presidência

André Gonçalves, correspondente

Brasília - Nas primeiras declarações oficiais como pré-candidato a presidente da República, o governador Roberto Requião (PMDB) fez ontem uma lista de quatro propostas para melhorar o país em curto prazo. Ele defendeu o aumento dos salários, a diminuição dos impostos, a desvalorização do real (para estimular as exportações) e a criação de uma moeda única para os países do Mer­­­cosul. Os temas econômicos também foram usados pelo peemedebista para diferenciá-lo dos dois principais candidatos ao Palácio do Planalto em 2010 – a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB).

Requião participou de uma entrevista coletiva na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O evento, convocado para ser o marco inicial de um movimento nacional a favor do governador, foi marcada pelo boicote das principais lideranças da legenda em Brasília. Nenhum dos peemedebistas que participaram do pré-acordo com o PT, em outubro, esteve no evento.

Campanha

Governador usou avião do estado

O governador Roberto Requião chegou a Brasília para lançar a pré-candidatura a presidente da República em um avião que pertence ao estado do Paraná. O evento, que tomou a agenda dele durante toda a tarde de ontem, teve apenas caráter político-partidário. Ele também foi questionado pela presença de duas equipes da TV Educativa.

Requião disse que o uso da aeronave é justificável porque ele também despacha como governador na Secretaria de Representação do Paraná em Brasília, comandada pelo irmão dele, Eduardo Requião. “É um espaço do governo do Paraná.”

Requião saiu de Londrina ontem pela manhã para chegar ao Distrito Federal. Ele viaja no começo da tarde de hoje para Cascavel. O governador ressaltou que não usará o avião do estado para fazer a campanha presidencial pelo Brasil.

Sobre o uso da TV Educativa para a cobertura de uma cerimônia política, Requião disse que a televisão é um instrumento democrático. Questionado por uma jornalista sobre o caso, ele disse que ela estava convidada a “registrar o seu protesto” na emissora.

Das duas equipes que cobriram o evento, um câmera e uma repórter foram deslocados de Curitiba só para acompanhar o governador. Outra operadora de câmera e outra repórter trabalham nos estúdios da emissora em Brasília. (AG)

Dos sete deputados federais do PMDB paranaense, apenas três estiveram na cerimônia – André Zacharow, Marcelo Almeida e Rodrigo Rocha Loures. Além disso, a presidente nacional do partido, deputada Íris de Araújo (GO), não recebeu a moção de apoio à pré-candidatura do governador. O esvaziamento não frustrou Requião, que começa a visitar os estados no próximo fim de semana, quando viaja para Mato Grosso do Sul e Tocantins.

Confira abai­­xo algumas declarações de Requião durante a entrevista coletiva:

PMDB pró-PT

“O PMDB muito forte é o PMDB da base política, é o PMDB que elege os nossos candidatos. É o partido que mobiliza o povo e que existe capilarmente em praticamente todos os municípios do Brasil. Agora, nós temos um vício, que não é só do PMDB, é da política brasileira: o partido congressual. Ele se suporta nas emendas parlamentares (ao orçamento), no desejo desesperado de reeleição dos candidatos. (...) Na verdade, se essa coligação pretendida pela nossa direção parlamentar se viabilizar, a coligação terá sido feita por conta do horário partidário, mas não levará à empolgação do nosso partido.”

Divergência

“O único partido que não admitia divergência era o nazista comandado pelo Hitler na Alemanha. As tendências partidárias são absolutamente legítimas. (...) Em função disso, nós estamos discutindo um programa e a candidatura própria. Eu, por exemplo, já deixei claro que se o PMDB– com um programa que contemplasse a valorização da nação, do capital produtivo, do trabalho – não conseguisse acreditar no lançamento de uma candidatura, tenderia para a ministra Dilma.”

Dilma e Serra

“Eu não acho que a ministra Dilma não tenha experiência administrativa. Ela tem. O Serra sem dúvida tem também. O problema é programático. Nós não estamos procurando um feitor da República, mas uma pessoa que tenha pensado um programa e que se assessore convenientemente para implantá-lo. E essa assessoria que torne o programa crível depende do tipo de coligação que se faça. Eu não faço nenhuma crítica à ministra Dilma. Eu simplesmente estou aqui cobrando do PMDB espaço para o reencontro da nossa identidade. A Dilma é minha amiga pessoal, assim como o Serra também é.”

Diferenciação

“A minha diferença é que sou contra a predominância do capital financeiro que acompanha as políticas sociais e a valorização do capital ‘vadio’ em contraposição ao capital produtivo e ao trabalho. O neoliberalismo pretende hoje de uma forma recorrente, persistente e insistente, transformar o Brasil em um país que participa da economia global como uma China com menos habitantes, vendendo a precarização do trabalho e commodities.”

Propostas

“Em um prazo curtíssimo, se o PMDB estivesse na Presidência da República, eu proporia o seguinte: aumento de salário. Os Estados Unidos quebraram porque congelaram o salário e privilegiaram a ganância e o lucro das empresas e num determinado momento eles não conseguiam mais saldar os empréstimos. (...) Por isso o salário é muito importante. Redução de impostos também é importantíssimo. Também é importante conter a valorização do dólar, que controla a inflação, mas sabota a economia brasileira. A criação de uma moeda sul-americana, valorizando essa ideia de Mercosul e ampliando as possibilidades de parceria entre os países. Nós também precisamos de um programa agrícola, de um programa industrial.”

Declarações polêmicas

“As únicas ferramentas que eu tenho são a língua, a franqueza e a sinceridade na forma de fazer política. Não podemos fazer política com essa cautela que alguém já chamou de covardia, tentando a unanimidade. Eu tinha um professor de Direito no Paraná, chamado Laertes Munhoz, que me dizia: ‘Roberto, meu filho, nunca ceda, nunca conceda. Porque a consciência também caleja. Você cede aqui e mais para frente você se perde, não tem mais ideia do que é certo e do que é errado’.”

Pesquisas

“Nós não estamos trabalhando com pesquisa. (...) Pesquisa agora é uma tolice. Nós estamos aqui hoje como uma espécie de exército de Brancaleone, colocando para o partido intenções legítimas de lançar a discussão política. (...) Não há avaliação possível sobre os candidatos. Eles têm o efeito residual de suas participações em campanhas anteriores. Todo mundo sabe disso, o Serra, a Dilma. Se a eleição hoje fosse plebiscitária, entre Fernando Henrique ‘Lugo’ Cardoso e Lula, certamente o Lula ganharia a eleição.” (Requião fazia referência ao fato de FHC ter reconhecido recentemente um filho fora do casamento, assim como o presidente do Paraguai, Fernando Lugo)

Fonte: Gazeta do Povo

Transgressão continuada

Dora Kramer



Contrariando a impressão geral, o presidente Luiz Inácio da Silva não acha que as cenas do escândalo que mostra uma quadrilha de corruptos em ação em Brasília sejam autoexplicativas.

“As imagens não falam por si”, declarou o presidente, sem explicar por quem, então, falariam. A declaração não foi feliz, embora se entenda que na posição dele qualquer juízo mais rigoroso seria interpretado como incongruência em relação à posição sempre condescendente para com transgressões de toda natureza.

Uma exposição desnecessária a esse tipo de cobrança, visto que do ponto de vista político-eleitoral o serviço está feito, independentemente do julgamento do presidente. Justamente porque as imagens falam por si e Lula sabe disso.

Se pôde dizer que não sabia das atividades da organização – “criminosa” no dizer do Minis­­­tério Público – que atuava em seu próprio partido, sobre as falcatruas ocorridas na casa do adversário é que não tem mesmo a menor responsabilidade, embora pudesse talvez uma vez na vida censurar malfeitorias no lugar de procurar sempre amenizá-las.

Mas fato é que o abacaxi da vez cabe à oposição descascar. Pode fazê-lo com maior ou menor competência. A ala mais esperta do DEM sentiu logo o frio do perigo a rondar as respectivas nucas. Optou pela redução de danos, tratando de considerar as acusações “consistentes”, na expressão do prefeito Gilberto Kassab, e a situação do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, “insustentável”, na avaliação dos senadores Agripino Maia e Demóstenes Torres.

Não obstante os conselhos da voz da experiência, o partido preferiu chafurdar no pântano das evasivas. Consta que a cúpula teria ficado impressionada com a “firmeza” da defesa de Arruda e intimidada com a rudeza da ameaça de “radicalizar” com o partido caso o partido resolvesse radicalizar com ele. Vale dizer, expulsá-lo ou convidá-lo a se retirar.

As ameaças foram relatadas pelos participantes da reunião e, 24 horas depois, negadas. Ou seja, o DEM pôs panos quentes em uma tentativa de chantagem. Por parte de um correligionário com histórico de transgressão continuada. Há oito anos violou o sigilo do painel de votação do Senado.

Depois disso mentiu com direito a simulação de indignação de choro no plenário, além de juras em nome dos filhos. Em seguida, admitiu a fraude, declarou arrependimento e enganou o eleitorado do Distrito Federal a quem convenceu de que o episódio fora apenas um tropeço.

Eleito deputado e, na condição de parlamentar e candidato ao governo de Brasília, prevaricou ao distribuir alimentos em troca de votos. Governador eleito, prevaricou de novo ao se tornar herdeiro voluntário das operações escusas do antecessor Joaquim Roriz. Ao ponto de abrigar o operador – hoje denominado “o denunciante” – do esquema, dono de fornida folha corrida de processos, na Secretaria de Relações Institucionais.

Coisa que não pode ser chamada de ironia do destino por ser uma zombaria premeditada.

Governador em exercício, Arruda continuou prevaricando como se vê pela gama de corruptos filmados que o cercam no governo e na base parlamentar.

Ameaçado pelo tal secretário, Durval Barbosa, prosseguiu transgredindo, curvando-se à pressão do bandido e ao mesmo tempo permitindo que ele agisse, já que, se foi chantageado, sabia do conteúdo das potenciais denúncias.

Poderia, se pudesse ou quisesse, ter explodido o esquema. Acabou carbonizado por ele.

Isso posto e exposto, José Arruda não se deu por satisfeito. Depois de fraudar, mentir e prevaricar, partiu para a chantagem, ameaçando seu partido de cair atirando, revelando que os dutos de desvio de dinheiro público sob sua jurisdição haviam servido para irrigar outras paragens no cenário nacional.

Fosse apenas por isso, o DEM já não teria outra saída a não ser a expulsão. Sob pena de repetir a submissão de Arruda à chantagem de seu secretário de Relações Institucionais e acabar junto com ele habitando as profundezas do mar de lama.

Antes da reunião em que examinaria ontem a questão, o partido tendia a dar dez dias para o governador “se explicar”, alegadamente com receio de que a expulsão sumária pudesse dar margem a contestação judicial sob o argumento da supressão do direito de defesa.

Juridicamente pode até ser o mais prudente, mas politicamente são dez dias de hesitação, e esperança de que o caso “esfrie”, que destruirão os já abalados alicerces do partido.

E com eles as estruturas de quem estiver por perto.

Jurisprudência

A surpresa do presidente Lula pela inexistência de cópias piratas do filme sobre a sua vida poderia ser vista como uma brincadeira, não fosse o antecedente de ter requisitado um DVD clandestino para assistir a Dois Filhos de Francisco a bordo do avião presidencial, antes do lançamento oficial.

Fonre: Gazeta do Povo

Geddel ameniza tom contra Wagner

fernanda chagas

Em entrevista a uma rádio local, o ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima (PMDB) não perdeu a oportunidade de reforçar sua munição para a guerra instalada contra o PT baiano, após a Operação Expresso que resultou na prisão do ex-diretor da Agerba e membro do PMDB, Antonio Lomanto Netto. Contudo, o detalhe ficou por conta do discurso mais ameno, no que diz respeito à pessoa do governador Jaques Wagner.

Há poucos dias, o ministro disparou que “eu espero que ele (o governador) não me dirija à palavra”. Ontem, entretanto, afirmou que vai ter o governador como um adversário e não como inimigo. Geddel ainda voltou a rechaçar qualquer possibilidade de apoiar possíveis culpados. “Não estou aqui para defender. Cada um tem que dar suas explicações, seja do meu partido, seja próximo a mim. Quem estiver podre que se exploda, porque não é meu dever acobertar quem quer que seja”, disparou.

O ministro, por sua vez, não deixou escapar que um comentário feito pelo governador na última quinta-feira lhe causou extrema estranheza. “Se o governador soube das notícias, porque chamou os envolvidos para alertar? Ele não deveria dizer a ninguém e mandar a polícia investigar para dar um flagra. Será que foi para guardar armamento para chantagem futura? Isso causa dúvidas e macula a operação, que deve ser aplaudida e louvável”, ponderou Geddel em tom de indignação.

Por fim, o líder peemedebista reiterou que “todos os instrumentos devem ser utilizados para que se apure e se coloque as coisas de forma clara. É necessário que se consiga provas robustas para que as pessoas não sejam injustiçadas. Aconteceu um caso clássico aqui na Bahia, onde um prefeito do PT foi preso, Luis Caetano, e nada foi provado; hoje é o coordenador da campanha à reeleição do governador Jaques Wagner”, disse, complementando que “o inquérito não se sustenta em gravação dos próprios citados falando, mas na conversa de terceiros”.

Enquanto Geddel, ao menos aparenta mais cautela, o presidente estadual do PMDB, Lúcio Vieira Lima afirmou que um “Disque Denúncia” contra o governo petista será lançado nos próximos dias. “Até o final desta semana vamos lançar um número de telefone gratuito para receber as denúncias contra o PT”, colocou ainda mais lenha na fogueira o dirigente peemedebista.

Fonte: Tribuna da Bahia

A Folha começa a se desmentir sobre a calúnia contra Lula

A “liberdade de imprensa” na concepção dos barões da mídia brasileira tem dessas coisas. Primeiro, testam-se hipóteses, segundo o Manual da Globo. Se não der, publica-se um desmentido qualquer. Mas, provavelmente, o estrago que se queria está feito. Aconteceu de novo. Depois de publicar sem checar absolutamente nada um artigo calunioso e difamante contra o presidente Lula, assinado pelo ex-tudo César Benjamin, a Folha de S. Paulo vai atrás do imaginário “menino do MEP” e se desmente.

A maior vítima nessa história degradante não é Lula. É o eletricista João Batista dos Santos, ex-militante do MEP (Movimento de Emancipação do Proletariado), que esteve preso com Lula em 1980 durante a ditadura militar. Ele é o “menino do MEP” que, segundo o pirado César Benjamin – que não estava lá –, seria a pessoa a qual Lula teria tentado “subjugar” sexualmente na cadeia, aliás, cheia de gente. A segunda maior vítima é o jornalismo brasileiro, na UTI, moribundo.

Para sair do atoleiro moral em que se meteu, a Folha de S. Paulo foi atrás do “menino do MEP”. O antigo sindicalista achou “um horror” o artigo do calunista César Benjamin, que ele sequer conhece. Disse que a Folha deveria tê-lo procurado antes de publicar aquele artigo. Disse que os herdeiros da Folha não seguem o exemplo de vida de Octávio Frias de Oliveira: “Se ele estivesse vivo esse artigo não teria sido publicado”.

João Batista dos Santos tem 60 anos, é casado, tem oito filhos. Sua mulher Márcia Cristina disse que seu marido sempre falou bem de Lula e que nunca tinha ouvido relatos sobre sobre uma possível tentativa de abuso na prisão. Ela chamou o artigo de “baixaria” e disse temer que os filhos, em idade escolar, possam ser vítimas de chacotas por parte dos colegas.

Depois de publicar a calúnia de um desequilibrado atrás de 15 minutos de fama, a reportagem da Folha já ouviu seis dos 18 ex-presos que dividiram a cela com Lula e os sindicalistas presos em 1980. Nenhum deles disse ter presenciado qualquer tipo de violência.

Estão vendo no que dá fazer “jornalismo” como a Folha de S. Paulo faz?

O desmentido não é para esclarecer nada. É para se livrar de algum processo na Justiça, o que seria muito bem merecido.
# posted by Oldack Miranda - Bahia de Fato

A imprensa deve ou não fiscalizar falcatruas dos políticos?

Eu concordo com a idéia segundo a qual a imprensa deve fiscalizar os poderes da República. Os jornalistas e proprietários da mídia não têm mandato para isso, mas, podem contribuir e muito para a moralização da política. Mas, há episódios que me confundem sobre o papel da imprensa.

Como é que pode um Jânio Lopo, da Tribuna da Bahia, não aplaudir a Operação Expresso, as prisões dos larápios, a desmontagem de um propinoduto do PMDB da Bahia?

Leiam a manchete da Tribuna da Bahia de hoje ((01.12): “Deputado esconde propina na meia”. Não é uma boa manchete? A manchete é continuação do escândalo do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, do DEM. Como não aplaudir a Tribuna da Bahia? Agora, o que se exige é igual tratamento ao escândalo do propinoduto do PMDB da Bahia. Leiam o artigo do “jornalista” Luiz Holanda na Tribuna da Bahia. Ele defende os larápios e condena a Operação Expresso, muito bem conduzida, do ponto de vista tanto legal, quanto operacional.

Serão os jornalistas simpatizantes do crime de colarinho branco? Custo a acreditar nisso. Acredito mais que sejam opiniões de simpatizantes do PMDB.

São bizarras as declarações do ministro Geddel Vieira Lima, sobre a limpeza que a Operação Expresso realizou. Ele acha que qualquer iniciativa para se combater fraudes e mau uso do dinheiro público deve ser aplaudida. Mas, aplaudida não porque a polícia agiu e descobriu os propineiros da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transporte e Comunicações (Agerba), e sim porque “revela os novos métodos do governo Wagner”. Métodos que ele condena porque se utilizam de grampos telefônicos. Ops.

Aliás, Geddel Vieira Lima não tem outra saída senão atacar. A defesa é impossível. Como justificar o recebimento de R$ 400 mil em propinas de parte de integrantes do PMDB? Não há como justificar. Há provas. Então, vai-se ao ataque. Faz cara de gente séria, indignada, e exige investigações no Palácio de Ondina. Com a ajuda de alguns amigos na imprensa.

Mas que história da Carochinha, sô. A observação vale para Jânio Lopo, Luiz Holanda e Geddel. Mesmo que fosse ilegal (o que não é), mesmo que tivesse motivação política (o que até pode ser), mesmo que tivesse crime para ser apurado no governo (como inventa Geddel), ainda assim permanece uma questão essencial: Os integrantes do PMDB baiano receberam propinas de empresários, formaram uma quadrilha. Devem ou não devem ser presos e processados?

O deputado Zé Neto (PT) tem razão. O PMDB quer desviar a atenção ao apresentar representações na PGR contra o governo Wagner. E depois, pode acabar dando um tiro no próprio pé.

Ouvi Geddel Vieira Lima na Rádio Metrópole. Impossibilitado de aplaudir a competência da polícia civil da Bahia, parte para represálias, ataques a Wagner, como se crime de colarinho branco fosse tema de bate-boca de palanque e não uma questão policial.

“(...) Geddel silencia sobre os indícios de participação de seus correligionários do PMDB no esquema”.

A frase é da reportagem do Correio, ao final da matéria “Apoio de deputado para reajuste nas passagens”.

Os corruptos do PMDB estão deixando Geddel em dificuldade. Assim como o corrupto do José Roberto Arruda, de Brasília, está deixando o DEM em dificuldade.
Fonte: Bahia de Fato

Veja como fica seu benefício com a nova tabela do INSS

Juca Guimarães
do Agora

Com a nova expectativa de vida do brasileiro, de 72,9 anos, divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o segurado do INSS terá de trabalhar até dois meses e meio a mais para obter o mesmo valor de aposentadoria. O cálculo é do consultor previdenciário Newton Conde.

Isso porque entrou em vigor uma nova tabela do fator previdenciário, índice que reduz a aposentadoria e considera no cálculo a expectativa de vida, o tempo de contribuição e a idade do segurado. Sempre que a expectativa de vida sobe (passou de 72,6 anos para 72,9 anos), aumenta a redução do benefício.

Fonte: Agora

Não acontecerá nada

Carlos Chagas

Dos sete casos e sete incisos do artigo 34 da Constituição que justificam a intervenção federal, nenhum se aplica à lambança verificada no Distrito Federal, revelada pela operação Caixa de Pandora. O que mais se aproxima prevê a medida para “pôr termo a grave comprometimento da ordem pública”. Mesmo assim, seria contestado por qualquer aluno do primeiro ano da Faculdade de Direito, pois a reação do povo de Brasília à lambança de seus governantes limitou-se ao gesto de um cidadão envergando um nariz de palhaço, diante da residência do governador Arruda. A população daqui parece anestesiada, como de resto em todo o país, já que a corrupção tornou-se rotina na prática de todos os governos.

Mas nem será por isso que a intervenção federal deixará de ser aplicada. O Brasil inteiro está podre, em se tratando dos governantes. Raríssimos são os governadores e prefeitos imunes a cobrar comissões de não menos podres empresários interessados em conseguir contratos ilegítimos e irregulares com o poder público.

Acresce não estar o governo federal nem aí para mais esse escândalo. O máximo que se ouviu foi o comentário do correto vice-presidente em exercício, José Alencar, esperando que todas as denúncias sejam apuradas e os responsáveis, punidos severamente. Punidos como, meu santo? Serão os lambões a julgar a lambança. O governador dispõe de ampla na Câmara Legislativa encarregada de afastá-lo, além de se registrarem pelo menos nove deputados distritais flagrados recebendo dinheiro irregular enviado por empresários. No Tribunal de Justiça, três desembargadores tiveram seus nomes relacionados com a maracutaia, conforme degravações da Polícia Federal. E quanto a esperar que José Roberto Arruda, no Executivo, limpe o esgoto, nem pensar. Ou ele não é acusado como articulador e chefe da quadrilha?

Levantou-se uma réstea, apenas, do tapete de podridão, pois todas as denúncias referem-se às relações criminosas dos donos do poder com empresas prestadoras de serviços de informática. E quanto às que cuidam dos transportes públicos? Da construção civil? Das telecomunicações? Das obras de infra-estrutura? Da saúde, da educação, da alimentação e de tudo o mais?

A conclusão surge trágica: não interessa a ninguém o afastamento dos bandidos, quaisquer que sejam e onde estejam. Ficará tudo como está. Não acontecerá nada.

Sucessão de pernas para o ar

Um efeito, pelo menos, parece previsível nessa crise que assola Brasília: o governador José Roberto Arruda perdeu as condições de reeleger-se, ano que vem. Nem legenda conseguirá, mesmo na hipótese de não ser expulso do DEM, aberta com a ameaça de revelar movimentos escusos do partido.

Espera-se para os próximos dias a revelação de irregularidades iguais verificadas no governo anterior, de Joaquim Roriz, que vinha crescendo nas pesquisas como candidato a retornar pela quinta vez ao lugar já ocupado.

Sendo assim, aguarda-se o aparecimento de outros candidatos. O PT, o PC do B, o PMDB, o PDT e o PSDB reavivaram suas esperanças. Serão os salvados do incêndio. Geraldo Magela, Agnelo Queirós, Cristóvan Buarque e outros já se posicionam.

Como custa saltar de banda

Rumores circulam a respeito de o Brasil sair de mansinho da trapalhada em que nos envolvemos em Honduras. Está difícil, mas é a única solução. Afinal, por que contestar as eleições lá realizadas, mesmo se tiverem sido desonestas? Adiantará alguma coisa o Itamaraty deixar de reconhecê-las? Continuar negando validade ao pleito seria o mesmo que a República de Bonga-Bonga, ou de Songa-Monga, insurgir-se contra a reeleição do Lula, em 2006.

Melhor faríamos se mandássemos embora de nossa embaixada o ex-presidente Zelaya, ainda por cima levando a conta de sua hospedagem e alimentação às nossas custas, por todo esse tempo.

A moda vai pegar

A Câmara de Vereadores de São Paulo confirmou em parte o assalto que o prefeito Kassab se propõe realizar contra o bolso dos paulistanos, elevando o IPTU muito acima da inflação. O reajuste não chegará aos 60% pretendidos, mas, mesmo assim, ultrapassará de muito o aumento do custo de vida e, em especial, dos salários. Ninguém se espante caso a moda venha a pegar em outras capitais e grandes cidades onde os respectivos prefeitos afiam as garras. Até mesmo em Brasília…

Fonte - Tribuna da Imprensa

Prestes, mito, lenda e legenda

Capitão aos 23 anos, pediu demissão do exército, foi EXPULSO 10 ANOS depois. Uma vida de convicção e sacrifício.

Respondendo a muitos que postaram notas sobre os 74 anos da Revolução Comunista de 1935 (principalmente Edson Carvalho e Antonio Santos Aquino), devo esclarecer a posição do Capitão Luiz Carlos Prestes e a minha posição em relação a ele.

Sempre foi de pura admiração. Essas duas palavras que estão no título se adaptam perfeitamente a ele, como militar e como civil. Jamais fez concessão, nunca negociou convicções em troca de favores ou benefícios. Era tão sincero, autêntico e de tanta credibilidade que chegava a ser inacreditável.

Como eu contei e é fato histórico, Siqueira Campos e João Alberto foram a Montevidéu convidá-lo para liderar, chefiar e comandar a Revolução de 30. Prestes só aceitaria se fosse comunista. Poderia ter aceitado, assumido o Poder com a vitória e depois tentar mudar os rumos dessa vitória. Prestes não, seu padrão e seu comportamento eram inflexíveis.

Minhas diferenças e divergências com Prestes eram mais do que compreensíveis. No dia 25 de março de 1981, tivemos um grande debate, eu e ele, na Faculdade do Campo de Santana, no CACO. Lotadíssimo, quase não podíamos falar, a parte prestista maior do que a que me apoiava, o que é mais do que natural. Ele já era a grande figura de sua geração e de várias gerações, personagem da própria História do Brasil.

Estou citando o 25 de março de 1981, porque é uma data inesquecível para mim e para a Tribuna da Imprensa. Saí do Caco por volta das 23:30, fui para casa. Quando eram 4 horas da manhã me acordaram, a Tribuna havia sido destruída pela ditadura. (Estou lembrando os dados e a data, qualquer um pode verificar no arquivo da famosa e histórica Universidade).

Aquino citou o general Cordeiro de Farias,outra grande figura, amicíssimo do repórter. Em 1963, (no que se dizia em “plena democracia”) fui preso por ordem do Ministro da Guerra, Jair Dantas Ribeiro. Motivo: publiquei uma circular secreta, que o ministro mandou apenas para 12 generais, “confio nesses”. Um deles, Cordeiro de Farias me deu o documento sigiloso, que publiquei no dia seguinte. Preso no mesmo dia, meus advogados, Sobral Pinto, Adauto Lucio Cardoso, Prado Kelly e Prudente de Moraes, neto, foram procurados pelo próprio Cordeiro de Farias, que disse a eles: “Quem deu o documento ao Helio fui eu, não sabia que ia ter essa repercussão. Os senhores estão autorizados a revelar esta confissão”.

Eu estava incomunicável, quando meus advogados conseguiram falar comigo (por ordem do bravo e ínclito Ribeiro da Costa, presidente do Supremo), me contaram a conversa deles com Cordeiro de Farias. Recusei qualquer conhecimento com o general, resisti aos apelos para que reconhecesse a participação dele, isso nem passava pelo meu pensamento. Como poderia “entregar” uma fonte, mesmo com a autorização dela?

Fui julgado, pediram 15 anos de prisão para o repórter (enquadrado na Lei de Segurança), fui absolvido, mas por 5 a 4, no voto de desempate do presidente Ribeiro da Costa.

Para terminar com a independência e grandeza de Prestes. Em 1924, foi EXPULSO do Exército ao qual já não pertencia há quase 10 anos. Esse é o homem LENDA e MITO, cuja história foi quase sempre deturpada.

Só fui reencontrar Prestes em 1987 em Cuba. Nada ideológico, era apenas um extraordinário Seminário sobre DÍVIDA EXTERNA, com 4 mil participantes da América do Sul e Central. Do Brasil, 61 convidados, incluindo o próprio Lula. Desses 61, só dois ocuparam a tribuna: Prestes e este repórter.

Ideologia à parte, Prestes é dos maiores personagens brasileiros. Com a chamada “Coluna Prestes”, passou a ídolo nacional, adorado e admirado por milhões que nem sabiam o que era comunismo.

* * *

PS- 10 anos depois jogava tudo fora, passava 10 anos na prisão, somando 20 anos, (de 1926 a 1946) foi o brasileiro mais torturado de todos os tempos. Não cedeu o mínimo que fosse, achou que devia apoiar o ex-ditador, não hesitou um segundo. Do ponto de vista normal, era uma atitude incompreensível. Mas Prestes não ligava para isso.

PS2- Era insensato, sem dúvida, mas era Luiz Carlos Prestes. O mais generoso, desprendido e grandioso personagem que conheci. A ambição costuma levar os homens à perdição. Prestes se perdeu, precisamente por não ter ambição.

Greve dos servidores do Judiciário Federal completa 10 dias

Redação CORREIO


Em assembleia geral realizada nesta terça-feira (1º), os servidores do Poder Judiciário Federal na Bahia decidiram mais uma vez manter a greve por tempo indeterminado. A categoria reivindica que o projeto de revisão de cargos e salários dos funcionários, além da equiparação salarial com o legislativo, seja enviado logo ao Congresso.

Os processos trabalhistas na área federal e os serviços nos cartórios eleitorais estão sendo prejudicados pela greve do judiciário iniciada no dia 18 de novembro. Contado os dias úteis, a paralisação completa 10 dias hoje. Uma nova assembleia será realizada na sexta-feira (4), na JEF (CAB), às 14h.

Segundo os servidores, atualmente o presidente do STF, Gilmar Mendes, está com o projeto de revisão, a proposta do CNJ (que não foi aceita pela categoria) e uma contra-proposta feita pelo diretor de RH do STF, Amarildo Vieira, para analisar.

Fonte: Correio da Bahia

Oito marcas de protetor solar em loção não são resistentes à água

Redação CORREIO


Dez marcas de protetor solar em loção vendidas no Brasil foram avaliadas através de pesquisa da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste). No total, cinco não são resistentes quando expostas ao sol. Os produtos Nivea e Sundown, por exemplo, perdem até 50% do FPS quando expostos a radiação durante uma hora.

O FPS é responsável pela proteção aos raios UVB, que provocam câncer de pele. Das dez marcas avaliadas, oito também foram reprovadas por não resistir à água ou não bloquear raios UVA, ligados ao envelhecimento da pele. Segundo a Agência Estado, apenas os protetores L'Oréal Solar Expertise e o Cenoura & Bronze foram aprovados na avaliação.

No teste de fotoinstabilidade, o fator de proteção dos produtos foi medido antes e depois da exposição a uma temperatura de 40ºC. As marcas Avon, La Roche-Posay, Nivea, Banana Boat e Sundown foram reprovadas. Todos os protetores em loção analisados são de fator 30. Após uma hora de uso, eles caíam para FPS 15.

As oito marcas de protetor solar reprovadas discordam do resultado e informaram que os produtos são submetidos a testes científicos antes de serem comercializados. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realiza os testes antes da liberação para o comércio.

Fonte: Correio da Bahia

CNJ apura ligação entre Arruda e desembargadores

Agência Estado

A Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu ontem um procedimento para investigar se três desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ) do Distrito Federal participaram do esquema que ficou conhecido como "mensalão do DEM" no governo de José Roberto Arruda. Em nota divulgada no início da noite, o CNJ afirmou que o conselheiro Ives Gandra encaminhou ofício ao presidente do TJ, Nívio Gonçalves, determinando que os desembargadores Getúlio Pinheiro Sousa, Romeu Gonzaga Neiva e José Cruz Macedo prestem informações num prazo de 15 dias. Os nomes dos três foram citados em gravações da Operação Caixa de Pandora.

A investigação levanta suspeitas de uma relação entre integrantes do governo e do TJ. Em conversa gravada no dia 21 de outubro pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, Arruda e seu chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, revelam a ele um jogo de troca de favores com desembargadores e não escondem a pressão feita em relação a processos de interesse deles.

Num diálogo, Maciel conta que o desembargador José Cruz Macedo pediu para que um sobrinho médico fosse transferido de um hospital da periferia para um central, de grande porte. Arruda comenta ainda com Barbosa a pressão sobre o TJ em relação a um processo de interesse do governo. Ele não conta, na conversa, o conteúdo dessa ação. Um desembargador chamado "Romeu", segundo o governador, teria se "comprometido com o mérito". No tribunal, há apenas um desembargador com esse nome: Romeu Gonzaga Neiva.

Em conversa com Barbosa, Geraldo Maciel comentou ainda a reação dos magistrados a uma inspeção do CNJ dias antes desse encontro gravado. "Tá todo mundo com rabo preso, rabo entre as pernas", disse. "Foi um negócio violento."

Procurada, a assessoria de imprensa do TJ informou que até as 20 horas de ontem o ofício do CNJ não tinha chegado ao tribunal, mas as informações serão prestadas e divulgadas. Ainda segundo a assessoria, os três desembargadores citados no ofício do CNJ votaram a favor do recebimento de denúncia contra Barbosa. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Fonte: A Tarde

Arruda ameaça DEM e diz que não deixará o partido

Agência Estado

Três dias depois de revelado o escândalo do pagamento de "mensalão do DEM" e após três reuniões da cúpula do partido, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, reagiu com ameaças à pressão para deixar a legenda. Num encontro com os dirigentes nacionais do DEM, na residência oficial de Águas Claras, Arruda devolveu a pressão feita pelo senador Demóstenes Torres (GO), que propôs à direção partidária sua expulsão sumária. "Se vocês radicalizarem comigo, eu radicalizo", avisou.

No fim de semana, ele já havia prevenido interlocutores do partido de que não se calaria caso fosse expurgado. Nessas conversas, disse claramente que revelaria os recursos que saíram do Distrito Federal para várias campanhas municipais do DEM, incluindo a da Prefeitura de São Paulo, hoje administrada por Gilberto Kassab.

O governador também se negou a tomar a iniciativa de pedir desligamento do DEM. "Eu me recuso a aceitar o desligamento", afirmou. "Seria o reconhecimento antecipado de culpa e eu tenho defesa. Acho que tenho condições de mostrar minha inocência e ganhar as eleições." No início da noite, Arruda reforçou essa posição com um pronunciamento de sete minutos, no qual apresentou sua defesa e afirmou: "Estamos firmes, vamos até o fim."

A resistência de Arruda surpreendeu os integrantes do DEM presentes ao encontro. Antes da reunião, a expectativa era pela saída imediata do governador a fim de evitar a contaminação política de todos os seus companheiros de partido. Na visão geral, os vídeos e áudios gravados pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa formavam um conjunto de evidências tão pesado que não seria possível dissociar o DEM de todo o problema.

Consenso

Os dirigentes se reuniram a sós, antes de conversar com o governador, justamente com o objetivo de afinar o discurso para sua degola. A reação de Arruda foi tão firme que os dirigentes tiveram de fazer nova reunião a fim de tentar montar alguma estratégia.

Não conseguiram. Especialmente por estarem amarrados ao estatuto partidário que não prevê nenhuma punição sumária que elimine um longo e desgastante processo com amplo direito de defesa. Outro problema é que nem mesmo entre os sete participantes da reunião de ontem há consenso sobre o que fazer para blindar o partido. Hoje, a Executiva Nacional vai se reunir às 17 horas em busca de uma solução para o impasse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: A Tarde

Cassação de José Roberto Arruda já prescreveu

Mesmo que venha a ser comprovado o esquema de propina envolvendo o governador José Roberto Arruda (DEM) e seu vice, Paulo Octávio, no Distrito Federal, investigados na operação batizada como Pandora, da Polícia Federal, eles não podem mais ser cassados. De acordo com o portal UOL, a punição, nesse caso, só pode ocorrer na esfera penal.

Segundo especialistas em direito eleitoral, não há mais como entrar com pedido de cassação do mandato do governador e vice, passado o prazo previsto na lei eleitoral, de 15 dias a partir da diplomação. "Teria que ter entrado com a ação no prazo, como no caso de Jackson Lago [governador cassado do Maranhão]", diz Alberto Rollo, advogado especialista na área.

"Isso não significa impunidade", considera Ricardo Penteado, também especialista em direito eleitoral. O advogado prefere não analisar o caso concreto, mas, afirma que, em tese, o tipo de ilícito cometido deve ser enquadrado na esfera penal.

"Quando se elege um candidato, cria-se uma relação de direitos. Então, não é só uma questão de mandatário, mas também de mandante. Se o eleito é cassado, a voz de todos que o elegeram também é. Não estou dizendo com isso que defendo a impunidade. Mas uma coisa é cassar o mandato, e outra, é punir este alguém", avalia. "No caso de Jackson Lago, o ilícito teve a ver com a questão eleitoral, houve a discussão sobre a interferência do ato no resultado das eleições. E o recurso foi interposto no prazo", complementa.

Na esfera penal, deputados distritais podem ter de responder processos por crimes como corrupção ativa e passiva, com penas de reclusão, e ainda serem enquadrados na Lei de Improbidade Administrativa, que prevê inelegibilidade, multa e devolução de valores. "Pode ocorrer exatamente como o caso do mensalão, em que todos respondem criminalmente", diz Rollo. "Ele [Arruda] vai cair no crime comum", conclui.

"Quanto a comprar panetone para distribuir aos carentes [alegação de Arruda no sábado, depois da divulgação de vídeo em que ele aparece recebendo um pacote de dinheiro], também não adianta usar como argumento. As crianças não votam, mas os pais das crianças votam. E isso é compra de voto", completa o advogado.

Impeachment
O pedido de impeachment anunciado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) do DF, por outro lado, pode vingar. "O impeachment, como a palavra diz, é um impedimento, e não cassação. Ele nada tem a ver com a questão eleitoral. Tem a ver com o desempenho das funções no exercício do cargo. Então, se esse for o caso, vai-se operar não a reeleição, mas a sucessão", analisa Penteado.

Rollo destaca, porém, o viés político desse tipo de decisão. "Entidades podem entrar com o pedido, mas a decisão cabe à Assembleia Legislativa. Muitas vezes, não vai a lugar nenhum", afirma, citando o caso da governadora, Yeda Crusius (PSDB), que teve o pedido de impeachment arquivado no Rio Grande do Sul.

Como, nesse caso, o próprio presidente da Câmara Distrital está envolvido, é possível que se alegue a suspeição de parlamentares para julgar o pedido de impeachment. "Se alguém entrar em corrupção passiva, tem que ser afastado", defende Rollo.


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