Carlos Newton
A Tribuna da Internet está com alguns importantes desfalques, que fazem muita falta, como Pedro do Coutto, com um problema na mão direita, que o impede de digitar, Francisco Bendl, que implantou ontem dois “stents” nas artérias, e Antonio Santos Aquino, que ainda está às voltas com a recuperação da saúde de sua mulher.
Vamos torcer para que os três amigos voltem a publicar seus artigos e comentários o mais rápido possível, para incrementar ainda mais os debates aqui na TI, que está pegando fogo.
GRANDE ANALISTA – Pedro do Coutto é um lendário jornalista carioca, professor universitário de Economia Política, muito conhecido por suas participações em programas de rádio e televisão, especialmente nas épocas eleitorais, por ser um dos maiores especialistas em pesquisas.
Aliás o nome dele já está na História Política do Brasil, por sua participação em importantes episódios, especialmente na eleição de 1982, quando Leonel Brizola disputou para governador do Rio de Janeiro.
Com sua expertise em pesquisas e apuração de votos, foi Pedro do Coutto que denunciou na Rádio Jornal do Brasil a fraude na consultoria Proconsult, armada para tirar a vitória de Brizola e que virou uma escândalo internacional.
TOCA O TELEFONE – Nesta terça-feira, dia 6, Pedro do Coutto ligou para dizer que está pensando em contratar um digitador para voltar a escrever. Dei a maior força, é claro, e perguntei quais assuntos ele gostaria de abordar, se pudesse escrever hoje.
“Os principais assuntos, a meu ver. são a falsa reforma econômica de Guedes e a eleição nos Estados Unidos”, respondeu, acrescentando:
“A reforma de Guedes é fake, porque esquece a importância do consumo. Não existe recuperação da economia se o consumo não aumentar. Qualquer reforma precisa partir desse princípio, se quiser ser bem sucedida”, assinalou.
TRUMP COM PROBLEMAS – “Quanto à eleição americana, a coisa está feia para Donald Trump. Quando o governante tenta reeleição – não importa se presidente, governador ou prefeito –, precisa largar na frente nas primeiras pesquisas, e isso não aconteceu com Trump. E agora sua contaminação com a covid-19 tornou-se uma arma contra sua campanha, por ter ridicularizado a pandemia, que já matou mais de 211 mil pessoas nos Estados Unidos. É claro que isso vai influir na eleição”, disse Coutto, ressalvando:
“É preciso lembrar também que o candidato democrata Joe Biden é muito fraco, caso contrário já teria engolido Trump, que ainda tem possibilidades de se reerguer”, concluiu.