Chaves não hesitou em apontar o dedo para a corrupção entranhada na gestão municipal. Revelou que, de maneira sistemática, o prefeito tem exigido uma comissão, uma espécie de propina, que varia entre dez e vinte por cento de todos os recursos estaduais destinados às obras em Jeremoabo. Um exemplo emblemático foi trazido à luz: a empresa encarregada da reciclagem de lixo, cujo pagamento foi retido por três meses pelo gestor. Quando, finalmente, o encarregado ousou cobrar o que era de direito, foi-lhe demandado um suborno exorbitante de trinta por cento. Somente após ameaças de denúncia, a empresa conseguiu livrar-se desse nefasto pedido.
A falta de respeito para com os moradores do bairro Romão também foi denunciada veementemente. Chaves descreveu a situação caótica das vias, repletas de buracos que, no verão, transformam-se em fontes inesgotáveis de poeira e, durante o período chuvoso, em lamaçais que invadem as residências, tornando a circulação praticamente impossível. O vereador ressaltou a injustiça de obrigar os alunos a enfrentarem essas condições precárias, muitas vezes percorrendo o trajeto a pé durante a noite.
Não parando por aí, o vereador expôs o nepotismo escandaloso que assola a administração municipal. Parentes do prefeito ocupam cargos-chave, enquanto veículos alugados pela prefeitura enriquecem os bolsos dos irmãos, sobrinhos e até mesmo do próprio prefeito. Enquanto isso, a saúde pública sofre com a falta de remédios e recursos adequados.
Chaves não se esquivou de abordar também a revogação do decreto de calamidade pública, uma medida que prejudica severamente os ribeirinhos. A voz do povo clama por justiça, e o vereador Antonio Chaves se ergue como um porta-voz corajoso dessa demanda. A conta dessa desfaçatez, sem dúvida, chegará, e aqueles que hoje se banquetear com os recursos públicos serão cobrados pelo povo que representam.