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quinta-feira, fevereiro 22, 2024

Exército tem cela especial para abrigar general que tenha sua prisão decretada


Comando Militar do Planalto - Parabéns ao CMP e 11ª RM pelo 60º aniversário

A cela foi preparada no prédio do Comando Militar

Cézar Feitoza
Folha

Em ato inédito, cinco oficiais-generais de quatro estrelas prestam depoimento à Polícia Federal nestas quinta (22) e sexta (23) no âmbito das investigações sobre um plano de golpe de Estado para evitar a posse de Lula (PT). Quatro deles falaram simultaneamente à PF na sede da corporação em Brasília, nesta quinta à tarde.

São eles os generais Augusto Heleno (ex-ministro do GSI), Braga Netto (candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro em 2022) e Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), além do almirante Almir Garnier (ex-comandante da Marinha).

CELA ESPECIAL – Diante do avanço das investigações, o Comando Militar do Planalto fez ajustes em uma cela em seu prédio para se prevenir diante de possíveis prisões de oficiais de alta patente. A informação foi revelada pela revista Veja.

Generais ouvidos pela Folha afirmaram que o preparo da cela foi feito porque generais não poderiam ficar presos no Batalhão de Polícia do Exército ou no 32º Grupo de Artilharia de Campanha, organizações que não são comandadas por generais.

Um general ser custodiado por coronel ou tenente-coronel, na visão do Exército, pode gerar situações em que a hierarquia e disciplina são colocadas em xeque. Para evitar este imbróglio, as celas para eventuais prisões de militares de alta patente foram designadas para o Comando Militar do Planalto, chefiado por general.

Generais ressaltam, porém, que não há informações sobre eventuais prisões de militares de alta patente diante da proximidade dos depoimentos dos alvos da investigação da Polícia Federal. Segundo essas fontes, trata-se de ação preventiva do Exército.

O ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier é apontado pelo tenente-coronel Mauro Cid, em delação premiada, como o chefe militar que teria apoiado os planos antidemocráticos apresentados por Bolsonaro — colocando-se à disposição para empregar a Marinha para cumprir ordens golpistas.

DIREITO AO SILÊNCIO – Bolsonaro também iria depor à PF nesta quinta-feira. Ele chegou à sede da corporação em Brasília às 14h20, mas disse que preferia permanecer em silêncio, por não ter acesso aos autos e não conhecer as acusações contra ele.

O general Estevam Theophilo, que chefiou o Comando de Operações Terrestres do Exército até 2023, deve depor na sexta em Fortaleza (CE).

Os cincos oficiais-generais alcançaram o topo da carreira e já estão na reserva.

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