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Após o ministro da Justiça, André Luiz Mendonça, pedir que o cartunista Renato Aroeira seja investigado por uma charge crítica ao presidente Jair Bolsonaro (clique aqui e saiba mais), o Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil divulgou uma nota para defender o artista.
Reproduzida no Twitter do jornalista Ricardo Noblat, a obra em questão mostra Bolsonaro pintando a cruz vermelha, símbolo da saúde, e transformando em uma suástica nazista.
“O Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil repudia a tentativa do presidente da República de criminalizar o trabalho do cartunista Renato Aroeira, na forma de pedido de investigação associado a suposta violação da lei que trata dos crimes contra a Segurança Nacional”, diz o texto publicado, nesta quarta-feira (17), nas redes sociais.
“Tal atitude caracteriza mais um passo, enorme e perigoso, em direção à criminalização de qualquer manifestação artística que critique o governo ou algum de seus representantes. Isso é característico de governos totalitários, que designam quais artes são aceitáveis e permitidas e quais são consideradas subversivas e, dessa forma, devem ser banidas”, acrescenta a entidade, destacando a necessidade de condenar “qualquer tipo de perseguição a artistas e suas produções”, pois tais práticas ferem os Direitos Humanos no país.
“Se o indivíduo Jair Bolsonaro se sente atingido pela charge em questão, tem todo o direito de acionar a justiça em seu nome, mas não de se utilizar de leis referentes à República Brasileira e à sua segurança”, finaliza o texto.
Bahia Notícias