“Você não consegue escapar da responsabilidade de
amanhã esquivando-se dela hoje”
Abraham Lincoln, ex-presidente americano
“Jeremoabo hoje é uma cidade abandonada, sem comando e sem
planejamento, vivendo um processo de decadência, onde o poder público, quando
não é estúpido, é omisso – e a população não demonstra ter o mais raso senso de
cidadania. Um quadro que envergonha quem tenha a mínima consciência do que esta
cidade significa. “
“O poder não é um antro: é um tablado. A autoridade não é uma
capa, mas um farol. Queiram, ou não queiram, os que se consagraram à vida
pública, até a sua vida particular deram paredes de vidro”, dizia Ruy Barbosa
em seu texto A Imprensa e o dever da verdade.
A prefeita de Jeremoabo precisa
de óculos, ou precisa trocar de oculista. ou então a Amarok que ela comprou flutua
pela cidade, sempre achei que um dia a tecnologia dos Jetsons iria acontecer
mas não sabia que já tinha chegado em Jere.
Em Jeremoabo há buracos de todos os tipos e
tamanhos, e para todos os gostos. Como quem deveria fazer algo a respeito pouco
faz, a população cuida de ir preenchendo as crateras diante de suas casas, cada
um a seu modo.
Estava planejando lançar a
campanha “adote um buraco na sua rua”, mas desisto
da ideia, reconheço que a prefeita “anafel”, é uma pessoa competente e de
visão, e tudo que faz é “cuidando do nosso povo.”
Foi pensando no povo que o
(des)governo, demonstrando tino administrativo e capacidade de angariar
recursos para a cidade principalmente a rede hoteleira e o comércio, que usou
os buracos generalizados na cidade para atrair turistas, senão vejamos:
Se
você é apaixonado por automóveis, adora esportes radicais e é viciado em adrenalina,
venha morar em Jeremoabo. É tanto buraco, mas é tanto buraco nas ruas, que cada
pequeno percurso com seu carro é garantia de fortes emoções. Com a vantagem de
não precisar sair da cidade para fazer uma trilha radical no fim de semana.
Veja só que bacana: você vai para o trabalho, ou às compras, e já está no
off-road, não importa se é nos bairros ou no centro (na verdade, você se sente
meio fora do centro nesta cidade brasileira meio fora do centro); vai para o
colégio e já está com a adrenalina a mil, principalmente se for à noite, pois
além da baixa visibilidade noturna agravada pela iluminação pública quase
sempre deficiente (em algumas ruas, inoperante ou inexistente), há sempre a
possibilidade de um assalto à mão armada na próxima esquina (ou no meio do
quarteirão, nunca se sabe).( TSRossi)
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