Caro leitor deste blog:
O cenário que você descreve em Jeremoabo revela um problema sério e profundo na relação entre os cidadãos e seus representantes. Quando o eleitor se torna passivo e não exerce plenamente seu direito de cidadania, ele permite que desvios e abusos continuem sem resistência. O caso do senador Cleitinho, que precisou atravessar fronteiras e pular muros para fiscalizar a gestão de uma prefeitura, é um exemplo claro de comprometimento e de fiscalização ativa, algo que deveria ser rotina para qualquer representante público.
Essa comparação com os vereadores de Jeremoabo evidencia uma inversão de valores. Enquanto um senador se desloca para denunciar irregularidades, os vereadores locais, com acesso facilitado, não tomam a iniciativa de cumprir seu papel fundamental de fiscalização. Aparentemente, falta o interesse em averiguar o que acontece na própria cidade, como no caso do desvio de materiais do Parque de Exposições – algo que estaria a poucos quilômetros de distância.
O que está em jogo é a percepção de dever cívico e a responsabilidade do eleitor em cobrar essa postura. Em muitas cidades, como parece ser o caso de Jeremoabo, o comodismo dos eleitores acaba contribuindo para a perpetuação de práticas de descaso. Quando o povo não exige fiscalização e transparência de seus representantes, ele abre espaço para que o descaso e a corrupção prosperem, levando à estagnação e ao atraso.
A chave para transformar essa realidade é uma mudança de postura do cidadão, que deve entender que seu papel não se limita ao voto, mas inclui cobrar, acompanhar e pressionar os representantes. Cidades que exercem essa consciência cívica são aquelas que, de fato, avançam.