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quarta-feira, março 11, 2009

Jarbas acusa Sarney de não mostrar a verdade dos fatos

Estado

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) voltou hoje à tribuna para denunciar que sua vida estaria sendo devassada por espiões e para acusar o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de não "retratar a verdade dos fatos". Segundo o pernambucano, Sarney distorceu as suas declarações à Revista Veja no ofício enviado ao Ministério Público e ao Ministério da Justiça, em que solicita investigações sobre a "arapongagem" denunciada por Vasconcelos. Diante de um plenário vazio, com apenas nove senadores, Vasconcelos afirmou que "em momento algum" declarou ter denunciado uma investigação contratada por integrantes do PMDB. Em entrevista à Veja, o senador pernambucano disse que teria sido alvo de espionagem. Vasconcelos também se disse surpreso com a agilidade de Sarney em acionar o Ministério Público e o Ministério da Justiça para apurar as suas denúncias. No discurso, Vasconcelos pediu que Sarney mande apurar com a mesma agilidade outros episódios de espionagem que ocorreram no Senado. Ele citou textualmente casos envolvendo o senador Renan Calheiros (AL), atual líder do PMDB.Como no momento do discurso a bancada do PMDB estava reunida, a resposta às acusações de Vasconcelos só vieram uma hora mais tarde. O senador pernambucano não estava mais no plenário. Sarney rebateu às críticas de Vasconcelos e garantiu que, em nenhum momento, escreveu no ofício encaminhado ao Ministério da Justiça e ao Ministério Público que o pernambucano teria afirmado que o PMDB contratou uma empresa para espioná-lo. Segundo Sarney, o ofício apenas reproduziu informações transcritas da Veja. Citado por Vasconcelos, Renan Calheiros também fez questão de responder ao senador. O líder peemedebista pediu para que Vasconcelos "não apequene" as denúncias, conforme prometeu em seu discurso na semana passada. "É importante que o senador Jarbas Vasconcelos cumpra o prometido. Senão vamos ter de voltar para discutir esses problemas, que são problemas menores. Essa agenda não ajuda o Brasil", disse Renan.
Fonte: A Tarde

Sem-terra usam ônibus de prefeituras em protesto

Agencia Estado


O cerco às finanças dos sem-terra levou o movimento a recorrer ao apoio de prefeitos e políticos do interior para transportar seus militantes aos protestos em Brasília. Em concentração ontem na frente do Supremo Tribunal Federal (STF), dois grupos usavam ônibus com logotipos das prefeituras de Crixás e Piranhas, no oeste goiano.Crixás é governada pelo tucano Olímpio César de Araújo Almeida, que não vê nenhum mal em ceder o ônibus. O secretário de Planejamento, Osvanir Rocha, o Tuquinha, disse que o veículo foi cedido mediante contrato de contrapartida previsto em lei municipal. ?É um bem público para servir à comunidade. Não houve desvio de função.? Tuquinha disse que a prefeitura não apoia invasões ou destruição de patrimônio e, por isso, vai pedir explicações aos líderes hoje. ?Se tiver alguém de Crixás envolvido em vandalismo, vamos tomar providências.? O prefeito de Piranhas, Samuel Rodrigues (PMDB), negou ter cedido ônibus ou dado ajuda aos sem-terra. Sua assessoria alegou que o ônibus usado no protesto é de um particular, que tinha contrato com a gestão anterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. /A Tarde

terça-feira, março 10, 2009

De Sanctis acusa a Veja. Imprensa não substitui justiça

"Trabalho sujo" da justiça & governos

A hipocrisia da Igreja Católica no Dia Internacional da Mulher

De Berna, Suíça, de onde escreve para o site Direto da Redação, o jornalista Rui Martins manifesta repúdio à Igreja Católica, que excomungou a mãe de uma menina de 9 anos, que engravidou depois de estuprada pelo padrasto. O Vaticano ratificou a excomunhão, que incluiu a equipe médica. A hipocrisia da Igreja Católica não tem limites.“As mulheres brasileiras deveriam colocar no altar das homenagens ao Dia Mundial da Mulher essa decisão clerical digna da Idade Média, quando as mulheres eram queimadas em praça pública, suspeitas de feitiçaria, seja por olharem os homens de frente, seja por gozarem mais de uma vez, seja por gritarem de prazer no coito e não pedirem perdão e nem se benzerem por tanto fogo infernal, do qual não deixavam participar seu confessor”.”O arcebispo de Olinda e Recife (...) queria que a menina de nove anos desse à luz, o que poderia provocar sua morte, para nascerem os gêmeos concebidos numa violação, que seriam órfãos de mãe e filhos de um estuprador na prisão. Onde a chamada piedade cristã, o amor, o respeito à dignidade humana ? Não se trata de um desvio sádico?”Mulheres de todo mundo, uní-vos contra a mentira e a enganação.
QUER LER NA ÍNTEGRA?
Fonte: Bahia de Fato

Blogueiros independentes, mentiras e mistificações da mídia

Um jornalista da Band disse que o blog Dilma13 é uma antecipação de propaganda eleitoral. Não é verdade. Mas a mídia está antecipando a propaganda eleitoral há muito tempo.Não há lei que impeça blogueiros independentes de falar sobre qualquer ministro do governo, sobre sua atuação no governo, sobre o que ele está fazendo de bom para país, para o povo. Não há lei que impeça qualquer blogueiro de elogiar um trabalho bem feito, assim como de criticar quem tenha um péssimo desempenho. Nós, blogueiros independentes do blog Dilma13, tentamos fazer um contraponto com a mídia do stablishment, do PIG, como a Folha tucana, que recebe dinheiro de governos estaduais, como o de SP, pela propaganda de estatais em suas páginas. O jornalismo deveria ser imparcial. Nós, blogueiros independentes, podemos ter lado, podemos como cidadãos, dar a nossa opinião, podemos falar da nossa preferência eleitoral, política, partidária. Se a Folha pode falar do PSDB, pode falar das inaugurações do Serra, dos conchavos políticos do PSDB para 2010, por que nós temos que nos calar, por que não podemos falar do PT e da mais que provável candidata do PT, a ministra Dilma? Porque a mídia oficial quer que o eterno candidato Serra seja eleito em 2010. A mídia oficial, a Band entre elas, é contra o governo Lula, contra os programas sociais, contra os políticos e candidatos do PT, e não quer que blogueiros independentes atrapalhem os seus planos nefastos de colocar o PSDB/DEM no poder. Disse o jornalista da Band que somos "profissionais", insinuando que somos "contratados" para fazer os blogs. Ledo engano de um jornalista incompetente (ou mal intencionado): nenhum dos editores do blog recebe um centavo que seja do governo, de partido ou de políticos, de ninguém, para manter o blog. Somos apenas cidadãos conscientes que desejam o melhor para o Brasil e para o povo brasileiro: não queremos ver o PSDB/DEM destruindo tudo de bom que foi construído no governo Lula.Jussara Seixas Daniel PearlBlog da Dilma Presidente
Fonte: Bahia de Fato

O suicídio do Vaticano, assassinato da própria fé

Por: Helio Fernandes

Logo no título fiz questão de responsabilizar o culpado maior e verdadeiro dessa excomunhão que estarreceu o mundo. E concluir identificando imediatamente os efeitos destruidores e devastadores sobre a própria Igreja Católica.
Para Bento XVI, individualmente, é mais um equívoco colossal, dos muitos que vem praticando. O mundo católico se surpreende e se desespera com os seguidos erros do papa, quase todos provocados pela arrogância. Que é um pecado capital em qualquer pessoa, e uma ignomínia ainda maior no chefe da Igreja, pretenso e suposto porta-voz de Deus.
Coletivamente, a Igreja, em queda acentuada há muito tempo, planta mais descrença, espalha mais desesperança, acentua o descompasso entre a cúpula e os católicos verdadeiros e praticantes.
Ainda não se passou um mês da decisão totalmente imprudente de Bento XVI, reabilitando aquele que negou o Holocausto. Bento XVI voltou atrás, disse que não estava bem informado.
Agora não pode repetir o gesto do desmentido e da omissão, pois teria que fazer uma longa pregação, tão longa quanto os erros e equívocos praticados.
O medíocre e desconhecido dom José Cardoso sozinho não teria o mínimo de condições para praticar tantas exorbitâncias. Relacionemos separadamente os atos amaldiçoados que cometeu. Assim, será mais fácil condená-lo e compreender a condenação desse arcebispo, apoiado pela alta cúpula do Vaticano, mas repudiado pelos católicos, estes sim, representantes legítimos da Igreja.
1 – Excomungou toda a equipe médica.
2 – Aplicou a pena máxima da Igreja, para a mãe da menina.
3 – Inocentou o padrasto, afirmando que “o estupro é menos grave”, esquecendo que tudo começou com ele. Não fosse o estupro praticado covardemente em casa, nada teria acontecido. Com a decisão do Vaticano (colocada servilmente como “execução” do arcebispo) da excomunhão geral, os católicos mais do que fiéis deixaram de entender (e de seguir) as razões do comando da Igreja, decisão vinda diretamente da Santa Sé.
O estupro é um dos atos mais repulsivos e repugnantes. Cometido por um padrasto, indefensável. Atingindo uma menina de 9 anos, inexplicável. Indo até o fim na violação convicta e compenetrada, a ponto de engravidar a menina, inconfessável. Não só perante Deus, mas também no tribunal da opinião pública. E da Justiça.
Só que essa monstruosa combinação de crimes não foi julgada por nenhum tribunal jurídico e sim no tribunal da própria Igreja. Que se igualou ao estuprador, tão violenta quanto ele, tão desigual apesar de pregar a igualdade.
A culpabilidade do arcebispo, a ratificação feita pela CNBB, todos cumprindo ordens absurdas e pecaminosas do Vaticano, felizmente tiveram protestos e revoltas compensatórios da parte de órgãos e de cidadãos.
Em primeiro lugar, aplausos para a veemência e decisão instantânea da Comissão Nacional de Medicina, defendendo os médicos que apenas trabalhavam, cumprindo missão legalíssima.
A opinião pública, composta de cristãos e católicos, também merece elogios. Preservaram sua fé, mas não perdoaram os atentados.
E o próprio presidente Lula dessa vez não se omitiu, criticou a excomunhão. Poderia ter sido mais duro e mais autêntico, colocando as críticas no âmbito do próprio Vaticano-Santa Sé. Como esta é um Estado, Lula estaria responsabilizando de igual para igual. Mas pelo menos Lula, nesse caso raro, merece elogios.
Faltou a palavra de um magistrado do mais alto escalão, enquadrando o arcebispo e membros da CNBB, em crimes passíveis de punição. O aborto é legal no Brasil em muitos casos, principalmente em estupros com perigo de vida.
Acredito que os jornalões (sempre voltados para eles mesmos) deixaram o profissionalismo jornalísticos de lado e não ouviram ninguém, digamos logo, do Supremo. Muitos teriam falado, até mesmo os 11 membros da mais alta e definitiva corte, que estariam identificando crime grave. E apontando a punição não só para o estuprador, mas também para aqueles que o apoiaram.
PS – Houve um tempo, em que este repórter, apaixonado por oradores (principalmente os sacros), percorria igrejas, tentando descobri-los e ouvi-los. (Quase sempre em companhia de Gilberto Marinho, então presidente do Senado, grande figura.)
PS 2 – Hoje, esses oradores sacros estão em falta, os que falam nas igrejas são medíocres, cansativos e monótonos. Essa ausência no chão da Igreja alcançou o ponto mais alto, sem lideranças no próprio Vaticano. Está aí a explicação da queda violenta da Igreja Católica. Parece que sobrou apenas a liturgia, luxuosa e caríssima, embora belíssima.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Prefeituras terão que cortar imposto para se beneficiar

BRASÍLIA - As prefeituras terão de concordar com o corte de impostos sobre a casa própria para entrar no programa federal que tem como meta contratar a construção de 1 milhão de unidades até 2010. O Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), que é de 2% a 3%, terá de ser cortado à metade. O Imposto sobre Serviços (ISS), que é da ordem de 2% a 5%, terá de ser reduzido a 0,1%. Os prefeitos terão de assinar um termo de adesão, concordando com os benefícios tributários, para que a Caixa aprove projetos para o município. A redução vale para imóveis destinados a famílias com renda de até 10 salários mínimos.
A exigência foi explicada ontem pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, em reunião com prefeitos de capitais. A proposta não encontrou resistência nem na oposição. "Em Curitiba já agimos assim e não vamos medir esforços para ampliar a oferta de moradias populares", disse o prefeito Beto Richa (PSDB). "Não se trata de renúncia de receita, porque sem o programa essas casas não seriam construídas", afirmou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB).
Segundo Raul Filho (PT), prefeito de Palmas, as prefeituras serão uma espécie de organizadoras do projeto. Caberá a elas organizar os cadastros das famílias com renda de zero a dez salários mínimos (R$ 4.6500,00), que receberão casas com prestações subsidiadas. Dilma reafirmou aos prefeitos que na faixa mais baixa, até três salários mínimos (R$ 1.395,00) as mensalidades serão mesmo da ordem de R$ 15,00 a R$ 20,00, como antecipou o Estado na semana passada.
Para acelerar a construção de casas, a Caixa poderá iniciar projetos sem licitação, segundo explicou Beto Richa. Isso é possível quando o terreno não pertence à União, Estado ou município, e sim a terceiros. Se houver um entendimento entre o dono do terreno, a construtora, a Caixa e a prefeitura, a licitação pela Lei 8.666 é dispensada.
Mulher
Tal como o Bolsa Família, os financiamentos do pacote da habitação serão concedidos preferencialmente a mulheres. "Acho um passo essencial na questão de estruturação de famílias", disse Dilma, durante o seminário que comemorou os 25 anos do programa nacional de saúde feminina. "É essencial que o financiamento e o acesso à moradia sejam prioritariamente dados à mulher."
Sorridente, vestindo um terninho roxo, Dilma passou rapidamente pelo evento num intervalo de uma série de reuniões com governadores e prefeitos para discutir o pacote da habitação. Logo pela manhã, ela reuniu-se com os governadores de Tocantins, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Em seguida, foi a vez de Espírito Santo, Ceará, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás. À tarde, estiveram no Planalto 52 prefeitos, incluindo todos os de capitais e dos municípios com mais de 300.000 habitantes, em duas rodadas de conversa.
Aos estados, ela pediu a doação de terrenos e a redução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado sobre o material de construção. O governador do Ceará, Cid Gomes, disse que está disposto a isentar os produtos que forem usados no programa e afirma que não terá perda de arrecadação com isso. "Dezessete por cento de zero é zero", disse. "Se não houver estímulos o programa não acontecerá e portanto não haverá arrecadação de impostos."
Após o pacote, o seguro de financiamento deverá ficar entre 2,5% e 6,5% do valor da prestação, informou Cid Gomes. Hoje, o valor pode chegar a 40% da mensalidade, dependendo da idade do mutuário. O seguro caro foi uma das principais reclamações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a elaboração das medidas.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Berzoini contesta Lula

Por: Carlos Chagas

BRASÍLIA - Neste fim de semana, na reunião de uma das treze alas em que se divide o PT, quem desabafou diante de centenas de companheiros foi o presidente do partido, Ricardo Berzoini. Ele declarou ao grupo Novo Rumo, em São Paulo, que a opinião do presidente Lula deve ser respeitada, mas que o momento não é de discutir nomes, senão de o PT organizar-se para apresentar à sociedade um bom diagnóstico e um bom programa.
Ora, o nome de Dilma Rousseff para a sucessão quem lançou foi o Lula há quase um ano. Mais do que discutida, ela está consagrada no âmbito do partido. E se o PT procura um bom programa, está sendo impertinente, por esquecer o PAC e penduricalhos há quanto tempo apregoados pelo governo?
Dirão todos que esse desabafo de Berzoini equivale ao miado do gato diante da onça. O partido não tem como evitar ou sequer protelar a candidatura da chefe da Casa Civil, realmente imposta pelo presidente sem a menor consulta a seus dirigentes e, muito menos, às suas bases. A escolha da candidata à sucessão revela a forma de como o Lula se relaciona com o PT: "Eu mando e vocês obedecem".
É claro faltar ao partido um mínimo de força para contestar o chefe-maior. Nem ao menos os companheiros conseguirão promover um jogo de cena e transmitir ao eleitorado a impressão de que a candidatura de Dilma é uma iniciativa deles. Não é. Sequer deverá vingar desta vez, a sugestão inusitada do senador Eduardo Suplicy, pela realização de prévias nos diretórios estaduais. A candidata já está imposta e deglutida pelos 84% de popularidade do Lula, muito acima e além do horizonte petista.
Quem não consegue ficar calado arrisca-se ao ridículo
Perdeu Fernando Henrique Cardoso mais uma oportunidade de ficar calado. Num estranho IV Encontro Internacional pela Nova Agenda de Desenvolvimento para a América Latina, o ex-presidente produziu mais uma rodada de ressentimentos diante do governo do sucessor. Declarou não faltarem recursos para o PAC, em suas palavras hoje afogado pela inoperância. Criticou a falta de um projeto para o trem-bala que ligaria Rio, São Paulo e Campinas, esquecido de que também não havia plano, em seus oito anos de mandato. Mesmo recomendando a troca do neoliberalismo pela eficiência, não renegou por completo seu passado, ao acrescentar que o aumento dos gastos públicos não terá efeito sobre a reconstrução econômica. Um diagnóstico no mínimo singular quando se observa que os governos dos Estados Unidos, Inglaterra, Japão e outros países derramam bilhões e trilhões de dólares na economia privada, imaginando salvá-la.
FHC vive a compulsão do esquecimento, não perde oportunidade para opinar sobre o que não mais lhe diz respeito. Só falta, mesmo, pronunciar-se sobre o estado físico do Ronaldo Fenômeno e criticar o Corinthians por tê-lo lançado cedo demais.
Apesar de tudo, a Terra gira em torno do Sol
Galileu comeu o pão que o Diabo amassou nas mãos da Igreja, silenciado e preso por sustentar que a Terra girava em torno do Sol. "Eppur se muove", ele dizia bem baixinho quando seus frades-carcereiros se afastavam. Apesar de tudo, ela se move, não era o centro do universo, como foi obrigado a reconhecer para não ser queimado na fogueira.
Com todo o respeito e humildade, vale plagiar Galileu para concluir que, apesar de tudo, o terceiro mandato vem aí. Está nos astros, no ar que a gente respira, na natureza das coisas, que apesar de todos os seus méritos, Dilma Rousseff não ganhará a eleição de 2010. Mesmo podendo ser manipuladas, ou omitidas, as pesquisas de opinião não poderão desmoralizar-se a ponto de serem desmentidas pelos fatos. Da noite para o dia a candidata não conseguirá transformar-se numa liderança popular e nacional.
Arriscará o presidente Lula entregar o poder aos adversários? Ainda mais quando sua popularidade aumenta, permitindo-lhe tudo, menos a inviável transferência de votos? Ainda este ano chegará o momento em que as máscaras vão cair, quando empresários, banqueiros, sindicalistas, companheiros, sem-terra, beneficiários do Bolsa-Família, partidos aliados, Congresso, Judiciário e mais a torcida do Flamengo concluirão que para ficar tudo como está será preciso mudar. No caso, as regras do jogo, permitindo mais uma reeleição.
Alguns ingênuos e outro tanto de malandros riem de soslaio e dão de ombros diante desses maus presságios para a democracia. Repetem as mil negativas do presidente Lula, aliás, honestas e verdadeiras, para interromper o fluxo das abomináveis previsões. O problema é que se autorização para o terceiro mandato vier de uma reforma da Constituição, votada pelo Congresso, teoricamente a democracia não será arranhada. Ou já não aconteceu faz pouco, quando Fernando Henrique, eleito para um mandato de quatro anos, obteve de deputados e senadores autorização para disputar o segundo, que venceu sem precisar desincompatibilizar-se?
A nação reagiu, diante daquele massacre institucional, mas "democrático"? Nem pensar. À exceção do PT, todo mundo aplaudiu e votou no sociólogo, por coincidência derrotando o Lula. Ironias à parte, se o casuísmo valeu para os tucanos, por que não valerá para os companheiros e seus aliados?
Acresce um novo fator. Estamos em meio a uma crise dos diabos, daquelas que só acontecem a cada cem anos. Até agora 600 mil trabalhadores foram demitidos, ninguém prevê menos de um milhão, para o segundo semestre. Mudar o timoneiro em meio à tempestade, só se ele abandonar o barco.
Esse será o grande argumento a ser colocado diante do Lula: vai cair na água, escafeder-se e deixar o País à mercê do imponderável? Com 84% da população mantendo nele suas esperanças? Aquilo que ele falou a respeito da reeleição permanente de Hugo Chávez vale para a Venezuela, mas não vale para o Brasil?
E os hipotéticos contrários, como se comportariam? No Congresso, a maioria é óbvia, para o governo, inclusive graças ao PMDB, que não tem candidato presidencial, tem seis ministros e gostaria de ter sete, nem sendo preciso falar do PT e adjacências.
O Judiciário se levantaria? Com sete entre onze ministros nomeados pelo presidente Lula para o Supremo Tribunal Federal, podendo chegar a oito ou nove até o fim do ano?
Os militares tão postos à margem ou lá chegados por vontade própria fariam o que uma vez Getúlio Vargas falou que fariam: bateriam continência.
A imprensa? Ora, situações mais graves e mais agudas foram absorvidas e justificadas por nossa brava mídia, em todos os tempos.
Sendo assim... Sendo assim, "eppur se muove", mas por enquanto vai para a fogueira quem admitir...
Fonte: Tribuna da Imprensa

CNBB diz que arcebispo "não excomungou ninguém

O secretário geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Dimas Lara Barbosa, disse ontem que o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, "não excomungou ninguém". Segundo ele, o arcebispo "apenas apresentou uma situação em que o Direito Canônico ainda prevê pena de excomunhão". Na semana passada, dom José afirmou que iria excomungar a mãe de uma criança de 9 anos que engravidou de gêmeos depois de ser estuprada pelo padrasto e que fez um aborto, além dos médicos responsáveis pelo procedimento.
"É preciso que a pessoa saiba que existe uma pena desse tipo. É preciso que a pessoa seja livre e consciente para saber (que aquela atitude levará à excomunhão). Como ele (o arcebispo) mesmo depois disse, provavelmente ninguém incorreu nessa excomunhão porque ninguém sabia de nada. (O ato) serviu como um alerta para mostrar a gravidade que a igreja considera a questão do aborto. Provavelmente as pessoas não estão excomungadas", disse dom Dimas, depois de proferir palestra sobre a Campanha da Fraternidade, ontem, na Associação Comercial do Rio. A Campanha da Fraternidade este ano tem como tema a Segurança Pública.
De acordo com dom Dimas, o Código do Direito Canônico prevê poucos casos de excomunhão e o aborto é um deles, mas normalmente "quando (a pessoa) comete determinado ato, ela mesma se coloca fora da igreja". "A norma que dom José se referiu não é dele, é do Direito Canônico. Então, não foi ele que decidiu excomungar. Ele apenas anunciou que existe uma norma do Direito Canônico para as pessoas que conscientemente e livremente se colocam a favor do aborto. Eu não sei lhe dizer se alguma dessas pessoas é de fato militante nessa área do aborto e se pode dizer que ela saiu da comunhão com a igreja. De qualquer maneira, a norma para preservar o direito do naciturno existe mesmo."
Dom Dimas lamentou que a violência sofrida pela menina não seja um fato isolado. Ele mesmo disse ter acompanhado em Jacareí (SP) uma menina de 10 anos vítima de um estupro que levou a gravidez adiante. Ela foi acompanhada por um pediatra, psicólogo, pela família e está bem. "Embora a gravidez fosse de risco, o aborto também era. A igreja orienta na tentativa de salvar todas as vidas possíveis e, com um adequado sistema de saúde, consegue-se fazer isso. O fato da interrupção traz um trauma muito complicado para quem o faz. As crianças e jovens que levaram a gravidez adiante pelo menos sentiram que foram amparadas e que o fruto de seu ventre não era algo descartável. Esse é o debate que acho que deve ser considerado. Vamos defender todas as vidas", disse.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Espionagens de Protógenes impressionam Lula

BRASÍLIA - O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a Polícia Federal está fazendo agora um rastreamento das conversas telefônicas mantidas pelo delegado Protógenes Queiroz, o mentor da Operação Satiagraha. Apesar de saber que Protógenes teria extrapolado os limites durante a investigação do banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Opportunity, Lula ficou impressionado com a extensão da arapongagem.
O assunto foi tratado durante a reunião de coordenação política do governo, no Palácio do Planalto, que contou com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Segundo reportagem da revista 'Veja', um lap top e dois pen drives apreendidos por policiais em residências de Protógenes mostraram que o delegado bisbilhotou secretamente os três Poderes, incluindo no rol da espionagem até mesmo a vida amorosa de Dilma.
Tarso disse não ter dúvidas de que as investigações vão esclarecer por que Protógenes precisava ser afastado da Satiagraha. No ano passado, quando o delegado deixou as apurações, o ministro da Justiça convenceu Lula a se pronunciar sobre o caso. O presidente disse, então, que Protógenes deveria esclarecer, de uma vez por todas, por que não queria mais continuar à frente da investigação para evitar insinuações sobre o abafamento da Satiagraha. Logo depois, porém, Lula se arrependeu de ter entrado na polêmica.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Sarney: 'Estado policialesco' causa medo à população

BRASÍLIA - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), cobrou ontem que a Polícia Federal seja enquadrada nos "estritos limites da lei e do Estado de Direito". Ele criticou os supostos excessos cometidos pelo delegado da PF Protógenes Queiroz na condução da Operação Satiagraha, como mostra reportagem da revista 'Veja' desta semana. Para Sarney, os "excessos" praticados pela polícia causam medo à população e preocupação permanente às autoridades.
"Eu acho que nós atravessamos um período muito difícil nesse sentido (a ameaça de um Estado policialesco). Realmente tivemos muitos excessos e dando a impressão e até mesmo criando na população brasileira um medo a respeito de ações que extrapolassem a parte legal e ferissem o Estado de Direito", afirmou o presidente do Sarney, que esteve reunido ontem com o diretor da PF, Luiz Fernando Corrêa, para tratar do assunto.
Segundo Sarney, é necessário manter o alerta permanente para evitar o risco e ameaça à liberdade. "É uma preocupação permanente. Quero lembrar uma frase antiga que 'o preço da liberdade é o da eterna vigilância'. O preço do Estado de Direito é o permanente controle da sociedade e todos nós para que ele possa existir. Nós não devemos dormir de qualquer maneira, dormir no sentido de vigiar cada dia, isso é a garantia do cidadão e da liberdade", disse ele.
Da tribuna, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), que segundo reportagem foi um dos alvos de Protógenes em sua investigação, criticou sua ação e afirmou que a apuração seletiva do delegado serve a uma ala do governo. Para o senador, trata-se de uma "briga de gangues".
"Não tenho dúvidas de que o senhor Protógenes está a serviço de uma ala do governo. Esse caso envolve sucessão presidencial, envolve interesses de outros dentro do governo e concorrências que estão sendo anunciadas", discursou Heráclito.
Jarbas
O presidente do Senado também a comentou denúncia de que o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) estaria sendo vítima de arapongas. No mês passado, Jarbas disse que o PMDB, em parte, "só quer mesmo é corrupção".
"De minha parte, tenho de analisar pelo lado do Senado. A denúncia é gravíssima, porque se trata de espionagem de um membro da Casa e isso constitui um crime que não podemos tolerar E vamos pedir aos órgãos encarregados de apurar esses delitos que o façam, no caso a Polícia Federal. Encaminhei através do Ministério da Justiça um pedido para que iniciassem uma investigação nesse sentido. Mandei ao procurador geral da República outro ofício pedindo sua colaboração para mostrar a absoluta transparência dessa investigação, colocando um membro do Ministério Público para acompanhar as investigações. E naturalmente, a Corregedoria da Casa, que tem funções autônomas sobre isso. Ela também terá oportunidade de coletar dados sobre isso", disse Sarney.
Fonte: Tribuna da Imprensa

Dirceu temia ser preso por Protógenes

PORTO ALEGRE - O ex-ministro chefe da Casa Civil e ex-deputado federal José Dirceu, cassado em 2005, disse que temeu ser preso pelo delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz em 2008. "No ano passado eu dizia que tinha que trabalhar mesmo no exterior porque, do jeito que estava, poderiam me prender ilegalmente", comentou ontem em Porto Alegre, referindo-se às investigações de suas atividades e às constantes viagens que fez ao exterior durante o ano, sem, no entanto, admitir que elas tenham sido provocadas pelo temor.
Para Dirceu, Protógenes queria prendê-lo para apresentá-lo como um troféu. "Todos os sinais das investigações legais ou ilegais que se fez a meu respeito indicavam isso", afirmou o ex-ministro e ex-deputado federal. "Eu não era acusado de nada e não havia nenhum indício, por que estava sendo investigado?", questionou.
Dirceu reclama da quebra do seu sigilo telefônico no caso MSI/Corinthians, do vazamento de informações erradas para a imprensa quando não havia nada contra ele em investigações como a da Operação Satiagraha, da invasão de seu escritório de advocacia para retirada de dados de seu computador e das escutas de seus telefonemas.
"Não estou dizendo que a Operação Satiagraha não devia ter sido feita, mas é evidente que ela teve um desvio de finalidade, desvio de função, abuso de autoridade e ilegalidades que são inaceitáveis", sustentou. Para Dirceu, as transgressões tornaram as investigações de Protógenes ineficazes. "Ele disse que queria atingir um objetivo e não está atingindo. Ele é que virou réu agora, é uma coisa que não era o objetivo", avaliou, para concluir que "o problema não é fazer, são os métodos".
O ex-ministro voltou a afirmar que não manteve nenhum contato com o banqueiro Daniel Dantas que não fosse público e decorrente da sua função de chefe da Casa Civil. "Não falei nada que não fosse interesse público", reiterou. "Então, porque me investigar? Por que investigar o governador José Serra? E a ministra Dilma Rousseff?", perguntou. "Eu quero saber se foi legal essa investigação, qual foi o juiz que autorizou, por que ele nos investigou", prosseguiu, fazendo a ressalva de que considera imperiosa a necessidade de a Polícia Federal exercer seu papel, investigar, fazer inquérito e combater a corrupção, mas dentro da lei.
Fonte: Tribuna da Imprensa

67% dos brasileiros votariam em mulher para presidente, diz Ibope

SÃO PAULO - Pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), feita em conjunto com o Instituto Patrícia Galvão e o Cultura Data, apontou que 90% dos brasileiros elegeriam uma mulher para cargo público. Desse grupo, 74% votariam em uma mulher para prefeito, governador ou presidente, o que, do total, corresponde a 67% dos brasileiros. A pesquisa foi realizada entre os dias 13 a 17 de fevereiro, com 2.002 entrevistas em 142 municípios de todas as regiões do País.
A pesquisa ainda aponta que, para 83% dos entrevistados, a presença de mulheres no poder "melhora a política". Na opinião de 75% deles, só há democracia, de fato, se elas estiverem nas várias instâncias de Poder. Já para 73% dos brasileiros a população ganha com a eleição de um maior número de mulheres. O apoio à presença feminina no panorama político nacional foi constatado em todos os segmentos da amostra, tanto demográficos como regionais.
Em contrapartida à opinião da maioria favorável à participação feminina nos poder, a realidade não se revela tão otimista em relação às mulheres. De acordo com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, ligada à Presidência da República e que apoiou a pesquisa, o Brasil conta hoje com apenas 8,9% de mulheres no Congresso Nacional, 12% nas Assembleias Legislativas e 12% nas Câmaras Municipais. Segundo a União Interparlamentar (UIP), organização internacional com sede em Genebra (Suíça), o Brasil ocupa a 141ª colocação no ranking que avalia a presença de mulheres em parlamentos de 188 países. Entre os países da América Latina, o País fica à frente somente da Colômbia.
Cotas
Como na maior parte dos países latino-americanos, a legislação eleitoral brasileira garante às mulheres participação de 30% nas listas de candidatos dos partidos políticos. No entanto, a pesquisa do Ibope indica que, dentre as nações que oferecem cotas para mulheres, o Brasil tem o pior resultado entre o número de eleitas.
Na década de 90, por exemplo, as mulheres representavam 10,8% dos parlamentares da América Latina. A partir de 2000, após a adoção de políticas de cotas em vários países, o índice saltou para 18,5%. Argentina e Costa Rica apresentaram os melhores resultados: passaram de 6% e 14% para 38,3% e 36,8%, respectivamente. Segundo os pesquisadores do Ibope, diferente dos outros países latino-americanos, a lei de cotas brasileira não estabelece sanção para os partidos políticos que não cumprem a legislação.
Critério racial
A pesquisa do Ibope também levou em conta o critério racial no voto do brasileiro e 77% dos entrevistados afirmaram que votariam em um homem negro e 75% elegeriam uma mulher negra para qualquer cargo público, número maior dos que votariam em mulheres de qualquer raça.
De acordo com o instituto, o impacto da eleição de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos pode ter interferido nas respostas. Ainda assim, a predisposição em votar em candidatos negros para qualquer cargo é maior do que em votar, genericamente, em mulheres.
Fonte: Tribuna da Imprensa

PF promete divulgar relatório sobre atuação de Protógenes

A Polícia Federal vai divulgar, nos próximos dias, um relatório conclusivo sobre o processo que apura o desvio de conduta do delegado federal Protógenes Queiroz durante a Operação Satiagraha. A informação foi dada nesta segunda (9) pelo diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, após reunião com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
Reportagem publicada nesta semana pela revista Veja informa que Protógenes teria grampeado ilegalmente integrantes do governo, como a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, do Judiciário, como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e do Legislativo.
De acordo com Corrêa, as informações divulgadas pela revista não vão mudar o rumo das investigações. “Mesmo que sejam retratos da investigação, as informações são dados produzidos pela Polícia Federal.” Ele garantiu que as informações não saíram da PF e que os autos do processo também estão na Justiça. “Temos um regramento processual que nos impõe o sigilo.”
Em relação à denúncia de que o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) estaria sendo alvo de grampos ilegais, Corrêa disse que a PF só agirá após comunicação oficial do presidente do Senado ao ministro da Justiça, Tarso Genro.(Com informações da Agência Brasil)
Fonte: Correio da Bahia

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