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segunda-feira, janeiro 13, 2025

Opinião: Coronel é pedra no sapato da "chapa dos sonhos" do petismo na Bahia

 

Opinião: Coronel é pedra no sapato da "chapa dos sonhos" do petismo na Bahia

Por Fernando Duarte

Opinião: Coronel é pedra no sapato da "chapa dos sonhos" do petismo na Bahia
Foto: Paulo Victor Nadal/ Bahia Notícias

Sonhada pelo petistas, chapa de 2026 na Bahia formada por Jerônimo Rodrigues, Jaques Wagner e Rui Costa tem razões de sobra para causar um racha na base. Principalmente por colocar para escanteio uma figura que já deu inúmeros exemplos de que não engole sapos, como Angelo Coronel. A última semana foi recheada de indiretas e diretas, e o vídeo em que ele reclama do risco de levar uma rasteira foi apenas a reação mais explícita do senador.

 

Para entender o "fenômeno" Coronel, é preciso voltar no tempo, em 2017, quando ele costurou a eleição da presidência da Assembleia Legislativa da Bahia, defenestrando o imbatível Marcelo Nilo. À época, o governo observou com desdém o movimento de uma alternativa a Nilo e foi obrigado a recuar depois que a oposição embarcou no projeto de Coronel. O resultado disso é público: ele virou presidente da Assembleia e de lá foi catapultado para a cadeira de senador.

 

É essa cadeira que Coronel pretende defender para se manter em 2026. Desde a relatoria do Orçamento Geral da União de 2025 ao protagonismo do PSD na Bahia, ele tem inúmeros trunfos a seu favor para continuar como senador. A robustez com que ele articulou uma pequena bancada para chamar de sua no Legislativo baiano reforça essa musculatura. Somado ao número relevante de prefeitos, há quem considere a fórmula perfeita para não cair sem atirar.

 

A interlocutores, Coronel tem dito que não deve aceitar ser removido da chapa majoritária de 2026 sem antes lutar para estar nela. Nem que, para isso, provoque um racha na base aliada estadual. O cenário é improvável, devido a postura leal que o PSD tem mantido. Mas isso não quer dizer que essa lealdade não possa ser questionada em caso de uma "traição" que exclua o partido dos cargos mais releventes de 2026.

 

A tal "chapa dos sonhos" do petismo baiano aparenta ser imbatível nas urnas numa perspectiva simplista. Porém eleição se ganha também com acordos e costuras com aliados. Caso Coronel caia atirando - algo que não aconteceu em 2018 por causa do perfil de Lídice da Mata -, pode ser que não haja uma base com musculatura suficiente para viabilizar três petistas como protagonistas da eleição de 2026 na Bahia. Difícil é convencê-los de que olhar para o próprio umbigo não é o único caminho possível para se manter no poder.

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