A situação em Jeremoabo é extremamente preocupante e exige medidas urgentes para proteger a saúde pública e o meio ambiente. A contaminação do Rio Vaza Barris com água de esgoto hospitalar sem tratamento representa um risco grave para a população ribeirinha que reside abaixo do Açude de Canudos até a foz do rio.
Estimativa da Contaminação:
Para calcular o nível de contaminação, precisaríamos de mais informações sobre:
- Volume de esgoto hospitalar: Quantidade de esgoto gerada pelo hospital por dia ou por mês.
- Frequência do despejo: Se o despejo é contínuo, intermitente ou em horários específicos.
- Vazão do Rio Vaza Barris: Volume de água que flui no rio por segundo ou por dia.
- Distância entre o ponto de despejo e a foz do rio: Distância percorrida pela água contaminada.
Com essas informações, poderíamos utilizar modelos matemáticos para estimar a concentração de contaminantes em diferentes pontos do rio.
População Ribeirinha Afetada:
O número de moradores ribeiros afetados depende da extensão da área impactada pela contaminação. É necessário:
- Identificar as comunidades ribeirinhas: Mapear as comunidades que residem ao longo do Rio Vaza Barris, desde o Açude de Canudos até a foz.
- Quantificar a população: Obter dados sobre o número de habitantes em cada comunidade.
Com esses dados, poderíamos estimar o número de pessoas que estão expostas à água contaminada e, consequentemente, em risco de contrair doenças.
Impactos na Saúde Pública:
A água contaminada com esgoto hospitalar pode conter diversos patógenos causadores de doenças, como:
- Doenças gastrointestinais: Diarreia, disenteria, vômito, etc.
- Doenças respiratórias: Pneumonia, bronquite, etc.
- Doenças de pele: Infecções, alergias, etc.
- Doenças virais: Hepatite A, hepatite B, etc.
O uso dessa água para beber, cozinhar ou tomar banho pode levar à proliferação de doenças e agravar a saúde da população, principalmente durante a seca, quando a água potável é mais escassa.
Falta de Fiscalização e Ação Pública:
É lamentável que as autoridades locais, como o prefeito, o secretário do meio ambiente e demais responsáveis, não tenham realizado a fiscalização e a denúncia do despejo irregular de esgoto hospitalar. Essa negligência coloca em risco a saúde da população e contribui para a degradação ambiental do Rio Vaza Barris.
Medidas Necessárias:
É urgente que as autoridades competentes tomem medidas para:
- Imediatamente interromper o despejo de esgoto hospitalar sem tratamento no Rio Vaza Barris.
- Implementar um sistema de tratamento de esgoto adequado para o hospital.
- Realizar a fiscalização regular de outros possíveis despejos irregulares de esgoto no rio.
- Monitorar a qualidade da água do Rio Vaza Barris e informar a população sobre os riscos.
- Conscientizar a população sobre a importância da preservação do meio ambiente e da saúde pública.
Ações da Comunidade:
A comunidade também pode se mobilizar para:
- Cobrar das autoridades a resolução do problema.
- Organizar protestos e manifestações pacíficas.
- Denunciar o caso aos órgãos de fiscalização ambiental.
- Realizar campanhas de conscientização sobre a importância da preservação do Rio Vaza Barris.
A situação em Jeremoabo é um exemplo de como a negligência das autoridades e a falta de ações de proteção ambiental podem colocar em risco a saúde da população e o meio ambiente. É fundamental que todos se mobilizem para cobrar soluções e garantir o direito à água potável e a um meio ambiente saudável.
Felizmente o Ministério Público estadual (MP-BA) ajuizou, nesta terça-feira (27), uma ação civil pública contra o Município de Canudos e a empresa Yuri Vieira Rocha Mariano Ltda para que a Justiça os obrigue a promover a destinação adequada dos efluentes sanitários do Hospital Municipal Genário Rabelo de Alcântara (HMGRA).