Publicado em 6 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet
Pedro do Coutto
Num pequeno grupo de estados, entre os quais a Pensilvânia, Ohio, Michigan e Georgia, era onde poderia ser decididaa as eleições presidenciais americanas. O Globo publicou uma pesquisa que apresentava oscilações mínimas em tais estados que compõem o grupo. As diferenças eram muito pequenas,sendo impossível projetar um resultado final.
Ontem, ao serem fechadas as urnas nos Estados Unidos, deu-se início a uma das apurações mais tensas e imprevisíveis da história recente do país. As pesquisas indicaram um empate técnico entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump, com uma ligeira vantagem para Kamala no número de delegados. No entanto, Trump já saiu liderando a apuração em estados-chave como Pensilvânia e Arizona.
CONFIANÇA – Os republicanos chegaram confiantes a essa última fase de campanha, marcada pela troca de candidato do lado democrata pouco antes da Convenção e por duas tentativas de assassinato do líder opositor. Trump acredita ter acertado ao contrariar seus estrategistas, que sugeriam focar nos pontos vulneráveis de Kamala, como economia e imigração.
O ex-presidente não só manteve sua retórica xenofóbica como intensificou os ataques pessoais à democrata, chamando-a de “fascista”, “comunista” e “preguiçosa”. Sua estratégia foi a de repetir o cenário de 2016, quando venceu Hillary Clinton com o apoio sólido de sua base.
As pesquisas indicaram que eleitores indecisos de última hora poderiam tender a votar em Kamala. Mas isso não aconteceu. Foi logo se delineando uma vitória muito mais fácil de Trump do que esperavam.
MARGEM DE ERRO – Nos sete estados-pêndulo — decisivos para o resultado — Kamala apareceu levemente à frente em Michigan e Wisconsin, enquanto Trump liderava na Geórgia e na Pensilvânia. No entanto, as disputas estavam dentro da margem de erro, o que significa que qualquer candidato ainda poderia vencer. Em uma corrida tão acirrada, até mesmo um pequeno desvio nas pesquisas poderá ser decisivo.
Apesar do entusiasmo de ambas as partes, circularam notícias de Donald Trump, na posição arrogante que sempre manteve, já se considerava vitorioso, embora às vezes ocorram imprevistos em eleições. E Kamala já havia jogado a toalha, convencida da derrota.