Deu no Poder360
O general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), fez uma publicação em seu perfil no Twitter na qual discorre sobre o significado de ser um “bom brasileiro”.
O texto foi publicado neste domingo (18.out.2020), após o militar ter admitido, também pela rede social, que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) monitorou participantes da COP-25 (Cúpula do Clima das Nações Unidas), realizada em Madri, em dezembro de 2019. A informação foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
ESPIÕES QUALIFICADOS – A notícia revela que o governo Bolsonaro monitorou organizações não governamentais, integrantes da comitiva brasileira e representantes de delegações estrangeiras. O governo enviou uma equipe de 4 nomes experientes em inteligência na delegação brasileira enviada a Madri.
À época, Heleno defendeu a agência e afirmou que “temas estratégicos devem ser acompanhados por servidores qualificados, sobretudo quando envolvem campanhas internacionais sórdidas e mentirosas, apoiadas por maus brasileiros, com objetivo de prejudicar o Brasil”.
O BOM BRASILEIRO – Desta vez, o ministro então falou sobre o “bom brasileiro” dizendo que seus conterrâneos não se unem a organizações estrangeiras, “com interesses explicitamente contrários [aos do Brasil] e cujos objetivos são intervir em assuntos internos do Brasil”. Ele disse que tais grupos, não especificados, agiriam “para tirar enormes proveitos econômicos e desqualificar [o país] internacionalmente”.
Citando a Amazônia, o general disse também que “cabe a nós [os brasileiros] explorá-la, de forma sustentável, para o bem da nossa gente”. Por fim, o chefe do GSI disse que os “bons brasileiros” têm orgulho das gerações anteriores.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A participação do general Heleno no governo foi aplaudidíssima. A expectativa sobre sua atuação era enorme, mas aos poucos a gente foi percebendo que Heleno é apenas mais um general no governo. Ao invés de peitar Bolsonaro e tentar colocá-lo no rumo certo, Heleno dá força à postura inconveniente do chefe do governo. E assim a gente vai vivendo e aprendendo. (C.N.)