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segunda-feira, outubro 19, 2020

Brasileiros devem torcer por Biden, para recuperar a dignidade da diplomacia do Itamaraty


174 anos de nascimento do Barão do Rio Branco | Curso Sapientia

Que falta faz ao Brasil um chanceler como Rio Branco…

Carlos Newton

Desde o início da gestão de Jair Bolsonaro, tendo como chanceler o jovem e inexperiente embaixador Ernesto Araújo, tornou-se evidente o equívoco da política diplomática de aproximação e submissão aos Estados Unidos, que talvez seja o maior erro do atual governo. Durante a chamada Guerra Fria, como dizia o então secretário de Estado, John Foster Dulles, “os Estados Unidos não tem aliados, apenas interesses”.

De lá para cá, nada mudou. Por isso, para os sucessivos governos brasileiros, as eleições para presidência dos Estados Unidos jamais tiveram maior importância. Democrata ou republicano, o candidato vencedor não faria diferença nessa política externa imperialista norte-americana.

SEM NOVIDADES – É preciso lembrar que o imperialismo não é nenhuma novidade na história do mundo, vem se repetindo desde os romanos e gregos, com destaque para Alexandre Magno, um fenômeno como chefe militar que viveu apenas 32 anos, cujas conquistas foram realmente extraordinárias.

Depois, esses sonhos imperais chegaram ao auge com o Império Britânico, onde o sol nunca se punha, que resistiu ao expansionismo germânico de Adolph Hitler, mas acabou superado pelo imperialismo americano, que tem um estilo mais moderno de dominar duplamente, pela simultânea influência militar e econômica.

O Brasil sempre soube conviver com a situação internacional de forma hábil e proveitosa, como vinha fazendo desde a Independência, com destaque para a fase do Barão de Rio Branco, o maior ministro do Exterior que já tivemos.

O GRANDE DIPLOMATA – Como advogado, jornalista, diplomata, geógrafo, professor e historiador, Rio Banco se destacou em todas essas atividade. Hoje, é mais lembrado como diplomata, por ter garantido e estendido as fronteiras brasileiras, conseguindo incorporar definitivamente ao Brasil uma área de 900 mil quilômetros quadrados.

Em 1895, assegurou para o Brasil boa parte do território dos estados de Santa Catarina e Paraná, no litígio da questão de Palmas, contra a Argentina. Cinco anos depois, na virada do século, derrotou diplomaticamente a França na disputa de fronteira do Amapá com a Guiana Francesa.

Em 1903, a grande glória, com a incorporação do Acre, consolidando a façanha do major Plácido de Castro, que liderou os seringueiros e derrotou o Exército e a Marinha da Bolívia. Com isso, Plácido de Castro evitou que o Acre se tornasse um território governado por um consórcio anglo-americano.

FALSO IMPERIALISTA – Embora fosse acusado de “imperialismo” pelos argentinos, Rio Branco era justamente o contrário, um cidadão do mundo, que soube reconhecer os direitos do Uruguai ao regime de águas compartilhadas com agricultores brasileiros na região da Lagoa Mirim. Foi até homenageado pelo governo uruguaio, que deu o nome de Rio Branco a uma importante cidade na fronteira.

O fato concreto é que, quando o presente é turvo e pegajoso, é melhor recordar boas coisas do passado, como a atuação de Rio Branco. Hoje, temos no Itamaraty o pior chanceler da História, um diplomata subserviente, de tal forma curvado aos Estados Unidos que só falta aparecer o cofrinho da cueca.

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P.S. 
– Por tudo isso, os brasileiros deve torcer pela vitória do democrata Joe Biden nos Estados Unidos. Pode ser que a derrota de Trump desperte Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo para a necessidade de o Brasil retomar sua histórica diplomacia independente e altiva, que teve no Barão do Rio Branco seu maior expoente. Afinal, sonhar ainda não é proibido. (C.N.)

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