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domingo, julho 25, 2021

Defender o voto impresso é mergulhar num passado que fragiliza o regime democrático

Publicado em 25 de julho de 2021 por Tribuna da Internet

Charge do Gilmar Fraga (Agencia RBS)

Roberto Nascimento

No que diz respeito às reiteradas críticas à urnas eletrônicas, feitas pelo presidente Jair Bolsonaro e outras figuras do governo, especialmente o ministro da Defesa, general Braga Netto, trata -se de um retrocesso que precisa ser combatido com todo rigor pelo Congresso

De toda forma, está inteiramente fora de questão a volta dessa modalidade do chamado voto impresso, a ser preenchido na cabina para registrar o desejo expresso pelo eleitor no candidato ou no partido.

RESULTADO POSITIVO – Desde que foram criadas, em 1992, as urnas eletrônicas têm se mostrado seguras, com um antídoto contra as fraudes, que ocorriam na contagem anterior. Era comum as urnas contendo os votos serem roubadas e adulteradas no caminho entre as seções eleitorais e o Tribunal Regional Eleitoral, além de demorarem dias para conhecimento do resultado, com votos sendo adulterados também nas mesas de apuração.

A simples menção de retornar àqueles tenebrosos dias já denota o desejo de manipular as eleições de 2022. Configura-se como um desserviço à nação e traz o risco de invasão ao Congresso, tal e qual estimulado pelo presidente americano Donald Trump, que não aceitou a derrota para Joe Biden, alegando fraude, quase resultando em tragédia grega. E aqui no Brasil o presidente Bolsonaro vive a ameaçar a repetição desses fatos.

VOTO DISTRITAL – A Reforma Política, como está sendo desenhada por Arthur Lira, também caminha para o retorno ao tempo das trevas.

Querem o voto distrital, uma monstruosidade que não pode dar certo, porque estimula o voto de cabresto, elege artistas, figuras folclóricas, cães de guarda, milicianos, pastores, traficantes, todos sem nenhuma cor partidária, sem propostas e identidade com o noções de política.

O sistema democrático fica fragilizado e abre caminho para ditadores de plantão, que passariam a manipular as listas dos candidatos e a escolher por nós os representantes no Parlamento, que apenas referendarão as ordens do governante de ocasião.

AMEAÇAS À DEMOCRACIA – Portanto, o voto impresso e o voto distrital são ameaças à normalidade democrática num país em formação como o Brasil. Aprovadas essas aberrações, ficará mais difícil a alternância de poder.

O exemplo de Vladimir Putin, o ditador da Rússia, está aí diante de nós, para tirar qualquer dúvida a respeito do futuro do Brasil, se o Congresso der esses passos errados. Mais na frente, a História condenará os traidores da pátria.


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