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sexta-feira, janeiro 07, 2022

Japão e Austrália assinam tratado de defesa 'histórico'




Premiê japonês, Fumio Kishida (à dir.), e seu homólogo australiano, Scott Morrison, exibem o acordo bilateral assinado, em teleconferência feita na residência oficial de Kishida, em Tóquio, em 6 de janeiro de 2022 

Japão e Austrália assinaram, nesta quinta-feira (6), um tratado classificado como "histórico" para reforçar sua cooperação em matéria de defesa, garantindo que o acordo contribuirá para a estabilidade regional, em um momento em que a China expande sua influência militar e econômica.

Embora o primeiro-ministro australiano Scott Morrison não tenha feito qualquer referência à China durante uma declaração antes da assinatura, o tratado é considerado um novo passo no estreitamento dos laços entre Canberra e Tóquio, frente às ambições da China na região.

Antes de sua cúpula virtual com seu homólogo Fumio Kishida, Morrison descreveu o acordo como a "afirmação do compromisso de duas nações de trabalharem juntas para responder aos desafios de segurança estratégica comuns que enfrentamos e contribuir para um Indo-Pacífico seguro e estável".

"Este tratado histórico (...) trará, pela primeira vez, um marco claro para uma interoperabilidade e uma cooperação ampliada entre nossas duas potências", disse o líder australiano, destacando seu "compromisso a favor da democracia e dos direitos humanos".

Junto com Estados Unidos e Índia, Japão e Austrália compõem o grupo informal "Quad", que nos últimos anos tem trabalhado para construir uma aliança contra o que, para eles, a China representa como ameaça nas vias marítimas do Pacífico.

Ali Wyne, analista do Eurasia Group, avalia que o novo tratado pode reforçar a capacidade de ambos os países de fazer manobras militares conjuntas no Japão com os Estados Unidos.

"A China provavelmente verá nisso mais uma prova de que as democracias industriais avançadas buscam obstaculizar seu ressurgimento", disse ele à AFP.

Ao ser questionado sobre o tratado, o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Wang Wenbin, afirmou, na quarta-feira (5), que esse tipo de intercâmbio "deveria promover o reforço do entendimento e da confiança mútua entre os países da região (...) em vez de mirar, ou minar os interesses de um terceiro".

Em setembro passado, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália anunciaram a formação de uma nova aliança militar, "Aukus", que permitirá ao país oceânico se equipar com submarinos de propulsão nuclear americanos.

O Japão, por sua vez, aumentou seus gastos militares na última década. Seu orçamento para 2022-2023 destina um valor recorde para a defesa.

O Ministério da Defesa do Japão garante que a situação de segurança na região se torna "cada vez mais grave, a uma velocidade sem precedentes", em alusão aos desafios criados por China e Coreia do Norte.

Japão pede às tropas dos EUA restrição de movimento por surto de covid

O ministro japonês das Relações Exteriores, Yoshimasa Hayashi, pediu ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, que considere restringir o movimento de suas tropas no arquipélago asiático, após o aumento de casos de covid-19 em torno de suas bases.

O pedido foi feito depois do aumento de casos ao redor de Okinawa, que sedia grande parte do destacamento militar dos Estados Unidos no Japão. O governador dessa região atribuiu o avanço no número de infecções aos focos surgidos nas bases militares.

Em um telefonema com Blinken, Hayashi "solicitou, de forma veemente, o endurecimento das medidas para prevenir a propagação das infecções", disse o ministério em um comunicado.

Na sequência, um comunicado das forças americanas no Japão anunciou um endurecimento das medidas sanitárias, incluindo a obrigação de se usar máscara dentro e fora da base e de apresentar um teste negativo para covid-19 para deixar o complexo militar.

A nota informa ainda que, "agora, são exigidos pelo menos três testes negativos de covid-19 antes de viajar para o Japão", incluindo um na chegada.

As autoridades de Okinawa detectaram 998 casos de coronavírus entre 15 de dezembro e 5 de janeiro apenas nas bases dos EUA, um número que não inclui os residentes locais que trabalham para elas.

Nas últimas 24 horas, esta ilha no sul do país registrou 623 casos, quase o triplo do dia anterior.

O governador de Okinawa já havia criticado os militares americanos por não cumprirem as rígidas medidas sanitárias impostas no Japão para chegadas do exterior. Em outras partes do país, também foi registrado aumento de casos de covid-19 no entorno de bases americanas nas últimas semanas.

AFP / DefesaNet

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