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quarta-feira, outubro 07, 2020

Existe possibilidade de o Senado recusar a indicação de Kassio Marques para o Supremo?


Bolsonaro veta projeto que concede incentivos ao cinema brasileiro | Exame

Bolsonaro não esperava encontrar tamanha resistência

Carlos Newton

Esse pacto sinistro entre os três poderes da União é uma manobra indecente, que deveria ser proibida a menores. Significa um acordo de cúpulas apodrecidas e que têm contas a pagar junto à Justiça. Exatamente por isso, o objetivo principal é liquidar a Operação Lava Jato, para repetir o que aconteceu na Itália com a Operação Mãos Limpas e criou o deplorável premier Silvio Berlusconi.

Sabe-se que nem todos os ministros do Supremo estão envolvidos nessa negociação suja, assim como há muitos parlamentares e ministros do governo que estão fora desse acordo, porque são pessoas de bem e de moral inatingível.

AINDA HÁ ESPERANÇAS – No jornalismo, uma das primeiras lições que se aprende é que jamais devemos generalizar. Ou seja, não se pode considerar o todo pela parte. Portanto, a existência de cidadãos de bem na Esplanada dos Ministérios, assim como no Planalto, no Supremo e no Congresso, é uma circunstância que nos traz esperanças.

Não quero parecer ingênuo, nesses 54 anos de jornalismo político. Mas posso dizer, sem medo de errar, que não passou nem passa pela cabeça do presidente a possibilidade de ter cometido um pecado capital ao quebrar a promessa de indicar um jurista “terrivelmente evangélico”, que há aos montes neste país de tanta religiosidade.

PECADO MORTAL – Poderia ter sido Ives Gandra Martins Filho, por exemplo, mas Bolsonaro preferiu Kassio Nunes Marques, e isso é uma afronta às Leis de Deus, porque o objetivo é garantir o quórum no Supremo para destruir a Lava Jato, que tanto ajudou o candidato Bolsonaro a se eleger.

Agora, quase dois anos após vencer a eleição, Bolsonaro quer liquidar quem conduz o bom combate do apóstolo Paulo. E o objetivo do presidente é ter apoio do lado poder do Congresso e do Supremo.

“ENVIADO DE DEUS” – Terrivelmente vaidoso e delirante, Bolsonaro já declarou várias vezes que se considera um “enviado de Deus”. Outros pecados – mortais ou veniais, não importa – o presidente comete no dia a dia, ao deixar de usar máscara, defender o uso de um remédio com muitas contraindicações ou faltar com a verdade.

No entanto, como Deus escreve certo por linhas tortas, quem sabe ocorre um milagre e o Senado recusa a indicação de Kassio Marques para o Supremo?

São necessários 41 votos para obrigar Bolsonaro a indicar um jurista de verdade. É difícil, mas não é impossível, na graça de Deus.

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P.S. – 
Nos meus cálculos, já existem, pelo menos, 30 senadores contra a indicação de Kassio Marques. Ficam faltando apenas 10 votos entre os demais 51 membros do Senado. Se tiverem uma crise de bom senso, esses 10 senadores poderão evitar que um novo Dias Toffoli envergue o manto sagrado da Suprema Corte. E ao impedir que isso ocorra, esses 41 senadores estarão a um passo do paraíso aqui na Terra. (C.N.)

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