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segunda-feira, julho 05, 2021

Renan Calheiros avisou há um mês que Polícia Federal seria usada contra a oposição na CPI


Renan Calheiros na CPI da Covid — Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Renan alertou que Bezerra foi usado para justificar a PF

Octavio Guedes
G1 Política

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), alertou colegas há um mês que a Polícia Federal estava se movimentando para tentar intimidar membros da comissão. O curioso é que a constatação foi feita a partir do indiciamento, também pela PF, do líder do governo Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e expoente da tropa de choque bolsonarista na comissão.

Em conversa com seus pares, Renan advertiu que o indiciamento de Bezerra era uma manobra do governo para mostrar independência da Polícia Federal e, assim, ficar livre para mirar os alvos da oposição.

CONSELHO A BEZERRA – O relator diz ter conversado com o próprio Bezerra, aconselhando-o a recorrer ao Supremo Tribunal Federal, já que no entender dele, a Polícia Federal não tem competência para indiciar senadores.

O indiciamento de Bezerra foi tornado público no dia 8 de junho deste ano. A PF afirma ter evidências de que o senador recebeu R$ 10 milhões em propina de empreiteiras quando era ministro da Integração Nacional no governo de Dilma Rousseff. Também foi indiciado o deputado Fernando Bezerra Coelho Filho, do DEM.

Em síntese: Fernando Bezerra teria sido usado como cavalo de Tróia, uma figura em alta na CPI.

RENAN INDICIADO – Depois de indiciar Fernando Bezerra, a Polícia Federal fez o mesmo em relação a ao senador Renan Calheiros, por suspeita de ter recebido R$ 1 milhão em propina da Odebrecht. Renan é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Os fatos teriam ocorrido em 2012. Segundo a Polícia Federal, a vantagem indevida envolve a aprovação de uma resolução no Senado que tratou de benefícios concedidos pelos estados a produtos importados, a chamada Guerra dos Portos. A partir dos dados da PF, a Procuradoria-Geral da República vai decidir se denuncia o senador ao Supremo Tribunal Federal.

Em nota, o senador Renan Calheiros disse que essa investigação está aberta desde março de 2017, sem que tenham encontrado provas. A nota afirma que o indiciamento ocorre em um momento em que a CPI mostra todas as digitais do governo na corrupção da vacina e que a parte politizada da polícia tenta fazer uma retaliação.

NOTA DA ODEBRECHT – Em nota, a empresa Odebrecht informou que colaborou com a Justiça a partir de 2016; que, desde então, fez acordos no Brasil com o Ministério Público Federal, com a Advocacia-Geral da União, a Controladoria-Geral da União e o Cade; e que, no exterior, também fechou acordos com o departamento de Justiça dos Estados Unidos, o Banco Mundial e outras instituições.


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