Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, julho 25, 2021

Cientista político diz que nas Forças Armadas há um racha em relação ao apoio a Bolsonaro

Publicado em 24 de julho de 2021 por Tribuna da Internet

Na votação do primeiro turno, 117,3 milhões de eleitores foram votar para presidente

Coimbra afirma que os militares não devem apoiar golpe

Ingrid Soares e Israel Medeiros
Correio Braziliense

Márcio Coimbra, cientista político que já integrou o governo Bolsonaro em 2019 e agora é coordenador da pós-graduação em Relações Institucionais e Governamentais do Mackenzie, vê um “racha” nas Forças Armadas quando o assunto é o apoio ao governo, circunstância que impede um golpe de Estado.

Ele acredita que a democracia brasileira está em um momento de maturidade e afirma que a sociedade, especialmente do ponto de vista econômico, está globalizada e não pode se isolar.

HAVERIA SANÇÕES – “Teríamos sanções da União Europeia, dos EUA e de outros países. Os impactos comerciais de um presidente da República tentando subverter a ordem institucional e constitucional seriam enormes”, explicou.

Coimbra acredita que os comandantes das Forças que estão do lado da Constituição têm tentado ignorar as posições de Bolsonaro para se manterem em seus cargos, de modo que, se precisarem se manifestar de forma rígida em um futuro próximo, tenham como fazê-lo.

O cientista político não descarta, no entanto, que Bolsonaro esteja falando sério quanto a tentar impedir o processo eleitoral.

MOBILIZAR A BASE – “Bolsonaro pode levar isso à frente, ele está sempre tentando mobilizar a base; e por isso precisa criar conflitos. A base dele é de confronto, não de entendimento. Ele precisa sempre de um inimigo para antagonizar”, disse.

Para Coimbra, quando Bolsonaro atenta contra as eleições democráticas, comete “um crime de responsabilidade, passível de impeachment. Mas o objetivo dele é tumultuar o processo eleitoral, porque sabe que diante da situação atual, vai perder. Está seguindo a mesma cartilha do Trump nos EUA”, alerta.

Nesse sentido, segundo Coimbra, o grande risco não diz respeito às Forças Armadas, mas aos policiais militares. “Eu não vejo como grande problema qualquer coisa em relação às Forças Armadas, mas vejo em relação às polícias militares, que me gera muito mais preocupação”, salientou.

FAZENDO PRISÕES – Desde que os protestos de rua da oposição foram retomados, diversos manifestantes já foram presos ou abordados por policiais militares em atos ou fora deles, após exporem faixas contra Bolsonaro. Em março, a PM do Distrito Federal prendeu cinco manifestantes que portavam uma faixa com os dizeres “Bolsonaro genocida”.

A corporação afirmou que eles foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional (LSN), já que havia, na faixa, uma charge em que o presidente aparecia pintando uma suástica.

Em maio, outro caso chamou a atenção: um militante do PT em Goiás foi parado por um soldado da PM-GO por ter, em seu carro, um adesivo que chamava Bolsonaro de genocida. O militar constrangeu o manifestante e disse que o enquadraria na LSN por calúnia. O homem foi detido, mas o delegado não viu enquadramento legal para autuá-lo conforme a Lei de Segurança Nacional.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Há um fato praticamente concreto. A base aliada está rachada em relação ao voto impresso e Bolsonaro não tem como “comprar” essa votação, que é de emenda constitucional, com quórum de três quintos. Isso significa que até as eleições Bolsonaro continuará a ter o argumento da fraude que não consegue provar. Isso significa que vai agitar muito o ambiente político. Se não sofrer impeachment, claro. (C.N.)


Em destaque

Afinal, por que Costa Neto foi indiciado no inquérito do golpe?

Publicado em 29 de novembro de 2024 por Tribuna da Internet Facebook Twitter WhatsApp Email De repente, Costa Neto virou um tremendo conspir...

Mais visitadas